Estive viajando nas últimas semanas e o confronto entre Mangueira x São Caetano foi o primeiro jogo que assisti da “LBF”.
Tecnicamente o jogo foi muito ruim, mas extremamente rico em uma série de significados, alguns deles já abordados com maestria pelo Fábio (A paixão que move essa gente) e pelo Rodrigo (Ramona, Leão e a novela da vida real).
Foi certamente uma boa oportunidade de observar nomes novos e com potencial, como as meninas mangueirenses Isabela Ramona (16 anos) e Milena Santos (18 anos), ambas com passagens pelas seleções de base.
E foi interessante notar que do outro lado da quadra, representando São Caetano, havia um bom número de atletas que em um passado recente eram apontadas como “promessas” e frequentavam as seleções de base, mas foram abandonadas à própria sorte e tem enfrentado uma transição duríssima para a categoria adulta.
Se o basquete continuar de braços cruzados esperando que Ramona, Milena & Cia estejam prontas, como em um passe de mágica, o tiro ceramente sairá pela culatra.
15 comentários:
fiquei encantado com o jogo da milena. valhe muito a pena trabalhar me cima dela, e de tantas outras garotas que vêm se destacando brasil a fora!
afinal é o futuro do nosso basquete sendo jogo no lixo...
rr.
Prezado Bert,
O que então o "BASQUETE" deve fazer para deixar de ficar de braços cruzados e não esperar que Ramona, Milena e cia estejam prontas, como em um passe de mágica?
Aguardamos o seu retorno.
Completando o comentário continuo gostando muito da determinação de Ramona e espero que a CBB olhe com jeito para continuar evoluindo essa menina.
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO:
O basquete brasileiro deve ter uma política para que as jovens atletas possam se afirmar, possam conquistar espaço no reduzido mercado de trabalho.
Essa política pode ser uma seleção de novas, ou uma determinação aos clubes - que tenham um número X de novas/campeonato.
O que aconteceu com a geração que domina São Caetano (Iza, Roberta, Angela, Júlia, Jacq)?
A maioria delas ficou entregue à própria sorte, jogando o Paulista em um lugar, o Nacional em outro, ficando desempregada (sem falar nas que pararam de jogar) , indo jogar em ligas estrangeiras fracas...
Convenhamos: esse não é melhor dos terrenos para o desenvolvimento de um talento.
Respondi, prezado?
Bert, venho acompanhando essa coluna já há bastante tempo. É pertinente a questão levantada, o exemplo está dentro da própria Mangueira. Vejo na foto acima duas atletas (Nayara e Isabela Cintra), ambas citadas por vc. nesta semana sobre a ótima atuação nos jogos finais do campeonato juvenil do RJ. Pois é, porque elas não foram ainda apresentadas nos jogos da Liga, sendo que estão inscritas. Primeiro o técnico alegou que era para preserva-las para a decidirem a final do juva, mas porque não as colocou para jogar contra São Caetano? Milena(de Osasco) e Isabela Ramona realmente jogaram na seleção brasileira de base, mas elas tbm. Isabela Cintra foi campea do Sul Americano sub-17 em 2009. No Nacional sub-17 de 2.009 foi a reboteira da competição. Nayara nem precisa dizer, foi cortada com as malas já prontas para o Mundial em detrimento à Damiris, que na época viajou no lugar da atleta inclusive lesionada. O que falta para essas duas atletas? técnica ou apoio? Paulo
FABINHO
INICIALMENTE EXISTE UMA DIFERENÇA ENTRE O QUE GOSTARÍAMOS QUE FOSSE E PELO QUE É A REALIDADE.
NÓS DO BASQUETE FEMININO,FICAMOS ROTULANDO JOGADORAS COMO CRAQUES E O SISTEMA É QUE É O CULPADO DE NO MOMENTO DE COMPROVAREM ESTE RÓTULO MOSTRAM QUE NÃO SÃO!
IZABELA, JÁ JOGOU EM VÁRIAS EQUIPES E NÃO VINGOU EM NENHUMA, ASSIM COMO A JAQUELINE(QUE VEJO AINDA COM MAIS QUALIDADES)ANGELA IDEM E OUTRAS TANTAS.QUEM TEM QUALDIDADES SE IMPÕE,TRANSFORMA O POTENCIAL EM REALIDADE,SE JOGAM EM LIGAS DE MENOR IMPORTANCIA OU EQUIPES DE MENOR EXPRESSÃO NO EXTERIOR É PORQUE SEU NÍVEL TÉCNICO PERMITE CHEGAR ATÉ ESTE LIMITE.OUTRO EXEMPLO SEMPRE QUESTIONAVEL É FABIANA MANFREDI,É BOA JOGADORA,PODERIA ESTAR JOGANDO ATÉ HOJE.JÁ ESTEVE EM SELEÇÃO ADULTA,NUNCA FOI BRILHANTE SIQUER EM CLUBES, E A CULPA TAMBÉM É O SISTEMA,DESCULPA USUAL PARA CASOS DE UM SÓ DIAGNOSTICO-LIMITAÇÃO TÉCNICA!
Então é melhor aceitar essa limitação técnica que o "inho" defende e fechar as portas de tudo.
Ninguém tem talento.
É isso?
Fabinho,
O trabalho de base nos clubes e nas seleções brasileiras atende atletas dos 14 aos 19 anos, chegando nesse limite o trabalho de formação é interrompido e as atletas não tem outra opção senão "caminhar com as próprias pernas", mesmo não sabendo por onde ir ou o que fazer para chegar lá, o caminho é difícil, muitas desistem e as que persistem ficam vagando sem rumo até conseguir uma oortunidade.
Esse é o sistema e na minha opinião ele deve mudar, sim!
Essa "Política de Desenvolvimento de Talentos" proposta pelo Bert, poderia ser implementada de diversas formas, uma delas seria uma parceria proposta pela CBB aos clubes que trabalham com formação de atletas e não mantém equipes adultas, como por exemplo o Divino Jundiaí e o Bradesco Osasco.
O objetivo seria garantir uma transição mais tranquila das atletas formadas nas categorias de base em competições adultas, através da particição desses clubes na LBF com equipes sub-21 ou 23.
Isso evitaria que ao chegar na idade adulta as atletas ficassem sem ter onde jogar, que é a situação atual, também permitiria que o trabalho realizado na base tivesse uma continuidade até que as atletas estivessem preparadas para disputar uma vaga no restrito mercado de trabalho do basquete feminino.
Se esse projeto fosse colocado em prática, essas equipes também tornariam-se uma espécie de laboratório para os treinadores da CBB testar novos talentos e até mesmo buscar o seu próprio aprimoramento profissional.
Vejam que no caso de Jundiaí, o treinador é o Tarallo que treina também a seleção brasileira juvenil e o Bradesco Osasco, além de ser mantido pelo co-patrocinador da CBB, também tem um de seus treinadores no quadro de profissionais da CBB, então é algo completamente viável e que já está encaminhado para acontecer, só falta visão e capacidade de execução por parte da Diretoria da CBB.
Espero que algo nesse sentido aconteça, caso contrário continuaremos perdendo os poucos talentos que ainda conseguimos garimpar e formar no basquete feminino.
Excelente, Paulinho!
FABINHO
AMIGOS,TALENTO É UMA SITUAÇÃO, É UM PREDICADO,É UMA RARIDADE.BOA JOGADORA É QUE TEMOS NO MOMENTO.
TALENTO É PAULA,HORTENCIA,MARTA,JANETE,IZIANE,ÉRICA,E E E .....!!!!ACABOU,DEPOIS FIQUEM BRIGANDO,ESPERNEANDO,VENDENDO GATO POR LEBRE,QUE CHEGARÃO A MESMA CONCLUSÃO.
DESCULPEM A SINCERIDADE.
AH ESTA ESQUECENDO-DAMIRIS,TÁSSIA,FABIANA CAETANO,PODEM SER MUITO BOAS JOGADORAS,AGORA TALENTO,VAMOS RESPEITAR UM POUCO,PENNY TAYLOR,LAUREEN JACKSON,DIANA TAURASI,BARANOVA,ZAUSUSKAIA,KARINA (SIM A NOSSA)LIZA LESLIE,ETC.NÃO VAMOS POR FAVOR,VULGARIZAR O ADJETIVO TALENTO!!!!É SÓ UMA QUESTÃO DE RESPEITO,SENÃO FICAMOS TODOS NIVELADOS, E O QUE É PIOR,POR BAIXO!
Discordo do Fabinho.
Quantos talentos passam longe do basquete justamente pela falta de estrutura para o atleta se deenvolver e se profissionalizar.
Temos que ter nossa estrutura profissional, devemos estar preparados para procurar e desenvolver os talentos, não é por acaso que os exemplos que você citou são atletas dos Estados Unidos e da Austrália.
Pelo que vejo o talento desse Fabinho é só um: escrever em maiúsculas.
Se ele só consegue ver talento nas seis jogadoras que citou, lamento por ele, pois já perdeu muita coisa pelo caminho.
E colocar Iziane na mesma categoria de Paula e Hortência é ofensa.
Mas quem sabe um dia ele vire ao menos Fabio e evolua também nas opiniões.
"só falta visão e capacidade de execução por parte da Diretoria da CBB."
Falta e vai continuar faltando, enquanto essa diretoria não mudar.
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