Seis atletas da seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobrás, vão encarar pela primeira vez a responsabilidade de classificar o Brasil para o Campeonato Mundial da República Tcheca, em 2010. São elas Adrianinha Pinto, Natália Burian, Fernanda Beling, Franciele Nascimento, Karen Gustavo e Palmira Marçal. Apesar de terem no currículo competições internacionais importantes, incluindo Jogos Olímpicos, esse grupo nunca sentiu o gostinho de ajudar a carimbar o passaporte brasileiro para Mundial adulto de seleções.
É o caso de Adrianinha, de 30 anos. A experiente armadora é dona de uma medalha de bronze olímpica (Atenas/2004) e de um quarto lugar no Mundial do Brasil (2006). Além disso, ajudou a seleção nacional a se classificar para duas edições das Olimpíadas, participando de dois Pré-Olímpicos (Cuba/1999 e México/2003). Agora, a atleta é uma das referências do time que busca estar na República Tcheca em 2010.
— Com tantos anos competindo sem parar nem lembrei que nunca disputei uma Copa América. Experiências inéditas renovam a gente. É uma motivação a mais para trabalhar. Acho que a equipe está bem preparada, com alguns pequenos detalhes para melhorar e vamos crescer a cada partida, no objetivo de carimbar o passaporte para a República Tcheca e alegrar a torcida brasileira subindo no lugar mais alto do pódio — comentou Adrianinha.
Natália, Karen e Franciele sentiram recentemente a responsabilidade de disputar um torneio classificatório. As três estiveram no Pré-Olímpico Mundial da Espanha, o ano passado, que garantiu a vaga para a Olimpíada de Pequim. Cientes da importância da missão, as jogadoras treinam com garra e alegria.
— É sempre uma responsabilidade enorme defender a seleção brasileira e nessa Copa América não será diferente. Temos que estar focadas no objetivo e ajudar o Brasil a conquistar essa vaga para o Mundial. Acho que Cuba, Argentina e Canadá serão os nossos adversários mais difíceis. Mostramos evolução nos amistosos e estamos corrigindo os erros para jogar ainda melhor e sair de Cuiabá com a vaga nas mãos — explicou a armadora Natália.
— Eu, como uma das mais novas do grupo, me sinto muito feliz de estar desde o início deste novo ciclo olímpico da seleção. O primeiro grande desafio é a classificação para o Mundial e temos certeza que o Brasil estará lá — comentou a ala/armadora Karen.
— Como nunca participei de um Mundial Adulto, quero estar na República Tcheca custe o que custar. Para isso, o Brasil precisa se classificar e eu tenho que jogar bem até lá, claro. O primeiro desafio depende do grupo que está aqui e sei que todas estamos muito comprometidas em vencer a Copa América, mostrando mais uma vez o talento do nosso basquete. Estou aprendendo muito com as pivôs mais experientes, como a Alessandra, para estar bem preparada para os desafios que a minha geração tem pela frente — disse a pivô Franciele.
As outras estreantes, Fernanda e Palmira, concordam com as companheiras que o Brasil tem tudo para ficar com uma das três vagas e ganhar a competição em Cuiabá.
— É uma alegria participar de uma competição tão importante. Nunca joguei pela seleção no Brasil, o que me deixa ainda mais animada. Será uma emoção inesquecível para mim. A gente passa nas ruas de Cuiabá e todo mundo sabe o que estamos fazendo na cidade. Com certeza, o público comparecerá em peso para nos ajudar e queremos retribuir com a conquista do título. É a nossa meta e acredito que a equipe está pronta para isso, crescendo a cada dia rumo à estreia contra Porto Rico — disse Fernanda, que esteve na Olimpíada de Pequim e foi vice-campeã mundial sub-21 (Croácia/2003).
— Jogar em casa aumenta a responsabilidade, mas é uma pressão saudável do público, que nos traz ainda mais estímulo em quadra. Estamos bem preparadas para alcançar os nossos dois objetivos, que são a vaga para o Mundial e o título da Copa América — concluiu Palmira, que ajudou o Brasil na conquista da medalha de prata no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007.
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