terça-feira, 24 de novembro de 2015

Americana decide boicotar time nacional (O Liberal)

"Guerra fria" entre os clubes e a entidade já vem de longa data, mas teve como gota d'água o lançamento da LBF
Insatisfeito com o descaso da CBB (Confederação Brasileira de Basquetebol) com o basquete feminino, o Corinthians/Americana decidiu não ceder temporariamente suas atletas para a seleção brasileira. De quebra, o clube americanense ainda propõe um boicote coletivo aos outros times que disputam a LBF (Liga de Basquete Feminino).
A medida, polêmica, ocorre faltando menos de um ano para os Jogos Olímpicos Rio 2016. 

A "guerra fria" entre os clubes com a entidade que os representa já vem de longa data, mas teve como gota d'água a festa de lançamento da temporada 2015/2016 da LBF ocorrida na semana passada em São Paulo, quando nenhum membro da CBB ou da seleção brasileira marcou presença. A competição foi iniciada na última sexta-feira com o duelo entre Corinthians/Americana e Santo André, que se repetiu no sábado, e ambos foram "ignorados" pela alta cúpula do basquete nacional, que não enviou nenhum representante ao ginásio Mário Antonucci, no Centro Cívico.

Para piorar, também neste fim de semana, o presidente da CBB, Carlos Nunes, foi visto no evento-teste de tênis de mesa para os Jogos Olímpicos, o que gerou revolta entre os fãs do basquete feminino. Para eles, seria uma prova de que o dirigente estaria mais preocupado com outras modalidades do que com o próprio basquete. Indignado com a situação, o gestor do time americanense, Ricardo Molina, atendeu a um pedido do treinador Antônio Carlos Vendramini e decidiu não liberar suas jogadoras para amistosos ou jogos oficiais do Brasil na preparação para o Rio 2016. 

"Enquanto não houver representantes do basquete feminino na CBB cuidando do feminino e com autonomia, nossa equipe se reserva ao direito de não mais ceder atletas para a instituição CBB. Seja amistoso ou jogo oficial. Decisão tomada!", anunciou Molina, por meio de seu perfil no Facebook. "Chegou a hora do basta. Não foi por falta de diálogo, paciência e muita espera. Que seja agora ou nunca. Que seja pela recuperação da credibilidade e respeito a todos que trabalham pelo basquete feminino", completou. 

Se o boicote se mantiver até as Olimpíadas, o Brasil poderá buscar uma medalha no Rio de Janeiro desfalcado por peças como a ala Izabella Sangalli e as pivôs Clarissa dos Santos e Damiris do Amaral, destaques do time de Americana e frequentemente presentes nas últimas convocações da seleção. 

A reportagem do LIBERAL procurou a CBB, por meio de sua assessoria de imprensa, para ter seu um posicionamento sobre a situação, mas a entidade não se pronunciou até as 20 horas de ontem.

Fonte: O Liberal

3 comentários:

Anônimo disse...

Demorou, hein? Ou nos unimos em prol do basquete feminino ou continuaremos nessa penúria. Que os outros clubes abracem essa ideia e cobrem melhorias para a modalidade.

Anônimo disse...

Ótima iniciativa para o evento teste (data sem sentido algum). Q os outros clubes tb boicotem.
Seleção brasileira irá se apresentar com a sub 17 (Nicolete).

Anônimo disse...

chocado...a que ponto chegamos