segunda-feira, 11 de setembro de 2006

França e República Tcheca se enfrentam em clima de revanche

Barueri / Brasil – Revanche é a palavra de ordem do confronto entre França e República Tcheca pelo Grupo “D” do 15º Campeonato Mundial Feminino de Basquete, que começa nesta terça-feira em São Paulo. O duelo entre as equipes na última Eurocup, em 2005, vencido pelos tchecos, ainda está na memória dos dois treinadores e a partida de estréia desta terça-feira, às 13h, em Barueri, é vista como uma oportunidade de vingança para os “Bleus”.

Comandante da equipe francesa na competição européia, que terminou com a República Tcheca campeã e a França em quinto lugar, Alain Jardel lembra em detalhes a derrota elástica (65 a 45) sofrida na fase classificatória, há pouco mais de um ano. O treinador sabe que a estréia será provavelmente o jogo mais difícil do grupo e espera que sua jovem equipe possa quebrar a seqüência de vitórias dos tchecos sobre a França.

— Perdemos por 20 pontos de diferença e isso não é uma coisa que se esqueça facilmente. Não vencemos a República Tcheca há anos e espero que possamos mudar essa história. O time deles é muito forte e será uma estréia dificílima. Estou há dez anos à frente da equipe e acho que nunca nos preparamos tão bem para uma competição. Estou muito otimista.

O técnico francês tem objetivos bem definidos não apenas no Mundial, mas também para os próximos anos.

—- Acho que podemos chegar às quartas-de-final aqui no Brasil. Acho que a República Tcheca é nosso grande adversário na primeira fase e o mais forte do grupo, mas não podemos esquecer de Cuba, que também é uma excelente equipe. Não sei muito sobre a seleção de Taipé, mas enfrentamos a China num amistoso para nos acostumarmos à maneira asiática de jogar. Falando a longo prazo, nosso objetivo é que a equipe, que é muito jovem, ganhe experiência para participar da próxima Eurocup e dos próximos Jogos Olímpicos.

Os tchecos têm consciência de que a partida de estréia é tida pelos franceses como uma revanche. O treinador da equipe, Jan Bobrovsky, está preparado para um jogo equilibrado nesta terça-feira.

— Nosso jogo de estréia na Eurocup também foi contra a França e nós vencemos, então tenho certeza de que eles pensam numa revanche. A equipe francesa é muito forte, mas espero começar bem porque o desempenho do primeiro jogo é muito importante para o emocional do time e pode influenciar toda a performance no campeonato.

Apontada como uma das fortes candidatas ao título do Mundial, a República Tcheca procura tirar proveito do favoritismo, mas com o pé no chão.

— Vejo pontos positivos em sermos considerados favoritos ao lado de outras equipes, acho que a confiança das meninas aumenta e isso faz com que eles usem todo o seu potencial em quadra. Mas não se pode acreditar demais nisso. A competição é muito difícil e outras equipes também carregam esse favoritismo, como o próprio Brasil, a Austrália e os Estados Unidos. Pegamos um grupo que não é fácil, são equipes com muita força de vontade e muita garra em quadra.

França e República Tcheca abrem a disputa do Grupo “D” no Ginásio José Corrêa, em Barueri. No outro jogo da chave, Cuba enfrenta a seleção de Taipé, às 17h30min, no mesmo local.


Argentina estréia contra Brasil de olho na Coréia

São Paulo/Brasil –
A medalha de ouro conquistada pela seleção masculina de basquete da Argentina nos Jogos Olímpicos Atenas, em 2004, não coloca nenhuma pressão sobre o time feminino, que estréia nesta terça-feira (15h15 de Brasília), contra o Brasil no 15º Campeonato Mundial. A partida será transmitida ao vivo pela TV Globo, SPORTV e ESPN Brasil.

— Todos em meu país sabem que há uma diferença muito grande de nível entre o basquete masculino e feminino e não vão nos cobrar um rendimento parecido — disse o técnico Eduardo Pinto, que dirige a seleção em seu terceiro mundial consecutivo.

Enquanto jogadores como Ginóbili, Nocioni, Scola e Delfino fazem sucesso na NBA e na Europa, muitas das jogadoras argentinas só podem se dedicar em tempo integral ao basquete em época de competição.

— Tenho jogadoras com outro emprego pela manhã e só treinam à tarde. Há um campeonato razoável apenas em Buenos Aires, mas os salários não são altos. Não posso dizer que tenho um time totalmente profissional — diz o técnico Eduardo Pinto.

Pinto aponta o jogo contra a Coréia, dia 14, às 13 horas, como o mais importante para sua seleção.

— Acredito que nosso grupo é muito duro. Brasil e Espanha vão se classificar para a segunda fase e podem lutar por uma das quatro melhores posições do Mundial. Nós precisamos passar pelas coreanas. Elas têm um jogo de muita velocidade e precisão nos três pontos. Precisamos marcar forte para forçar o arremesso da linha de dois pontos. Nossa chance é essa.

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