quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Zanon observa jogadoras em Rio Claro


Na última segunda-feira (9/12), o Asser/Seme Rio Claro fez a sua estreia no ginásio Felipe Karam na Liga de Basquete Feminino (LBF) contra o Sport Club Recife, em jogo válido pela segunda rodada.

Nas arquibancadas do Felipão, um ilustre torcedor que também estava como observador. Luiz Augusto Zanon, técnico da seleção brasileira feminina, escreveu seu nome na história da modalidade em Rio Claro e certamente os torcedores que acompanharam a chamada época de ouro do basquete rio-clarense se lembram do então armador camisa 10 que jogou na equipe de 1983 a 1993, conquistando inúmeros títulos expressivos como o Paulista de 1987 e como ele mesmo lembra “todos os campeonatos que disputamos em 1991”.

Aproveitando sua passagem pela cidade com o objetivo de ver as atletas em ação, Zanon, um dos personagens da edição de 10 anos da JC Magazine, conversou com a reportagem do JC a respeito do momento atual do basquete na cidade e a renovação na seleção brasileira.

“O fato de Rio Claro ter um time feminino e disputar a Liga é um ato de coragem. É o início e despertar de novos horizontes. Eu comecei na cidade e consegui muitas coisas, e acredito que muitos atletas aqui também podem. Quando jogava no time de Rio Claro, uma época fantástica, a cidade toda estava envolvida e é isso que falta nos dias atuais para os times daqui reviverem aquela época tão maravilhosa”, afirma.

Zanon ressalta o fato da cidade possuir tanto a equipe masculina como a feminina, classificando este fato como raridade, e que a situação por que a cidade passa não é exclusiva, que é necessária a junção de determinados fatores para alavancar a modalidade.

“Isso acontece em todo o país. Às vezes a cidade tem patrocínios fortes, mas as pessoas não abraçam o projeto e às vezes têm pessoas capacitadas, mas não existe projeto. É preciso juntar os fatores para formar equipes como naquela época”, acrescenta.

Leila - Novo reforço de Rio Claro
No comando da seleção brasileira pela primeira vez desde o final de março deste ano, Zanon recebeu o convite com surpresa, mas, ao aceitar o cargo, projeta renovação. "É uma satisfação e um privilégio ser o técnico da seleção brasileira. Temos um trabalho árduo pela frente e todas as condições para colocar novamente o Brasil entre os quatro melhores do mundo. Vamos fazer uma mescla das novas atletas com as mais experientes. É preciso dar experiência para essas meninas novas e saber o real potencial internacional de cada uma, pois sabemos da diferença do mercado interno para o de fora. Quero o melhor para o Brasil e poder dar minha contribuição em formar o melhor elenco em prol da seleção brasileira”, diz.

Há três anos no basquete feminino, o treinador comentou que sofreu com a adaptação no início, pela resistência das atletas ao seu estilo exigente, mas agora, familiarizado com a maneira de comandar times da categoria, segue em busca da formação ideal da seleção brasileira, ressaltando que todas as atletas têm chances de representar o país.

“A seleção está aberta, principalmente para a renovação, e Rio Claro é uma porta, mas as atletas precisam jogar com seriedade, buscando a evolução. A [lateral] Leila já jogou comigo e esteve na seleção, mas em um momento conturbado. Ela chegou agora ao time de Rio Claro e segue com chances de integrar a equipe nacional, assim como todas as outras”, finaliza.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parece ser uma bela atleta, mas gostaria de observar com mais detalhes.
Até que enfim uma jogadora bonita no elenco. Pensei que beleza fosse proibido na seleção.

Toninho