quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Seattle, de Iziane, ganha a primeira



O Seattle Storm, de Iziane, deu um grande passo para passar às semifinais da WNBA ao bater o Houston, de Janeth, na abertura dos play-offs. O jogo foi em Houston e o Seattle fez 75 a 67.

As cestinhas foram Lauren Jackson (com uma contusão nas costas, 19 pontos, 13 rebotes) e Betty Lennox (18 pontos), pelo Storm. Iziane jogou 31 minutos, fez 6 pontos, roubou 1 bola, deu 1 assistência, pegou 1 rebote. Foi eliminada com 5 faltas, sinal dos esforços para segurar Sheryl Swoopes (15 pontos). Swoopes perdeu seus primeiros 6 arremessos.

A cestinha do Houston foi Michelle Snow, com 21 pontos.

Janeth atuou por 26 minutos, deixou 2 pontos e 1 rebote.


Seattle de Iziane faz 1 a 0 contra Houston Comets de Janeth nos playoffs da WNBA

do BasketBrasil

No duelo brasileiro na primeira rodada dos playoffs da WNBA, a maranhense de 23 anos Iziane Castro Marques levou a melhor sobre a paulista de 36 anos Janeth Arcain e o campeão Seattle Storm derrotou o Houston Comets em pleno Toyota Center texano por 75 a 67 (33 a 28 no intervalo) e pode fechar a série melhor-de-três jogos em casa nesta quinta-feira, defendendo uma invencibilidade de nove partidas na sua Key Arena para avançar às finais da Conferência Oeste. Em 31 minutos como ala titular, Izzy marcou seis pontos, um rebote, uma assistência e um roubo de bola, mas na defesa limitou a cestinha da temporada Sheryl Swoopes a 15 pontos e quatro assistências, com 12 arremessos errados em 18 tentativas. Em 26 minutos como ala-armadora titular, Janeth fez apenas pontos e pegou um rebote pelo Houston. A ala-pivô australiana Lauren Jackson foi a líder do Seattle com 19 pontos, 13 rebotes e dois tocos, superando as dores nas costas e os 21 pontos e sete rebotes da pivô Michelle Snow. A ala-armadora Betty Lennox, melhor jogadora das finais de 2004, foi decisiva para o Storm marcando 17 de seus 18 pontos no segundo tempo e a armadora campeã olímpica Sue Bird ajudou com 12 pontos e cinco assistências. No Madison Square Garden de Nova York, o vice-líder do Leste Indiana Fever saiu na frente na série batendo o NY Liberty por 63 a 51 (27 a 27 no intervalo) com destaque para os 19 pontos e 12 rebotes da estrela Tamika Catchings. Completando a rodada inicial do mata-mata nesta quarta-feira, os líderes de conferência Connecticut Sun e Sacramento Monarchs enfrentam fora de casa Detroit Shock e Los Angeles Sparks, respectivamente.

No Toyota Center com um público de 5.055 pagantes além de ingressos grátis cedidos a refugiados dos estados de Lousiana, Alabama e Mississipi atingidos pelo furacão Katrina, o Houston nem parecia estar jogando em casa e largou na frente no placar por 2 a 0 com a primeira bandeja da ala-pivô bicampeã olímpica Tina Thompson, o Seattle logo virou para 7 a 2 apenas com pontos de Lauren Jackson, incluindo uma cesta de três. Iziane foi a primeira brazuca a aparecer no jogo com uma assistência para cesta da pivô Janell Burse abrindo 12 a 6 e depois uma infiltração finalizada em bandeja fazendo 14 a 6. O Storm ampliou a vantagem para 23 a 10 com uma bandeja da pivô reserva australiana Suzy Batkovic, mas aí o Houston reagiu reduzindo a desvantagem para cinco pontos graças a Sheryl Swoopes, tricampeã olímpica que antes da partida recebeu o troféu de cestinha da liga. Com dois lances livres de Izzy, o time verde colocou 25 a 18 no placar, mas o Comets voltou a encostar em 27 a 24 com uma bandeja da armadora Dominique Canty. Porém, uma cesta de Sue Bird e quatro lances livres da ala-armadora novata Tanisha Wright recolocaram a diferença em cinco pontos no intervalo.

Lauren Jackson começou bem o segundo tempo e Betty Lennox desencantou na partida para devolverem uma confortável vantagem de 44 a 33 para o Storm, mas o Houston não se entregou, centrou o ataque nas All-Stars Swoopes e Snow e foi buscar a virada para 50 a 48 com uma cesta de três da veterana armadora tricampeã olímpica Dawn Staley faltando 9min21s. O Seattle respondeu com uma série de 12 a 3 que contou com cinco pontos de Lennox, recuperada de uma lesão no pulso. Um lance livre de Batkovic abriu 60 a 53 para as visitantes a 5min32s do fim, quatro cobranças de falta convertidas por Lennox livraram 65 a 57, daí Janeth fez sua única cesta na partida em um arremesso com assistência de Snow, mas Iziane respondeu à altura desse duelo de cestinhas da Seleção Brasileira com mais uma infiltração com bandeja abrindo 67 a 59 faltando 2min45s. O Houston voltou a encostar em 69 a 65 com dois lances livres de Swoopes faltando 1min11s, mas Sue Bird acabou com as esperanças da torcida 24 segundos depois com uma cesta em corrida para dentro do garrafão, daí bastou o Storm administrar a diferença com mais quatro pontos de Lennox e fechar o marcador com oito de frente.

Iziane errou o único arremesso de três que tentou, converteu duas em quatro finalizações para dois pontos e seus dois lances livres, saiu pendurada com cinco faltas pelo empenho defensivo, roubou uma bola de Michelle Snow, mas desperdiçou quatro posses de bola. Janeth acertou um em dois arremessos de quadra, não cobrou lance livre e nem deu assistências, e cometeu duas faltas. Na defesa a veterana brazuca tetracampeã da liga americana entre 1997 e 2000 não pôde com Lennox, que quatro em sete arremessos de quadra sendo um da linha de três mais nove em 10 lances livres, pegou oito rebotes, deu quatro assistências e roubou uma bola. Lauren Jackson converteu três em seis chutes de três, três em sete finalizações para dois pontos e todos os quatro lances livres, além dos 13 rebotes a cestinha e vice-campeã da Olimpíada de Atenas-2004 deu uma assistência e roubou uma bola, Janell Burse a ajudou no garrafão com oito pontos e dois rebotes, um a menos que a armadora Bird.

No lado do Houston, a cestinha Michelle Snow fez seu recorde pessoal de pontuação em playoffs acertando sete em 13 finalizações de dois pontos mais sete em nove lances livres e ainda deu dois passes para cesta. Voltando após a virose estomacal que a tirou do último jogo da temporada regular contra o LA Sparks, a estrela Swoopes não teve uma boa noite nem na defesa e só roubou uma bola. A ala-pivô bicampeã olímpica Tina Thompson foi pior, errando nove em 13 arremessos de quadra e terminando com nove pontos mais cinco rebotes. A armadora Dominique Canty colaborou com oito pontos, sete rebotes e quatro assistências, e a reserva Staley, adquirida numa troca com o lanterna Charlotte Sting, foi o destaque do banco texano com seis pontos e quatro assistências. As equipes voltam a se encontrar na quinta-feira às 23h em mais um duelo das brazucas e de Swoopes e Jackson, as favoritas ao prêmio de melhor jogadora da temporada. O gerente geral do Phoenix Mercury eliminado sábado pelo Storm, Seth Sulka, reconhece a evolução de Iziane, mas não lamenta ter deixado a maranhense sair do time em 2004 e se unir ao rival.

“Admiramos muito o talento e a personalidade dela, mas sua passagem aqui não deu certo, não pudemos encaixá-la em nossa rotação, com mais tempo de quadra no Seattle como titular ela pôde mostrar melhor seu potencial e duplicou suas médias”, admitiu Sulka sobre a disparidade da média de 4,3 pontos de Iziane pelo Phoenix em 2003 comparada com os 8,2 pontos em 26,6 minutos de média em quadra pelo Storm este ano.

“Dependemos demais de Lauren Jackson no primeiro tempo, todo mundo ficou como que vendo-a jogar e esperando. Quando Lauren entra num bom ritmo, tendemos a fazer isso. Sue teve arremessos com boa visão da cesta e não conseguiu converter no primeiro tempo, então Betty teve que assumir mais o jogo. No segundo tempo a encorajamos a continuar agressiva porque sabíamos que a defesa do Houston ia se focar em Lauren, e realmente fez isso. Betty sempre está confiante, é só uma questão de ela saber que tem luz verde pela frente. O mais impressionante do jogo dela na segunda etapa foi sua capacidade de acertar arremessos sem marcação, ir para a linha de lance livre, fazer grandes assistências e ajudar outras companheiras a cobrarem lances livres. Ela definitivamente foi a diferença para nós no segundo tempo. Lauren também foi incrível! Todos vimos que ela foi para o jogo sem estar 100% fisicamente e sentiu desconforto nas costas diversas vezes, mas às vezes quando você está machucada se concentra mais no jogo. Você tem que estar concentrada e não pode pensar na lesão. Esperamos que ela não esteja tão dolorida deste jogo e depois da viagem para Seattle fique ainda melhor para a segunda partida”, analisou a técnica Anne Donovan, de contrato renovado com o Storm como a única treinadora mulher a somar mais de 100 vitórias no basquete profissional dos EUA.

“Nos playoffs, você tem que começar forte especialmente jogando fora de casa, porque vemos o que acontece quando a torcida entra no jogo, o time ganha confiança. Os primeiros cinco minutos são chave. Ver alguém como Lauren se superando, fazendo grandes jogadas e acertando os arremessos foi de grande ajuda, pois todas a seguimos. O jogo de basquete é assim, às vezes as bolas caem, outras vezes não. Eu sei do meu papel nesta equipe e tenho de continuar arremessando quando estiver livre, eventualmente as bolas vão cair. Aceito acertar quatro em 15 qualquer dia desde que me dêem a bola para o arremesso final e meu time saia vencedor. Lauren fez o que as grandes jogadoras fazem. Independentemente do problema, seja lesão ou doença, é preciso dar tudo nos grandes jogos e Lauren fez isso hoje especialmente nos primeiros cinco minutos. Ela ditou o ritmo para nosso time e seguimos sua liderança. Não acho que ela esteja confortável. Dores nas costas afetam muito o jogo, vendo ela se sentar dava para perceber o desconforto. Houve vezes que íamos perguntar a ela se estava tudo bem quando o jogo parava, mas durante a partida ela continuou firme. Os 13 rebotes que ela pegou foram a coisa mais impressionante pela coragem que ela teve de saltar várias vezes, colocar o corpo e ser atingida. Conseguir o que ela fez em quadra foi impressionante. Nunca pensei que ela iria sair da quadra, sabia que isso poderia acontecer por causa da dor, mas por alguma razão isso nunca passou pela minha cabeça”, afirmou Sue Bird, eleita a melhor jogadora da última semana da temporada regular da liga feminina americana.

“Betty foi inacreditável. É disso que precisamos dela em todas as partidas. Quando ela joga assim, não dá para parar nosso time. Eu joguei duro, entrei para vencer e dar 100%. É fácil fazer isso quando não enfrento dupla marcação, mas logo que consegui alguns pontos seguidos a marcação foi dobrada cada vez que eu pegava na bola, daí não fiquei mais livre para pontuar. Foi bom, mas posso melhorar. Minhas costas não estão muito bem. Tomara que possamos vencer a próxima partida e ter um intervalo antes da série final do Oeste. Vamos entrar para dar 100% em quadra não importa o que aconteça, queremos ser campeãs novamente. Quando começamos a jogar só pensamos nisso. Já joguei com dor antes, então não me assusto mais”, declarou Lauren Jackson.

“No primeiro tempo eu estava me concentrando na defesa, essa foi minha mentalidade antes do jogo, ser muito agressiva na marcação. No segundo tempo eu aproveitei as chances que a defesa delas me deixou e consegui acertar meus arremessos. Nosso ataque não é montado sobre sim, mas faço o que for preciso para ajudar Lauren Jackson e Sue Bird. Meu foco principal não é o ataque, mas a agressividade defensiva. Nosso plano de jogo estava focado em marcar Sheryl Swoopes nas alas com a ajuda da ala-armadora e nós (ela e Iziane) fizemos um bom trabalho no setor. Nossa missão defensiva era silenciá-la e dificultar todos os arremessos dela, mas todas sabemos que ela é uma grande jogadora e não pode ser anulada, você só pode tentar conter sua movimentação, dobrar a marcação e utilizar diferentes formas de defesa contra ela. Procurei não pensar na minha lesão. Digo agora que estou 100% pelo simples fato de estarmos nos playoffs jogando pelo bicampeonato. Se eu focar demais minha energia na lesão, isso vai afetar meu jogo”, contou Betty Lennox.

“Nós tivemos alguns momentos frustrantes contra esta equipe e hoje foi outro. Não conseguíamos acertar um arremesso no início. Achei que o grande trio delas foi notável: Lauren, Betty e Sue fizeram um grande trabalho. Sue organizou o time. Quando arremessamos mal assim, fica difícil derrotar uma boa equipe que agora está jogando na sua melhor forma. Não fizemos um bom trabalho na defesa. Achei que Michelle Snow teve outra grande partida. Com 21 pontos e sete rebotes foi muito dominante no garrafão. Agora temos que jogar tudo em Seattle. Nesse formato quando você perde o primeiro jogo em casa, é um peso muito grande, mas não se pode dizer que a virada não seja possível. Se Lauren Jackson estava com dor nas costas, eu não quero vê-la saudável, pois machucada ela marcou 19 pontos e foi dominante nos rebotes. Foi mais uma atuação dominante dela nos rebotes, defesa e pontos”, lamentou o técnico do Houston e da seleção americana, Van Chancellor.

“Não acho que tenhamos conseguido imprimir nosso ritmo de jogo em nenhum momento. Defensivamente não executamos nosso plano de jogo. Agora estamos contra a parede. Temos de ir para Seattle e ganhar duas partidas, mas vamos encarar um jogo por vez. Nosso pensamento é vencer o jogo de quinta-feira e tomara que tenhamos uma terceira partida no sábado. Pessoalmente fiz um jogo horrível. Como equipe, acho que não jogamos à altura de nossas habilidades. Achei que o Storm executou bem as jogadas no ataque e Lauren começou inspirada liderando o time. Quando ela encontra seu ritmo, é difícil pará-la e até diminuir o rtimo dela. Não podemos nos concentrar em tentar parar Lauren e deixar outras jogadoras como Lennox e Bird livres. Sei que em Seattle vou jogar muito melhor que hoje. Foi uma atuação decepcionante não só para mim, mas para o time do Comets, eu desapontei minhas companheiras e vou me recuperar”, admitiu Sheryl Swoopes.

“Acho que temos de encontrar um jeito de fazer as coisas acontecerem quando não conseguimos pontuar, e esse jeito é parar as jogadas do adversário. Temos de achar um modo de parar as tabelas de Sue e Lauren, elas nos deram muitas fintas e acabaram fazendo bandejas demais. Isso é algo que temos alguns dias para corrigir. Se não corrigirmos isso, estaremos eliminadas, então vamos encontrar um jeito de corrigir nossa defesa. Temos noites em que não conseguimos acertar os arremessos e devemos ser capazes de parar o outro time, se fizermos isso uma hora nossas bolas começarão a cair e venceremos o jogo. Temos muitas jogadoras nesta equipe capazes de pontuar, então precisamos nos concentrar na defesa porque quando marcamos bem fica difícil parar nosso ataque. Temos muitas jogadoras neste time capazes de acertar os arremessos e quando nossas veteranas não estão chutando bem, o que a pivô deve fazer é atrair a dupla marcação para dar às companheiras mais arremessos sem marcação. Você tenta ajudar nos bloqueios para abrir espaços para cestas fáceis no garrafão, e quando saem cestas fáceis geralmente o jogo começa a fluir”, explicou a pivô Michelle Snow.

Além dos ingressos grátis para desabrigados que deixaram seus lares antes da chegada devastadora do furacão Katrina à Costa Sudeste dos EUA provocando mais de 110 mortes confirmadas até agora, a direção do Houston arrecadou quase US$ 6 mil ontem para doar em apoio ao fundo de solidariedade às vítimas do desastre natural. O Seattle também está fazendo sua parte apesar de estar no outro extremo do país. A pivô Janell Burse, nascida em Nova Orleans, está arrecadando doações para ajudar na reconstrução de sua cidade, que está submersa pelas enchentes provocadas pelo Katrina. A fundação Storm & Seattle SuperSonics se aliou à Igreja Batista da Franklin Avenue para socorrer as vítimas com doações.

“Minha comunidade de Nova Orleans está passando por uma tremenda necessidade e agradeço verdadeiramente o apoio da família Storm/Sonics neste momento tão difícil para o povo da cidade. Agradeço o esforço da equipe na arrecadação para doações e pela compaixão pelas vítimas do furacão Katrina, tenho certeza de que nossos torcedores em Seattle e ao redor do país vão ajudar nessa causa”, pediu Burse.

Em Nova York, uma cesta de três da ala-armadora Tully Bevilaqua faltando 1min33s fechou uma série de 14 a 2 que deu ao vice-líder Indiana Fever a vitória de virada por 63 a 51 sobre o New York Liberty. Com 14 pontos de Tully e 19 da ala-pivô campeã olímpica Tamika Catchings, o time de Indianápolis fez 1 a 0 na série melhor-de-três e agora faz duas partidas em casa tentando sua primeira classificação aos playoffs finais da Conferência Leste. O Fever tirou uma desvantagem de nove pontos no primeiro tempo buscando o empate no intervalo, abriu 10 de frente na segunda etapa, mas o Liberty reagiu com uma série de 16 a 6 empatando o jogo por 49 a 49 a 3min22s do fim com uma cesta de três da ala-pivô russa Elena Baranova. Deanna Jackson e Catchings fizeram dois lances livres cada recolocando o Indiana à frente e Bevilaqua decidiu com a bola de três, depois restou sustentar a vantagem com uma forte defesa. A ala Vickie Johnson comandou a equipe nova-iorquina com 17 pontos, mas teve pouca ajuda, a armadora All-Star Becky Hammon foi limitada a nove pontos e uma assistência, e a pivô belga Ann Wauters está machucada, não joga mais este ano. Os times voltam a se enfrentar amanhã às 21h. Fechando a primeira rodada do mata-mata, o Detroit Shock (16V-18D) recebe o líder do Leste Connecticut Sun (26V-8D) às 21h e o LA Sparks (17V-17D) encara o líder do Oeste Sacramento Monarchs (25V-9D) às 23h30min.

Seattle Times analisa as brasileiras na WNBA

Em matéria da repórter Jayda Evans, o Seattle Times apresenta a cobertura da primeira partida do play-off da WNBA na série Hoston e Seattle. O título da reportagem é Storm versus Comets: Quem tem a vantagem?

A repórter analisa quem leva vantagem na quadra, considerando cada jogadora do time titular, o banco e os técnicos.

Segundo a mesma, o Storm leva vantagem no banco, na técnica (Donovan), na armadora [1] (Sue Bird sobre Janeth), na ala-armadora [2] (Betty Lennox sobre Dominique Canty), na ala-de-força [4] (Lauren Jackson sobre Tina Thompson), perdendo somente no pivô [5] (Janell Burse para Michelle Snow) e na segunda-ala [3] (Iziane para Sheryl Swoopes).

São interessantes e didáticos os comentários que envolvem as brasileiras.

Sue Bird vs. Janeth Arcain

Sue Bird teve que adaptar-se a jogar a maior parte da temporada com uma máscara facial após quebrar o nariz pela segunda vez em 7 de junho. Ela também fraturou o osso da órbita direita, mas ainda assim foi capaz de liderar a liga em assistências e marcar o recorde de 20 pontos duas vezes nesse mês. Janeth Arcain está de volta, após um hiato olímpico. Teve uma temporada mais discreta em números, mas sua liderança e sua familiaridade com o time são as razões pelas quais os Comets estão de volta aos playoffs após ficar de fora pela primeira vez na história da franquia. Janeth é versátil e pode se converter para a posição 2 se o técnico Van Chancellor optar por iniciar com Dawn Stanley. A pontuação de Janeth está discreta, mas costuma aparecer nos momentos críticos dos jogos.


Iziane Castro Marques vs. Sheryl Swoopes

Iziane tem achado seu espaço no Storm recentemente, com contra-ataques rápidos e com arremessos (pull-up jump shots) que pegam as defensoras fora de posição. A defesa foi a adaptação mais dura para a brasileira nesta temporada, mas ela não deixou a desejar. Iziane precisá ser descansada para essas séries, porque terá que defender a jogadora mais potente da liga em possivelmente 3 jogos. Não pense que só porque os Comets chegaram novamente aos playoffs, que a missão de Swoopes está cumprida. O foco sempre foi o título e ela vai tentar ajudar o time a elevar o nível do jogo e vencer. Swoopes tem tido uma temporada mágica, ganhado o MVP do All-Star e o título de cestinha da liga. A força do jogo dela é o que faz do Houston um time assustador de enfrentar nos play-offs.


BRASIL E CUBA DISPUTAM JOGO DESAFIO ELETROBRÁS NESTA 5ª FEIRA EM CABO FRIO

As seleções femininas do Brasil e de Cuba disputam nesta quinta-feira no ginásio Poliesportivo de Cabo Frio, no Rio de Janeiro (20h de Brasília), o segundo e último Jogo Desafio Eletrobrás de Basquete. No primeiro confronto, terça-feira à noite em Macapá, as brasileiras venceram por 83 a 65 no ginásio Avertino Ramos totalmente lotado, com mais de 3.500 pessoas. Brasil e Cuba se enfrentaram 25 vezes em competições oficiais com 17 vitórias das brasileiras contra oito das cubanas. Na 5ª Copa América da República Dominicana, de 14 a 18 de setembro, o Brasil está no grupo “B” juntamente com Porto Rico, Colômbia e Canadá. No grupo “A” estão Cuba, Argentina, Guatemala e República Dominicana.

— Jogar contra Cuba nunca á fácil. Vamos buscar mais essa vitória para fechar com chave de ouro a série de jogos no Brasil. Para isso, temos que repetir a boa defesa que estamos fazendo para garantir o nosso contra-ataque. O grupo cresceu bastante desde o início da temporada. Essa fase está sendo importante para dar experiência as atletas mais novas, que estão atuando mais tempo e cada vez melhor — comentou a armadora Adrianinha.


Unimep anuncia Juliana como reforço


A técnica da Unimep/Amhpla/Selam, Maria Angélica Gonçalves, a Branca, apresentou ontem à tarde a mais nova integrante da equipe: a armadora Juliana Aparecida Gomes, 24 anos e 1,69m. A atleta jogou a última temporada no Clube Verdade/Ribeirão Preto. As bases salariais da contratação não foram reveladas.
Juliana vem 15 dias depois do anúncio da contratação da ala Renata Santos de Oliveira, 27 anos e 1,86m (ex-Marília/Pão de Açúcar/Unimar).
A nova jogadora passou por vários clubes de São Paulo, além da equipe de Campos (RJ), onde foi campeã carioca em 2001. Em São Paulo jogou no Bauru Tênis Clube, São Caetano, Ourinhos, São José dos Campos, São Paulo/Guarulhos. Também tem passagens pela seleção paulista infanto.
A armadora disse ontem que sua vinda para a Unimep foi motivada principalmente pelo projeto da AD Unimep de oferecer bolsa-estudo para as atletas. No ano que vem, ela pretende voltar a cursar a faculdade de educação física. "São pessoas profissionais (comissão técnica), com um trabalho bom fora e dentro de quadra", disse.
Outra expectativa de Juliana é em relação ao campeonato prometido pela Nossa Liga de Basquete, em novembro. "Será uma renovação no basquete. Vai dar outra cara para o basquete nacional, para modernizar e dar oportunidade para os clubes pequenos", disse.
Juliana comentou que é uma jogadora de velocidade e de marcação. "Também gosto de arremessar de três pontos", disse. A jogadora treinou normalmente ontem fundamentos de ataque e defesa.
A renovação do elenco da Unimep começou no mês passado com as dispensas das pivôs Paula e Alessandra e armadora Babi. A lateral Fernanda Polacow, 26, pediu dispensa. A técnica Branca disse que mais duas pivôs serão anunciadas nos próximos dias.


Fonte: Jornal de Piracicaba
BRASIL GANHA DE CUBA NOS JOGOS DESAFIO ELETROBRÁS: 83 x 65>



O Brasil ganhou de Cuba por 83 a 65 (39 a 24 no primeiro tempo) o primeiro dos dois Jogos Desafio Eletrobrás Feminino de Basquete. A partida foi disputada no ginásio Avertino Ramos, em Macapá, totalmente lotado com mais de 3.500 pessoas. As cestinhas da partida foram as cubanas Plutin e Amargo, com 26 e 25 pontos, respectivamente. A principal pontuadora brasileira foi a ala Micaela, com 20 pontos. As duas seleções voltam a se enfrentar nesta quinta-feira, também às 20 horas, no ginásio Poliesportivo de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

— O jogo foi muito bom, principalmente na defesa. Marcamos bem durante os 40 minutos e ficamos dentro da nossa meta que era sofrer no máximo 65 pontos. O técnico Barbosa pode utilizar as doze jogadoras e todas deram conta do recado. Essas partidas são importantes porque melhora o entrosamento e aumenta a confiança do grupo — disse a ala Micaela.

Brasil - Adrianinha (2 pontos, 2 assistências), Micaela (20 pontos, 3 rebotes, 2 assistências), Vívian (9 pontos, 7 assistências), Êga (4 pontos, 3 rebotes), Érika (16 pontos, 10 rebotes). Depois: Fabianna (6 pontos), Jaqueline (2), Sílvia (7), Zaine (3), Mamá (8 pontos, 4 rebotes), Ísis (2 pontos) e Graziane (4).

terça-feira, 30 de agosto de 2005

Londrina/Colégio Nobel vence com placar centenário em Campo Mourão

A equipe de basquetebol feminina Londrina/Colégio Nobel disputou dois jogos na cidade de Campo Mourão nesta segunda feira(29/08). Os jogos foram das categorias infanto e juvenil e válidos pelo Campeonato Aberto da Liga Metropolitana de Basquete de Londrina. A equipe Infanto venceu pelo placar centenário de 114 a 37 contra a equipe FECAM, com as atletas Renata Varea e Amanda Venturini (Londrina/Colégio Nobel) marcado 20 pontos cada e sendo as cestinhas da partida. Na partida Juvenil, o placar foi de 73 a 34 e a cestinha do jogo foi a jogadora de Londrina, Taísa Scripes (Londrina/Colégio Nobel)com 21 pontos

“As meninas se comportaram muito bem durante os dois jogos e agora é tentar manter o treinamento para a disputa dos JOJUPs em Toledo” declarou o técnico Tim. Os próximos compromisso da equipe Londrina/Colégio Nobel (Juventude) serão um amistoso neste sábado contra a equipe de Ourinhos na cidade paulista e no domingo a equipe Infanto enfrenta a equipe da ALB pelo Campeonato Aberto LMB 2005.

As equipes Infanto e Juvenil contam com as seguintes atletas : Renata, Camila, Marília, Bruna, Amanda, Daiana, Isabel, Maura, Natália, Giuliana, Rosana e Taísa.

A equipe de Basquetebol Feminina do Londrina/Colégio Nobel é patrocinada pela Prefeitura Municipal de Londrina, Fundação de Esportes (através do projeto aprovado pelo Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos) e pelo Moinho Globo, FisioCen e pela Academia Ensaio.

Bola laranja dividida

Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, voltou a criticar Oscar e sua liga independente. "É um desejo pessoal do Oscar para ganhar dinheiro" disse o dirigente, ao "El Nuevo Periodico", de Porto Rico.


Fonte: Folha de São Paulo
Vaiavivavôlei

MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

Digo que é muito fácil ser ouro no vôlei, que se trata de um esporte diminuto e sem apelo global, que não há outro campeonato nacional de qualidade fora do eixo Itália/Japão/Brasil.
Sustento que o propalado exemplo de administração não passa de um castelo de cartas erigido sem transparência pelo dinheiro público, que tudo desabaria sem o patrocínio do Banco do Brasil.
Afirmo que o jogo empolga pouco, mecânico e repetitivo.
Recorro a boçalidades que realmente nada têm a ver comigo. "Vôlei e masculino não podem conviver na mesma frase!"
Rejeito até as boas lembranças da infância, o prazer de sacar "por cima", as partidas improvisadas com a rede estendida sobre o asfalto. Tento me convencer de que tudo foi só estratégia para me aproximar das levantadoras e daqueles shortinhos cavados de lycra -que, não obstante, eram mesmo beeeem interessantes.
Como todo basqueteiro, eu me enervo com o sucesso do vôlei. Não fosse a liturgia do cargo e o compromisso tácito com o leitor, ai desses xaropes que se abraçam a cada pontinho. Afunda, Melk!
Mas aí desembarco do fim de semana de descanso e leio a entrevista de José Roberto Guimarães na contracapa deste caderno: "Nosso jogo está muito feijão-com-arroz. A gente precisa incrementar, sair dessa mesmice. Eu passo 30, 40 minutos por treino fazendo bola em dois tempos, e usamos isso no jogo uma única vez. Isso irrita. As levantadoras precisam arriscar mais. Vai delas quererem aprender e fazer".
Reparo que em nenhum momento o técnico faz festa para a seleção feminina, que acabava de selar a classificação para o Mundial de 2006, sem perder um único set, diante do ginásio lotado de Cabo Frio e das câmeras da TV.
Recordo-me de outra entrevista, de Escadinha, considerado o melhor líbero do planeta, acerca do trabalho de Bernardinho: "Uma vez eu estava treinando sozinho com ele e só tinha 30 minutos de quadra. Ele acabou comigo. Às vezes você acha que, pelo fato de estar sozinho e com pouco tempo, não pode trabalhar direito. Isso não existe, você pode fazer o melhor treino da sua vida".
Disparo um google, avanço a madrugada e noto que Zé Roberto e Bernardinho não costumam falar em "detalhes" ou "sorte".
Garimpo em vão por declarações deles que sejam reconfortantes -um "nós estamos no caminho certo" ou um "faltam somente pequenos ajustes".
Percebo que, para ambos, campeões olímpicos e ainda assim inconformados, os ajustes à sua frente nunca s(er)ão pequenos.
Lembro que os dois buscaram conhecimento no exterior, estudaram a geometria do esporte, compreenderam a importância da capacitação atlética para o sucesso de uma equipe. Que, sem cerimônias, implodiram estruturas da "escola brasileira" e construíram outras. Que inventaram um novo jeito de treinar e jogar.
Constato que o basquete nacional nunca se atreveu a dar esse passo. Que, sem foco e atitude, ainda trabalha como se o "desmico" fosse a última das bossas.
Descubro como o vôlei é legal.

Cortada 1

Ter convocado adolescentes para o grupo de treino foi uma decisão sábia da comissão técnica. Caio e Rafael, tapa-buracos de última hora, estão penando na Copa América. Mas imagine ter de pedir socorro a pivôs veteranos que nem engataram a pré-temporada por aqui...

Cortada 2

Nossos pivôs pegaram mais rebotes no ataque (32) do que na defesa (28), sinal de falta de balanço defensivo. O time se atira todo à tabela do adversário e abre a retaguarda. Por isso toma tantas cestas bobas.

Cortada 3

Os brasileiros deviam treinar mais bandejas. São em média quatro cestas fáceis desperdiçadas por partida até agora em Santo Domingo.


Fonte: Folha de São Paulo
Houston Comets de Janeth recebe Seattle Storm de Iziane abrindo playoffs da WNBA

Pela primeira vez desde 2002, quando a pivô Érika de Souza ajudou o Los Angeles Sparks a ganhar o bicampeonato da WNBA eliminando pelo caminho o Houston Comets da ala Janeth Arcain, duas brasileiras voltam a se enfrentar nos playoffs da principal liga feminina de basquete do mundo. Nesta terça-feira às 22h30min (de Brasília), o Houston da paulista de 36 anos Janeth recebe o atual campeão Seattle Storm da ala maranhense de 23 anos Iziane Castro Marques no primeiro jogo da série melhor-de-três valendo uma vaga nos playoffs finais do Oeste. Nos quatro confrontos da temporada regular, foram duas vitórias em casa para cada lado, mas o Storm tem a vantagem de decidir o mata-mata em casa por ter feito a segunda melhor campanha da conferência com 20 triunfos, uma a mais que o time texano. O destaque será o duelo das principais candidatas ao prêmio de melhor jogadora do ano: a ala americana tricampeã olímpica Sheryl Swoopes contra a ala-pivô australiana Lauren Jackson, que já ganharam o prêmio MVP nos anos de 2002 e 2003, respectivamente. O Jogo 1 terá parte da renda no Toyota Center revertida em favor dos desabrigados e vítimas do furacão Katrina, que devastou o litoral sul dos EUA.

Pela primeira vez Janeth tem ameaçado o posto de maior estrela brasileira na WNBA, pois a idade e o fato de jogar deslocada como armadora fazem diferença em suas médias de 10,1 pontos, 2,7 rebotes e 1,6 assistência por jogo, as mais baixas desde o ano 2000. Desde 99, Janeth foi titular em todos os jogos do Comets, exceto pela temporada passada, quando pediu dispensa para se preparar com a Seleção Brasileira para a Olimpíada de Atenas e o Houston sentiu falta, ficando fora da fase decisiva pela primeira vez na história. Iziane cresceu após sua estréia discreta pelo Miami Sol, virou titular do time campeão da liga e melhorou suas médias para 8,2 pontos, 2,94 rebotes e 1,5 assistência por partida, nos playoffs ela terá muito trabalho na marcação de Swoopes, enquanto Arcain duelará diretamente com a ala-armadora Betty Lennox, eleita a melhor atleta das finais do ano passado.

Sheryl Swoopes é a cestinha do campeonato pelo Comets com 18,6 pontos por partida e a segunda em roubos de bola com média de dois por jogo, além de anotar 3,6 rebotes e 4 assistências por noite. Lauren Jackson é a segunda cestinha com 17,8 pontos por jogo e segunda reboteira da liga com 9,3 rebotes de média. No garrafão, as pivôs Michelle Snow e Janell Burse travarão o combate entre a jogadora que ganhou o prêmio de maior evolução em 2004 e a candidata a esse prêmio pelo Storm este ano.

A armadora campeã olímpica Sue Bird foi eleita a melhor jogadora da última semana da temporada regular ao liderar o Seattle a três vitórias seguidas com médias de 13 pontos e 6,3 assistências no período, com destaque para os 20 pontos e sete assistências marcados no último jogo que eliminou da disputa o Phoenix Mercury com o placar de 85 a 74. Bird lidera a liga em assistências com 5,9 por jogo, foi a quarta colocada em arremessos de três pontos (43,7%) e 19a cestinha com 12,1 pontos de média, levando boa vantagem sobre Dominique Canty, armadora do Houston que tem como reserva a veterana tricampeã olímpica Dawn Staley, recém-adquirida numa troca com o lanterna Charlotte Sting, mas em 10 jogos com o Comets a experiente jogadora teve médias de apenas 3 pontos e 2,6 assistências por partida. Outro trunfo do Storm é a invencibilidade recorde de nove partidas no seu ginásio Key Arena, palco do Jogo 2 na quinta-feira e se necessário do Jogo 3 no sábado. A ala-pivô bicampeã olímpica Tina Thompson ficou fora da maior parte do campeonato devido à licença-maternidade e aos poucos foi recuperando o ritmo, embora fique em quarto lugar atrás de Janeth no ranking de pontuadoras da equipe.

O jogo de hoje no Toyota Center prestará luto e respeito às vítimas do furacão Katrina, que atingiu o Sul dos EUA provocando mais de 80 mortes. Moradores refugiados dos estados de Louisiana, Alabama e Mississipi, o mais destruído pela tragédia, ganharão ingressos grátis e receberão parte da renda, fundações de caridade de Houston também receberão doações e venderão produtos autografados do Comets para ajudar nos fundos de solidariedade. Na NBA, o New Orleans Hornets é o clube mais mobilizado para o socorro aos desabrigados do furacão, afinal 80% da cidade de Nova Orleans sofreu com as enchentes e os ventos de 150km/h.

“Nossos corações estão com as muitas pessoas que estão lidando com a devastação causada pelo furacão Katrina. Nossa organização tem sempre o desejo de ajudar os necessitados. Esperamos que esse convite público aos desalojados e o dinheiro que arrecadarmos ajude de uma maneira pequena a facilitar o desconforto daqueles que foram forçados a deixar suas casas para achar um abrigo seguro”, disse o presidente do Comets, George Postolos.

“Nossos confrontos com o Houston foram muito iguais, tivemos bons e maus momentos, isso é bom para nós, pois não vamos encarar a série com excesso nem com falta de confiança. Sabemos que o primeiro jogo será crucial. Nos playoffs da WNBA não considero que o time de melhor campanha tenha uma vantagem, você tem de entrar em quadra e provar isso. Todos os times podem ganhar nas duas conferências. Detroit x Connecticut é um grande jogo na primeira rodada, a mesma coisa digo para Sacramento x Los Angeles e Indiana x New York, é o grande momento do ano”, afirmou a técnica do Seattle, Anne Donovan, que fará um duelo tático com seu “chefe” na seleção americana, o treinador Van Chancellor.

“O dia em que voltei recuperada da lesão no pulso foi provavelmente o melhor da minha vida, me sinto bem como estava no início da temporada, agora tenho que tolerar qualquer coisa e lidar com as dores que tiver”, declarou a ala-armadora Betty Lennox, comemorando o fato de o Storm ter obtido as mesmas 20 vitórias do ano passado na fase de classificação mesmo com as lesões que desfalcaram o time dela e de Sue Bird por algumas partidas e a renovação do grupo com as saídas de Sheri Sam (Charlotte), Tully Bevilaqua (Indiana) e Kamila Vodichkova (Phoenix) e as contratações das jovens Iziane, Tanisha Wright e Suzy Batkovic (AUS), além da armadora novata italiana Francesca Zara.

“Neste ponto todo mundo está com 0 a 0, todos os retrospectos foram apagados. Os playoffs são um novo começo e temos de ganhar dois jogos em três. Não pensei muito sobre o ano passado durante esta temporada, o que temos de fazer é jogar com as atuais campeãs o ano inteiro”, destacou Sue Bird.

Nos outros confrontos dos playoffs, o líder geral e atual vice-campeão Connecticut Sun (26V-8D) enfrenta nesta terça-feira no Palace de Auburn Hills o campeão de 2003 Detroit Shock (16V-18D), que eliminou o Washington Mystics na briga pela última vaga na Conferência Leste. Na quarta-feira, o vice-líder Indiana Fever (21V-13D) encara o New York Liberty (18V-16D) e o líder do Oeste Sacramento Monarchs (25V-9D) faz o clássico californiano com o Los Angeles Sparks (17V-17D).


Fonte: BasketBrasil

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

BRASIL E CUBA DISPUTAM JOGO DESAFIO ELETROBRÁS EM MACAPÁ



As seleções femininas do Brasil e de Cuba disputam nesta terça-feira no ginásio Avertino Ramos, em Macapá (20h de Brasília), o primeiro dos dois Jogos Desafio Eletrobrás de Basquete. O segundo confronto está marcado para quinta-feira, também às 20 horas, no ginásio Poliesportivo de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Brasileiras e cubanas se enfrentaram 25 vezes em competições oficiais com 17 vitórias do Brasil contra oito de Cuba. Na 5ª Copa América da República Dominicana, de 14 a 18 de setembro, o Brasil está no grupo “B” juntamente com Porto Rico, Colômbia e Canadá. No grupo “A” estão Cuba, Argentina, Guatemala e República Dominicana.

— Será mais um jogo difícil e disputado. Temos que estar concentradas na marcação do início ao fim, pois qualquer vacilo contra uma equipe perigosa como Cuba pode causar um prejuízo difícil de recuperar depois. Quando conseguimos acertar bem a nossa defesa, o ataque flui melhor e mais consistente. Temos que manter o padrão que apresentamos nas partidas anteriores, jogando bem coletivamente e solidárias no ataque — comentou a pivô Êga.

— Acho que será uma ótima partida para as duas equipes. Internacionalmente, o Brasil tem resultados melhores que Cuba nos últimos anos, mas sabemos da nossa força e vamos lutar para fazer um bom jogo e vencer. Para isso, precisamos melhorar ofensivamente. No último confronto, fomos bem na defesa, mas não conseguimos um bom aproveitamento no ataque. Faltou um pouco de regularidade no final e contra uma seleção do nível do Brasil, temos que jogar bem o tempo inteiro — disse a pivô Plutin.

BRASIL

4. Adrianinha; 5. Fabianna; 6. Jaqueline; 7. Silvia Cristina; 8. Micaela; 9. Zaine; 10. Vivian; 11. Êga; 12. Mamá; 13. Ísis; 14. Érika; 15. Graziane. Técnico: Antonio Carlos Barbosa.

CUBA

4. Fernandez; 5. Suero; 6. Plutin; 7. Geliz; 8. Sorla; 9. Amargo; 10. Boulet; 11. Martinez; 12. Rodriguez; 13. Castillo; 14. Hecheverria; 15. Avila. Técnico: Armando Acosta.
Cíntia Luz reforça Pão de Açúcar/Unimar

A lateral Cíntia Luz é a novo reforço do Pão de Açúcar/Unimar para o Campeonato Nacional de Basquete Feminino. Ela apresentou-se para os primeiros treinos com a nova equipe na tarde de ontem no ginásio de esportes do Colégio Cristo Rei.

Aos 34 anos, a ex-jogadora da seleção brasileira e de grandes equipes é o principal no nome do elenco de Marília que faz sua participação inédita no Nacional, cuja 8ª edição tem início previsto para outubro. Cíntia Luz atuava na ADBA Avilés, da Espanha.

Irmã das jogadoras Helen (armadora) e Silvinha (lateral), Cíntia Regina Santos Luz (1,76) é atual vice-campeã brasileira pelo extinto Unimed/ Americana. Ela já defendeu times de Araçatuba, Ourinhos, Santo André, Jundiaí e Piracicaba.

De volta – Além de Cíntia Luz, a novidade do Pão de Açúcar/Unimar, ontem, foi a reintegração da armadora Ana Flávia Sackis, a Aninha, que havia sido dispensada após o final do Paulistão-2005 com Aide, Simone Pontello e Renata.

O outro reforço para o Nacional foi a lateral Fernanda “Xuxu”, que treina desde segunda-feira. Ex-jogadora do Unimed/Ourinhos, ela escolheu jogar em Marília para ficar mais próxima do noivo, o armador Arnaldinho, do Conti/Assis, de Assis.

A comissão técnica dirigida por Valéria Cavecci, a “Chuca”, também já tem novo integrante. Trata-se do preparador físico Carlinhos. Ele trabalhou com a seleção brasileira feminina na temporada passada. A ex-jogadora Tininha continua como auxiliar-técnica.

O Pão de Açúcar/Unimar tem o prazo até o dia 15 de setembro para fazer a inscrição de novas atletas para o Nacional.

Pão de Açúcar/Unimar quer uma pivô

O Pão de Açúcar/Unimar quer mais uma pivô para disputar o Campeonato Nacional de Basquete Feminino. Para trazer o novo reforço, a equipe conta com a colaboração de mais um patrocinador. “Até sabemos quem trazer, mas não temos condições”, falou a técnica Valéria Cavecci.

Atualmente, o time conta com três pivôs no elenco: Márcia, Luciane e Jaqueline.

As contratações desta semana foram das laterais Cíntia Luz e Fernanda Xuxu, além da reintegração da armadora Ana Flávia, a Aninha. O elenco atual tem 11 atletas.

O Pão de Açúcar/Unimar é mantido através de um ‘pool’ de empresas formada pela rede de supermercados, a principal investidora, que dá o nome ao time com a Unimar e ainda a Turismar, bonés Podium e o Colégio Cristo Rei, além da prefeitura de Marília.

Amistosos – Até que comece o Nacional, em outubro, o Pão de Açúcar/ Unimar deverá enfrentar a Fio/Pão de Açúcar/Unimed/Ourinhos em jogos amistosos em cidade da região como Assis e Garça. Os confrontos devem acontecer na 1ª quinzena do próximo mês.

Fonte: Unimar



Equipe de Marília segue com patrocínio do Pão de Açúcar e da Unimar

A assistente técnica da equipe de Marília Tininha escreve ao blog, corrigindo a nota apresentada ontem.

Segundo a mesma, o patrocínio do Pão de Açúcar segue e até foi ampliado para permitir a disputa do Campeonato Nacional.

Tininha ainda nega que Ana Flávia (Passarinho) tenha sido dispensada. A armadora já treinaria com a equipe.

Tininha ainda reforça que as contratações de Fernanda e Cíntia foram feitas para substituir a saída de Renata e Aide.


Paulistas e catarineneses faturam título no basquete de rua


No palco do carnaval, o hip hop embalou a última etapa da Liga Brasileira de Basquete de Rua (Libbra). O sábado foi de festa no Sambódromo, no Centro do Rio, mas os cariocas, donos da casa, deixaram escapar os troféus. O campeão masculino foi o Slum, de São Paulo, e o título feminino ficou com o Jebic, de Santa Catarina.

Com um basquete de alto nível, o Slum bateu na final o Hoops Players, também da capital paulista, por 36-31. Ao contrário das etapas anteriores, cada tempo passou a ter 10 minutos e a vitória por placar (21 pontos) foi abolida.

O jogo começou truncado, com muitos erros e centrado na defesa. De forma curiosa, as equipes passaram a se soltar mais justamente nos minutos finais, levantando o público que lotava a arquibancada na Praça da Apoteose. Renê, do Hoops Players, foi eleito o melhor jogador do campeonato.

Na final feminina, o time de Santa Catarina derrotou o Santa Mônica, do Rio. A partida foi marcada por uma polêmica da arbitragem. Com 26 segundos no relógio, placar empatado, a equipe carioca sofreu uma falta, mas a mesa não parou o cronômetro. Enquanto as jogadoras se preparavam para repor a bola em jogo, o tempo acabou. Atônitas, as meninas do Santa Mônica perderam a chance de concluir o lance. A disputa foi para a prorrogação e as catarinenses venceram.

No fim das contas, houve um consenso de que as duas taças ficaram em boas mãos. Após o jogo, o público curtiu ainda um campeonato de enterradas.

Durante a tarde, as seleções femininas de Brasil e Cuba, que haviam se enfrentado pela manhã, apareceram para prestigiar o evento.

Foram sete etapas em bairros diferentes do Rio: Lagoa, Campinho, Ilha do Governador, Bangu, Campo Grande, Jacarepaguá e Centro. Cerca de 160 equipes participaram do torneio, que reuniu basqueteiros de todo o país. Durante os jogos, DJs garantiam altas doses de hip hop e dançarinos se apresentavam para a torcida.

Já estão abertas as inscrições para a edição do ano que vem. Mais informações no site da Libbra.

Fonte: Rebote

domingo, 28 de agosto de 2005

Tempo Extra

Ainda somente o basquete feminino, vale registrar que consultando a estatística do jogo Brasil x Cuba constava o nome da jogadora Fabianna. Portanto, o mistério da jovem ter sido enviada para uma missão em Roraima está no ar, assim como vários acontecem no masculino e nunca ninguém quem de direito é questionado.


Fonte: Bruno Lima, no Databasket
Iziane e Janeth se enfrentam nos play-offs

Fechando a temporada regular da WNBA, as brasileiras venceram.

O Seattle Storm, de Izzy, bateu o Phoenix Mercury por 85 a 74. O time foi o vice-campeão do Oeste. Iziane marcou 6 pontos, 4 rebotes, 2 recuperações e 2 assistências no jogo final.

O Houston Commets, de Janeth, bateu o Los Angeles por 77 a 51. Janeth jogou 32 minutos, teve 8 pontos, 4 recuperações, 3 rebotes e 2 assistências. O time foi o terceiro do Oeste.

Infelizmente, os times das brasileiras se enfrentam por 1 vaga nas semifinais. Assim apenas uma das duas únicas representantes brasileiras na competição seguirá viva.

O primeiro confronto é nessa terça (30/8), em Houston. Os dois seguintes são em Seattle (1 e 3/09).

A outra série do Oeste é Sacramento Monarchs (1) X Los Angeles Sparks (4).

No Leste, haverá Connecticut Sun (1) X Detroit Schock (4). E ainda: Indiana Fever (2) X New York Liberty (3).


Micaela será novo reforço de Ourinhos



A equipe de Ourinhos saiu na frente e fez uma grande contratação. Nos próximos dias, deve anunciar a chegada da ala Micaela, da seleção brasileira, ao time do técnico Antônio Carlos Vendramini.

Em excelente fase, a ala da seleção vem de duas temporadas na Itália, intercaladas por uma longa recuperação de contusão.

A estrela defenderá Ourinhos no Nacional (provavelmente o da CBB) e no Mundial.

Fernanda Beling e Cíntia Luz voltam em Marília

As mudanças são muitas em Marília, cidade que estreou na Primeira Divisão Paulista este ano.

Primeiro, o time perdeu o patrocínio do Pão de Açúcar, incentivo que lhe permitira tal ascensão e a contratação de seu time titular.

Num segundo momento, a técnica Chuca, numa atitude 'no mínimo' estranha, dispensou seu quarteto importado. Renata Oliveira fechou com Piracicaba. Aide, Ana Flávia-Passarinho e Simone Pontello estão sem equipe.

Equipe desfeita e patrocinador desligado, o time anuncia dois reforços interessantes.

O primeiro é Fernanda Beling, ex-Ourinhos. A ala fez uma opção arriscada nesse ano. Deixou o bom momento que vivia nas quadras e se afastou do núcleo do esporte. Foi para Brasília, encontrar o namorado Arnaldinho, que voltava ao basquete brasileiro, após temporada na Rússia. Os boatos (não concretizados) eram que os dois rumariam à Europa, assim que findasse o Nacional Masculino. Nesse meio tempo, Fernanda manteve os treinos e jogou um torneio universitário em Brasília.

O outro reforço é Cíntia Luz, que volta ao Brasil. O último clube da ala-armadora foi o Adba, da Espanha.

Marília também joga o Nacional da CBB.

Mais duas...

Outras duas equipes devem estar no Nacional da CBB.

Primeiro, Santo André, que sempre esteve do lado de lá.

Depois, Ribeirão Preto. O vice-campeão paulista tem grande parte de sua verba proveniente da Secretaria de Esportes local, dirigida por Lula Ferreira, também técnico da seleção masculina e muito prestigiado na CBB.


Quem Mais?

No Busão da CBB, ainda pode entrar Guarulhos, que mal teve verba para encerrar o último Paulista. Sport-Recife e Tijuca-RJ podem criar times-de-última-hora para entrar na viagem. O Grupo Universo pode dar a sua colaboração e montar um time (igualmente de última hora) em Minas; talvez em Juiz de Fora. Encerrando, há a possibilidade de um representante de Santa Catarina, quem sabe Joinville?

E na Nossa Liga?

A Nossa Liga vai confirmando também seus participantes.

São Caetano, Piracicaba e São Bernardo mantém seus times do último Paulista.

Catanduva traz o time que debuta na série A-2 do Paulista.

Rio Preto disputa uma liga no interior de São Paulo.

Campos ainda monta equipe, assim como Pindamonhagaba.

Pinhais e Maringá são incógnitas.

Para fechar em 10 o número de participantes, a NLB espera respostas. Talvez Sorocaba ou Uberaba...

Nossa Liga tem assessoria de imprensa

A NLB já fechou sua assessoria de imprensa.

A agência é a Comcept Sports Consulting, que cuida de atletas como Kaká, Luis Fabiano, Diego, Roberto Carlos e Waldemar Niclevicz.

Veja o texto de apresentação da NLB no site da agência:

A Comcept Sports Consulting é a assessoria de imprensa da Nossa Liga de Basquetebol (NLB). A agência gerencia toda a comunicação da entidade com a imprensa e ainda realizou um media training com os principais porta-vozes da entidade.

Perfil
A Nossa Liga de Basquetebol (NLB), entidade representada pelos ídolos do esporte Oscar Schmidt, Hortência Marcari e Magic Paula, nasceu em março de 2005 com o intuito de profissionalizar e promover o basquete nacional. Com 39 clubes associados, que representam 35 cidades e 11 estados, a entidade tem como objetivo mudar o atual cenário do basquete brasileiro, marcado pela desorganização dos campeonatos, ausência de ídolos, desestímulo dos jogadores, pouco dinheiro para os clubes e desinteresse do público.

“Vamos seguir os passos da NBA, que é o maior exemplo de como uma liga profissional pode gerar resultados excepcionais para a modalidade”, afirma Oscar Schmidt, presidente da NLB. Os principais desafios da Nossa Liga são: atrair maior público para os ginásios, aumentar a rentabilidade dos clubes e atletas e trazer maior retorno aos patrocinadores.

Para chegar a esse patamar, a NLB alia o conhecimento e paixão pelo basquete que seus principais representantes possuem com uma administração profissional e democrática. A diretoria executiva da Nossa Liga está a cargo de José Medalha, ex-técnico da Seleção Brasileira. Nas áreas de marketing, comunicação, jurídica e contábil, a entidade firmou parcerias com empresas e profissionais reconhecidos e que, acima de tudo, acreditam na modalidade.

Na área de marketing a NLB fechou parceria com a Traffic Marketing Esportivo, grupo que possui mais de 20 anos de experiência no mercado de marketing esportivo. A empresa, que venceu concorrência, assumiu a gestão e coordenação das atividades de marketing da Nossa Liga, com o objetivo de captar patrocínios, elaborar ações promocionais e incrementar as negociações com os grupos de comunicação.

Reconhecida e elogiada pelo Ministério dos Esportes, a NLB irá promover, a partir de outubro, os primeiros campeonatos nacionais nas categorias masculino e feminino. Outras ações previstas serão colocadas em prática para proporcionar a profissionalização do basquete, como projetos para as categorias de base e cursos profissionalizantes.


A Pergunta!

Uma pergunta importante é: que liga Janeth vai defender?

O prestígio da maior jogadora em atividade do basquete nacional certamente será fundamental na sobrevivência de uma ou de outra.






Lígia, uma ourinhense de coração

Há dezenove anos, uma menina brincando com uma bola de basquete no Parque Ibirapuera em São Paulo chamou a atenção do técnico Antonio Carlos Vendramini. Começava naquele dia a carreira da tetracampeã Lígia Maria Moraes. Hoje, com 31 anos, a jogadora acumula vários títulos e vitórias em sua vida profissional.
Antes do basquete, Lígia conta que treinava atletismo na capital. Somente depois de ser descoberta por Vendramini, quando tinha 12 anos, ela começou a treinar o esporte. Percebendo o talento da menina, o técnico a levou para aprender basquete no time infantil de Sorocaba. "Meus pais me incentivaram muito na época", relembra. Além dela, o irmão menor também pratica basquete.
Ligia jogou profissionalmente, pela primeira vez, no "Associação Atlética de Avaré". Depois passou pelas equipes de Guarulhos, BCN, Ponte Preta, entre outras. Em 1995, Lígia foi chamada para integrar a primeira formação do time de basquete feminino profissional de Ourinhos. "Desde então nunca mais fui embora", diz. Lígia é a única jogadora que esteve presente em todas as conquistas da equipe.
Apesar de receber várias propostas para deixar Ourinhos, ela garante que no momento não tem planos de mudar, pois já está estabilizada na cidade. "Não só eu, mas o time inteiro está muito bem e ninguém pretende sair daqui por enquanto", frisa.


Começa o treino intensivo para as próximas disputas


Equipe não irá aos jogos abertos


Depois de duas semanas de folga, a equipe de basquete feminino FIO/Pão de Açúcar/Unimed/Ourinhos retornou com força total aos treinos. Segundo o técnico Antonio Carlos Vendramini, neste mês a prioridade é o aspecto físico das atletas. Em outubro a equipe disputará o Mundial de Moscou, na Rússia e, em seguida, o Campeonato Brasileiro.
Os treinamentos técnicos e táticos do time também serão intensificados. Já a escalação das jogadoras para esta temporada continuará a mesma do Campeonato Paulista. O técnico disse que não há interesse em contratações, pois a equipe está "bem composta em todas as posições".
Para a capitã e ala-pivô Lígia Maria Moraes, independente do resultado conquistado em Moscou a participação do grupo nos jogos já é de grande importância. "Espero a vitória, mas o resultado obtido será lucro", afirma. Ela diz que, mesmo sem conhecer as adversárias, a expectativa do título é grande.
Devido à participação no mundial, o time ourinhense não poderá participar dos Jogos Abertos em Botucatu. A competição será realizada na mesma época que o mundial, em outubro. A classificação para os Abertos de Botucatu foi conquistada com a vitória no 49º Jogos Regionais em Assis.


Fonte: Debate

Érika supera complexo por ser muito alta e hoje carrega a seleção

Alessandro Lucchetti

Pivô odiava sua altura e o basquete. Hoje, é o principal nome da seleção



Pela primeira vez na vida, a pivô Érika, da seleção brasileira de basquete, está sendo o centro das atenções — e gostando disso. A jogadora do Barcelona foi o grande destaque e a cestinha do Brasil nos dois amistosos do final de semana contra o Canadá. Os jogos fazem parte da preparação da equipe para a Copa América, que começa no próximo dia 14, na República Dominicana.

Por causa de sua altura (1,97m), Érika sempre foi alvo da curiosidade alheia e de brincadeiras, muitas delas maldosas. “Era chamada de girafa, coqueiro e de Gigante Guerreiro Daileon (personagem do seriado japonês Jaspion), por ser muito alta e magra”, recorda.

Complexada por causa de sua compleição física, a atleta preferia até pegar carona no caminhão que levava o pai, eletricista, ao trabalho. “Odiava entrar nos ônibus e ver os estudantes tirarem sarro de mim”.

Hoje, com a cabeça feita aos 23 anos, Érika tem orgulho da altura e não evita chamar a atenção. Pelo contrário — tem vários piercings e 13 tatuagens espalhadas pelo corpo. “Gosto de ser reconhecida hoje”.

Boneco de posto

Principal nome da nova equipe brasileira, Érika disse que jamais havia imaginado chegar a esse ponto. “Comecei muito tarde no basquete, com 16 anos, e era muito desengonçada. Eu me parecia com aqueles bonecos infláveis de posto de gasolina e não tinha força nem para arremessar a bola. Só continuei por insistência do meu pai e dos professores”, diz a pivô.

Érika teve a iniciação esportiva aos 15 anos. Ganhou uma bolsa de estudos no Colégio Santa Cruz, e por isso era obrigada a praticar todos os esportes. “Gostava de todos: do handebol, vôlei e atletismo, menos do basquete. Mas os professores achavam que eu tinha futuro no basquete, e me indicaram para treinar na Mangueira”, lembra a jogadora carioca.

Após seis meses no time da escola de samba, Érika se transferiu para o BCN/Osasco, por indicação de Maria Helena Cardoso, Heleninha e Macau. Graças à insistência de Macau, ela tomou gosto pelo esporte. Sete anos depois, recebe o reconhecimento. Nesta temporada, além de destaque na seleção, foi eleita a melhor atleta do Campeonato Espanhol.

Pivô ainda chora perda do bronze



A pivô Érika acha que sua grande conquista na seleção brasileira ainda está por vir, mas já poderia ter chegado. Em sua opinião, faltou um pouco mais de seriedade para que a equipe tivesse saído dos Jogos Olímpicos de Atenas com uma medalha. O Brasil ficou em quarto lugar. “Ao menos a decisão do terceiro lugar, contra a Rússia, a gente poderia ter vencido. Deixamos o bronze escapar pelos vãos dos dedos.”

O principal pecado da equipe, na opinião da jogadora, teria sido o excesso de confiança. “Confiamos demais em nós mesmas. Poderíamos ter lutado mais, com mais humildade e determinação. Acho que entramos com salto alto”, lamenta.

Sem querer causar melindres nas jogadoras mais experientes, Érika ressalta o perfil humilde da nova seleção que se prepara para a Copa América, que está desfalcada de Alessandra, Cíntia Tuiú e Kelly (por lesões); Janeth e Iziane (disputam a WNBA) e Helen (que está em lua-de-mel). “Sem criticar as jogadoras mais experientes, quero chamar a atenção para a vontade desta equipe jovem. Aqui todo mundo está querendo mostrar serviço”, enfatiza. “Se continuarmos como estamos, temos totais chances de medalha na Copa América.”


Fonte: Diário de São Paulo


Feminino de Ribeirão com futuro incerto

A equipe feminina de Ribeirão ainda não confirmou a sua presença no Campeonato Brasileiro. Segundo a técnica Tininha uma reunião hoje poderá decidir o rumo da equipe. A treinadora não acredita no encerramento das atividades na equipe vice-campeã paulista. “A chance de parar são de 5%. Já esteve maior, mas não acredito. Estamos tentando buscar mais parceiros, pois o Nacional exige receitas pois tudo é mais caro”, disse.
Tininha lembrou que o Clube Verdade/SME já se posicionou quanto à polêmica entre a CBB – Confederação Brasileira de Basquete e a NLB – Nossa Liga de Basquete. “Se formos jogar, será pela CBB”, afirmou.
O time já perdeu duas jogadoras que foram vice-campeãs.
“Prefiro não falar os nomes, mas já estamos buscando as peças de reposição”, emendou Tininha.
NLB - A Nossa Liga de Basquete (NLB), entidade representada pelos ex-jogadores Oscar Schmidt, Hortência Marcari e Paula Gonçalves, anunciou nesta quinta-feira nove equipes que disputarão seu Campeonato Feminino, com início na segunda quinzena de novembro.
As equipes: Catanduva, Campos, Maringá, Piracicaba, Pindamonhangaba, Pinhais, Rio Preto, São Bernardo e São Caetano. A NLB aguarda a confirmação de uma décima equipe. O modelo de disputa será semelhante ao da NBA, com as equipes divididas em Conferências. O Nacional Feminino pela CBB tem início previsto para o dia 9 de outubro.


Fonte: Jornal A Cidade
Armadora Juliana chega amanhã como novo reforço

Atleta estava em Ribeirão Preto e inicia os treinos na segunda-feira


A armadora Juliana chega amanhã a Piracicaba para reforçar a equipe de basquete da Unimep/Amhpla/Selam. A jogadora, que defendia o Clube Verdade de Ribeirão Preto, se integra ao elenco na segunda-feira.
De acordo com a técnica Maria Angélica Gonçalves, a Branca, o reforço chegou em um bom momento e tem qualidade para vestir a camisa da Unimep. "É uma jogadora que fez um bom Campeonato Paulista da Série A-2, mas aí foi preterida pelo time de Guarulhos e se transferiu para Ribeirão Preto", contou Branca.
A treinadora ainda aguarda a chegada de mais uma jogadora para reforçar o elenco. "Estamos conversando para contratar mais uma pivô, mas tudo depende dos recursos financeiros. Vamos ver quanto é que tem na "poupança' que a Dona Ilda (Borges Gonçalves) para a gente gastar (risos). Olha que aquela mulher faz milagres", disse Branca, referindo à sua mãe, presidente da A. D. Unimep.
INCLUSÃO - E a família Gonçalves tem um bom motivo para comemorar hoje. O projeto "Passe de Mágica", criado pela ex-jogadora Maria Paula Gonçalves da Silva, a "Magic Paula', em parceria com a Coop (Cooperativa de Consumo), completa um ano. A festa, que contará com a presença da ex-jogadora, acontece às 9h no Sesi de Piracicaba (avenida Luiz Ralph Benatti, 600 Vila Industrial) e contará com a participação das 200 crianças atendidas pelo projeto, juntamente com seus familiares.
O programa possui três núcleos, sendo que dois deles estão localizados em Piracicaba. Um fica no Tiro de Guerra e, outro, no SESI, com 100 crianças cada um, com idade entre sete e 14 anos. Segundo a jogadora Magic Paula, o objetivo do "Passe de Mágica" é exclusivamente social, com preocupação voltada ao desenvolvimento integral de jovens, englobando educação, saúde, superação, sociabilidade, disciplina, resgate da auto-estima, cidadania e integração. A meta é preparar cidadãos para o futuro, por meio do esporte.


Fonte: Jornal de Piracicaba
UM DESCANSO PROS MARMANJOS; O JOGO FEMININO NO TIJUCA

Bruno Lima


Assim como acontecera no sábado passado quando o masculino conquistou de forma invicta o Torneio em Belo Horizonte, hoje o feminino repetiu a façanha aqui no Rio de Janeiro ao bater Cuba no jogo final.

Ao contrário do masculino, tal preparação para Copa América é um mero luxo, tendo em vista que mais da metade da seleção não foi convocada para competição, bem como para fase de treinamento. Ou seja, é uma boa oportunidade para se saber quem pode completar o elenco e quem definitivamente não tem condição de fazer parte do grupo, embora o Barbosa insista em especial com uma jogadora (Vivian).

Os destaques da seleção são Micaela e Érika “Rodman”. Outra que poderia ser considerada destaque é a armadora Adrianinha, porém, a mesma já anunciou que não vai fazer parte do grupo que vai para Copa América. Portanto, uma dúvida: Qual a finalidade de ter uma armadora atuando em todos os amistosos quando já se sabe que não vai participar do principal evento?

Ora, é evidente que uma comissão técnica em sã consciência sabendo que não vai contar com a armadora – sempre considerada o cérebro do time – procura dar ritmo de jogo a possível substituta. Certo? Errado na concepção dos comandantes da seleção. A reserva imediata da Adrianinha pelo que eu pude apurar seria a jogadora Fabiana. Pasmem basqueteiros! A referida reserva às vésperas da partida de hoje recebeu a notícia que teria uma missão a ser cumprida: representar o basquete feminino na abertura de um evento em Roraima. Eu não estou brincando, ao contrário, falando muito sério. Como pode acontecer uma aberração dessa? Da cabeça de treinador de seleções e membros do alto escalão da CBB há grande chance de sair o inimaginável, como no caso.

Importante registrar que a CBB planejou muito bem a agenda de amistosos e principalmente da jogadora Fabiana para ganhar experiência em vôo doméstico. No caso especial da jogadora citada, ele saiu do Rio de Janeiro para Roraima na quinta-feira e deve estar voltando neste domingo para se juntar ao grupo. Pensa que acabou? Agora com a companhia de todos da seleção, deve partir para Amapá na Segunda-feira, pois a seleção joga um amistoso contra Cuba lá na terça-feira. Após a partida, retornam ao Rio de Janeiro, e provavelmente de busão partem rumo à Cabo Frio para mais um amistoso. Isso é planejamento que se faça para uma seleção? ABSURDO. Ou melhor, salva de palmas, para não dizer outra coisa, para o autor dessa insanidade.

Note-se que a perplexidade não acontece no comando da seleção masculina. Para manter o padrão, Barbosa também comete atrocidades.

TEMPO EXTRA:

1) Durante a série de amistosos, somente assisti dois jogos contra o Canadá e hoje quando compareci ao Tijuca para prestigiar a linda festa organizada pela torcida carioca.

2) Hoje no ginásio do Tijuca estava presente aquele que certamente poderia estar no comando da seleção. Refiro-me a Miguel Angelo. Podem falar o que quiserem dele, mas é o único no Brasil que pode bater no peito e dizer com muito orgulho ser o único técnico medalhista olímpico e campeão mundial. Não sendo ele a opção, acredito que uma outra seria Maria Helena, que sabe tudo e mais um pouco do riscado.

3) Hoje a seleção masculina teve folga. Como será que os jogadores curtiram?

4) Apesar da derrota inaceitável, a seleção brasileira tem chance de passar para próxima fase em primeiro lugar. Só depende dos jogadores, pois, com o devido respeito, da comissão técnica tenho lá minhas dúvidas.

Fonte: Databasket
ALESSANDRA VIAJA PARA ESPANHA NESTA SEXTA-FEIRA PARA SE APRESENTAR À EQUIPE DO VALENCIA


Nesta sexta-feira (26 de agosto), às 15h45 (horário de Brasília), no
Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, a pivô Alessandra Oliveira embarca
para a Espanha para se apresentar ao Ros Casares Valencia. A jogadora
assinou contrato com o clube em julho deste ano e vai participar do
Campeonato Espanhol de Basquete e da Euroliga na temporada de 2005/2006.

Alessandra começa a treinar com a equipe do Valencia, atual vice-campeão
espanhol de basquete, a partir da próxima segunda-feira (29 de agosto). A
experiente pivô já atuou em times de vários países, como Itália, Estados
Unidos (WNBA), Iugoslávia, Coréia e Hungria, mas essa será a sua primeira
temporada na Espanha.

– Ir para a Espanha representa um novo estímulo na minha carreira. Estou
tranqüila porque atuo fora do Brasil há muito tempo. Só estou um pouco
ansiosa por voltar a jogar depois da microcirurgia no pé esquerdo que sofri
em março. Fiz fisioterapia e treinamentos leves em quadra e tive uma boa
recuperação. Estou me sentindo bem, mas a expectativa é grande. Espero fazer
uma ótima campanha no Campeonato Espanhol de Basquete e na Euroliga –
comenta Alessandra, que na temporada passada jogou na Itália pelo Reyer
Venezia.

O Campeonato Espanhol de Basquete tem início no dia 8 de outubro. O Valencia
estréia enfrentando o Puig D’en Valls de Santa Eulalia em casa, no ginásio
Fuente de San Luis.

Já a Euroliga, uma das principais competições do basquete europeu, começa no
dia 26 de outubro. O Valencia está no Grupo A, junto com o Dexia Namur, da
Bélgica, o USO Mondeville Basket, da França, o Mizo-Pecs, da Hungria, o USK
Blex Prague, da República Tcheca, e o BC Volgaburmash, da Rússia.
Houston de Janeth bate Phoenix e vai aos playoffs da WNBA; Storm de Iziane é 2o

Na temporada passada sem a veterana ala brasileira Janeth Arcain, que pediu dispensa para se preparar com a Seleção para a Olimpíada de Atenas-2004, o Houston Comets ficou fora dos playoffs da WNBA pela primeira vez na história. Neste ano com a volta de Janeth, o time texano garantiu ontem sua classificação à fase decisiva com uma vitória por 80 a 72 (26 a 23 no intervalo) sobre o Mercury em Phoenix. A estrela paulista de 36 anos marcou 10 pontos e três rebotes, a ala-pivô bicampeã olímpica Tina Thompson decidiu fazendo 16 de seus 18 pontos no segundo tempo, a pivô All-Star Michelle Snow anotou 17 pontos mais 11 rebotes e a cestinha da liga e tricampeã olímpica Sheryl Swoopes ajudou com 15 pontos mais 13 rebotes numa boa atuação coletiva que manteve o Comets (18V-15D) na terceira posição da Conferência Oeste e tirou o Phoenix (16V-17D) da zona de playoffs faltando uma partida, já que o quarto colocado é o Los Angeles Sparks (16V-16D). Já o campeão Seattle Storm da ala maranhense Iziane Castro Marques garantiu a segunda posição no Oeste e a vantagem de mando de quadra no mata-mata ao derrotar em casa o líder já classificado Sacramento Monarchs por 76 a 63 (49 a 38 no intervalo). Izzy destacou-se com 13 pontos, oito rebotes e um roubo de bola, a cestinha do Storm (19V-14D) foi a pivô Janell Burse com 17 pontos e sete rebotes contra os mesmos 17 da ala rival Nicole Powell. No Leste, Detroit Shock, que ontem venceu o Indiana Fever por 55 a 40, e Washington Mystics disputam a última vaga. É muito provável que as duas brazucas se encontrem nos playoffs, que começam na terça-feira, e quem perder até teria tempo para defender a Seleção na Copa América da República Dominicana, de 14 a 18 de setembro.

Tetracampeão nas quatro primeiras edições da liga, o Houston começou abrindo 4 a 0 no Arizona, mas o Phoenix logo se recuperou empurrado pela torcida de 8.528 pagantes e foi buscar o empate por 6 a 6. Janeth (camisa 9 de vermelho na foto) começou mal, deu duas andadas e levou um toco da pivô tcheca Kamila Vodichkova nos primeiros minutos, saiu zerada do primeiro tempo. Mesmo assim a equipe texana virou o placar de 13 a 10 para 26 a 19 com oito pontos cada da pivô Snow e da armadora Dominique Canty, e foi para o intervalo com uma vantagem de três pontos numa partida equilibrada, na qual a forte defesa do Comets impôs ao Mercury sua menor pontuação do campeonato nos 20 minutos iniciais.

O time visitante voltou melhor para a segunda etapa graças a Tina Thompson, que foi cestinha do Comets em todos os três confrontos com o Mercury neste mês de agosto. Janeth desencantou com uma bandeja abrindo 37 a 30 e a ala-pivô Tina fez quatro pontos na série de 15 a 4 que colocou 41 a 30 no placar faltando 15 minutos. Arcain converteu três lances livres seguidos, o último deles cobrando falta técnica apitada contra Diana Taurasi e fazendo 44 a 34. A diferença subiu para uma máxima de 12 pontos, mas o Phoenix reagiu e encostou em 56 a 50 com uma cesta da armadora Anna DeForge, daí Janeth respondeu com um arremesso certeiro recebendo assistência de Sheryl Swoopes, que com duas cestas consecutivas definiu a vitória da classificação abrindo 64 a 53 a 3min56s do fim. A ala brasileira acertou mais dois lances livres fazendo 71 a 61 e fechou o placar faltando três segundos convertendo um em dois tiros da linha de penalidade, todos os seus 10 pontos foram depois do intervalo assim como 16 de Thompson. Os 54 pontos sofridos pelo Mercury no segundo tempo foram um recorde negativo da equipe na temporada, o Houston teve um bom aproveitamento de 54% nos arremessos contra 37% do adversário, apesar de ter perdido a briga pelos rebotes por 40 a 27 a favor do Phoenix, que se ressente da saída da pivô de 2,05m Maria Stepanova para a seleção da Rússia.

Todas as cinco titulares do Comets pontuaram em dígitos duplos, com destaque para Thompson que acertou sete em nove arremessos de quadra e todos os quatro lances livres além de seis rebotes, e da pivô Michelle Snow, que converteu oito em 15 finalizações e deu dois tocos. Em 28 minutos de ação, Janeth encestou dois em cinco arremessos de dois pontos e seis em sete lances livres, cometeu três faltas, não fez assistência e desperdiçou quatro posses de bola. Na defesa, ela limitou a armadora Anna DeForge a 11 pontos e duas assistências com oito finalizações erradas em 12 tentativas. Sheryl Swoopes foi completa na marcação com 12 rebotes defensivos, três tocos e dois roubos de bola, além dos 15 pontos deu sete assistências, é forte candidata ao prêmio de melhor jogadora da temporada. A armadora Dominique Canty ajudou com 12 pontos, quatro rebotes, três roubos de bola e duas assistências. A veterana armadora tricampeã olímpica Dawn Staley, ex-Charlotte Sting, foi a melhor do banco texano com quatro pontos e três rebotes.

Os destaques do Phoenix foram a armadora campeã olímpica Diana Taurasi com 19 pontos e oito assistências, a pivô Kamila Vodichkova com 12 pontos e 11 rebotes, a ala australiana Penny Taylor com 11 pontos e duas assistências, mais a reserva Belinda Snell com 10 pontos e três rebotes. O Mercury agora tem poucas chances para disputar os playoffs pela primeira vez desde 2000, tem de vencer o Seattle Storm na última rodada no sábado e torcer contra o LA Sparks, que enfrenta o lanterna eliminado San Antonio SilverStars hoje e o Houston amanhã.

“Estamos de volta aos playoffs, mas não vou satisfeita apenas com a classificação. Obviamente é preciso dar um passo de cada vez, ficamos fora dos playoffs em 2004 e o primeiro objetivo será classificar, agora temos que pensar na oportunidade de ganhar o título pela quinta vez”, disse Swoopes.

“Temos um grande time que está jogando muito bem, nossos torcedores estão animados. As vitórias contra o Phoenix realmente nos ajudaram nessa reta final, porque nos deixaram duas posições à frente de um adversário direto, agora vamos batalhar para garantir essa terceira posição. Vamos dar 3 mil toalhas para os fãs agitarem o ginásio no jogo de sábado pela última rodada. Será uma grande partida, porque é contra Los Angeles, um grande rival, devemos ter um grande público. Tina Thompson está voltando forte depois da licença-maternidade, parece ter recuperado a boa forma. Sheryl Swoopes está jogando como uma MVP, Michelle Snow está ótima e a adição de Dawn Staley ao grupo foi realmente importante, vamos ver o que essa mistura rende no final da temporada. Nos playoffs tudo pode acontecer, o Sacramento disparou na liderança da conferência, mas qualquer time pode vencer, isso vai tornar os jogos mais interessantes”, analisou Wendy McCauley, vice-presidenta do Comets.

Em Seattle, o campeão Storm igualou um recorde da franquia registrado em 2003 com a oitava vitória seguida em seu ginásio, derrotando o Sacramento Monarchs (24V-9D) por 76 a 63 e interrompendo a série de quatro triunfos consecutivos do time californiano que luta contra o Connecticut Sun (24V-8D) pela liderança geral da temporada regular para ter vantagem nos playoffs até uma possível final. O time da casa dominou o garrafão graças a 17 pontos da pivô Janell Burse e 14 da ala-pivô australiana Lauren Jackson, além dos 11 pontos e oito rebotes que fizeram da ala maranhense Iziane a melhor reboteira da equipe na noite.

O Seattle começou bem abrindo 4 a 2 no placar com duas cestas seguidas de Izzy, no primeiro arremesso certeiro e na bandeja após pegar rebote ofensivo da tentativa de Lauren Jackson. O Monarchs virou para 7 a 6 com uma cesta de três de Nicole Powell com a mão de Iziane no rosto dela, a maranhense saiu bufando de raiva com o lance e no ataque seguinte virou o placar acertando dois lances livres. Depois o Storm se soltou no ataque e foi livrando vantagem. A jovem brazuca de 23 anos abriu 15 a 9 com uma cesta de dois sofrendo falta e acertando o lance livre de bonificação, foram nove pontos dela nos sete minutos iniciais. Com o apoio de um público pagante de 9.686 torcedores, o time da casa continuou dominando e abriu uma diferença de 30 a 20 com uma cesta de três da armadora campeã olímpica Sue Bird, minutos depois uma bandeja de Jackson colocou 41 a 31 no placar, ganhando aplausos do ala do Seattle SuperSonics da NBA Damien Wilkins, que renovou contrato anteontem com a cobertura da oferta assinada com o Minnesota Timberwolves. O Monarchs reagiu com seis pontos consecutivos e levou a técnica Anne Donovan a pedir tempo, o Storm se recompôs e fechou o primeiro tempo com uma jogada de três pontos de Sue Bird fazendo 49 a 38, na maior pontuação do time campeão antes do intervalo neste campeonato.

No segundo tempo o ritmo ofensivo do jogo diminuiu. Iziane fez seu décimo ponto abrindo 52 a 38 ao acertar um de dois lances livres e depois com um arremesso certeiro recebendo assistência da novata italiana Francesca Zara colocou 57 a 42 no marcador com seu 12o ponto. Depois ela cometeu erros seguidos e o Sacramento aproveitou certo relaxamento do time da casa para reagir comandado por Nicole Powell, que fez três jogadas de três pontos na seqüência reduzindo a diferença para 64 a 60 a 5min36s do fim. O susto foi a senha para Janell Burse decidir, abrindo uma série de 11 a 0 com uma bandeja. Lances livres de Iziane e Bird fizeram 68 a 60 e a única cesta de três de Lauren Jackson no jogo reconstruíram a vantagem para 11 pontos. Burse e LJ fizeram bandejas depois e bastou ao Seattle administrar a folga no placar com suas reservas. Jackson saiu eliminada com seis faltas ouvindo os gritos de “MVP! MVP!” dos fãs e Burse também foi homenageada por atingir a marca de 500 rebotes em sua carreira na liga americana.

Iziane acertou quatro em nove arremessos de quadra e cinco em sete lances livres, pegou cinco rebotes defensivos e três ofensivos, roubou uma bola da chinesa Miao Li Jie, cometeu duas faltas e desperdiçou quatro posses de bola. Na defesa, ela marcou a cestinha Nicole Powell, que apesar dos 17 pontos errou 13 em 18 arremessos. Candidata a jogadora de maior evolução na temporada, Janell Burse converteu cinco em seis finalizações e sete em 13 lances livres, sete rebotes, um roubo de bola e um toco, enquanto Lauren Jackson fechou o garrafão com cinco tocos e seis rebotes. Sue Bird ajudou com 12 pontos e cinco assistências e a ala-armadora Betty Lennox encestou oito.

A veterana pivô campeã olímpica Yolanda Griffith, ex-companheira de Izzy no Ekaterimburg da Rússia, decepcionou com sete pontos e quatro rebotes errando 12 em 15 arremessos pelo Sacramento. A reserva Hamchetou Maiga compensou com 12 pontos e cinco rebotes, e a ala-pivô Rebekkah Brunson com nove pontos e nove rebotes. A armadora portuguesa Ticha Penicheiro foi discreta com quatro pontos e quatro assistências.

“É ótimo conquistar essa segunda posição jogando este tipo de basquete. Fizemos isso em San Antonio e repetimos hoje contra o Sacramento, um adversário mais forte. Defensivamente nos empenhamos a forçá-las a um baixo percentual de acerto nos arremessos. Não posso falar o bastante sobre nossa concentração e esforço, tomara que possamos repetir isso no sábado. Acho que jogamos muito bem e tiramos o ritmo delas. Sem dúvida sentiram falta de Kara Lawson, ela fez a diferença na última vez que atuamos em Sacramento. Tenho certeza que elas estão ansiosas para tê-la de volta na equipe, mas o mérito foi nosso de fazer um grande trabalho defensivo. Janell entrou muito focada em não deixar Yolanda Griffith jogar. JB, Lauren Jackson e Suzy Batkovic fizeram todas um bom trabalho no garrafão. Fiquei satisfeita com nosso desempenho forçando faltas e indo para a linha de lance livre. Continuamos agressivas no ataque e com isso muitas coisas boas acontecem. Betty Lennox ainda está tentando encontrar seu ritmo após a lesão no pulso. A maior força dela é a explosão física. Contra a pressão do Monarchs, com o movimento de seu pulso limitado, ela não conseguiu passar pelas marcadoras, foi um jogo difícil para ela. Mas é só uma questão de ganhar confiança e recuperar o ritmo de jogo. A tática defensiva do Sacramento era congestionar o meio, então ficou difícil Lauren Jackson conseguir 20 pontos numa partida assim, sabíamos disso. Quando se vê um ataque equilibrado nas estatísticas, percebe-se que o ataque coletivo é o que você tem de fazer contra o Sacramento”, analisou a técnica Anne Donovan.

“É muito bom termos garantido a vantagem de mando de quadra na primeira rodada dos playoffs, assim podemos controlar nosso destino. O Sacramento ainda está tentando a liderança e a vantagem de decidir em casa até as finais, então foi um time que não desistiu nunca e não jogou apenas para cumprir tabela. Elas lutaram e reagiram na partida. Espero vê-las de novo nos playoffs, possivelmente nas finais do Oeste. Nós ditamos o ritmo do jogo, essa foi a ordem principal de Anne na preleção antes do jogo. O Monarchs joga com um estilo muito forte de defesa e normalmente dita um ritmo mais lento. Queríamos ser agressivas ofensivamente e defensivamente, e no final fizemos um belo trabalho”, disse Sue Bird.

“Yolanda Griffith é uma fera, é muito duro impedir que a bola chegue a ela, mantê-la fora do garrafão e ficar sempre na frente dela quando arremessa. Minhas companheiras me ajudaram na defesa. Estamos muito felizes, é como tirar um peso dos nossos ombros. Todas nós entramos focadas individualmente, não falamos muito sobre garantir a segunda posição, sabíamos que precisávamos só de uma vitória para isso e quisemos consegui-la hoje sem esperar a última rodada”, afirmou Janell Burse.

“Se tivermos sorte de passar pela primeira rodada dos playoffs, tenho certeza de que voltaremos a Seattle. Mas não há coisas certas na WNBA. Nos últimos dois anos eliminados times que tinham vantagem na casa deles, então sabemos o quanto o caminho pode ser escorregadio para nós e para o Storm. Assumindo que ambos cumpram seu papel, voltaremos a nos enfrentar nas finais do Oeste, é uma competição particular divertida. O Seattle é bem treinado e tem uma grande torcida, adoro os fãs daqui, são como os nossos em Sacramento, trabalham duro para apoiar seu time. Foi uma boa partida, mas não conseguíamos o resultado que queríamos”, declarou o técnico do Monarchs, John Whisenant.

“Nunca desistimos, não importa a situação, não importa quantos pontos estejamos atrás, nunca nos entregamos, vamos continuar lutando. É por isso que estamos em primeiro lugar. Para os playoffs vamos ver muitos vídeos, especialmente eu, pois errei muitos arremessos. Temos que nos preparar para o próximo jogo e estaremos prontas. Não temos de nos preocupar com o Connecticut, temos de pensar só no que o Monarchs está fazendo. Nós lideramos o Oeste, elas são as primeiras do Leste, vamos continuar em frente, um jogo por vez. Não podemos nos preocupar com o que o Connecticut faz, temos de nos focar em nosso trabalho e com mais uma vitória teremos chances de terminar na liderança final. Jogamos com desfalques durante toda a temporada e nossa superação levou à boa situação em que estamos. Quando uma pessoa cai, o show não pode parar. Temos outras grandes jogadoras que podem entrar no lugar de Kara Lawson e fizemos isso hoje. Tivemos oportunidades de encostar no placar, mas simplesmente não conseguimos acertar os arremessos. Temos que nos manter focadas e converter as bolas, principalmente eu”, explicou a pivô Yolanda Griffith.

Na Conferência Leste, o Detroit Shock manteve-se na luta pela última vaga no mata-mata ao derrotar em casa o vice-líder da chave Indiana Fever, que vinha de quatro vitórias seguidas e perdeu por 55 a 40 (22 a 23 no intervalo) na sua pior pontuação do ano, um recorde defensivo para a franquia de Michigan. A ala-pivô Cheryl Ford, filha do ex-astro da NBA Karl Malone, comandou o Shock (16V-17D) com 14 pontos e 10 rebotes, contando com a ajuda de 12 pontos da pivô campeã olímpica Ruth Riley contra 13 da ala-pivô Tamika Catchings. O Detroit agora pode se classificar com uma derrota do Washington Mystics (15V-17D) hoje na casa do líder Connecticut Sun ou precisará vencer o rival direto em Washington. Completando a rodada da noite de quinta-feira, o lanterna Charlotte Sting (6V-27D) finalmente conseguiu ganhar uma partida fora de casa após 16 derrotas como visitante. No Madison Square Garden de Nova York, o time da Carolina do Norte venceu o New York Liberty por 78 a 66 (35 a 36 no intervalo) graças a 24 pontos da ala Sheri Sam mais 17 da pivô canadense Tammy Sutton-Brown, superando os 20 pontos, sete rebotes e cinco assistências da armadora All-Star para o já classificado em terceiro do Leste Liberty (18V-15D), que perdeu a ala-pivô russa Elena Baranova com uma lesão no tornozelo direito nessa partida que foi um mero amistoso de preparação para enfrentar o Indiana nos playoffs.

A temporada regular de 34 rodadas da WNBA termina com os seguintes jogos: Connecticut Sun x Washington Mystics e San Antonio SilverStars x Los Angeles Sparks (sexta-feira à noite), Charlotte Sting x Connecticut Sun, Washington Mystics x Detroit Shock, Seattle Storm x Phoenix Mercury, Minnesota Lynx x Sacramento Monarchs, Indiana Fever x New York Liberty, Houston Comets x Los Angeles Sparks.


Nossa Liga tem nove equipes confirmadas para seu Nacional a partir de novembro

A Nossa Liga de Basquetebol (NLB) informa que nove equipes confirmaram presença no primeiro Campeonato Brasileiro feminino da entidade, com início programado para a segunda quinzena de novembro. A Nossa Liga aguarda ainda a confirmação de uma décima equipe até o final da semana. O Nacional feminino da Confederação Brasileira (CBB) conseguiu atrair as principais equipes do país, incluindo o campeão nacional e paulista Ourinhos/Pão de Açúcar/Unimed.

As equipes confirmadas são no torneio da NLB gerenciado pelas estrelas Magic Paula e Hortência são: Catanduva, Campos/ACF, Maringá, Unimep/Piracicaba, Pindamonhangaba, São José dos Pinhais, Rio Preto, São Bernardo/Metodista e São Caetano. Esses clubes garantiram que possuem condições financeiras e equipe para disputar o campeonato, a partir de novembro. O modelo de disputa será semelhante ao da WNBA, com as equipes divididas em conferências.

Nos próximos dias, a NLB anunciará o modelo de disputa dos campeonatos masculino e feminino, além de detalhes da cobertura televisiva.

"Essas equipes acreditam que o basquete brasileiro precisa ser reformulado para voltar e ser o segundo esporte do País e obter novas conquistas. Vamos ter um belo campeonato, organizado, transparente e viável para as equipes, assim como no caso do masculino", declarou Paula, vice-presidente de competições femininas da NLB.

Fonte: BasketBrasil