Espinha dorsal de ouro
Campeãs mundiais em 1994, Helen, Alessandra, Cíntia e Janeth buscam o bi
Marcelo Russio
SÃO PAULO - Entre as 12 jogadoras que representam o Brasil no Campeonato Mundial Feminino de Basquete de 2006, quatro já sentiram o gostinho de levantar a taça e serem consideradas as melhores do planeta.
Em 1994, no Mundial da Austrália, Helen, Janeth, Cintia e Alessandra, que hoje formam a base da equipe de Antônio Carlos Barbosa, estavam no time que fez o que muitos consideravam impossível. Até mesmo elas.
- Nós nunca imaginaríamos, naquela época, que seríamos campeãs mundiais. Claro que tínhamos confiança no nosso time, mas tínhamos pela frente rivais duríssimas, como os EUA, a Austrália e a própria China, que havia nos vencido na primeira fase e contava com a Zheng Haixia, de 2,11m e muito forte no garrafão. Não é mentira dizer que foi uma grande surpresa - diz a pivô Alessandra.
Para Helen, a conquista, por ter sido inesperada no início, teve um sabor ainda mais especial.
- Foi maravilhoso. Nosso jogo encaixou, e tínhamos na Paula e na Hortência duas jogadoras especiais, experientes e de um talento imenso. Isso nos dava confiança para arriscar jogadas, pois sabíamos que elas podiam realizar coisas especiais. O sabor do título foi inigualável. Por quatro anos, fomos as melhores do mundo.
Janeth, que já era considerada uma jogadora com bagagem de seleção brasileira em 1994 (foi convocada pela primeira vez em 1983), lembra da comemoração da equipe no estádio antes mesmo do apito final do árbitro.
- Foi fantástico. Nós nos olhávamos e víamos lágrimas nos olhos das nossas companheiras, tanto das que estavam na quadra quanto das que estavam no banco, abraçadas e pulando de alegria. Jogamos o último minuto chorando. O título de 1994 coroou um trabalho de muitos anos, de dificuldades e de superação por parte das atletas.
A pivô Cíntia Tuiú, que tinha apenas 19 anos em 1994, diz que lembrar da conquista em 2006 é como lembrar de um sonho.
- Para mim era uma novidade total. Com 19 anos, jogar ao lado de jogadoras experientes como Paula, Hortência, Ruth e tantas outras, e sair com a medalha de ouro no peito. Foi uma experiência inacreditável, que não dá para descrever. Hoje, com mais idade, vejo o quanto é difícil repetir aquele feito. Isso me faz dar ainda mais valor àquela medalha de ouro.
As quatro (Helen, Janeth, Cíntia e Alessandra) formam a base do time titular no Mundial de 2006. 12 anos depois da conquista histórica, elas afirmam que o objetivo da seleção brasileira é chegar à final do Mundial do Brasil.
- Hoje todas somos mais experientes, temos mais bagagem e vemos as coisas de uma outra forma. Prometer o título não é algo que possamos fazer. Prometemos luta e aplicação. Acho que podemos ficar entre as semifinalistas, e uma final seria maravilhoso. Temos de ter os pés no chão e saber que há equipes, como os EUA, a Austrália e a República Tcheca que podem ser campeãs também - diz a armadora Helen.
Para Janeth, a mescla de experiência e juventude é benéfica à seleção, mas isso não garante uma vaga entre as quatro melhores do Mundial.
- Temos jogadoras com muita experiência, como eu, a Alessandra, a Cíntia e a Helen, e outras mais jovens, como a Iziane, a Adrianinha, a Micaela e a Érika, que certamente vão ser determinantes para a nossa colocação final. Isso não é uma garantia de presença nas semifinais ou na final, mas certamente a nossa equipe tem muitas chances de estar entre as melhores.
Fonte: GloboEsporte.Com
Campeãs mundiais em 1994, Helen, Alessandra, Cíntia e Janeth buscam o bi
Marcelo Russio
SÃO PAULO - Entre as 12 jogadoras que representam o Brasil no Campeonato Mundial Feminino de Basquete de 2006, quatro já sentiram o gostinho de levantar a taça e serem consideradas as melhores do planeta.
Em 1994, no Mundial da Austrália, Helen, Janeth, Cintia e Alessandra, que hoje formam a base da equipe de Antônio Carlos Barbosa, estavam no time que fez o que muitos consideravam impossível. Até mesmo elas.
- Nós nunca imaginaríamos, naquela época, que seríamos campeãs mundiais. Claro que tínhamos confiança no nosso time, mas tínhamos pela frente rivais duríssimas, como os EUA, a Austrália e a própria China, que havia nos vencido na primeira fase e contava com a Zheng Haixia, de 2,11m e muito forte no garrafão. Não é mentira dizer que foi uma grande surpresa - diz a pivô Alessandra.
Para Helen, a conquista, por ter sido inesperada no início, teve um sabor ainda mais especial.
- Foi maravilhoso. Nosso jogo encaixou, e tínhamos na Paula e na Hortência duas jogadoras especiais, experientes e de um talento imenso. Isso nos dava confiança para arriscar jogadas, pois sabíamos que elas podiam realizar coisas especiais. O sabor do título foi inigualável. Por quatro anos, fomos as melhores do mundo.
Janeth, que já era considerada uma jogadora com bagagem de seleção brasileira em 1994 (foi convocada pela primeira vez em 1983), lembra da comemoração da equipe no estádio antes mesmo do apito final do árbitro.
- Foi fantástico. Nós nos olhávamos e víamos lágrimas nos olhos das nossas companheiras, tanto das que estavam na quadra quanto das que estavam no banco, abraçadas e pulando de alegria. Jogamos o último minuto chorando. O título de 1994 coroou um trabalho de muitos anos, de dificuldades e de superação por parte das atletas.
A pivô Cíntia Tuiú, que tinha apenas 19 anos em 1994, diz que lembrar da conquista em 2006 é como lembrar de um sonho.
- Para mim era uma novidade total. Com 19 anos, jogar ao lado de jogadoras experientes como Paula, Hortência, Ruth e tantas outras, e sair com a medalha de ouro no peito. Foi uma experiência inacreditável, que não dá para descrever. Hoje, com mais idade, vejo o quanto é difícil repetir aquele feito. Isso me faz dar ainda mais valor àquela medalha de ouro.
As quatro (Helen, Janeth, Cíntia e Alessandra) formam a base do time titular no Mundial de 2006. 12 anos depois da conquista histórica, elas afirmam que o objetivo da seleção brasileira é chegar à final do Mundial do Brasil.
- Hoje todas somos mais experientes, temos mais bagagem e vemos as coisas de uma outra forma. Prometer o título não é algo que possamos fazer. Prometemos luta e aplicação. Acho que podemos ficar entre as semifinalistas, e uma final seria maravilhoso. Temos de ter os pés no chão e saber que há equipes, como os EUA, a Austrália e a República Tcheca que podem ser campeãs também - diz a armadora Helen.
Para Janeth, a mescla de experiência e juventude é benéfica à seleção, mas isso não garante uma vaga entre as quatro melhores do Mundial.
- Temos jogadoras com muita experiência, como eu, a Alessandra, a Cíntia e a Helen, e outras mais jovens, como a Iziane, a Adrianinha, a Micaela e a Érika, que certamente vão ser determinantes para a nossa colocação final. Isso não é uma garantia de presença nas semifinais ou na final, mas certamente a nossa equipe tem muitas chances de estar entre as melhores.
Fonte: GloboEsporte.Com
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