Nem tudo é terra arrasada no basquete feminino brasileiro. Um velho projeto, enfim, vai sair do papel: a Liga Nacional. A data de início do torneio, adiada duas vezes, agora é 13 de novembro. A primeira mudança ocorreu pela participação das jogadoras nos Jogos Abertos do Interior. A segunda se deveu à impensada escolha do dia 30, véspera do segundo turno das eleições presidenciais.
Dez clubes vão participar da competição, que terá transmissão de um jogo por semana pela SporTV. O Bradesco, que já estampa sua marca nas camisas da seleção brasileira, planeja patrocinar também a Liga, que vai bancar hospedagem, transporte rodoviário para deslocamentos entre cidades de um mesmo Estado e aéreo no caso de viagens interestaduais e 50% das taxas de arbitragem.
Hortência, diretora da seleção feminina da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), concorda que as últimas edições do Campeonato Nacional estava decadente. A dirigente espera que, com a criação da Liga, os clubes tenham dinheiro em caixa para se reforçar, elevando assim o nível técnico da competição. "Acho que pode até sobrar um dinheirinho para a contratação de estrangeiras", afirmou.
Custo baixo - De fato, o custo para participar da competição não será alto. Samuel Belarmino, gerente de esportes da Mangueira, calcula que vai desembolsar de R$ 4 mil a R$ 5 mil mensais. A equipe carioca participou do Nacional pela última vez em 2008, mas foi prejudicada pela tabela malfeita. O time ficou viajando por 16 dias pelo interior de São Paulo, o que estourou o magro orçamento do time.
Hortência tem o projeto de incluir a seleção brasileira Sub-19 na competição, para dar mais experiência às jogadoras. Isso já foi feito em 2001. Daquela equipe saíram três jogadoras que disputaram o último Mundial, na República Checa, incluindo Iziane. Dois anos depois, esse time, comandado pelo técnico Paulo Roberto Bassul, foi vice-campeão mundial Sub-21 na Croácia Trata-se do último grande feito de uma equipe de base feminina brasileira.
Fonte: Agência Estado
12 comentários:
Vamos ter Sul-Americano de Clubes?
Acho que não.
Chamar o Nova Liga (que de nova não tem nada) de velho projeto que enfim saiu de papel me deixou meio confuso.
Seria redundância ou contradição?
Vamos lá:
Fato 1 - Em agosto foi decidido que a Liga estreiaria em 15 de outubro, há algumas semanas perceberam que iria coincidir com os Jogos Abertos do Interior e adiaram a data para 30 de outubro, então perceberam que seria no dia das eleições e adiaram por mais 15 dias.
1.ª Pergunta - Se os organizadores se atrapalham tanto numa simples escolha de data, o que podemos esperar de todo o resto no que se refere ao planejamento da Liga Nacional?
Fato 2 - Segundo informado "O Bradesco [ainda] planeja patrocinar a Liga", isso a menos de 1 mês da estréia do campeonato, mesmo assim já se tem como certo que o banco será o responsável por grande parte dos custos da competição.
2.ª Pergunta - Sendo tudo decidido dias antes do início da competição, como os clubes podem programar seu orçamento e avaliar se tem condições de participar ou não da Liga, investir em mais contratações, etc?
Fato 3 - Dando como certo esse patrocínio, os clubes terão seus custo reduzidos consideravelemente e terão portanto, mais dinheiro em caixa.
3.ª Pergunta - A Liga Nacional negociou ou estimulou que o valor economizado seja investido em novas contratações para não termos tanta diferença entre as equipes paulistas e as de outros estados e também para aumentar o nível técnico da competição?
Fato 4- "Hortência tem o projeto de incluir a seleção sub-19 na competição".
4.ª Pergunta - Se o projeto for para essa edição, não estaria meio em cima da hora para conseguir a liberação de atletas que tem contratos com outros clubes?
5.ª Pergunta - Se "o projeto" for apenas "um projeto ainda", vamos perder essa excelente chance de preparar as meninas para o Mundial sub-19 do Chile em 2011?
6.ª Pergunta - Não seria mais prático a CBB investir e viabilizar a a participação de Jundiaí na Liga, já que eles tem um elenco montado com duas atletas da seleção sub-18: Damiris e Mariana e a base da seleção juvenil de 2009 e reforçar o time com o maior número possível de atletas da seleção juvenil atual?
7.ª e última pergunta pergunta:
Alguém consegue levar a sério quando a Hortência diz que a CBB tem um projeto para o basquete feminino?
Ótimas perguntas, Paulinho...
O problema são as respostas!
Eis o problema maior caro Bert:
Quem pode nos dar essas respostas, tem a função de evitar a existência dessas questões.
E ainda tem um problema maior,,,Até agora não foi resolvida qual será a bola da liga,por falta competência não conseguiram um contrato com a Molten e agora querem jogar com a Penalti,q além d grande e horrível,já vem oval de fábrica pra facilitar pra eles....Um absurdo...
Todo mundo sabe que as bolas da Penalty, são boas para serem usadas como presentes na páscoa...a criança ganha uma bola e váááááários ovos junto com ela.
Nossa, não acredito que eles não conseguiram fechar com a Molten que está entrando no mercado brasileiro agora...
Aff... to achando que essa liga nem vai sair do papel.
Estão destruindo o pouco que restou do basquete feminino.
Paulinho, parabéns, sua análise do contexto atual de organização da Liga foi FANTÁSTICA. Agora, mais um elemento para refletirmos: Como pode nossa RAINHA DA SUCATA ter cabeça para pensar na liga se ela fica até as 3 da manhã, pensando em como "motivar" as atletas para o próximo o jogo. Tudo isso é no mínimo uma grande piada!!! FORA HORTENCIA.
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