terça-feira, 30 de setembro de 2003

Unimed/Americana contrata Jacqueline

A armadora Jacqueline, da seleção brasileira, foi contratada pela Unimed/Americana para as competições do segundo semestre - Jogos Abertos do Interior e Campeonato Nacional de Basquete Feminino. A contratação foi anunciada nesta terça-feira (30) pela diretoria da cooperativa médica e a jogadora já está treinando com as companheiras no ginásio do Centro Cívico. O médico Armando Fornari, diretor da equipe, disse que a Unimed estuda a possibilidade de trazer novos reforços.
Jacqueline Godoy é paulistana, tem 27 anos, 1,76 m e 75 kg. Jogou pelo Divino/Jundiaí, São João, Lacta, Unimep, Data Control, Fluminense, Quaker/Campinas, Waylanda Baptiste University (Estados Unidos), Tenerife (Espanha) e Bourges (França). Com a seleção brasileira, foi campeã sul-americana adulta, juvenil e cadete, campeã da Copa América Juvenil, medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo e quinta colocada no Mundial Juvenil. Recentemente, fez parte do grupo que ganhou o Pré-Olímpico do México e garantiu vaga na Olimpíada de Atenas. Foi ainda campeã nacional pelo Fluminense.
Satisfeito com a contratação de Jacqueline, o técnico Paulo Bassul afirmou que a jogadora será importante para a Unimed/Americana. "Trata-se de uma atleta experiente, que vai se inserir muito bem no grupo. É uma armadora que marca forte, que organiza a equipe ofensivamente e que também pontua", avaliou Bassul.
A estréia de Jacqueline na Unimed/Americana será nos Jogos Abertos do Interior, em Santos, na partida contra São Bernardo do Campo, marcada para o dia 11 de outubro, às 17h30, no ginásio do Clube de Regatas Santista.

Janeth: fôlego para Pequim

A ala da Seleção Brasileira de Basquete e estrela da WNBA mostra, aos 34 anos, disposição de juvenil. Ela quer disputar mais duas Olimpíadas antes de parar e confia fazer a final de Atenas/2004


Alegria de jogar e fôlego de uma novata são os dois fatores que fazem Janeth Arcain, estrela da Seleção Brasileira de Basquete e da WNBA (a liga profissional norte-americana), manter o pique e a motivação para jogar até sua quinta Olimpíada, daqui a cinco anos, em Pequim. Aos 34 anos, 17 deles pela Seleção Brasileira e sete jogando nos Estados Unidos, Janeth mal tem tempo para cuidar da vida particular - quando não está na quadra, está na escolinha de formação que leva seu nome. Mas ela garante: "Essa correria é gratificante."

Ela não estava no time que conquistou o bronze nos Jogos Pan-Americanos de São Domingos porque estava disputando sua sétima temporada na WNBA, pelo Houston Comets. Chegou ao Brasil e quatro dias depois já estava com a Seleção no México, para disputar o Pré-Olímpico. Treinou apenas uma semana com o grupo e, além do título da competição - que deu ao Brasil a vaga para Atenas/2004 -, a ala foi eleita a melhor jogadora das Américas.

Assim que voltou ao País, na última terça-feira, o que deveriam ser dias de folga foram, na verdade, ainda mais corridos para Janeth. Além de cuidar de seu centro de formação, ela gravou programas e deu inúmeras entrevistas.

Quando consegue se livrar dos compromissos e descansar, ela prefere ficar em seu apartamento em Santo André, onde mora sozinha.

Mas nem mesmo em casa ela se desliga do basquete: por todos os lados estão quadros da jogadora, além de camisas, bolas e troféus no escritório, onde passa a maior parte do tempo navegando na internet. "Sou muito caseira, sossegada. Adoro ficar na internet. Vejo sites de esportes e notícias, respondo perguntas no meu site (www.janeth9.com.br). Antes, até entrava em chats, mas ninguém acreditava que eu era a Janeth do basquete."

O que ela não consegue tirar da cabeça são os Jogos Olímpicos de Atenas, no ano que vem. "É o meu grande objetivo fazer uma final olímpica. Sabemos que podemos jogar de igual para igual com todos os times do mundo. Tanto que em 2004 até abro mão da WNBA para me dedicar totalmente à Seleção."

Para Janeth, esse grupo comandado por Antônio Carlos Barbosa é mais bem preparado que a geração que conquistou a prata em Atlanta/96 e o bronze em Sydney/2000. "Esse é um time mais consciente, está tendo mais experiência do que teve aquele com Paula, Hortência e eu, porque essas meninas de agora já pegaram um Brasil vencedor. Aquela geração de 1996 foi a que abriu as portas do basquete brasileiro para o cenário internacional", ressalta.

Quem pensa que Janeth encerra a carreira após a Olimpíada está enganado: "Em 2005, posso voltar para a WNBA, já que devo ficar de fora ano que vem. Em 2006, teremos um Campeonato Mundial no Rio; no ano seguinte tem o Pan do Rio; e em 2008 vem a Olimpíada de Pequim."

Assim que deixar as quadras, a ala pensa em seguir como dirigente do esporte. "Na escolinha, sou eu quem faz o planejamento de cada aula que tem de ser dada. Me reúno bimestralmente com os professores para conversar sobre como serão as aulas. Não penso exatamente em ser técnica. Não é porque fui boa jogadora que também seria boa como treinadora. O que penso mesmo é em ser dirigente."


ERICA AKIE

Fonte: Jornal da Tarde

segunda-feira, 29 de setembro de 2003

JANETH, BARBOSA E GREGO VISITAM PRESIDENTE DA ELETROBRÁS NO RIO

Rio de Janeiro – A ala Janeth Arcain, a melhor jogadora do Torneio Pré-Olímpico das Américas, o técnico da seleção brasileira adulta, Antonio Carlos Barbosa, e o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, visitam nesta terça-feira, às 16:30 horas, o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. O encontro será na sede da empresa no Rio de Janeiro (avenida Presidente Vargas, 409/13º andar – Centro). Na ocasião, Janeth irá entregar para Pinguelli o troféu inédito, que ficará exposto na Eletrobrás.

Na temporada 2003, o basquete feminino do Brasil, patrocinado pela Eletrobrás, disputou quatro competições e subiu ao pódio em todas elas: campeão invicto do 8º Torneio Pré-Olímpico do México e a vaga para as Olimpíadas de Atenas, em 2004; campeão invicto do 28º Sul-Americano do Equador; vice-campeão do 1º Mundial Sub-21 da Croácia; e medalha de bronze nos 14º Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.
JANETH, SIMPLESMENTE

Marcelo Fefer/O Dia

Santo André / São Paulo - Hortência recebeu o prefixo Rainha ao seu nome quando era a principal cestinha do basquete brasileiro. Paula, famosa pela precisão e criatividade de seus passes, era chamada de Magic, como o jogador americano. Já a mais vitoriosa jogadora da história da modalidade no País – a única que foi campeã mundial, ganhou duas medalhas olímpicas (uma de prata e outra de bronze), e por quatro vezes levou o título da WNBA, a badalada liga profissional dos EUA – sempre foi, simplesmente, Janeth.

Isso não incomoda em nada a camisa 9 da seleção brasileira, que ruma para a sua quarta Olimpíada, graças à conquista inédita do Pré-Olímpico, alcançada no domingo, no México. Até porque simplicidade é um dos traços mais marcantes da personalidade de Janeth, que sempre procurou evoluir superando seus próprios limites, em vez de tentar repetir o que Paula e Hortência faziam. “Ouvi várias vezes essa pergunta: a Janeth será igual à Paula ou à Hortência? Eu pensava: elas são únicas. Tenho que ser a Janeth, mas melhorando a cada dia. Se pensasse que deveria ser igual a elas, não seria eu e não chegaria onde estou”, afirmou Janeth, quarta-feira, quando recebeu a visita do ATAQUE no Centro de Formação Esportiva que mantém em Santo André.

Num papo descontraído, Janeth disse que as brasileiras têm um talento natural para o basquete, que seus sonhos ainda não-realizados são o ouro olímpico e o nascimento de um filho, recordou, com detalhes, sua trajetória nas quadras .

O COMEÇO NO VÔLEI – “Morava no Bom Retiro, já gostava de basquete e não tinha condição de pagar uma escolinha. O clube mais próximo era o Corinthians e fui lá ver se havia equipe de basquete. E não havia. Como era alta e tinha boa impulsão, falaram: joga vôlei. Como era no meu time de coração, topei. Após três meses de treino, era titular, como atacante de ponta, e fui campeã paulista mirim. Acho que nasci para praticar esportes. Mas depois da final, virei pro técnico e disse: você me desculpa, mas eu vou jogar basquete”.

A ESTRÉIA NO BASQUETE – “Fui levada para Catanduva por duas professoras de Educação Física e meu primeiro jogo de basquete, quando tinha 13 anos, foi inesquecível. Estreei numa final de campeonato, contra Jundiaí. Fomos campeãs e fui eleita a melhor jogadora. Peguei muitos rebotes e fui a cestinha. Ganhei uma girafinha como troféu. Isso, mais o Mundial de 1983, realizado em São Paulo, sacramentaram minha paixão pelo basquete”.

SELEÇÃO – “A primeira convocação foi 1986, mas a Maria Helena disse que era só para eu ganhar experiência. Em 1987, ganhei meu primeiro Sul-Americano. Acho que o Pan de 1991 (vencido pelo Brasil, em Havana) foi o meu arranque na Seleção, quando comecei a ajudar a Paula e a Hortência a distribuir os pontos. Passei a fazer parte do tripé. Mas a minha afirmação foi no Mundial de 1994 (vencido pelo Brasil na Austrália), onde fui a segunda cestinha da Seleção”.

A TRANSIÇÃO – “Quando a Hortência e a Paula pararam, senti a responsabilidade de não deixar um vácuo. Mas deixamos o ‘eu’ para pensar no ‘nós’ e a Seleção seguiu no caminho certo. A primeira competição sem as duas foi a Olimpíada de Sydney, onde tivemos altos e baixos, mas fomos ao pódio”.

O ERRO DE 2002 – “Antes do Mundial (na China, onde o Brasil foi sétimo, sua pior colocação internacional desde a Olimpíada de 1992), toda a base da Seleção estava na WNBA. O grupo se reuniu no aeroporto. Dessa vez, no Pré-Olímpico, consertamos isso. A base estava formada e entrosada e isso facilitou enquadrar apenas duas jogadoras: primeiro a Helen, e depois, eu”.

PREPARAÇÃO OLÍMPICA – “Pelo que o Grego (Gerasime Bozikis, presidente da CBB) conversou comigo, teremos dois meses de preparação antes dos Jogos de Atenas, em um bom local de treino. Agora não há mais desculpas, pois a Seleção tem patrocínio e há ainda os recursos da Lei Piva. Se cumprirem a promessa, temos totais condições de ir ao pódio e até brigar pelo ouro”.

TALENTO NATURAL – “A brasileira tem um talento natural para o basquete. Temos qualidades incríveis para nos manter no topo por tanto tempo com tão pouco apoio financeiro. Só com uma lei de incentivo fiscal podemos quebrar o ciclo que impede o crescimento maior do basquete. É como uma bola-de-neve”.

WNBA – “Quando fui chamada pela primeira vez, nem quis saber quanto iria ganhar. Queria ir. Agora, é diferente. Já joguei lá por sete anos, ganhei quatro títulos, fui ao All Star Game e estou realizada. Abro mão pela Olimpíada”.

SONHOS – “Meus sonhos como profissional de basquete eram jogar nos EUA, criar meu Centro de Formação de Esportiva e ganhar o ouro olímpico. Só falta um. Após alcançá-lo, posso pensar no meu sonho fora das quadras, que é ter um filho. Não sonho me casar com véu e grinalda, mas em juntar com alguém e ter filhos. Tive uns rolos nos EUA, mas agora estou sem namorado”.

LONGEVIDADE – “Minha condição física, aos 34 anos, não me deixa atrás das mais novas. Posso jogar 40 minutos, como fiz na final do Pré-Olímpico. Descanso bastante e como de tudo.Mas não saio de casa sem café da manhã, onde não pode faltar bolo e requeijão. Quando vou para a WNBA, levo quatro potes de requeijão congelado”.

Centro é exemplo na formação de atletas


Janeth se orgulha de estar formando as futuras gerações do basquete

Funcionando desde 5 de fevereiro de 2002, o Centro de Formação Esportiva Janeth Arcain, em Santo André, é um exemplo de como revelar atletas. Conta com 200 alunos, fora os 30 que converteram suas primeiras cestas lá e hoje atuam na equipe Janeth Arcain que disputa o Campeonato Paulista – no feminino, na categoria mini (até 13 anos), e no masculino, na pré-mini (até 12).
“No feminino, três meninas têm talento para chegar à categoria adulta. No masculino, uns cinco”, aposta Janeth.

O Centro funciona na sede do Clube Panelinha. “De segunda a sexta, o espaço é nosso. Para ter duas aulas por semana, 60% das crianças pagam R$ 35.

Os demais, por não terem condição, treinam de graça. Não sei quanto investi aqui. Pago o aluguel, água, luz, os profissionais (três técnicas, um auxiliar, um secretário e a gerente Karine Batista, seu braço direito), mas a realização que sinto não tem preço. Temos planos de ter sede própria e até de abrir filiais, no futuro, se conseguirmos parceiros”, diz Janeth.

Ao entrar para a escolinha, o aluno ganha uniforme, bolsa e garrafa térmica com a marca Janeth Arcain. “A exigência de uniforme foi a forma que encontramos para igualar ricos e pobres. Com a camisa do Centro, não há como distingui-los”, explica.


Fonte: O Dia

domingo, 28 de setembro de 2003

Pré-Olímpico Europeu




A seleção do torneio foi: Anna Arkhipova (Russia), Hana Mochova (Rep. Tcheca), Lucia Blahuchkova (Rep. Tcheca), Elena Baranova (Russia), Ann Wouters (Bélgica).

MVP – Lucia Blahuchkova (Rep. Tcheca).
Maria Helena estréia com título



A técnica Maria Helena Cardoso já mostrou a força do seu time espanhol, o Mendibil, na pré-temporada, papando o título do Torneio Cidade Rivas.

O time massacrou os adversários: 77-53 no Celta (onde até a última temporada jogava Renata Oliveira) e o Salamanca (onde Iziane estreou) por 82 a 61.
Rússia conquista título e Espanha leva última vaga olímpica

Patras (Grécia) - Com um horrível primeiro quarto das rivais, a Rússia levantou o título do Europeu Feminino de Basquete, encerrado neste domingo na Grécia.
Na final, as russas venceram a República Tcheca por 59 a 56 (34 a 22 no primeiro tempo), após ter uma vantagem de mais de 15 pontos.

A Rússia abriu 7 a 0 logo no início da partida e administraram a vantagem para terminar o primeiro tempo na frente com 34 a 22. As tchecas só reagiram na etapa final e tiveram a chance de empatar o jogo nos segundos finais, mas os arremessos de Blahuskova, Machova e Vesela pararam no aro adversário.

Com isso, a Rússia pôde comemorar a conquista do primeiro título desde o fim da União Soviética. As russas foram vice-campeãs em 2001, e terceiras colocadas em 1999 e 1995. Na época da ex-União Soviética, o país foi soberano e venceu 20 das 22 edições do Europeu.

Além do triunfo russo, o dia também foi de festa para a Espanha, que conquistou a última vaga olímpica da Europa para o torneio feminino de basquete em Atenas-2004.

As espanholas arrebataram a classificação para as Olimpíadas, ao vencer a Grécia por 87 a 81 (35 a 49), em uma virada inacreditável.

A Espanha chegou a estar perdendo por 14 pontos no final do terceiro quarto, mas buscou a reação nos últimos dez minutos da partida e venceram com uma grande partida da armadora Marta Fernandez, que fez nada menos de cinco cestas de três pontos.

Com isso, a Espanha conseguiu a virada e coemorou muito a vaga para Atenas. Além da Espanha, a Europa será representada por Rússia, República Tcheca e a anfitriã Grécia.

Fonte: Gazeta
Espanha fica com a última vaga; Rússia é campeã européia

A Rússia bateu a República Checa por 59 a 56 e ficou com o título do Pré-Olímpico Europeu. Os destaques russos foram Osipova (16 pts) e Baranova (14 pts). A checa Hamzova fez 15 pontos.

Na decisão do bronze, deu Espanha. 87 a 81 pra cima da Polônia. A espanhola Fernandes foi a cestinha, com 19 pontos. Assim, Valdemoro (e não Dydek) vai pra Atenas. As espanholas, por sinal, andavam sumidas dos Jogos. Participaram da última vez em 1992, mas só porque eram país-sede.

A cestinho do torneio foi a checa Blahuskova, com 21,6 pontos por jogo. A maior assistente foi Cathy Melain (4,75 apj), da eliminada França. A polonesa Dydek foi a maior reboteira.
Notícias de Americana

Lilian e Ega recebem medalha no Palácio dos Bandeirantes

A ala Lilian e a pivô Ega, da equipe de basquete da Unimed/Americana, receberão nesta terça-feira (16) a medalha de mérito desportivo, em solenidade programada para as 11 horas, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. A medalha será entregue pelo governador Geraldo Alckmin às jogadoras que defendem equipes do Estado e recentemente ficaram em terceiro lugar (medalha de bronze) nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, na República Dominicana.
Além de Lilian e Ega, a ala Micaela também foi medalhista em Santo Domingo, mas ela não poderá participar da solenidade no Palácio dos Bandeirantes em razão de ter viajado com a seleção brasileira para disputar o Torneio Pré-Olímpico, no México.

Unimed/Americana busca título do Regional

A equipe mirim da Unimed/Americana está na final do Campeonato Regional de Basquete Feminino e vai em busca do título na série melhor-de-três contra Mococa. O primeiro jogo do playoff será terça-feira, dia 23, às 17 horas, em Mococa, e o segundo acontece no sábado, dia 27, às 11 horas, no ginásio do Centro Cívico. Havendo necessidade, a terceira e decisiva partida está prevista para domingo, dia 24, às 10 horas, também em Americana.
Para chegar à decisão, a Unimed superou o XV de Agosto de Socorro, enquanto Mococa eliminou Itupeva. A técnica Anne Freitas terá à disposição as seguintes jogadoras para o playoff final do Regional: Luana, Gaby, Luma, Laylla, Ana Paula, Daiane, Eveline, Juliana, Tainara, Dani e Leila. A preparadora física da equipe de Americana é Cláudia Godoy.

Micaela e Bassul retornam ao Brasil

A jogadora Micaela e o técnico Paulo Bassul, que participaram da vitoriosa campanha da seleção brasileira no Torneio Pré-Olímpico, em Culiacán, no México, retornam ao Brasil nesta terça-feira (23), com desembarque previsto para as 7 horas, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A seleção conquistou o título da competição e garantiu o direito de disputar os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. Micaela e Bassul são esperados em Americana para que a direção da Unimed possa programar uma entrevista coletiva com a imprensa da região.



Aposentada

Rebecca Lobo anunciou sua aposentadoria nesta semana.

sábado, 27 de setembro de 2003

República Checa e Rússia são as finalistas do Europeu

Depois de fazer uma primeira fase invicta, a Espanha caiu contra as russas, na semifinal do Pré-Olímpico. E nem adiantou a Valdemoro fazer 18 pontos e jogar a bola na cara da adversária (Imaginem se eu guardo alguma mágoa por aquela derrota no ano passado?). Ingrid Pons fez 14. Pelo lado da Rússia, Artechina fez 17 e Joulia Skopa 16. O placar final: 78-71.


Na outra semifinal, as checas (surpresa do torneio) bateram as polonesas por 76 a 64. O destaque checo foi BLAHUSKOVA, com 34 pontos e 10 rebotes. (Meu Deus!). Pelo lado das polonesas, Margo Dydek impressionou com 22 pontos e 12 rebotes.

Checas e Russas definem a medalha de ouro, mas já estão garantidas em Atenas. Polonesas e espanholas decidem o bronze e a última vaga pros jogos.

Por fim, uma dúvida o certo é checa ou tcheca?
O Blog no Ibest

O Blog do Basquete Feminino está mais uma vez inscrito no IBEST, com a sincera intenção de ganhar nada mais que experiência.

Se você achar que o blog merece, por favor, deixe seu voto na categoria IBEST Blog.

Ásia

Em janeiro, o continente define suas três vagas pra Atenas, a serem disputadas por: Taipei, Índia, Japão, Coréia, Malásia, China, Filipinas e Tailândia.
Mama África

O Pré-Olímpico Africano será em dezembro, com a participação de doze seleções, sendo o Senegal o favorito a ganhar a vaga pra Atenas.

Group A:
Angola
Cameroon
Ivory Coast
Nigeria
Mozambique
Tunisia

Group B:
Algeria
Democratic Rep. of Congo
Madagascar
Mali
Republic of South Africa
Senegal
Oceania

O Pré-Olímpico Local consistiu de uma melhor de três entre Austrália e Nova Zelândia. As australianas venceram por 2 a 0 (69-55, 84-61).

Mas as neozelandesas também vão a Atenas.
São Paulo/Guaru antecipa fuso de 8 horas

Por Bruno Mendonça*


Faltando poucos dias para a disputa do Mundial Interclubes de Basquete Feminino, o São Paulo/Guaru já se prepara para enfrentar uma de suas maiores dificuldades, o fuso horário russo.

"A atleta geralmente leva cerca de 3 dias para se adaptar ao fuso de determinado país, sendo assim, resolvemos antecipar essa situação", disse o técnico Alexandre César Cato sobre o trabalho de antecipação que será supervisionado pelo fisiologista da equipe, Rodrigo Chaves e pelo preparador físico, Roney de Oliveira.

Para solucionar esse "incoveniente", a equipe deverá alternar seus horários de treinos três dias antes do embarque a Rússia, com isso as atletas terão que trocar o dia pela noite, mudando inclusive hábitos alimentares.

Hábitos alimentares. Essa também é uma preocupação que ronda a equipe, além da temperatura e do idioma. "Vamos entrar em contato com o hotel onde nos hospedaremos e pedir um cardápio que não cause problemas às atletas" ressaltou Cato.

Quanto as condições físicas das jogadoras, o preparador físico da equipe afirma que a equipe terá um bom rendimento físico, mesmo com jogos diários."As atletas fazem um trabalho a base de suplementação e creatina para aquisição de força, o que certamente vai ajudar nas partidas diárias que serão disputadas em Samara" - concluiu Roney de Oliveira.

A equipe deve embarcar no dia 10 de outubro.



*Bruno Mendonça, 22, jornalista e editor do jornal Foco Esportivo.
Yes!

Fico muito feliz de ter colaboradores aqui no blog.

A estréia da vez agora é do jornalista Bruno Mendonça, que escreverá sobre o São Paulo/Guaru.
Espanha avança

A Espanha bateu a Sérvia por 76 a 64 e avançou às semifinais do Pré-Olímpico.

As semifinais serão Polônia X República Checa e Espanha X Rússia.

sexta-feira, 26 de setembro de 2003

Polônia, Rússia e República Checa avançam

Nas quartas de final do Pré-Olímpico Europeu, as polonesas bateram as eslovacas (78-61, com 19 pontos e 18 rebotes de Margo Dydek), as russas as francesas (79-66) e as checas as belgas (98-62).

Espanholas e sérvias disputam logo mais a última vaga nas semifinais.

Só as três primeiras vão a Atenas.

Cesta na Rede... Toda Sexta,
na Rede


Por: Marcelo Suwabe

É Primavera...


Esta foi uma semana muito importante para nós amantes do basquetebol feminino brasileiro. Uma semana que, permeada pelo equinócio ocorrido no dia 23 de setembro que marca a mudança de estação do ano, conseguimos nossa classificação para as olimpíadas de Atenas 2004.

O inicio da primavera aqui no Hemisfério sul, carimba também o nosso passaporte para nossa quarta olimpíada. Qualquer suspeita de não classificação ficou pelo meio do caminho. A expectativa era imensa, mas as nossas jogadoras parecem que sabem exatamente a hora de colocar o seu verdadeiro jogo em quadra.

Pensando bem, nem foi um pré-olímpico tão difícil assim. Nossas meninas jogaram o suficiente para ganhar todos os jogos. Contra as seleções mais fracas, vencemos de mais de 50 pontos. Os jogos decisivos, contra Canadá e Cuba, não foram de placar elástico, mas também não foram de deixar o torcedor envergonhado.

Definitivamente o nosso jogo não encaixa contra as canadenses. Foi o nosso jogo mais difícil. Vencemos apertado por 71 x 65. Janeth foi responsável por quase metade de nossos pontos. Totalizou 31. Até parece que voltamos no tempo, quando uma única jogadora, Paula ou Hortência, fazia a maioria de nossas cestas.

Contra Cuba, não deixamos dúvidas. O título só poderia ser nosso mesmo. Também pudera, foram poucas as vezes que perdemos para elas em jogos decisivos. Nosso jogo se encaixa bem contra as cubanas. Já faz mais de uma década que aprendemos a jogar contra as meninas da Ilha de Fidel. E não poderia ser diferente, mais uma vitória demonstrando nossa supremacia, 90 x 81.

Missão cumprida. Dá aquele alívio. E para nós torcedores a certeza de que poderemos desfrutar de mais uma olimpíada. Já, para nossas meninas, vamos comemorar com muitas flores. Afinal, é primavera...


quinta-feira, 25 de setembro de 2003

Helen: nova vida na Rússia

A vida da ala/armadora Helen Luz vai sofrer uma mudança radical nos próximos dias. A primeira novidade é sua transferência para o basquete russo, que nunca contou com uma brasileira em quadra. Mas as novidades em sua vida não param por aí. Muito em breve a jogadora da seleção brasileira de basquete vai mudar de status social e se tornará uma mulher casada.
Depois de um longo namoro com o também jogador André Brazolin, Helen encontrou sua alma gêmea na Europa, durante os três meses que passou na Espanha defendendo o Barcelona. 'Este é um momento muito gostoso da minha vida', admite. O casamento ainda não está com a data definida, mas sai antes de seu embarque para a Rússia. 'Os papéis já estão correndo na Espanha. Devo ir para lá na próxima semana e, se tudo estiver pronto, caso'.

Segundo ela, o acerto do casamento também pesou em sua decisão de tentar a sorte em um país tão diferente do Brasil. 'Claro que dá um friozinho na barriga. Mas não vou estar sozinha. Se ele não fosse junto nem teria aceitado'.

O convite para defender o Dinamo Novosibirsk foi estudado nos mínimos detalhes pela atleta. 'Aconteceu. Surgiu esta oportunidade. Mas foi um acordo demorado'. Disputando a primeira divisão russa com chances de chegar à Euroliga, Helen está animada pelo novo desafio. 'Claro que financeiramente vai ser muito bom, mas o mais importante é que estarei abrindo uma outra porta e jogando basquete em um nível muito bom com muitas estrangeiras'.

Helen vai passar sete meses na Rússia e ainda não fala nada do idioma, mas isto não diminui sua empolgação. 'Com certeza esta temporada vai ajudar muito'. E quando voltar, já pensa em ajudar novamente a seleção, que garantiu a vaga para os Jogos Olímpicos de Atenas-2004.

'Este é um grupo muito bom', elogia. 'É jovem, mas já tem experiência com tanta menina jogando fora. Meninas que vão ter seis ou sete anos ainda na seleção e isto me deixa muito feliz'.

São Paulo-Guaru se reforça para Mundial

A pivô Jermisha Dosty (EUA), a ala-pivô Cozette Ballantine (EUA), a ala-pivô Alejandra Chesta (ARG) e a pivô Kátia Denise foram contratadas para a competição interclubes, em outubro.


Fonte:
Folha

Pesquisando sobre as contratações do tricolor:

Jermisha Dosty, americana, tem 23 anos, vem de uma carreira universitária premiadíssima e chegou a participar do draft da WNBA em 2002. Foi selecionada pelo Sacramento Monarchs, mas acabou não sendo aproveitada na temporada regular daquele ano. Estava jogando num time de Atenas, na Grécia, com médias de 9 pontos e 10 rebotes por jogo na Eurocopa.

Cozette Ballantine, também americana, detém o recorde de maior pontos em um jogo de uma liga escolar dos EUA: 42 pontos, no ano de 1991. Quem mais se aproximou dela, foi a hoje estrela Ruth Riley, com 41pontos, em 1999.

A argentina Alejandra Chesta, 21 anos, é um dos destaques da nova geração do basquete local, com médias de 10,4 pontos no último Mundial Sub-21.
Paula, a Magic

Palavra Mágica

A secretária nacional dos Esportes, Maria Paula Gonçalves, a Magic Paula, ex-jogadora que marcou época conquistando títulos pela Seleção Brasileira de basquete, afirmou ontem, em visita ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que o atleta profissional deve recorrer mais à Justiça do Trabalho para ser reconhecido como trabalhador no esporte. Paula comentou a importância da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para o crescimento do esporte e reconhecimento profissional do atleta, além de cobrar maior união da classe esportiva. Em rápida solenidade no gabinete da presidência do Tribunal, ela foi agraciada com a medalha comemorativa dos 61 anos da Justiça do Trabalho.

Outra época


"Atuei no esporte durante 28 anos de minha vida e nunca fui reconhecida como trabalhadora.É o momento de os atletas pensarem mais quando forem contratados e exigirem a assinatura em carteira para que tenham tranqüilidade no futuro. Se não houver projeto algum de lei no Congresso nesse sentido, seria interessante que algum deputado iniciasse essa caminhada."

Trabalho e esporte

"As pessoas que hoje estão acostumadas a desempenhar uma atividade esportiva sentem uma grande melhoria na sua qualidade de vida, dormem melhor e têm maior disposição para tudo. Acho que uma atenção especial da empresa para com a atividade do corpo beneficiaria muito o rendimento do trabalhador e elevaria a produtividade da própria empresa."

Carteira Assinada

"Quando iniciei minha vida como atleta, aos 14 anos de idade, eu joguei por um colégio que me registrou. Por todos os clubes pelos quais passei, sempre procurei fazer o mesmo, mas isso nunca ocorreu como título de atleta profissional. Sempre fui registrada com algum cargo diferente. Muitas vezes a empresa ou clube não se preocupa em assinar a carteira de trabalho. É o momento de os atletas pensarem mais nisso quando forem contratados e exigem a assinatura em carteira para que tenham tranqüilidade no futuro."

A CLT e o atleta

"A falta de união é um problema do esporte. Vemos, por exemplo, a Lei de Incentivo à Cultura. Ela existe porque os artistas se unem e correm atrás do que querem. O esporte ainda não tem essa vocação. A classe esportiva poderia se unir um pouco mais e ir em busca do que deseja para sanar as dificuldades que encontra ao longo da carreira do atleta. Acho que a CLT é importante para o crescimento do indivíduo, além de fortalecer a profissão do atleta."

Processos


"Eu mesma sou uma ex-atleta que tem processo como jogadora tramitando na Justiça do Trabalho. Foi por ocasião de um contrato que assinei com um clube pelo prazo de três anos. Quando chegou o segundo ano de vigência, os dirigentes o rescindiram. É um problema, porque você programa toda a sua vida em razão daquele contrato e ele deixa de ter continuidade. Acho que nós atletas, temos que ser tratados com mais respeito e recorrer mais à Justiça."

Fonte: Jornal dos Sports


Matéria gentilmente enviada ao blog pelo Renato.
A grana

"...Este acerto garantiu à categoria R$ 1,5 milhão em recursos para o período de julho a dezembro..."


trecho de reportagem da Gazeta dessa semana.

Mas à época, a CBB divulgou outros números.

"Nesta quinta-feira, a CBB assinou o patrocínio com a Eletrobrás para as equipes femininas: R$ 2,2 milhões até janeiro de 2004. "

E eu pergunto: Onde foram parar esses 700 mil reais?

Afinal de quanto é o patrocínio?

E como ele vem sendo utilizado?
Pré-Olímpico Europeu

Sérvia 104 X 67 Israel
Bélgica 83 X 67 Ucrânia
França 75 X 70 Grécia
Rússia 61 X 64 Espanha
Rep. Checa 76 X 71 Polônia
Hungria 61 X 55 Eslováquia

Encerrada a fase de classificação, estão eliminados: Grécia (que tem a vaga olímpica por ser o país sede), Ucrânia, Hungria e Israel

As quartas de final serão: Espanha X Sérvia, França X Rússia, Eslováquia X Polônia e Bélgica X Rep. Checa.

Iziane Castro, llega a Salamanca.

La internacional brasileña, Iziane Castro, acaba de llegar de Méjico, dónde brillantemente ha conseguido para Brasil, la clasificiación para los Juegos Olímpicos de Atenas y la medalla de oro de la Copa América.

La jugadora brasileña, ya está en Salamanca y hoy comenzará los entrenamientos con su nuevo equipo y este fin de semana disputará el Torneo Ciudad de Rivas, dónde a buen seguro que la jóven jugadora brasileña, dejará muestras de su capacidad atlética y de su gran juego.


Fonte: Prodep

quarta-feira, 24 de setembro de 2003

Seleção feminina desembarca em São Paulo


Janeth destaca força e união do grupo


Lancepress!

A Seleção Brasileira feminina de basquete, que conquistou o Pré-Olímpico do México e garantiu vaga nas Olimpíadas de Atenas, desembarcou nesta terça-feira às 6h30min da manhã no aeroporto de Cumbica, em São Paulo. Na bagagem, muita descontração e festa pelo título.

Janeth, a mais experiente do grupo, falou sobre a união do time:

- A Seleção é uma só, todas nós falamos a mesma língua, por isso os resultados sempre saem.
Quando fomos para o México, sabíamos que os adversários seriam só o Canadá e Cuba. Mas quando chegamos por lá, vimos a Argentina, com um time sub-21, quase aprontar para o Canadá - comentou Janeth, que também falou sobre sua participação:

- Quando cheguei, elas falaram "Nossa, que bom, você demorou". Elas estavam precisando de uma líder. Alguém para falar "Vai lá, você consegue". A Adrianinha foi assim. Contra o Canadá, falei para ela dar o máximo. Ela disse: "Mas Jane, eu já estou dando o máximo". Eu respondi "Então dê mais" e ela acertou duas bolas de três no final do jogo que garantiram nossa vitória - falou a ala.

Adrianinha retribuiu o elogio:

- Nos amistosos na Europa, nós conseguimos equilibrar o jogo contra a Rússia e Espanha. E quando voltamos para o Brasil, a Janeth se encaixou muito bem ao time - comentou.

O técnico Antonio Carlos Barbosa ressaltou a importância de mesclar jovens talentos com jogadoras mais experientes no grupo:

- A entrada da Helen e da Janeth no time foi muito benéfica. Deu experiência e consistência para o time.

Hélen e Alessandra, também experientes, concordam.

- A união dessa Seleção é incrível. Eu cheguei depois e fui muito bem acolhida - comentou Hélen.

- Qualquer um dos times que ficou entre os tres primeiros poderia disputar um mundial ou uma Olimpíada. O Brasil está em um patamar acima, mas as outras seleções estão crescendo - disse Alessandra.

No desembarque, no entanto, faltou uma jovem promessa. A maranhense Iziane, de 21 anos, que foi titular pela primeira vez na equipe adulta durante o Pré-Olímpico, foi direto para a Europa. Ela está sem ver os pais desde o ano passado, após o Mundial, pois desde então jogou na França e na WNBA, sem voltar ao país. Agora, está indo para mais uma temporada na Europa.


Janeth rumo a Pequim

Título no Pré-Olímpico empolga a veterana que, aos 34 anos, já fala nos Jogos de 2008


Lancepress!

Janeth terá 40 anos nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. A idade pode parecer avançada para atletas de alto nível, mas não deve impedir a jogadora de disputar sua quinta Olimpíada. Hoje, aos 34, ela já se prepara para a quarta participação, em Atenas (GRE).

– Meus planos na Seleção vão até 2006, com as Olimpíadas de Atenas, no ano que vem, e o Mundial no Brasil, em 2006. Mas em 2007 vamos ter o Pan-Americano do Rio de Janeiro. E as Olimpíadas serão logo depois. Não quero fazer planos, mas hoje, depois desse título (do Pré-Olímpico), com certeza teria motivação para isso – avisou a atleta.

A ala foi a melhor jogadora do Pré-Olímpico do México, que terminou no último domingo, e mostrou, em quadra, a mesma precisão e empolgação de outros tempos. O desempenho foi tão bom que rendeu elogios do técnico da Seleção, Antonio Carlos Barbosa.

– Eu nunca tinha visto a Janeth chegar tão bem na Seleção. A condição física e técnica que ela apresentou foram excepcionais – disse.

A reserva Micaela, considerada por Barbosa a peça que faltava para suprir o vácuo de alas da Seleção, também voltou impressionada. Titular no Pan e no Sul-Americano, Micaela não se importou com o banco no México.

– Sou a reserva da Janeth, não a substituta. Nem tem como a substituir. A mulher joga muito. É quase eterna – afirmou.

Agradecendo os elogios, Janeth comenta a recepção que a equipe teve no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica.

– É sempre emocionante ser recepcionada com tanto carinho. Fizemos o nosso trabalho e vamos continuar com o mesmo entusiasmo e dedicação agora com o objetivo de conquistar a terceira medalha olímpica do basquete feminino brasileiro.


Em busca de espaço


Jovens, como Iziane , ganham espaço, mas Janeth continua absoluta como cestinha do time


Lancepress!

A Seleção Brasileira feminina de basquete sempre teve seus ícones. Paula e Hortência, na geração campeã mundial. Janeth, na conquista do bronze olímpico. Hoje, a Seleção, campeã do Pré-Olímpico no último domingo, vive uma troca de guarda. Ao lado de veteranas, como Janeth e Alessandra, “novatas”, como Kelly e Iziane, conquistam espaço.

A maranhense Iziane, de 21 anos, é o maior exemplo. O Pré-Olímpico foi a primeira competição em que ela foi titular da equipe adulta. Desbancou Helen, 30 anos, integrante do quinteto inicial do Brasil desde 1999.

No México, ela jogou, em média, 23,9 minutos, e foi a segunda cestinha do Brasil, com 69 pontos (17,3 por jogo). O salto em relação ao Mundial de 2002, a última competição do Brasil com o time completo, foi grande. Na China, suas médias foram de 12,2 minutos e 4,9 pontos.

Outra que experimentou um papel maior na equipe do técnico Antonio Carlos Barbosa foi a pivô Kelly, 23. Apesar de não ter sido titular do garrafão verde-amarelo, entre as atletas da posição ela foi a que mais jogou (22,5 minutos) e a que mais pontuou (10,8). Sua ascensão vai de encontro ao desempenho fraco de Alessandra, que perdeu parte do treinamento da Seleção neste ano se recuperando de uma operação para extração do apêndice, realizada em junho.

No mundial, a veterana pivô de 30 anos foi a melhor brasileira, marcando 16,2 pontos e jogando 28 minutos. No México, os números caíram para 5,3 e 15,5, respectivamente.

Apesar da ascenção das jovens, uma veterana não teve seu papel alterado. Janeth, 34, foi eleita a melhor jogadora da competição, foi a brasileira que mais jogou (31,5 minutos) e ainda foi a segunda cestinha do Pré-Olímpico, com 97 pontos, atrás da dominicana Juana Duran, com 107.

– Para mim, com 34 anos, ser eleita a jogadora mais valiosa de uma competição com tanta garotada é fantástico. Mostra o amor que eu tenho pela Seleção – diz.


Leila: retorno em alto estilo

Lancepress!

A ala-pivô Leila Sobral, de 28 anos, foi uma das que mais comemoraram a conquista do Pré-Olímpico e da vaga para Atenas. Este foi seu primeiro título depois de quatro operações no joelho esquerdo e mais de três anos fora das quadras.

– Fiquei muito emocionada. Foi como se tivesse ganhado meu primeiro título pelo Brasil. Depois de quase quatro anos longe das quadras por causa de uma contusão, agradeço a Deus e à comissão técnica pela minha volta à Seleção Brasileira. Sei que não estou 100% mas fiz o meu melhor. Sinto um sabor de superação – disse.

O calvário da atleta começou no Pan-Americano de 1999, em Winnipeg (CAN). No jogo contra as donas da casa, ela lesionou gravemente o joelho esquerdo. Na volta ao Brasil, tentou jogar, mas agravou a lesão. Passou pelas cirurgias e chegou a pensar em abandonar o esporte. Nessa época, abriu um processo de indenização contra o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a Confederação (CBB), mas não foi à frente com a ação.

Ela só voltou a jogar no começo deste ano, pelo time de Santo André, comandada pela assistente técnica da Seleção, Laís Elena. Quando anunciou as jogadoras para a temporada, em maio, o técnico da Seleção, Antonio Carlos Barbosa, explicou que a convocação de Leila era uma aposta e um incentivo à jogadora. No Pré-Olímpico, veio a resposta. Ela jogou 77 minutos em quatro jogos, fazendo 33 pontos.


Fonte: Lance!


Coluna do Fernando Santos - LANCE!

Cadê as Mulheres?

Fernando Santos

Basquete feminino: os homens dominam

Senhoras e senhoritas, calma! Esta não é uma coluna machista e nem tem a menor pretensão de defender a tese de que os treinadores são melhores do que as treinadoras. Mas chama a atenção o domínio masculino no basquete feminino mundial.
Na WNBA, nenhuma mulher conseguiu levar um time ao título em sete anos da liga norte-americana. Os quatro primeiros títulos foram conquistados por Van Chancellor, com o Houston Comets. O ex-ala do Lakers Michael Cooper ganhou em 2001 e 2002 com o Los Angeles Sparks. Este ano, a glória coube ao ex-bad boy Bill Laimbeer, que devolveu a Detroit um título 13 anos após ser campeão pela NBA com o Pistons.
Chama a atenção também que no Brasil a situação se repete. A Seleção feminina é dirigida por Antonio Carlos Barbosa. Que tem como auxiliar Lais Elena, a batalhadora treinadora de Santo André.
Desde a era Maria Helena, até o início dos anos 90, a Seleção não tem um comando feminino. Chama a atenção também que no vôlei a situação é parecida. Mais grave, do lado feminista. A Seleção Brasileira jamais teve uma mulher no comando.
Como disse no início da coluna, não se trata de apontar as razões ou defender algum tipo de supremacia. Mas o basquete brasileiro já poderia ter iniciado uma nova geração de mulheres treinadoras.
Paula e Hortência eram as primeiras candidatas, mas mudaram de direção. Hoje, estão mais para cartolas. Branca, irmã de Paula, mostra competência como comentarista. Quem mais poderia defender a “classe”? Mulheres, ação!


O primeiro título da família Malone

Finalmente, Karl Malone conseguiu um título. Foi graças a sua filha, Cheryl Ford, caloura do ano e campeã da WNBA pelo Detroit Shock. Cabe agora ao pai, após 18 anos na NBA, ganhar o seu próprio título. Após passar em branco no Utah Jazz, ele terá a grande chance no Dream Team do Lakers.

Lances livres


> Por falar em mulheres, a Seleção Brasileira feminina teve uma estréia fácil no Pré-Olímpico. Se não cometer nenhuma falha grave, terá caminho tranqüilo rumo aos Jogos de Atenas, no próximo ano. Uma competição à altura para a despedida de Janeth.

> Michael Cooper, o técnico do Los Angeles Sparks, ainda está fininho, quase em forma. Já o briguento Bill Laimbeer está mais para um guard do futebol americano. Os dois podem, em breve, trocar a WNBA pela NBA. Propostas (e vagas também) não faltarão.


Fonte: Lance


Érika, uma pivô ao estilo 'Rodman'


Só no rosto de Érika, os piercings estão na sobrancelha direita, na língua, na orelha...


Érika Cristina de Souza é a "versão feminina de Dennis Rodman" - não pelas farras, mas por chamar atenção como o ex-pivô da NBA: a brasileira adora "adereços" no corpo: tem nove tatuagens e cinco piercings.

"A primeira tatuagem fiz em 1998, quando vim do Rio para o BCN/Osasco. É o Pernalonga", conta uma das caçulas do time, de 21 anos. "Depois fiz meu nome em japonês, um golfinho, uma bandeira do Brasil, um sol e uma lua, três estrelas coloridas e Lindinha, Florzinha e Docinho, das Meninas Super-Poderosas."

Prata no Mundial Sub-21, na Croácia, em julho, a pivô se juntou à equipe adulta, que conquistou a vaga olímpica no México.

Érika tem piercings na língua, umbigo, nariz, sobrancelha e orelha. "Tenho de tirar quase tudo para jogar. Só deixo o da língua e nariz, que é pequeno."

Descontraída com seu 1,97 m e 85 kg, conta que não queria jogar basquete.

"Comecei tarde, aos 16 anos, no Projeto Vila Olímpica da Mangueira. E só porque meus vizinhos e amigos falavam que eu era alta e tinha de jogar basquete. Tudo começou em uma pracinha em Campina Grande. Meu padrinho ficava comigo jogando, dizendo que eu tinha potencial. Mas, para ser sincera, eu não gostava daquilo. Achava basquete um esporte muito masculino."

Mas um técnico do Rio chamou a pivô para jogar em São Paulo. "Minha mãe deu força, não ficou preocupada. Disse que eu poderia voltar para casa sem problemas se não encontrasse o que eu queria em São Paulo. Quando cheguei no BCN já fui convocada para a Seleção Juvenil, e hoje o basquete é tudo para mim."

Nesta temporada, Érika vai jogar em Ourinhos. Em 2001/2002, foi campeã da WNBA pelo Los Angeles Sparks. "Estou pisando em nuvens até agora. Nem acredito que posso ir a uma Olimpíada. Claro que é o sonho de todo atleto, e eu tenho muita sorte. Já fui campeã brasileira pelo São Paulo, campeã da WNBA, vice-mundial com a Seleção Sub-21... Agora vai vir uma medalha olímpica."

Das tatuagens, a mais nova são três estrelas, atrás da orelha esquerda.

"Adoro estrelas. Pode ver meus brincos. É porque sou uma garota estrelada, vocês vão ver só!"


Fonte: Estadão
Pré-Olímpico Europeu

Grupo A

Sérvia 68 X 80 República Tcheca
Israel 59 X 71 Grécia
França 79 X 66 Polônia

Polônia 80 X 45 Israel
Grécia 67 X 72 Sérvia
República Tcheca 85 X 73 França

Grupo B

Bélgica 56 X 76 Rússia
Hungria 59 X 78 Espanha
Ucrânia 54 X 73 Eslováquia

Eslováquia 90 X 82 Bélgica
Espanha 76 X 71 Ucrânia
Rússia 65 X 55 Hungria

terça-feira, 23 de setembro de 2003

Modalidade está perto de conquistar patrocínio completo

Marta Teixeira

São Paulo (SP) - A primeira experiência foi positiva e parece ter convencido o setor energético a investir no basquete nacional. Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, a entidade está perto de acertar um patrocínio global para a modalidade. Atualmente, apenas as seleções femininas são patrocinadas pela Eletrobrás, mas esta situação deve mudar em breve.
'Furnas (Centrais Elétricas), provavelmente fica com o masculino e todas elas (a Eletrobras funciona como uma espécie de holding) vão trabalhar no projeto social e esportivo', afirma Grego. Por esta divisão, Eletronorte e Eletrosul apoiariam o cadete e seus campeonatos regionais (Norte e Sul). Estariam garantidos também recursos para a implantação do Centro de Basquete Integrado (CBI) - escolinhas do esporte espalhadas pelo país com participação dos técnicos das seleções - e para a retomada do campeonato colegial.

De acordo com Grego, as negociações estavam bem encaminhadas, 'mas demos uma parada para acompanhar o Pré-olímpico'. O modelo de contrato recorreria a uma outra modalidade de patrocínio na qual cada empresa estaria ligada a uma competição específica. 'Não existe mais o megapatrocinador. Mas, com isto, teremos verba suficiente para tocar todos os projetos'.

Há quatro anos, a CBB estava sem patrocinador oficial. A entidade contava apenas com as verbas do contrato de transmissão televisiva, os recursos da Lei Agnelo/Piva e o apoio de parceiros (Unisys, Penalty, Vitally e TAM). No meio do ano, assinou contrato com a Eletrobras, exclusivamente para o feminino.

Este acerto garantiu à categoria R$ 1,5 milhão em recursos para o período de julho a dezembro, vigência do patrocínio. 'Mas certamente vamos fazer um novo contrato. Eles ficaram muito satisfeitos com a parceria e eram a única grande estatal que não tinha patrocínio em esporte', ressalta Grego.


Europa: destino para 50% da seleção

Marta Teixeira


São Paulo (SP) - O fim do ciclo pré-olímpico da seleção brasileira feminina de basquete, marcado pela conquista da vaga para os Jogos de Atenas-2004 no último final de semana, dá início a novo êxodo das jogadoras. Seis das 12 atletas que disputaram o Pré-olímpico no México têm como destino a Europa.
A ala Iziane foi a primeira a seguir seu novo rumo. Ela nem chegou a voltar com a seleção para o Brasil, do México mesmo seguiu para a Espanha onde disputará a próxima temporada. A próxima a embarcar é a pivô Kelly, que vai defender o Cus Chieti na Itália. A Itália também é o destino da pivô Alessandra (Reyer) e da armadora Adrianinha (HS Penta Faenza).

Depois de cinco temporadas no basquete italiano, a pivô Cíntia Tuiú muda de ares e se prepara para defender o Gambinos Brno, na República Tcheca, mas a mudança mais radical será a da ala/armadora Helen, que vai estrear no basquete russo, defendendo o Dinamo Novosibirsk.

Aos 28 anos, Cíntia acha que é um bom momento para buscar novas oportunidades. 'É uma idade legal para mudar. Vou para uma equipe forte, que sempre disputa a Euroliga. Ficaram em terceiro lugar no ano passado', ressalta, animada pela mudança. Além das perspectivas profissionais, ela também destaca a oportunidade de ter contato com novas culturas. 'Isto também me anima', garante.

Se parte do grupo deixa o país, há boas novas para as equipes brasileiras também. Micaela (Unimed/Americana), Leila e Vivian (Santo André) retornam aos seus times, enquanto algumas atletas que estava atuando no exterior acertam sua permanência em território nacional. Janeth acertou com o São Paulo/Guaru para a disputa do Campeonato Mundial de Clubes na Rússia, em outubro. A ala Jacqueline, que estava no Bourges na França, vai reforçar o grupo de Americana, enquanto a pivô Érika fechou contrato com o Unimed/Ourinhos.

Mas será que a ida de algumas das principais atletas para a Europa preocupa o técnico Antonio Carlos Barbosa quanto à preparação brasileira rumo a Atenas? Ele garante que não. 'A Europa não é problema, a WNBA é que é complicada', diz pensando no calendário. O torneio olímpico começa dia 14 de agosto e a preparação brasileira está prevista para ter início em maio.


Janeth: sem pensar em despedida

Marta Teixeira

São Paulo (SP) - Aos 34 anos, a ala Janeth já pode começar a fazer planos para mais uma participação olímpica nos Jogos de Atenas-2004. Nesta terça-feira, ela desembarcou em São Paulo com a seleção que garantiu sua classificação no Pré-olímpico do México sem pensar em se despedir das quadras.
'Você pensa, quando parar, né? Mas é difícil. Tem as Olimpíadas, depois vem o Mundial de 2006, que vai ser no Brasil, e depois o Pan-americano de 2007 (no Rio de Janeiro). É complicado', admite a jogadora. 'O que tenho que pensar agora é em mais uma Olimpíada'.

A competição grega será a quarta na carreira da Janeth, que continua a animada pelos novos desafios com a equipe. 'São 16 anos de seleção. Quando cheguei no time em Barcelona (1992), a Maria Helena (técnica na época) deixou bem claro: eu estava indo para aprender'.

Desde esta época, muita coisa aconteceu. Com a saída de Hortência e Magic Paula, coube à ala a responsabilidade de trabalhar para manter a tradição do basquete feminino. Hoje, Janeth não é apenas a jogadora mais experiente do grupo, é também a mais premiada e dona de uma carreira internacional de respeito.

Ela foi a primeira e é a única jogadora nacional que participou de todas as sete temporadas da WNBA. Com o Houston Comets, no qual conquistou a condição de titular, Janeth foi quatro vezes campeã da liga.

Agora, a ala se encaminha para mais uma conquista marcante, preparando-se para sua quarta participação olímpica. 'É um momento muito gratificante. Não há ninguém no feminino assim (com tantas participações)'. Com esta marca, Janeth se aproxima do feito do Mão Santa Oscar, que participou de cinco competições olímpicas.

Mas Janeth não é a única da seleção com ampla experiência nos Jogos. As veteranas Alessandra, Cíntia Tuiú e Helen vão para sua terceira edição olímpica também motivadas por mais uma participação no torneio. Para Cíntia, que desistiu de disputar a WNBA para participar de toda a preparação brasileira, o prêmio não poderia ser melhor.

'Agora estamos tranqüilas e já podemos pensar em Atenas', comemora a pivô. 'Fizemos (ela, Kelly e Érika) a escolha de não ir para a WNBA. Se não nos classificássemos seria uma frutração, seria uma frustração no final falar que não deu'.

Para as novatas da seleção, o sonho olímpico também é emocionante. 'Estou pisando em ovos, andando nas nuvens', afirma a pivô Érika, que disputará sua primeira Olimpíada. Integrante das categorias de base desde o infanto, a jogadora de 21 anos, sempre conquistou títulos com a seleção. 'Tive títulos em todas as seleções, graças a Deus'. Agora, tudo o que ela quer é manter esta tradição.


Programação brasileira começa em maio

Marta Teixeira

Grego e Barbosa: calendário definido na busca por mais uma medalha
São Paulo (SP) - A luta por mais uma medalha olímpica já tem data certa para começar para a seleção brasileira feminina de basquete. A equipe volta a se reunir em maio do próximo ano dando início a sua preparação para os Jogos de Atenas.
O torneio de basquete na Grécia está programado para o período de 14 a 28 de agosto, o que deixaria à seleção praticamente três meses de preparação. 'É tempo suficiente', garantiu o técnico Antonio Carlos Barbosa nesta terça-feira, momentos depois da equipe desembarcar em São Paulo com o título do Torneio Pré-olímpico e a vaga assegurada.

O trabalho da seleção começa com a avaliação médica e física das atletas, 'em abril ou maio', diz o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis. De maio a junho, o grupo fará o treinamento, dedicando o último mês aos amistosos.

'Faremos partidas internacionais no Brasil e depois na Europa', garante o dirigente. Uma das possibilidades é repetir alguns confrontos contra a Espanha como fez este ano. 'Estamos esperando a Espanha (o Campeonato Europeu, que vai definir três vagas em Atenas, termina neste domingo) se classificar para acertar um torneio lá'.

A equipe brasileira deve embarcar para a Grécia de seis a sete dias antes do início das competições. 'Vamos aproveitar para enfrentar as gregas e fazer alguns jogos em cidades próximas porque só é possível entrar na Vila Olímpica dois dias antes', explica Grego.

Este ano, a seleção teve um período similar para se preparar para a conquista da vaga olímpica. Foram quatro meses e vários amistosos com equipes internacionais, incluindo Rússia, Espanha, Ucrânia e Sérvia e Montenegro. Situação bem diferente do último Mundial, quando o time só ficou completo em cima da hora. Em Sydney-2000, a ala Janeth também se juntou à equipe, faltando menos de uma semana para o início dos Jogos.

Em Atenas, a seleção feminina vai lutar pela única medalha olímpica que não possui: o ouro. A equipe foi prata nos Jogos de Atlanta-96 e bronze em Sydney. Confiança não falta ao grupo. 'Podemos sonhar com uma final', garante a pivô Kelly, que esteve em Sydney. 'O sonho é o combustível da vida', destaca.

Calendário geral - A programação do basquete não está definida apenas para o feminino. A seleção masculina, que não disputará os Jogos de Atenas, também já tem seu futuro traçado. O primeiro compromisso importante é o Campeonato Sul-americano, que será realizado de 12 a 17 de julho no Brasil. A sede ainda não está definida, pode ser em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte. 'Estamos vendo a possibilidade de reinaugurar o (ginásio) Ibirapuera', diz o dirigente.

A competição é classificatória para a Copa América de 2005, porta de entrada para o Mundial de 2006. 'Apesar de não ir para Atenas, os meninos também terão um trabalho pesado. É uma equipe que recebeu convites de outras para torneios', completa Grego.


Fonte: Gazeta Esportiva

Janeth é arma do Brasil dentro e fora da quadra




Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo



Aos 34 anos de idade, a estrela do basquete feminino brasileiro extrapolou o limite das quatro linhas. Melhor jogadora do Pré-Olimpico das Américas (com médias de 24,3 pontos, 7,8 rebotes, 3 bolas roubadas por jogo), competição em que o Brasil garantiu sua classificação para a Olimpíada, Janeth vem defendendo a seleção brasileira também fora das quadras.

Exigindo dos dirigentes boas condições de trabalho para a equipe, a ala quer evitar os erros do último Mundial, quando o Brasil não se preparou adequadamente e amargou um modesto sétimo lugar. Com planejamento, treinos e intercâmbio, diz Janeth, a seleção tem boas chances de chegar à terceira medalha olímpica seguida. Em entrevista ao UOL Esporte, ela comenta a vaga olímpica e revela seus planos para o futuro.

UOL Esporte - Cumprida a primeira missão, a seleção tem agora o desafio de repetir as medalhas olímpicas de Atlanta-1996 e Sydney-2000. Quais são as chances do Brasil em Atenas-2004?
Janeth Arcain: A seleção brasileira está em um grande momento. Sabemos o caminho, agora só precisamos fazer o nosso melhor para que os resultados apareçam. Se a gente tiver boas condições de preparação, temos boas chances de chegar ao pódio. E é isso que vamos buscar.

UOL Esporte - Alguma possibilidade de a WNBA, a liga profissional norte-americana, atrapalhar sua participação nas Olimpíadas?
Janeth: A WNBA vai ser na mesma época das Olimpíadas, mas não estou pensando nela agora. A prioridade vai ser a seleção, mesmo que coincidam as datas. Isso já está certo; vou ficar aqui no Brasil treinando. WNBA tem todo ano, Olimpíadas só de quatro em quatro. Para mim, a seleção brasileira sempre estará em primeiro lugar.

UOL Esporte - Mas a sua participação no Pré-Olímpico no México só foi confirmada dez dias antes do início do torneio...
Janeth: Ah, sim, isso aconteceu. Eu não tinha conversado com o Grego (Gerasime Bosikis, presidente da CBB) ainda. A gente estava discutindo as condições para a equipe no Pré-Olímpico e na Olimpíada. Só queria assegurar o melhor para a seleção, ter certeza de que não faltaria nada.

UOL Esporte - Sobre o que vocês conversaram? Reivindicações?
Janeth: Quis saber como a gente vai treinar, quando a gente vai treinar, por quanto tempo... Saber também se o plano das outras jogadoras é ficar aqui para reunir a seleção na época correta. O que eu quero agora é ficar treinando com a seleção, ter as melhores condições de trabalho, um bom local de treino. Tudo para que nada dê errado, e depois a gente fique lamentando "ah, faltou isso, se tivéssemos aquilo". Não queremos que aconteça como no Mundial, quando nos encontramos no aeroporto para jogar um campeonato tão difícil (o Brasil acabou em sétimo lugar).

UOL Esporte - O que você achou do calendário da seleção neste ano? A preparação para o Pré-Olímpico foi bem feita?
Janeth: O calendário foi bom porque outras jogadoras puderam adquirir uma boa experiência disputando competições internacionais, amistosos, Sul-Americano, Pan-Americano... Tudo isso dentro do planejamento e dentro daquilo que a gente precisa: enfrentar e conhecer melhor as outras seleções para não termos surpresas quando formos jogar contra elas.

UOL Esporte - Sua chegada foi o fator determinante para o bom desempenho da seleção brasileira no Pré-Olímpico?
Janeth: Mais experientes, eu e a Helen apenas acrescentamos confiança ao grupo. O Brasil quis muito mais essa vaga que as outras seleções. O grupo se uniu, conseguiu deixar o "eu" de fora e buscar o "nós". Acho que esse foi o principal ponto positivo.

UOL Esporte - Você esperava ser eleita a melhor jogadora? Esses prêmios ainda mexem com alguém tão acostumado às vitórias?
Janeth: Foi legal ganhar o prêmio de melhor jogadora, ainda mais em um torneio onde tinha um monte de garotas buscando seu espaço. Nesses grandes momentos, a experiência acaba contando. Estou muito contente porque é mais uma conquista importante para a minha carreira. Se continuo ganhando esses títulos com 34 anos, como pensar em parar?

UOL Esporte - Então esta talvez não seja a sua última Olimpíada. Ainda vai restar gás para jogar também nos Jogos de 2008?
Janeth: Vai depender; ainda não sei. No ano que vem, vou estar com 35. Em 2008, 39. Estou tão legal fisicamente e mentalmente que não estou pensando em parar. Depois de uma conquista tão boa como essa, a gente sempre quer mais. Mas vou deixar para pensar depois de Atenas-2004.

UOL Esporte - Mas logo depois, em 2006, tem o Mundial aqui no Brasil. Você não vai querer ficar de fora, vai?
Janeth: É, tem Olimpíada no ano que vem, Mundial em 2006 no Brasil, tem o Pan em 2007. Acho que só vou poder parar em 2009 (risos). Vamos ver, o atleta sempre quer continuar jogando, se desafiando, e eu sou assim. Então, a curto prazo, eu tenho esse planejamento de jogar as Olimpíadas no ano que vem e o Mundial em 2006.

FICHA

Nome: Janeth dos Santos Arcain
Nascimento: 11/4/1969
Local: Carapicuíba (SP)

Perfil
No início da carreira, Janeth ficou conhecida como a fiel escudeira da dupla Paula e Hortência, aquela jogadora que sempre aparecia para salvar o Brasil nos momentos em que as duas estrelas estavam muito marcadas.

Anos depois, a ala ganhou luz própria, assumiu a condição de principal jogadora brasileira e vem comandando o surgimento de uma terceira geração de grandes jogadoras.

Janeth começou no Higienópolis, de São Paulo, em meados da década de 80. Passou por BCN e Jundiaí, jogando ao lado de Paula, depois passou para o lado de Hortência em Sorocaba. Após a aposentadoria das duas companheiras, defendeu Santo André, Vasco da Gama, Ourinhos, Houston Comets e, atualmente, está no São Paulo/Guaru.

Possui uma extensa galeria de títulos, dos quais os mais importantes são o Mundial de 1994, as medalhas de prata e bronze nas Olimpíadas de Atlanta-1996 e Sydney-2000, respectivamente, a medalha de ouro pan-americana em Havana-1991, e os quatro troféus da WNBA.

Fonte: UOL Esporte
Plim-Plim

Tudo bem que a Rede Globo é uma oportunista de marca maior, mas foi uma delícia vê-la esses dias dedicando um longo espaço ao basquete feminino e tratando nossas meninas com uma pretensa intimidade...

É nóis na fita!

Hehe.
Impossível esquecer

A medalha também é dela: Matilde.
Aniversário

Hoje é aniversário dela: Hortência.
"O projeto deu certo"


Com essa frase código do meu amigo Nill, fiquei sabendo que o Brasil tinha batido o Canadá.
Janeth já sonha com os Jogos de Pequim




São Paulo - A Seleção Brasileira Feminina de Basquete desembarcou nesta terça-feira em São Paulo com a taça do Torneio Pré-Olímpico do México e a vaga para a Olimpíada de Atenas/2004. Na bagagem, a ala Janeth também trouxe uma placa de homenagem à melhor jogadora da competição - que lhe rendeu ânimo para sonhar já com os Jogos Olímpicos de Pequim, daqui cinco anos.

"Não sei se Atenas vai ser a última olimpíada, não. Pensar daqui cinco anos, quando eu estiver com 39, é complicado. Mas depois de ser escolida a melhor jogadora das Américas nesse torneio sinto-me muito bem, em ótima fase na carreira", analisou. Embora esteja empolgada com o bom momento na carreira, a jogadora segue cautelosa.

"Por enquanto prefiro pensar na Olimpíada de Atenas e no Mundial de 2006, que vai ser no Brasil", assinalou Janeth, que admite ter vontade de disputar os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, e a Olimpíada na China, em 2008.

Quando saiu do Brasil para o México, a jogadora afirmava que ela e as companheiras tinham 99% de chances de conquistar a vaga olímpica. Nesta terça, estava aliviada. "O desafio era bem grande, sempre buscamos estar no auge e sabíamos que seríamos pressionadas. Mas nosso trabalho foi forte, a preparação do grupo fopi muito boa nesta temporada - eu mesma procuro fazer sempre o melhor desde que comecei a jogar pela Seleção, há 17 anos", disse.

Janeth saiu direto da WNBA (a Liga Profissional Norte-Americana), onde há sete anos joga pelo Houston Comets, e viajou para o México. Ela não estava com o grupo que conquistou o Sul-Americano, no Equador, e o bronze no Pan de São Domingos. Quando chegou para integrar o grupo, as companheiras comemoraram.

Erika Akie Hideshima


Fonte
: Estadão
TERCEIRA MEDALHA OLÍMPICA É O OBJETIVO DA SELEÇÃO FEMININA EM 2004



Rio de Janeiro – A seleção brasileira adulta feminina de basquete, patrocinada pela Eletrobrás, desembarcou nesta terça-feira, em São Paulo, trazendo na bagagem o título invicto do 8º Torneio Pré-Olímpico das Américas, disputado no México, e a vaga para as Olimpíadas de Atenas, em 2004.

Depois de conquistar duas medalhas em três participações olímpicas (prata em Atlanta-96 e bronze em Sidney-2000), a equipe tem como objetivo a terceira medalha.

— É sempre emocionante ser recepcionada com tanto carinho. Fizemos o nosso trabalho e vamos continuar com o mesmo entusiasmo e dedicação agora com o objetivo de conquistar a terceira medalha olímpica do basquete feminino brasileiro, em Atenas — comentou a ala Janeth.

— É ótimo voltar ao Brasil com uma conquista dessa importância na bagagem. Foi uma competição bastante tensa, devido às cobranças naturais pela única vaga olímpica. O importante é que conseguimos superar essa tensão e cumprir com o nosso objetivo, graças à união do grupo. A equipe virou uma família, jogamos com garra e a recompensa só poderia ser mesmo a vaga para Atenas em 2004 — explicou a ala-armadora Helen.

— Cumprimos o trabalho programado, culminando na brilhante vitória dessa batalhadora e talentosa equipe. Teremos agora um ano repleto de trabalho de preparação rumo às Olimpíadas para buscar uma vaga na final em Atenas — declarou o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis.

Seleção desembarca com a cabeça em Atenas



Marta Teixeira

São Paulo (SP) - Com vaga assegurada depois de muito suspense para os Jogos Olímpicos de Atenas-2004, a seleção brasileira feminina de basquete desembarcou em São Paulo, no aeroporto internacional de Guarulhos, na manhã desta terça-feira. O grupo chegou com a medalha de ouro do Torneio Pré-olímpico do México no peito e a cabeça já na Grécia.
'Estamos com o dever quase cumprido. Percorremos um terço do caminho', diz a pivô Kelly, deixando clara a ambição brasileira de voltar ao pódio em sua quarta participação olímpica consecutiva. O presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, concorda. 'Atingimos nosso primeiro objetivo (a classificação). Elas souberam honrar a camisa e a bandeira. Estaremos muito bem representados em Atenas e, com certeza, estas meninas vão fazer a final olímpica', preconiza.

Para a ala Janeth, a oportunidade de disputar sua quarta olimpíada pelo país é emocionante. 'É muito gostoso. Um momento gratificante. Disputei todos os jogos como o meu primeiro, mas com um pouco mais de experiência. Esta classificação teve uma importância muito grande para a seleção continuar no palco olímpico e mundial conquistando medalhas', comemora a atleta, que foi eleita a melhor jogadora do Pré-olímpico.

Lutando pela única vaga para Atenas no torneio, a seleção brasileira teve de superar Canadá e Cuba pelo título e classificação. 'Fechamos com chave, e melhor dizendo, com medalha de ouro', diz a armadora Adrianinha. 'Esta conquista teve um sabor especial porque era uma vaga só. Ficamos quatro meses treinando juntas com este objetivo'.

Responsável pela segunda vez por uma classificação olímpica, o técnico Antônio Carlos Barbosa elogia o talento da equipe. 'Este é um dos grupos mais talentosos em termos de conjunto', destaca, já pensando no trabalho até Atenas. 'Foi uma maratona brava (pela classificação), mas gratificante. Ainda este ano vamos sentar com o Grego para montar a programação, que não vai exceder (seu início) a última de maio'.

A seleção desembarcou quase completa em São Paulo. A única ausência foi a ala Iziane, outro destaque do grupo, que seguiu do México direto para a Espanha, onde vai atuar na próxima temporada. A chegada brasileira foi acompanhada por 17 alunos do Centro de Treinamento Janeth Arcain, que fica em Santo André.

Acordar cedo e atravessar a cidade para recepcionar a equipe não diminuiu a empolgação da meninada. Animado, o grupo aproveitou para tirar fotos e pegar autógrafos de todas as jogadoras, mas o assédio sobre a ala foi redobrado. 'É gratificante. Ela é um ídolo', afirma Juliana Rusteka, 13 anos, uma das alunas do Centro. 'A gente não leva só o nome dela na camisa. Ela acompanha nosso trabalho e até dá aulas', acrescenta Kelsei Trautweim, 13 anos.

Fonte: Gazeta

Atleta, MVP de Pré-Olímpico, lidera seleção e garante vaga em Atenas

Com Janeth, Brasil ataca melhor e se garante em 04




DA REPORTAGEM LOCAL

Sem contar com Janeth, o Brasil ganhou o título do Sul-Americano do Equador e levou o bronze no Pan de Santo Domingo.
No entanto, com sua principal estrela em quadra, além de ter garantido a classificação para os Jogos de Atenas-2004 ao vencer Cuba anteontem, por 90 a 81, o time também aprimorou seu ataque.
Janeth, eleita a MVP (Most Valuable Player) do Pré-Olímpico de Culiacan (México), foi a cestinha do time nos momentos decisivos.
Contra o Canadá, pela semifinal, no sábado, a ala marcou 31 pontos, e o Brasil venceu por 71 a 65. No confronto final, contra as cubanas, ela voltou a se destacar e contribuiu com mais 23 pontos para a vitória do time nacional.
Esses números também a colocaram em segundo lugar entre as cestinhas do evento, com média de 24,3 pontos por partida.
"É gratificante contribuir com a minha experiência para manter o Brasil entre as melhores equipes do mundo", comemorou Janeth.
A brasileira só foi superada entre as cestinhas por Juana Duran, praticamente a única opção de ataque da República Dominicana -o time ficou em último lugar.
A ala, que atuou pelo Houston na última temporada da WNBA, foi responsável por 25,7% dos pontos conseguidos pelo Brasil em Culiacan. Com ela, a equipe nacional conseguiu a média de 94,3 pontos por partida.
Para efeito de comparação, no Sul-Americano de Loja, o time marcou 95,8 pontos por jogo.
Mas, naquela competição, a equipe dirigida pelo técnico Antonio Carlos Barbosa enfrentou adversários tecnicamente inferiores, como Peru e Equador.
Considerando só os rivais que também se classificaram para o Pré-Olímpico (Chile e Argentina), o ataque nacional foi menos produtivo: 87 pontos por confronto.
Contra esses países, a defesa tomou 60 pontos, em média, no Sul-Americano. No Pré-Olímpico, o time levou 61 pontos por duelo.
A diferença também é gritante em relação ao Pan. Contra os mesmos times que participaram do Pré-Olímpico, o Brasil marcou, na República Dominicana, 77,2 pontos. Ou seja, 17,1 pontos a menos do que em Culiacan.
Janeth liderou a equipe até nos rebotes. Mesmo em um time com tantas pivôs de bom nível -Alessandra, Cíntia Tuiú, Kelly, Erika e Leila-, foi a ala quem mais recuperou bolas no garrafão: 7,75 rebotes por partida. Alessandra e Leila, em segundo lugar, pegaram 5,25 rebotes a cada confronto.
Com a classificação olímpica, o Brasil terá um desafio extra: ganhar uma medalha. Nas duas últimas Olimpíadas a seleção subiu ao pódio. Em Atlanta-1996, ficou com a prata e, em Sydney-2000, terminou na terceira colocação.
"Agora, vamos iniciar a preparação para buscar mais uma medalha olímpica", afirma Barbosa.

Ala caminha para superar recordes na equipe
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a classificação olímpica, Janeth, 34, deu um grande passo para obter um recorde pela seleção. Nos Jogos de Atenas-2004, a ala irá se tornar a brasileira com mais participações pela equipe no torneio olímpico de basquete.
A atleta atuou nas campanhas de Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sydney-2000. Na Grécia, deve disputar sua última Olimpíada. "Quero jogar pelo Brasil até o Mundial de 2006", diz ela, referindo-se ao torneio que será no país.
Em Olimpíadas, Janeth ganhou uma medalha de prata e outra de bronze -somente as pivôs Alessandra e Cíntia Tuiú, da equipe atual, possuem esse retrospecto.
"Agora só falta ganhar o ouro. Se precisar, abro mão de disputar a WNBA para treinar com a seleção", diz a cestinha, que atuou em todos os jogos do Houston na liga.
Com o Pré-Olímpico-2003, Janeth atingiu outra marca: igualou-se a Paula, Hortência e Marta com quatro participações no evento. Porém as três ganharam a vaga olímpica só uma vez. Janeth só não se classificou para os Jogos em sua primeira participação, há 15 anos, em torneio disputado na Malásia e em Cingapura.


Fonte: Folha
Prova de maioridade




MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE


De certa forma, Iziane Castro Marques vingou os professores de educação física, atropelados pelo sucateamento do ensino público e pelo mercantilismo das escolas privadas do país. Graças à visão e à lábia de um deles, a maranhense de pernas finas aceitou brincar com a bola laranja, nove anos atrás. "Eu não gostava, mas o Quirino insistiu que eu levava jeito."
De certo modo, ela ressaltou a importância dos campeonatos de base, mesmo (ou sobretudo) os afastados dos pólos do esporte de alto rendimento. Pois foi no circuito escolar de São Luís que se entregou de vez ao basquete.
Ela provou como é necessário uma seleção nacional atuar perante seus torcedores -e principalmente exibir seus (neste caso, raros) ídolos. Em 1996, garota arrebatada, pôde acompanhar "em casa" o mês de treinos e amistosos de preparação para a Olimpíada de Atlanta -e, agora se percebe, roubar um pouco do estilo, e do tutano, da rainha Hortência.
Confirmou o valor dos centros que, contra tudo e todos, investem na lapidação de talentos. Quando chegou ao BCN/Osasco, a nordestina de 15 anos encontrou a orientação de treinadores capacitados, o respaldo de preparadores físicos e psicólogos e a animadora perspectiva de viver para o (e de sobreviver do) esporte.
Deixou claro que o intercâmbio internacional é o principal alimento do atleta de elite -e que o exterior segue a melhor rota para o brasileiro ambicioso. Pois foram as oportunas convocações para a seleção juvenil que ensinaram a ela o caminho do aeroporto -e as passagens por Espanha, França e EUA que lhe apresentaram novas rotinas de treinamento.
E, por fim, demonstrou que a combinação de critério e arrojo costuma recompensar as comissões técnicas. Ao escalar a espigada jovem ao lado da veterana cestinha Janeth, Antonio Carlos Barbosa & Cia. rompeu a letargia e conferiu uma nova dimensão atlética, quase masculina, à equipe que comanda desde 1997. O vaivém no ataque da dupla de alas arco-e-flecha desnorteou os adversários -e o novo papel da meticulosa Helen, saindo do banco para estabilizar a "correria" (ou, às vezes, se beneficiar dela), foi mesmo uma grande sacada.
Por isso tudo, a contribuição de Iziane à campanha vitoriosa no Pré-Olímpico transcende sua condição de nova titular do time.
Os 17,3 pontos por partida que a credenciaram como a quarta pontuadora do torneio mexicano.
Ou a mão precisa, de gente grande -78% nos tiros de dois pontos (fantásticos para uma jogadora de perímetro), 41% nos de três e 92% nos lances livres.
Ou a média de 2,8 assistências, a sétima maior da competição, inesperada para quem carrega a tacha de fominha.
Ou, ainda, o desempenho na decisão pela vaga em Atenas-04, cintilante para uma titular de primeira viagem: 15 pontos (sem nenhuma falha nos arremessos) em apenas 22 minutos de quadra.
Iziane, 1,81 m e 64 kg, mostrou no México que sabe bem mais que seus 21 anos. E que, com método, aplicação e ousadia, o basquete brasileiro sai do buraco.

Atenas 1
Como alertou a coluna anterior, a troca de passes (hi-low) entre Cintia Tuiú e Alessandra, o grande diferencial da seleção na última década, não pegou ninguém desprevenido no México. Contra as cubanas, as pivôs atuaram menos que as reservas Kelly e Leila. A reboteira da equipe na final (e em todo o torneio)? Super-Janeth: 10 (7,8 por jogo).

Atenas 2
A boa atuação de Leila, que voltou às quadras em abril, só faz o basqueteiro lamentar a inabilidade (o descaso?) da CBB para recuperar a auto-estima dessa ala-pivô nos mais de três anos de afastamento.

Atenas 3
Justiça seja feita: o Brasil voltou a brilhar nos três pontos: 43%.

E-mail melk@uol.com.br


Fonte: Folha

segunda-feira, 22 de setembro de 2003

SELEÇÃO FEMININA RETORNA AO BRASIL NESTA TERÇA-FEIRA ÀS 7H




Culiacán / México – A seleção brasileira adulta feminina de basquete, patrocinada pela Eletrobrás, retorna ao país nesta terça-feira, às 7 horas, desembarcando no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Logo em seguida, as jogadoras e comissão técnica farão uma entrevista coletiva no salão anexo do Restaurante The Collection (Terminal 1, Asa A, Mezanino). Na temporada 2003, o Brasil conquistou pela 28ª vez o título sul-americano disputado no Equador; foi medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo; vice-campeão do 1º Mundial Sub-21 da Croácia; campeão invicto do 8º Torneio Pré-Olímpico das Américas e assegurou a vaga para as Olimpíadas de Atenas, em 2004.

— Foi um ano extremamente positivo para o basquete feminino brasileiro. Disputamos quatro competições, ganhamos duas invictas e conquistamos ainda uma medalha de prata e outra de bronze. A equipe adulta venceu 21 dos 29 jogos que disputou e alcançou o objetivo principal que era a vaga olímpica. Com certeza, foi um ano vitorioso para todos nós. Agora vamos iniciar a preparação para Atenas 2004, onde iremos buscar mais uma medalha olímpica — disse o técnico Antonio Carlos Barbosa.

E a ala Janeth Arcain não para de colecionar títulos. No Pré-Olímpico do México, Janeth foi escolhida a MVP da competição e vai disputar sua quarta Olimpíada.

— É muito gratificante poder contribuir com minha experiência e ajudar o Brasil a se manter entre as melhores equipes do mundo. Aos 34 anos me sinto como se estivesse começando a minha carreira na seleção brasileira. É uma alegria muito grande ser a melhor jogadora das Américas. Divido esse prêmio com as 11 atletas e a comissão técnica. Vou disputar minha quarta Olimpíada com a mesma dedicação e o mesmo amor que defendo o Brasil desde 1986. Vamos buscar a terceira medalha olímpica do basquete feminino brasileiro — afirmou Janeth.

Escolhida para o exame antidoping, a ala /armadora Helen foi a última jogadora a sair do ginásio, quase duas horas após o término da partida final. Com sua experiência e os arremessos certeiros de 3 pontos, Helen foi um dos destaques do Brasil no Pré-Olímpico.

— Esse título é uma realização pessoal e uma das melhores conquistas da minha carreira. É uma emoção muito grande poder ajudar a seleção brasileira com o meu jogo, as bolas de 3 e os pontos necessários para a vitória. Na semifinal contra o Canadá não fiz uma boa partida e tive menos de 24 horas para dar a volta por cima. Entrei na final contra Cuba muito bem e felizmente deu tudo certo. Vou me preparar da melhor maneira possível para disputar minha terceira Olimpíada — explicou Helen.

Outras jogadoras também tiveram participação decisiva na campanha para a conquista da vaga nas Olimpíadas de Atenas 2004.

— Fiquei muito emocionada. Foi como se tivesse ganhando meu primeiro título pelo Brasil. Depois de quase quatro anos longe das quadras por causa de uma contusão, agradeço a Deus e à comissão técnica pela minha volta à seleção brasileira. Sei que não estou 100% mas fiz o meu melhor. Sinto um sabor de superação. (Leila Sobral, campeã Mundial na Austrália/1994 e medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta/1996).

— Hoje realizamos metade de um sonho. Para esse sonho ficar completo vamos conquistar mais uma medalha olímpica no próximo ano. Depois de quatro meses de treinamento e inúmeras vitórias foi um prêmio para o basquete feminino ganhar o título inédito do Pré-Olímpico. Volto para a Itália mas em maio estou de volta para ajudar o Brasil nas Olimpíadas de Atenas. (Adrianinha, medalha de bronze nas Olimpíadas de Sydney/2000).

— Eu sempre sonhei em participar de uma Olimpíada e hoje sinto que estou bem perto de concretizar esse sonho. A nossa responsabilidade era grande nesse Pré-Olímpico, mas cada uma de nós fez a sua parte para carimbar o passaporte para Atenas 2004. (Iziane, segunda cestinha do Brasil, com 69 pontos).

O jantar da vitória foi comemorado no restaurante Italianni’s. Quando começou a tocar a música brasileira o grupo, liderado por Adrianinha, Kelly, Micaela e Iziane, mostrou que é bom de samba no pé. No final da noite, os funcionários do restaurante cantaram “Parabéns prá você” em mexicano (Mañanitas) e desejaram “Buenas Suerte” para o Brasil nas Olimpíadas de Atenas.