quinta-feira, 11 de abril de 2013

Rapha é um talento à altura do basquete de Santo André

Raphaela é mais uma jogadora da linhagem de bons talentos revelados pelo basquete de Santo André. Foto de Amanda Perobelli.

Menina, gigante e pontuadora. Características básicas de uma jogadora de basquete, entretanto, a atleta em questão da reportagem só tem 14 anos e, do alto de seus 1,81 metro, já converte uma média de 35 pontos por partida, fato raro no basquete feminino brasileiro em qualquer categoria. Trata-se de Raphaella da Silva, carioca da pequena Miracema, mas que adotou Santo André e o time que representa o município como seu futuro dentro do esporte.

Talento lapidado pela técnica Lais Elena Aranha, que treina a equipe adulta, Rapha está há dois anos no ABCD e trilha um caminho de sucesso no basquete. A menina começou jogando futsal na cidade do Rio de Janeiro, quando um treinador se impressionou com sua estatura e pediu que trocasse de modalidade. Depois de alguns treinos, a técnica apurada e a presença de garrafão chamaram a atenção até a garota ser indicada ao Santo André, onde mora nos alojamentos do ginásio Pedro Dell’Antonia.

“Nós percebemos rapidamente o potencial dela, que é muito grande. O foco agora é treinar bastante e estamos fazendo isso quase que diariamente. Apesar das dificuldades de adaptação no início, hoje a Rapha está evoluindo, indo bem na escola, se dedicando”, elogia Lais. A pivô foi inscrita no Campeonato Paulista sub-14 para defender Santo André. “Ela tem que mostrar o potencial e pegar atletas um pouco mais velhas vai exigir isso.” prossegue a treinadora.

Apoiada pela família e acostumada à vida na Região, Rapha espera continuar em evolução, não só de estatura, mas de desenvolvimento no esporte. “Tenho saudade de casa um pouco, mas gosto muito daqui. Por mim jogaria minha vida toda em Santo André. Só tenho que agradecer a Lais, a Arilza (auxiliar técnica) e a todos que me ajudam. Vou continuar treinando bastante e com esse apoio me dedicar ainda mais.”

Viciada em basquete, a jogadora não cansa de assistir aos ídolos da NBA (Liga Norte Americana de Basquete). Kobe Bryant e Lebron James são dois exemplos, mas ele não se esquece das mulheres, vide a pivô Erika, da seleção brasileira. “No jogo em que o Sport Recife (time de Erika) veio jogar contra o Santo André aproveitei para tirar uma foto. Me espelho nela e também nas atletas daqui como a Micaela e Êga, que sempre conversam comigo”, contou, sem se esquecer de mencionar que foca subir rapidamente e servir a seleção brasileira. “É o meu grande sonho”, enfatizou.

“Mãezona” de Raphaella, Lais Elena acredita que diversos talentos estão escondidos por aí. “A nossa periferia e de outros tantos lugares fornecem talentos e precisamos estar atentos. Claro que a prioridade é sempre cuidar das crianças de Santo André, mas sempre estamos abertos a receber novos talentos, como foi o caso da Rapha. Brigamos muito para mantê-la aqui e conseguimos. Tenho certeza que não vamos nos arrepender”, finalizou.
 
Olhar clínico O olhar de Lais Elena para revelar talentos ganha mais força com o histórico de meninas reveladas pela veterana. Com 17 anos recém completados, a pivô Bianca era catadora de lixo e acabou sendo lançada na modalidade por Lais. Hoje, volta e meia, é relacionada para as partidas do time adulto do Santo André.

Fonte: ABCD Maior

8 comentários:

Anônimo disse...

Essa menina ainda vai dar muito o que falar.Tem talento de sobra.Vamos com tudo Rafa o seu destino é a seleção.

Anônimo disse...

Gigante com 1,81?

Pivô?

Enfim...

Anônimo disse...

Lapidada por Laís? Kkkk mentiraaaaaa, das grandes! Vamos ser honestos, por favor!


Mãe


Anônimo disse...

Esse é um dos problemas da base. Os treinadores estão mais preocupados em vencer do que em formar os atletas para o futuro. Colocam meninas para jogar de pivô sem a estatura adequadada. A Sassá de Santo André é um exemplo. Se desde o início ela fosse treinada de ala, com certeza teria uma transição para o basquete profissional bem mais tranquilo e maiores chances de fazer uma carreira internacional.

Henrique Baptista Silva disse...

Gostaria de não ser tomado pelo sentimento ambivalente,diante de uma boa notícia devido a realidade do basquete atual. Ficar feliz por saber do surgimento de mais um talento promissor,e ao mesmo tempo a tristeza de saber que daqui alguns anos possivelmente não haja uma estrutura para recebê-la num time adulto. Ainda neste ano,vi num noticiário esportivo;uma matéria sobre duas outras ótimas pontuadoras de 1,85m e apenas 13 ou 14 anos. Como acabei de dizer,fico feliz com a notícia. ...Mas,por outro lado. Só lamento.

Anônimo disse...

No rio tem uma de 1,83 mt e só tem 13 anos!
E é da Mangueira, dá para lembrar de algo?

Sérgio/RJ disse...

Belo trabalho... Parabéns Laís... Hortência deveria se espelhar nas sua atitudes...

HE MAN disse...

1,81 m com 14 anos é gigante? quero ver quando parar de crescer, se terá técnica apurada. lapidada mesmo como dizem, pior se ela quiser voltar a jogar futsal, faz me rir.