terça-feira, 24 de novembro de 2015

Equipes da LBF ameaçam boicotar seleção brasileira em retaliação à CBB

|A menos de um ano para as Olimpíadas, os dirigentes e treinadores dos seis clubes participantes da Liga de Basquete Feminino (LBF) pretendem organizar um boicote ao evento-teste da seleção brasileira, que será realizado em janeiro de 2016, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. O motivo é uma rusga com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Eles reivindicam ainda que um colegiado formado pelas equipes defina a comissão técnica e as jogadoras que serão convocadas.

O grupo, encabeçado pelo técnico do Corinthians/Americana, Antônio Carlos Vendramini, aponta falta de investimentos e descaso por parte da Confederação. Recentemente, o gestor do time, Ricardo Molina, criticou, nas redes sociais, a ausência do presidente da entidade, Carlos Nunes, na abertura da LBF deste ano. Na publicação, Ricardo compartilhou uma foto que mostra o mandatário da CBB no evento-teste da seleção de tênis de mesa no momento em que tinha início a a competição de basquete.
Em entrevista ao GloboEsporte.com, Molina confirmou que os clubes estão se movendo contra a CBB e criticou a alta cúpula da entidade.
- Chega a ser uma falta de respeito (ausência). Mas nem queremos mais isso. Queremos é que o colegiado defina a convocação da seleção, porque a CBB é formada por pessoas que não conhecem o basquete feminino, não sabem nem quem são as atletas.
O treinador do Uninassau/América-PE, Roberto Dornelas, afirmou que o grupo vai procurar um advogado para viabilizar o movimento juridicamente e consultar as implicações legais. A equipe tem cinco jogadoras cotadas para convocações, as armadoras Tainá Paixão, Débora e Adrianinha, as pivôs Kelly Santos e Fabi Caetano e a ala Tati Pacheco.
- O descaso é impressionante. Todos estão revoltados com o tratamento que o basquete feminino tem recebido. Ninguém aparece nem para saber como está situação das equipes. Então, por que liberar as atletas? Se for obrigatória a liberação das jogadoras para a seleção, cabe à Fiba (Federação Internacional de Basquete) dizer. 
Procurada pela reportagem, a CBB disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Fonte: Globoesporte.com
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Comentário: Parabéns ao Vendramini, Molina e Dornelas pelo posicionamento.
Quanto à CBB, lamentável que eles não se deram ao trabalho de se pronunciar sobre o assunto. Mais uma vez, a CBB age com indiferença com o feminino...
Enquanto isso, a preparação da seleção masculina já começou, com a comissão técnica indo visitar os jogadores nos EUA. Dinheiro pra isso eles têm!
#maisrespeitocomobasquetefeminino

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www.nexojornal.com.br/reportagem/2015/11/13/Rumo-à-Olimp%C3%ADada-elas-treinam-com-o-dinheiro-que-sobra#