Foi uma campanha bem típica da Rússia essa no Europeu da Polônia.
Aquele começo de sempre: devagar-quase-parando, com vitórias apertadíssimas sobre Eslováquia e Grã-Bretanha e derrotas para Lituânia e Bielorrússia, que parecia determinar mais uma vez que o tempo delas já havia passado.
Nos jogos decisivos, no entanto, a Rússia voltou a ser “soviética” e esteve implacável na semifinal contra as tchecas (85-53) e na final contra as turcas (59-42).
A campanha sugere que ainda há fôlego na majestade de Maria Stepanova, 18 pontos e 12 rebotes na final.
A pivô teve no Europeu o mesmo número de pontos da ala Elena Danilochina (25 anos), MVP na competição e um sopro de renovação em um time que saiu balançado do último Mundial.
O ouro garante à Rússia vaga anteceipada em Londres-2012.
A prata da Turquia surpreende e talvez seja o sinal de ascenção de um país que vem investindo pesado na modalidade nos últimos anos. A base já é bastante experiente e bem representada pela pivô Nevriye Yilmaz (31 anos).
Na disputa do bronze, a França (que faz campanhas contrárias às russas, com ótimos começos e desfechos desapontadores) bateu a República Tcheca (63-56), que não repetiu o brilho do Mundial em casa.
Além desses três países, a Croácia terá a oportunidade de jogar o Pré-Olímpico Mundial, após ter batido a seleção de Montenegro, ex-sensação do torneio.
Fora da zona de classificação, o torneio deixou uma marca amarga na Espanha. Bronze no último Mundial, a seleção se tornou uma presa inofensiva quando desfalcada de Valdemoro e Sancho. Com a aposentadoria da primeira, duas titulares balzaquianas (Montanana e Palau) e fora de Londres, o futuro não sorri tranquilo para elas.