Estive no último final de semana novamente no Ginásio Rio Vermelho, dessa vez acompanhando o Brasileiro Sub-15 Masculino. Acompanhei apenas um jogo (Goiás 48 x 67 Mato Grosso).
Estavam lá os mesmos ingredientes da versão feminina, há duas semanas: dos comentários bizarros das famílias dos atletas a Barbosa com seu lap top.
Dentro de quadra, tudo muito parecido: da negligenciada parte física à pobreza de fundamentos, da cultura do individualismo ao incansável exercício da precipitação.
Mas nessas duas observações, algo me chocou: a falta de recursos de nossos técnicos. Não bastasse o paupérrimo repertório de jogadas, o comportamento nos tempos chega a constranger.
Estranhamente entre as meninas, conforme pude comprovar, a gritaria e a truculência dos treinadores são ainda maiores.
Para ficar em um exemplo, um desses nobres elementos abordou (aos berros) da seguinte maneira a melhor jogadora de sua seleção no banco:
“Presta atenção!Você já errou umas cinco bandejas hoje! Você tá pensando que isso aqui é o quê? Bingo?! Onde de vez em quando você vai e acerta uma?!”
Bingo!
8 comentários:
Muito pertinente a abordagem desse tema, tem q ser levantada uma bandeira contra esses petís, mas lembro que além do despreparo eles tem o exemplo da maioria dos técnicos que atuam nas principais equipes do país.
Nos jogos do Brasil no Super 4, tenho elogiado o comportamento do João Marcelo, sereno, seus tempos técnicos são literalmente "técnicos", com informações, com armação de jogada, o Bassul é outro normalmente centrado, fora esses quem mais? Sinceramente não me lembro.
Sei que é vergonhoso, constrangedor e revoltante, e falo como educador.
Bert...concordo com você com seu comentário em partes!
Mais essa generalização não dá...
Estive em Goiânia também no sub 15 fem....e sim a grande maioria dos técnicos que se dizem professores tem uma postura péssima
Mais existe trabalho sendo feito em alguns estados!
Nessa região possui DISTRITO FEDERAL (DF) que esta em uma ótima crescente....o masculino vem em uma constante na divisão especial....e o feminino que estava as traças, começou a ter uma cara novamente....
Acompanho seu trabalho no blog e admiro muito o que faz...mais é fácil as criticas aparecerem...sem saber qual é a realidade dos estados...
Brasília por exemplo depende da boa vontade dos técnicos pra arranja ginásio para treinar... gastam dinheiro do próprio bolso para ajudar as atletas....e isso sem ganhar nada para estar com a seleção.
Só estão la por amar o que fazem.
ACHEI OTIMO SUA INICIATIVA DE IR AOS BRASILEIROS DE BASE...
Meu Deus... a menina nunca mais vai querer jogar basquete na vida... hauhauahuahuahuahuhauha
traumatizante!
Realmente falta profissionais capacitados para trabalhar com a base das escolas cidades e estados é um absurdo infelismente vivemos numa fase onde só que indica ten a chance enquanto issu muitos profissionais estraordinarios e capacitados ficam fora por causa famosa panela...
Bert...De onde nossos técnicos da base vâo tirar recursos técnicos, das clinicas técnicas da CBB??Os coitados, além de muitas vezes bancarem grande parte das despesas decorrentes de treinamentos, ainda estão sujeitos a serem "malhados". Quanto a truculencia...acho que só vai deixar de exister com a vinda dos recursos técnicos e bons exemplos, afinal todos sabemos que isso é impirico!!
Leigo
o que essa aberração chamada Barbosa, o símbolo da incompetência e inutilidade no basquete brasileiro estava fazendo lá?
Oi, Candango!
Realmente sei que minha análise não englobou com profundidade tais questões.
Imagino o grau de dificuldade de produzir basquete nesses estados que não tem uma tradição na formação.
E realmente há também coisas boas e atletas com potencial.
Mas, apesar disso tudo, ainda julgo inadmissível comportamentos como eu que descrevi.
Nesse mês, teremos o sub-17, não é?
Um abraço e obrigado pelo comentário.
Realmente o trabalho do DF vem melhorando a cada ano no Masculino, estive em Novo Hamburgo semana retrasada disputando um torneio com o meu time e comprovei o ótimo trabalho que vem sendo feito no Clube Vizinhança e no Lance Livre.Um abraço a todos.
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