Sem sustos, Brasil reage e supera a Coréia do Sul
Time feminino de basquete vence de novo e garante vaga na 2ª fase do Mundial
Após bater asiáticas por 20 pontos, seleção decide hoje 1º lugar no Grupo A contra a equipe espanhola, que caiu ontem diante da Argentina
ADALBERTO LEISTER FILHO
EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina se recuperou ontem do quase fiasco da estréia no Mundial feminino de basquete. A equipe bateu a Coréia do Sul, por 106 a 86, no ginásio do Ibirapuera e garantiu vaga na 2ª fase do torneio. Hoje, às 15h15, fecha participação no Grupo A contra a Espanha.
Ao contrário da estréia, quando quase foram surpreendidas pela Argentina, as brasileiras dominaram desde o início. Mesmo com falhas na defesa -não conteve os tiros de três pontos das asiáticas-, o Brasil se distanciou no placar no segundo quarto, abrindo 36 a 26.
Foi quando Antonio Carlos Barbosa trocou as mais efetivas do ataque: Helen, Iziane e Alessandra. Com as mudanças, a Coréia encostou: 38 a 34.
No segundo tempo, o treinador recolocou o time titular, e o Brasil retomou o controle do jogo. Ao final do terceiro período, a vantagem era de 20 pontos (80 a 60), diferença mantida até o fim do jogo. "Fizemos uma reunião entre as jogadoras para discutir os erros e mudar de atitude. O resultado apareceu na quadra", disse Iziane.
Com duas vitórias, o Brasil decide o primeiro lugar da chave hoje, contra a Espanha. A Argentina está interessada nesse resultado. "Se a Espanha vencer, podemos ficar com o primeiro lugar do grupo", disse o técnico Eduardo Pinto, da seleção albiceleste, que bateu ontem as espanholas por 77 a 64.
As argentinas vingaram o time masculino, eliminado do Mundial do Japão pela Espanha. Ao contrário de Manu Ginóbili e companhia, suas compatriotas são semi-amadoras.
Ontem, Amaya Valdemoro, maior estrela espanhola, ficou pouco mais de três minutos na quadra. Abalada, voltou ao banco, queixando-se de dores na panturrilha direita. É dúvida para o confronto com o Brasil.
"A pressão aumentou. Mas temos que administrar e esquecer o que houve hoje [ontem]", disse a ala-armadora Laia Palau. Para Helen, haverá um duelo de prioridades. "A Espanha precisa se reabilitar. Mas, mais do que isso, nós queremos o primeiro lugar do grupo."
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BRASIL: Helen (19 pontos), Iziane (21), Janeth (12), Êga (8), Alessandra (20), Adrianinha (3); Karen (0), Micaela (5), Sílvia (7), Cíntia Tuiú (3), Kelly (8); CORÉIA: Lee Kyung-eun (10), Beon Yeon-ha (25), Hong Hyun-hee (5), Kim Jung-eun (15), Kang Ji-sook (0); Kang Young-suk (3), Choi Youn-ha (3), Kim Eun-hye (0), Park Sun-young (0), Sin Jung-ja (11), Kim Kwe-ryong (14)
NA TV - Brasil x Espanha
Globo, ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, às 15h15
LITUÂNIA: SELEÇÃO, ENFIM, ESTRÉIA, E BEM
A Lituânia viveu epopéia para pegar o Canadá. Após ser barrada por não ter se vacinado contra febre amarela, a delegação obteve liberação para entrar no país, mas perdeu a estréia para a Austrália por W.O. O motivo: uma ação da Polícia Federal, que prendeu duas mulheres com cocaína, impediu o grupo de pegar o vôo que chegaria a São Paulo anteontem. Para não perder o jogo de ontem e ser eliminado, o elenco viajou em dois vôos e, às 9h, estava no hotel. Após três horas de sono, o técnico Algirdas Palauskas reuniu as atletas para exibir vídeo do Canadá. Mesmo sem treinar há dois dias e com alimentação precária, a equipe, apoiada por cem integrantes da comunidade lituana no Brasil, venceu por 84 a 58.
entrevista
Anfitrião está devendo, diz americana
MARIANA BASTOS
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
A americana Anne Donovan comanda a equipe a ser batida neste Mundial. A técnica, que tem jogadoras do calibre de Sheryl Swoopes (tricampeã olímpica), Tina Thompson (ouro em Atenas) e Diana Taurasi (uma das principais promessas do país), disse à Folha que só interessa a seu time o terceiro título consecutivo, o oitavo em 15 Mundiais.
Campeã mundial como jogadora em 86, Anne usa a experiência para transformar esses talentos individuais em uma equipe. Ontem, enquanto as russas venciam a China, ela avaliava as rivais de hoje. EUA, que bateram a Nigéria à noite, e Rússia, primeiro e segundo colocados do ranking mundial, fazem o jogo mais aguardado da primeira fase às 17h30 de hoje, em Barueri.
FOLHA - O que você acha do time da Rússia?
ANNE DONOVAN - É bom. Pelo que vi até agora, são melhores do que o basquete que apresentaram. Acredito que ainda podem melhorar bastante.
FOLHA - O que vocês esperam deste Mundial?
ANNE - O ouro. Sabemos que não vai ser fácil, mas estamos aqui para ganhar.
FOLHA - Você viu alguma partida do Brasil? Qual é sua avaliação sobre o time?
ANNE - Não consegui ver nenhum jogo delas, mas fizemos um amistoso há pouco dias, então já conhecemos o time brasileiro. Acho que tem atletas de qualidade e, como a Rússia, ainda elas não jogaram tudo o que podem.
FOLHA - Gostaria de fazer uma final com elas?
ANNE - Sinceramente, isso não faz diferença para nós. Claro que teria a torcida lotando o ginásio, seria uma festa, mas, para nós, isso não interessa.
Time feminino de basquete vence de novo e garante vaga na 2ª fase do Mundial
Após bater asiáticas por 20 pontos, seleção decide hoje 1º lugar no Grupo A contra a equipe espanhola, que caiu ontem diante da Argentina
ADALBERTO LEISTER FILHO
EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina se recuperou ontem do quase fiasco da estréia no Mundial feminino de basquete. A equipe bateu a Coréia do Sul, por 106 a 86, no ginásio do Ibirapuera e garantiu vaga na 2ª fase do torneio. Hoje, às 15h15, fecha participação no Grupo A contra a Espanha.
Ao contrário da estréia, quando quase foram surpreendidas pela Argentina, as brasileiras dominaram desde o início. Mesmo com falhas na defesa -não conteve os tiros de três pontos das asiáticas-, o Brasil se distanciou no placar no segundo quarto, abrindo 36 a 26.
Foi quando Antonio Carlos Barbosa trocou as mais efetivas do ataque: Helen, Iziane e Alessandra. Com as mudanças, a Coréia encostou: 38 a 34.
No segundo tempo, o treinador recolocou o time titular, e o Brasil retomou o controle do jogo. Ao final do terceiro período, a vantagem era de 20 pontos (80 a 60), diferença mantida até o fim do jogo. "Fizemos uma reunião entre as jogadoras para discutir os erros e mudar de atitude. O resultado apareceu na quadra", disse Iziane.
Com duas vitórias, o Brasil decide o primeiro lugar da chave hoje, contra a Espanha. A Argentina está interessada nesse resultado. "Se a Espanha vencer, podemos ficar com o primeiro lugar do grupo", disse o técnico Eduardo Pinto, da seleção albiceleste, que bateu ontem as espanholas por 77 a 64.
As argentinas vingaram o time masculino, eliminado do Mundial do Japão pela Espanha. Ao contrário de Manu Ginóbili e companhia, suas compatriotas são semi-amadoras.
Ontem, Amaya Valdemoro, maior estrela espanhola, ficou pouco mais de três minutos na quadra. Abalada, voltou ao banco, queixando-se de dores na panturrilha direita. É dúvida para o confronto com o Brasil.
"A pressão aumentou. Mas temos que administrar e esquecer o que houve hoje [ontem]", disse a ala-armadora Laia Palau. Para Helen, haverá um duelo de prioridades. "A Espanha precisa se reabilitar. Mas, mais do que isso, nós queremos o primeiro lugar do grupo."
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BRASIL: Helen (19 pontos), Iziane (21), Janeth (12), Êga (8), Alessandra (20), Adrianinha (3); Karen (0), Micaela (5), Sílvia (7), Cíntia Tuiú (3), Kelly (8); CORÉIA: Lee Kyung-eun (10), Beon Yeon-ha (25), Hong Hyun-hee (5), Kim Jung-eun (15), Kang Ji-sook (0); Kang Young-suk (3), Choi Youn-ha (3), Kim Eun-hye (0), Park Sun-young (0), Sin Jung-ja (11), Kim Kwe-ryong (14)
NA TV - Brasil x Espanha
Globo, ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, às 15h15
LITUÂNIA: SELEÇÃO, ENFIM, ESTRÉIA, E BEM
A Lituânia viveu epopéia para pegar o Canadá. Após ser barrada por não ter se vacinado contra febre amarela, a delegação obteve liberação para entrar no país, mas perdeu a estréia para a Austrália por W.O. O motivo: uma ação da Polícia Federal, que prendeu duas mulheres com cocaína, impediu o grupo de pegar o vôo que chegaria a São Paulo anteontem. Para não perder o jogo de ontem e ser eliminado, o elenco viajou em dois vôos e, às 9h, estava no hotel. Após três horas de sono, o técnico Algirdas Palauskas reuniu as atletas para exibir vídeo do Canadá. Mesmo sem treinar há dois dias e com alimentação precária, a equipe, apoiada por cem integrantes da comunidade lituana no Brasil, venceu por 84 a 58.
entrevista
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MARIANA BASTOS
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Campeã mundial como jogadora em 86, Anne usa a experiência para transformar esses talentos individuais em uma equipe. Ontem, enquanto as russas venciam a China, ela avaliava as rivais de hoje. EUA, que bateram a Nigéria à noite, e Rússia, primeiro e segundo colocados do ranking mundial, fazem o jogo mais aguardado da primeira fase às 17h30 de hoje, em Barueri.
FOLHA - O que você acha do time da Rússia?
ANNE DONOVAN - É bom. Pelo que vi até agora, são melhores do que o basquete que apresentaram. Acredito que ainda podem melhorar bastante.
FOLHA - O que vocês esperam deste Mundial?
ANNE - O ouro. Sabemos que não vai ser fácil, mas estamos aqui para ganhar.
FOLHA - Você viu alguma partida do Brasil? Qual é sua avaliação sobre o time?
ANNE - Não consegui ver nenhum jogo delas, mas fizemos um amistoso há pouco dias, então já conhecemos o time brasileiro. Acho que tem atletas de qualidade e, como a Rússia, ainda elas não jogaram tudo o que podem.
FOLHA - Gostaria de fazer uma final com elas?
ANNE - Sinceramente, isso não faz diferença para nós. Claro que teria a torcida lotando o ginásio, seria uma festa, mas, para nós, isso não interessa.
Fonte: Folha de São Paulo
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