sábado, 4 de outubro de 2014

Após aval de dirigente, Zanon projeta evolução e medalha em 2016


A despedida do Brasil nas oitavas de final do Mundial da Turquia, com uma campanha de três derrotas (República Tcheca, Espanha e França) uma única vitória (Japão), marcou também o fim do contrato do técnico da seleção, Luiz Augusto Zanon. Ele expressou o seu desejo de continuar após um amargo 12º lugar e a sensação de que o time verde-amarelo poderia ter ido mais longe, após alguns lampejos diante das potências da modalidade. A campanha fraca, marcada pela renovação, o desequilíbrio emocional, a pontaria descalibrada e a falta de experiência internacional, deixou claro o abismo entre o basquete praticado no Brasil e no resto do mundo. Segundo o diretor técnico da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Vanderlei Mazzuchini Junior, o cargo será mantido até os Jogos do Rio, em 2016.


- Disputamos o Mundial com nove atletas (entre 12) que nunca tinham jogado essa competição. A gente vai fazer um balanço de tudo, refletir bastante sobre isso que aconteceu. Vamos sentar com ele (Zanon) no mês que vem para fazer o planejamento das Olimpíadas. Esse Mundial não é o fim. A gente vai fazer de tudo para que essas meninas disputem o maior número possível de jogos internacionais, porque no Mundial elas sentiram muitas diferenças, principalmente em relação aos contatos físicos - disse Mazzuchini.



Desde que assumiu o comando da seleção, em março do ano passado, Zanon nunca escondeu que a sua missão era implantar uma renovação em busca de melhores resultados para o país nas Olimpíadas. E sempre deixou clara a importância do Mundial como um importante passo nesta caminhada. A competição serviu como aprendizado para o elenco, com média de idade de 25 anos (quarto mais jovem da competição), que ainda carece de experiência internacional - com exceção da armadora Adrianinha, medalhista de bronze nos Jogos de Sidney 2000 e com quatro Olimpíadas na bagagem e de Érika, pivô do Atlanta Dream, considerada uma das melhores jogadoras do mundo na atualidade. Damiris, de 21 anos, que disputou o seu primeiro Mundial adulto em 2010, na República, era a única das jovens com o torneio no currículo.


Pouco mais de um ano após o início do trabalho, o Brasil conquistou o ouro no Sul-Americano e o bronze na Copa América. Mas não repetiu o bom desempenho das Américas na Europa. Zanon valorizou o renovado e jovem elenco e falou sobre a importância dar experiência para as meninas, que são o futuro do basquete do país.



- Na parte contratual, o meu trabalho termina aqui. Mas quem põe um filho na vida, quer cuidar dele até o fim. Eu gostaria de poder educar, criar e ajudar. Mas sabemos que esporte tem vários outros problemas. Jamais abriria mão desse grupo porque eu sei o quanto elas me querem e o quanto eu sou importante para elas. Saímos com um gosto amargo por estar indo embora cedo, mas me sinto muito agradecido por tudo o que esse grupo demonstrou e tem a crescer. Mas é preciso ter um amadurecimento, que demanda tempo, trabalho, dedicação e experiência internacional. Queremos continuar, mas sabemos que vida temos que ter calma e paciência – analisou o treinador.



Para Zanon, a evolução do trabalho em um ano e meio demonstrou que o grupo pode ir muito longe. Quem sabe até, garantir uma medalha nas Olimpíadas do Rio, em 2016.



- Acredito que elas possam continuar evoluindo até 2016, mas precisa ser a partir de amanhã. Elas não podem voltar para o clube e voltar a praticar um basquete diferente do que o mundo pratica aqui. Não conseguíamos fazer nenhum jogo internacional no Brasil porque ninguém queria sair da Europa. Mas acredito que esse interesse vai aumentar agora que vamos sediar as Olimpíadas. Precisamos ter muito mais tempo de treinamento com a seleção e muito mais jogos internacionais para manter essa visão e esse conhecimento que temos agora. Se houver tudo isso, em dois anos, com outras competições como o Jogos Pan-Americanos, Pré-Mundial e amistosos, podemos levá-las a um lugar que elas nem acreditam. Por que não uma medalha em 2016? - finalizou.


Fonte: Globoesporte.com

7 comentários:

Anônimo disse...

embora pese os inúmeros problemas, esse timo que é jovem pode ser melhor preparado pra futuras competições mas não vejo isso tao cedo em 2016. Talvez pra daki a 5 ou 6 anos...infelizmente, esse é o nosso quadro..

Anônimo disse...

Ahahahah medalha em 2016.Vou ficar esperando
sentado porque em pé não vai dar.

Anônimo disse...

que as meninas precisavam fazer um grande números de jogos internacionais eté meu filho de 10 anos já sabia, então se todos já sabiam disto por que não fez, o brasil ficou uma semana na Turquia sem nenhum jogo amistoso sequer, apenas treinando, aí quando começam os jogos fica nítido a falta de ritmo de jogo e de entrosamento

Anônimo disse...

Seria bacana também que a seleção praticasse o basquete que o mundo pratica, já que o Zanon de repente virou especialista nesse estilo de jogo.

Anônimo disse...

"Precisamos ter muito mais tempo de treinamento com a seleção e muito mais jogos internacionais" disse o cara que treinou meio período a seleção feminina e não marcou amistosos no mês final de preparação porque estava ocupado jogando os playoffs do campeonato paulista masculino. Que piada!

Anônimo disse...

Esse é o basquete feminino do Brasil.Técnico que
treina a seleção junto com o masculino de São José.
Isso acontece porque ele é amigo do Vanderlei.
Diária de $ 400,passou para 100.É proibido falar nesse
assunto.Preparação de 20 dias com todas as jogadoras.
Pessoal,é caso para o Ministerio do Esporte resolver e
tomar providencia urgente.Isso é uma vergonha.

Dona Milú disse...

Lembrando que o Ministério dos Esportes concedeu R$ 5 milhões para a preparação da seleção feminino, fora o patrocínio da Kalunga específico para o mundial. Pra onde foi esse dinheiro? Misteeeeeeério!