quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pedras de Pequim: NOVA ZELÂNDIA


Muito do que as neozelandesas puderam experimentar no basquete deve-se à boa fase do basquete australiano. A atual seleção campeã mundial é a evidente inspiração da (ainda) frágil Nova Zelândia. Assim como a federação australiana, que dá "nomes" às suas seleções; a Nova Zelândia repete a dose e chama suas meninas de "Tall Ferns", algo como Samambais Gigantes.

A seleção ocupa a décima sexta posição no ranking da FIBA, mas há poucos resultados internacionais que respaldem tal colocação. O fato é que as meninas encaram sua terceira Olimpíada consecutiva. Beneficiadas pelo fato de a Austrália sediar o evento (2000), pelo antigo sistema de classificação (2004) e pelo ouro da Austrália no Mundial-06 (2008), as samambaias alcançaram um feito histórico.



E é bebendo na fonte australiana, que as neozelandesas pretendem alçar vôos mais altos.

Em outubro de 2007, uma equipe neozelandesa - o Christchurch Sirens - passou a disputar a liga australiana (a WNBL). Das doze jogadoras que vão a Pequim, simplesmente sete jogam na equipe. O técnico do time é o assistente da seleção.

Com tanto incentivo, o time vem evoluindo.

Em Sydney-00, a seleção acabou o torneio com apenas uma vitória (sobre o Senegal), na décima primeira colocação.

Quatro anos depois, em Atenas, a seleção, sob o comando do australiano Tom Maher, (técnico da Austrália na conquista da prata, em Sydney e que agora responde pela China) teve duas vitórias (contra Coréia e China) e conseguiu um honroso oitavo lugar, após cair nas oitavas, justamente, contra a Austrália.

Em Pequim-08, o técnico Mike McHugh pretende surpreender, assim como na vitória contra a (desfalcada, é verdade) Austrália, no torneio-teste, no começo desse ano.

O caminho, no entanto, é complicado para um time jovem e baixo.

O principal destaque é a armadora Angela Marino, de 22 anos e 1,65m, que joga no Adelaide Lightning, atual campeão da WNBL. O pai da jogadora é dono do time. Marino é uma das duas remanescentes do ciclo olímpico anterior. A outra é a pivô Aneka Kerr, 1,82m e 27 anos, capitã da equipe.

Entre as novidades, estão a armadora Clare Bodensteiner, uma nativa que joga no basquete universitário norte-americano (Stanford, da técnica Tara VanDerveer) e que de lá, acabou trazendo a ala Jillian Harmon (nascida em Nova Iorque), que conseguiu cidadania neozelandesa para reforçar o grupo. Uma esperança para elevar a média de altura do time é a pivô Jessica McCormack, de 18 anos e 1,94m, que acaba de ser convidada pela renomada Universidade de Connecticut, do respeitado Geno Auriemma.

Outra curiosidade á a presença de duas irmãs na seleção: as mórmons Charmian e Natalie Purcell. Por motivos religiosos, Charmian não joga aos domingos. Mas Natalie, sim.

A seleção estréia contra Mali, no dia 09 de agosto, mas depois, encara verdadeiras "pedras": Espanha, China, República Tcheca e Estados Unidos. Sobre o sorteio do grupo, o técnico McHugh disse: "Caímos no grupo da morte.", acreditando que no outro grupo sua equipe teria melhores chances (?!) contra Letônia, Brasil e Bielorrússia. Surrado pelas tchecas em amistosos, ele já decretou: "Precisamos encontrar uma maneira de vencer a Espanha.".

2 comentários:

Marcos disse...

A Angela Marino tem o arremesso mais esquisito que já vi.
Ela joga a bola pra cima e seja o que Deus quiser
kkkkkkkkkkkkkk

Bert disse...

Realmente, a plástica não é das melhores... Rs.