domingo, 6 de abril de 2014

LBF: final definida e uma despedida

Dois jogos (um na noite de sexta, outro na manhã de sábado) confirmaram que a final da LBF será mesmo entre Sport e Americana, os dois melhores times da fase de classificação e um repeteco da decisão da temporada passada.

Olympics Day 7 Basketball sUMgmHKGlB1l Na série entre Americana e São José, mais uma vez Americana deu a impressão de ensaiar uma afirmação. Depois de se portar muito mal na primeira partida, que lhe foi entregue de bandeja por São José, o time deu uma respirada e esteve muito focado na defesa no jogo do Centro Cívico. O time vai a decisão contando com a boa fase de Damiris e Paola Ferrari e com a regularidade de Clarissa e Ariadna. A experiência e a disposição de Karla podem ser úteis nos confrontos. Por outro lado na armação, nem Babi nem Joice tem apresentado consistência, numa temporada que acentua a monotonia da primeira e a afobação da segunda. Vai ser a prova de fogo do retorno do veterano Vendramini.

No eliminado São José, acredito que haja o que se comemorar. O time mexeu bastante em seu elenco e ainda assim se manteve entre as principais forças do país. Formou um garrafão interessante com Plutín e Karina e começa a aquecer um núcleo de novidades com Cacá, Ramona e Fabi, como fizera no passado com Tainá, Tati e Paty. Como previsto, o time sentiu demais a ausência da americana Jasmine, que dava um refresco e aumentava o rendimento da veterana Cris, bem como diminuia a pressão sobre a irregularidade de Karen. Se o técnico Carlos Lima tem seus méritos no processo, é evidente que ele carece de evolução e aprendizado assim como seu núcleo mais jovem de comandadas. Na partida decisiva, mais uma vez seu comando foi frustrante, no estil0 “insisto-no-que-está-dando-errado” e nos tempos técnicos, a orientação é mais na linha “psicológica”, com a pérola: “Qual a nossa jogada mais fácil? Vamos fazer ela!”.

Na série entre Sport e Maranhão, foi vergonhosa a repetição dos problemas com o piso na quadra do Sport, que já estavam presentes na partida de estreia da Liga há mais de quatro meses (relembre aqui).Nadia_Colhado2

O Sport tenta o bi-campeonato apostando muito na boa fase de Nádia e na excelente americana Tiffany. A força elétrica de Érika às vezes entra no clima nacional de racionamento para só depois explodir. A fantástica Adrianinha entra nas finais distante das condições ideais. O lado fraco do campeão é o pouco envolvimento de seu bom banco (Fran, Tati, Iza, Gattei, Sandora e Alex tiveram uma temporada no geral pouco animadora). Assim como Carlos Lima, Dornelas tem seus méritos e suas fraquezas. Na partida final, ficou perdido com a novíssima marcação por zona de AC Barbosa… Deixou ainda Érika distaaante da cesta, numa repetição do que era visto com Alessandra em São José. Incômodas semelhanças…

No Maranhão, é incrível como o tempo parece deixar ainda mais evidentes os defeitos de um treinador. Antônio Carlos Barbosa foi novamente o mesmo. Sugou suas atletas titulares e deixou que o talento delas ressolvesse espontaneamente os confrontos. É o estilo: “Resolvam!”. E assim jogou o Maranhão toda a temporada. No dia de Iziane inspirada, bateu até o Sport. Em dia não inspirada, tomou taca de Ourinhos & Cia. Na partida final, só faltou jogar spray de pimenta nas pobres coitadas Jannuary (38’ de calor e escorregões), Kelly (37’), Iziane e Roneeka (36"’, cada). No quarto final, nenhuma delas seria capaz de responder nem sua data de nascimento. E o aproveitamento de pontos de três delas foi medonho: Iziane segurou um 14/45 a duras penas, mas Roneeka (2/30) e Kelly (2/21) naufragaram. Novamente uma jogadora talentosa foi ignorada pelo treinador. Dessa vez, Ines! E o banco –mais uma vez – não estava envolvido em nada. Algumas alcançaram o auge da má forma física. As outras apenas não jogaram mesmo.

Além da definição dos times finalistas, há ainda uma despedida anunciada.

cris1 A armadora Cristina Carvalho, a Cris, anunciou em uma rede social que está deixando as quadras. Cris, além de bela e inteligente, foi uma excelente atleta. Ótima ala surgida nos auréos tempos de Piracicaba com Maria Helena Cardoso, Cris teve a carreira limitada por uma série de contusões que a impediram de dar o salto que naturalmente seu talento permitiria. Ainda assim, conseguiu se reinventar. Assumiu a posição de armadora, teve bons momentos aqui no país e depois construiu uma carreira respeitosa na Espanha. Há dois anos voltou ao Brasil em São José e levou o jovem time a uma impressionante evolução. Aos 36 anos, a última temporada já foi dura e era visível o esforço dela e de seus joelhos a cada jogo. O blog deixa aqui um abraço para Cris e deseja sucesso em suas novas caminhadas.

12 comentários:

Anônimo disse...

QUERO SÓ VER A TORCIDA DO SPORT GRITANDO "VICE CAMPEÃO" IGUAL A TORCIDA DE AMERICANA GRITOU "ELIMINADO" PRA SAO JOSE. VCS PASSARAM POR TODO MUNDO, MAS PELO SPORT NÃO!!! A HORA DE VOCÊS VAI CHEGAR E O SPORT VAI BAGAÇAR!!!

Anônimo disse...

uma pena a cris se aposentar. lembro de uma das épocas mais brilhantes da carreira dela, quando ela jogava em americana e depois veio para ourinhos. destruía nas bolas de tres do "meio da quadra" rs
Boa sorte a ela!! sucesso!

Anônimo disse...

Cris, excelente profissional e exemplo a ser seguido pelas mais novas. Deus te abençoe nessa nova fase!!

Anônimo disse...

Uma pena a Cris se aposentar. Acho q se basear na idade é bobagem. Ela parenta ter bem menos q 36 anos. E em quadra era uma das melhores do São José. Acho q ela deveria rever essa aposentadoria.

A fofão do vôlei ta com 44 anos e continua sendo uma das melhores na posição dela.

Anônimo disse...

no final da década de 90 a seleção olímpica americana veio fazer um amistoso com o brasil. antes deste amistoso, foi montada uma equipe chamada seleção paulista, comandada pela Técnica Laís Elena, com as jogadoras que não estavam na seleção, incluindo algumas estrangeiras. a seleção paulista perdeu, mas teve a cestinha do jogo, Cris, com 25 pontos. talvez uma das melhores partidas de sua carreira.

lembro que no mundial juvenil em natal, no ano de 97, ela fez uma dupla afiadíssima com a adrianinha, chegando a serem comparadas com paula e hortencia.

parabéns pela sua brilhante carreira e espero que com seu profissionalismo e inteligência continue contribuindo para o basquetebol.

Anônimo disse...

realmente é triste ver as jogadores tentando pararem em pé na quadra do Sport, o teto do ginásio não condiz com a beleza do piso

Anônimo disse...

realmente é triste ver as jogadores tentando pararem em pé na quadra do Sport, o teto do ginásio não condiz com a beleza do piso

Anônimo disse...

Se não fosse pelas contuçoes a Cris teria formado uma bela dupla com a Helen nas Olimpíadas de 2000.

Anônimo disse...

Uma pena. Excelente profissional. Vai deixar saudades.

Anônimo disse...

Com o nível do basquete nacional, a Cris poderia jogar mais uns 5 anos.
O Barbosa suga mesmo, quem deveria suga-lo é o INSS e aposenta-lo por idade avançada de basquete!!!
O Sport vai bem enquanto a família Dornellas e seu aras bancam a brincadeirinha do Roberto de ser técnico de Basquete, quando a grana minguar, voltam todos para SP, menos o treinador que não tem nível para isso.
Base mesmo ninguém faz!!!

Anônimo disse...

Ninguém compararia Cris e Adrianinha, à PAULA E HORTÊNCIA obviamente.
Elas inclusive são inferiores tecnicamente a Claudinha e Silvinha

sergio disse...

Uma ótima atleta, gosto muito d e seu jogo. Equlibrada e sem devaneios, assim era Cris, mas acredito que ela ainda tem basquete para queimar por mais uns 2 ou 3 anos, deveria repensar...