quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Lituânia vence Canadá por 84 a 58

São Paulo / Brasil – A Lituânia confirmou seu favoritismo e venceu o Canadá por 84 a 58 (46 a 22 no primeiro tempo) em partida realizada na quarta-feira no ginásio do Ibirapuera pela segunda rodada do grupo "A" do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete. As cestinhas foram a ala Streimikyte-Virbi, da Lituânia, com 21 pontos, e a pivô Sutton-Brown, do Canadá, com 11 pontos. Na última rodada da primeira fase, nesta quinta-feira, a Lituânia enfrenta o Senegal, às 17h30, e o Canadá joga contra a Austrália às 19h45.

— Estamos muito felizes por estar aqui para participar de um torneio tão importante, que é o Mundial. Não dormimos direito esta noite porque estávamos viajando para jogar contra o Canadá mas ainda assim entramos em quadra muito motivados. Ficamos também muito emocionados com o apoio da comunidade lituana de São Paulo aqui no ginásio do Ibirapuera. É um tipo de manifestação que nos dá mais forças para vencer no torneio. (A. Paulauskas, técnico da Lituânia)

— Nossa viagem foi complicada, dormimos pouco, mas somos atletas preparados e conseguimos superar as dificuldades. Não poderíamos perder a motivação porque estamos participando de um torneio importante, que reúne as melhores seleções do mundo. É uma honra poder jogar contra esses times. (Streimikyte-Virbi, ala da Lituânia)

— Jogamos bem apenas metade do jogo, o que foi insuficiente para superar a qualidade das jogadoras lituanas. O time delas é impressionante, não estamos acostumados a jogar contra equipes que atuam com suas pivôs fora do garrafão, tentando arremessos de longe. Isso não acontece nos Estados Unidos ou Canadá. (Allison McNeill, técnica do Canadá)

— Nossa defesa não funcionou bem e não conseguimos também parar o ataque delas, que é muito forte tanto debaixo da cesta como nos arremessos de fora. A Lituânia tem uma equipe bem agressiva, com jogadoras fortes e técnicas que dificultam a marcação. (Chelsea Aubry, pivô do Canadá)

CANADÁ (10 + 12 + 20 + 16 = 58)
Kleindienst (8 pts), Smith (2), Johnson (4), Aubry (6) e Sutton-Brown (11). Depois: Townsend (2), Kelsey (2), Grenier (5), Crooks (2), Watson (2), Brown (10) e Brassard-Riebes (4).

LITUÂNIA (24 + 22 + 20 + 18 = 84) Brazdeikyte (13pts), Streimikyte-Virbi (21), Valentiene (9), Valuzyte (15) e Sulciute (14). Depois: Ciudariente (4), Rinkeviciute (0), Bimbaite (8) e Briedyte (0).

COMENTÁRIO DO JOGO

A Lituânia decidiu a partida contra o Canadá no primeiro tempo. Imprimiu um ritmo muito forte desde o início e conseguiu uma vantagem de 24 pontos: 46 a 22. Depois, jogou de maneira mais lenta, com mais tranquilidade e permitiu uma certa reação ao Canadá, que equilibrou o restante do jogo. Insuficiente para impedir a vitória australiana por 84 a 58. A melhor jogadora da partida foi a ala Jurgita Streimikyte-Virbi, que marcou 21 pontos e pegou seis rebotes. É uma jogadora muito técnica, que formou uma parceria de alto nível com a armadora Rima Valentine, que anotou nove pontos. Elas confundiram muito a marcação das canadenses e levaram vantagem em todo o primeiro tempo. O Canadá reagiu no terceiro quarto, a partir de uma atuação de alto nível da pivô Tamara Sutton-Brown. Ela marcou nove pontos, roubou algumas bolas e levou seu time a fazer um terceiro quarto igual às lituanas: 20 a 20, o que levou a Lituânia a uma contagem parcial de 66 a 42. O suficiente para enfrentar o quarto final com uma postura mais lenta. Foi o período de contagem mais baixa, vencido pela Lituânia por 18 a 16. Um time que mostrou sua força, mas mostrando uma certa fragilidade no uso do banco. O treinador Paulauskas utilizou apenas nove jogadoras. E duas delas atuaram menos de três minutos, o que configura um grupo "confiável" de apenas sete jogadoras. Seis delas atuaram mais de 25 minutos e fizeram 80 dos 84 pontos do time.


Estados Unidos derrotam a Nigéria por 79 a 46


Barueri / Brasil – A seleção dos Estados Unidos derrotou, na noite desta quarta-feira, no ginásio José Corrêa, em Barueri (SP), a Nigéria por 79 a 46, na partida que encerrou a segunda rodada do Grupo “C” do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete. Com o resultado, a equipe norte-americana garantiu sua passagem às oitavas-de-final, juntamente com a Rússia. A terceira vaga do grupo será decidida no confronto direto entre chinesas e nigerianas, nesta quinta-feira, às 19h45. A nigeriana Umoh, com 15 pontos, foi a cestinha da partida. Enquanto no time dos Estados Unidos, a principal pontuadora foi Milton-Jones, com 13.

— Fizemos um primeiro quarto de jogo brilhante, mas é muito difícil manter o ritmo por toda partida. Nossa defesa melhorou, como tínhamos planejado, mas não apresentamos o padrão de jogo que nos é característico. Nosso desempenho pode e deve melhorar. Não podemos nos limitar a jogar bem apenas dez minutos, mas sim toda a partida. (Anne Donovan, técnica dos Estados Unidos)

— Os Estados Unidos, como se esperava, dominaram a partida. Eles são fortes em várias posições e os primeiros minutos do jogo praticamente decidiram a partida. Fiquei feliz porque jamais desistimos. E contamos com uma jogadora do nível de Umoh, que é técnica-assistente de uma equipe universitária americana e que, neste jogo, portou-se como uma verdadeira técnica dentro de quadra. Estou orgulhoso de meu time. (Kevin Cook, técnico da Nigéria)

— Jogamos abaixo do nosso padrão, mas alcançamos nossos objetivos, que eram vencer e melhorar o setor defensivo. Não acertamos tantos arremessos, o que possibilitaria uma vitória por uma maior margem de pontos, mas ganhamos. A Nigéria tem uma equipe forte fisicamente e nós enfrentamos bons e maus momentos, que certamente serão corrigidos pela nossa treinadora. (Milton-Jones, ala dos Estados Unidos)

— Fizemos o melhor possível, mas infelizmente isso não foi suficiente para que chegássemos à vitória e, aí sim, eu estaria feliz. Aliás, ainda não mostramos o que temos de melhor neste Mundial. Tivemos apenas 26 dias de treinamento e estamos sentindo a falta de entrosamento. Devo admitir que me senti pequena diante dos Estados Unidos. (Umoh, armadora da Nigéria)

ESTADOS UNIDOS (25 + 12 + 18 + 24 = 79)
Bird (7pts), Milton-Jones (13), Catchings (7), Thompson (10) e Taurasi (4). Depois: Beard (3), Augustus (10), Swoopes (5), Ford (7), Snow (2), Smith (3) e Parker (8). Técnica: Anne Donovan

NIGÉRIA (04 + 11 + 21 + 10 = 46)
Umoh (15pts), Akiode (6), Udoka (10), Izidor (7) e Olarenwaju (1)
Depois: Ogunoye (0), Okorie (2), Nwagbo (0), Adebayo (0), Mohammed (3), Sanni (2) e Oha (0). Técnico: Kevin Cook

COMENTÁRIO DO JOGO

Quem esperava um massacre, certamente decepcionou-se. Quem gosta do esporte, porém, ficou feliz com o que aconteceu no confronto que fechou a segunda rodada do Grupo “C” do Mundial. Se o primeiro quarto fazia antever justamente o massacre, o que se viu nos dois quartos seguintes foi a confirmação de que o esporte exige dedicação o tempo todo. Se a seleção dos Estados Unidos marcou fáceis 25 a 4 nos dez primeiros minutos (chegou a estar vencendo de 20 a 1), os vinte minutos seguintes foram bem diferentes. No segundo quarto, por exemplo, o resultado foi bem apertado para as americanas (12 a 11), levando o placar para 37 a 15. O terceiro período mostrou uma Nigéria extremamente dedicada – que ganhou o quarto por 21 a 18. Assim, faltando dez minutos para terminar a partida, o placar apontava 55 a 36 para as norte-americanas. O último quarto recuperou o que seria a normalidade da partida, com a equipe dos Estados Unidos, mais uma vez comandada pela eficiente Sue Bird, abrindo mais 14 pontos de vantagem e chegando aos 79 a 46 finais. Uma decepção para quem esperava recordes de pontos ou diferença, mas uma alegria para quem valoriza a dedicação no esporte.

Austrália vence Senegal : 95 x 55

São Paulo / Brasil – A Austrália venceu o Senegal por 95 a 55 (44 a 24 no primeiro tempo) pela segunda rodada do grupo "B" do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete, no ginásio do Ibirapuera. As cestinhas foram a pivô australiana Lauren Jackson, com 31 pontos. A principal pontuadora do Senegal foi a ala Traore Aya, com 17 pontos. A Austrália garantiu a vaga nas oitavas-de-final. Nesta quinta-feira, pela última rodada da primeira fase, o Senegal joga contra a Lituânia, às 17h30, e a Austrália enfrenta o Canadá, às 19h45.

— Ficamos desapontadas por não poder jogar contra a Lituânia, seria um jogo muito bom. Hoje, contra o Senegal, fizemos alguns testes em quadra, como faremos amanhã contra o Canadá, já pensando na próxima fase, quando o desafio ficará maior. Há bons times no Mundial e algumas
surpresas, como a Argentina, que pode ser nossa primeira adversária na segunda fase. Temos que prestar atenção nelas. E os Estados Unidos continuam favoritos, mas não são imbatíveis. Acho que times como a Rússia e o Brasil com sua imensa torcida, podem vencê-los. Mas quem
quiser vencer as americanas não vai poder cometer muitos erros. (Jan Stirling, técnica da Austrália)

— Foi um jogo muito difícil para nós, mais ainda do que contra o Canadá, como era de se esperar. Demos tudo para vencer a primeira partida, contra as canadenses, mas não conseguimos. Agora, teremos um jogo de vida ou morte contra a Lituânia se quisermos passar à próxima fase. Acho que temos uma chance, podemos sim surpreender as lituanas. (Diop Magatte, técnico de Senegal)

— Não tivemos muitas dificuldades em nossa estréia no torneio, hoje, contra Senegal, mas isso pode nos prejudicar porque precisamos de jogos mais fortes para estar no mesmo nível das demais equipes da competição. Mas estamos preparadas e focadas em nosso objetivo. Quem
quiser nos vencer, mesmo os Estados Unidos, terá que jogar muito bem. (Lauren Jackson, pivô da Austrália)

— Muitos times que eram considerados fracos antes do torneio começar, agora estão mostrando qualidade e surpreendendo. A Argentina, por exemplo, que dificultou a vida do Brasil e venceu a Espanha. Nós também podemos surpreender e a hora é agora, contra a Lituânia. E estou muito contente por voltar a jogar no Brasil, tenho só boas lembranças do tempo que atuei pelo Vasco, no Rio de Janeiro, em 2000. (Astou Ndiaye, ala de Senegal)

AUSTRÁLIA (25 + 19 + 32 + 19 = 95)
Taylor (16pts), Harrower (11), Snell (9), Whittle (6) e Jackson (31). Depois: Philips (7), Belivaqua
(3), Screen (2), Randall (1), Grima (0), Summerton (9) e McLnerny (0).

SENEGAL (8 + 16 + 12 + 19 = 55)
Traore Aya (17pts), Diouf (5), Diatta (2), Ndiaye (4) e Astou Ndiaye (8). Depois: Dieng (0), Diame (0), Sarr (0), Astou Traore (14), Dia (0), Doumbia (0) e Ngom (5).

COMENTÁRIO DO JOGO

Lauren Jackson foi a grande estrela na vitória da Austrália sobre o Senegal. Com essa vitória, as australianas asseguraram a passagem para a segunda fase da competição. Com aproveitamento de 100% nos arremessos de dois pontos – acertou suas dez tentativas – e 80% nos lances-livres – acertou oito de dez tentativas – Jackson marcou 28 pontos. Acertou ainda um dos cinco arremessos de três pontos que tentou. Seu grande momento foi no segundo quarto, quando fez 15 dos 19 pontos de sua equipe. Com uma jogadora assim e um predomínio gritante nos rebotes – conseguiu 37 contra 23 das senegalesas – fica fácil explicar a vitória da Austrália, um time que não deu chances ao Senegal. A partida já estava resolvida no primeiro tempo e Lauren Jackson pôde descansar. Ela atuou apenas 23 minutos e 30 segundos. Se ficasse o tempo todo em quadra, a vida do Senegal poderia se complicar ainda mais. Quando o primeiro tempo terminou com uma vantagem de 20 pontos para a Austrália, seria fácil imaginar que o terceiro quarto poderia ser mais equilibrado, jogado em um ritmo mais lento. Não foi o que se viu. As australianas jogaram ainda mais seriamente e dobraram a vantagem. Foi quando apareceram os arremessos de três pontos, através de Taylor, Philips e Belivaqua, uma arma a mais da Austrália. Depois dos 32 a 12 do terceiro quarto, enfim a Austrália diminuiu o ritmo. E permitiu um empate por 19 a 19 às senegalesas, que tiveram em Aya Traoure (17 pontos) e Astou Traore (14 pontos) os seus destaques.


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