segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Brasília encerra turno com as piores médias da história dos Nacionais de Basquete

Brasilia-18

Na semana passada me peguei pensando se o papelão que Brasília comete nessa LBF tem precedentes na história do basquete feminino. Em sete jogos, são sete derrotas, com uma média de pontos de 41 por partida. A diferença média de pontos de vantagem do adversário é de 55 por jogo.

Se excluirmos o jogo em que Brasília foi representada pelo time de Presidente Venceslau, a média de ataque cai para 37 e a da desvantagem sobe para 62.

Importante frisar que essas médias melhoraram muito após o últimos dois jogos, em que Santo André e Maranhão pouparam seus elencos no confronto com o lanterna.

Talvez Brasília encontre companhia na remota Taça Brasil, quando os clubes de São Paulo destroçavam na fase inicial equipes amadoras de outros estados numa competição que durava uma semana.

Desde 1998, quando tentou se estabelecer uma competição nacional mais longa pela primeira vez para as mulheres, a frequência desses atropelos diminuiu.

Na primeira edição, havia o Toledo/Blumenau que não venceu nenhum jogo no torneio. Mas para ficar em um exemplo sua derrota para o campeão daquela edição (o Fluminense) foi por “apenas” 23 pontos (88-65).

Em 2000, o hoje poderoso Sport Recife também não venceu ninguém. Mas a média de diferença de pontos em suas derrotas foi de 26 pontos.

Em 2001, Joinville também não venceu. Diferença Média: 33.

Em 2002, foi a vez de Ponta Grossa, com 48 de média de desvantagem. Mas com ataque um pouco mais inspirado(56ppj).

Em 2004, houve o lamentável caso de Rio das Ostras, mas que ainda assim foi capaz de vencer um jogo na competição.

Lá em 2006, a equipe da APUC/Goiás é outra forte concorrente de Brasília: 16 derrotas em média por 46 pontos. Ataque: 58 ppj.

Em 2007, vez do Fluminense. Mas a média de suas derrotas foi de 22 pontos.

Encerrados os Nacionais, na história da LBF duas equipes perderam todos seus jogos.

São Caetano na segunda edição, com médias de 21 pontos. E Ourinhos, na temporada passada, com honrosos 14.

Essa recordação histórica só reforça a reação negativa que a campanha de Brasília vem provocando em qualquer um que tenha um mínimo interesse em basquete no país.

Não bastasse toda a fragilidade técnica e física expostas em quadra, os dirigentes da equipe até o momento se comportaram muito mal.

A inclusão da equipe na LBF foi confirmada no dia 25 de setembro de 2013.

Tenho uma curiosidade grande sobre a reunião que gerou essa confirmação. Que projeto foi apresentado pela equipe de Brasília? Que garantias foram oferecidas à liga para que as portas se abrissem?

Um mês depois, na apresentação da competição (30 de outubro), não havia informação ainda sobre elenco e técnico da equipe.

Com tanto planejamento e mais um mês, a estreia da equipe (já em 02 de dezembro) foi inacreditável: 141-18 contra Americana.

Depois da surra, foi improvisado um acordo com a equipe de Presidente Prudente, que durou uma rodada. E Brasília começou 2014 redefinindo técnico e equipe.

Três meses bastante produtivos, não?

Há os que defendam que o basquete precisa de novas praças. Realmente precisa. Mas acho que nem Brasília e LBF precisavam ser tão ingênuos assim. Acho difícil ver brotar algo no meio de uma amadorismo tão constrangedor e de tanta desorganização. Se der em algo depois de cinco, dez anos, será daquelas histórias de superação para contar para os netos.

Por agora o saldo da aventura me parece negativo para a reputação da Liga, para Brasília, seus apoiadores, público, jogadoras e para Presidente Venceslau.

Acho que assim como na educação de um filho é fundamental que limites sejam impostos, a direção da liga, como organização que se pretende gestora da competição nacional de clubes, deveria ter a função de coibir tais devaneios.

O basquete feminino no país (infelizmente) não trabalha com continuidade.

Das oito equipes que disputaram o I Nacional em 1998, a única cidade que continua a ter representante hoje é Santo André. O que aconteceu com os clubes de Rio de Janeiro, Osasco, Campinas, Goiânia, Canoas, São Bernardo e Blumenau?

Para ficar apenas no retrospecto da LBF, das oito equipes da primeira edição só restam hoje Americana, Santo André e Ourinhos.

Assim incluir uma equipe que apenas escancara as fragilidades da modalidade na principal competição de clubes do país é uma insensatez que marca negativamente o primeiro turno da LBF4.

21 comentários:

Anônimo disse...

Na próxima edição da Liga,os apressadinhos e corneteiros,vão queimar a língua com o time de Brasília
Vão valorizar a entrada corajosa por serem saco de
pancadas agora.Infelismente,pasciencia não faz parte
dos críticos destrutivos.

Anônimo disse...

Bert, presidente Venceslau. Abs.

Anônimo disse...

Será que é necessário comentar alguma coisa????
Será que alguém que gosta de basquete, acha que atletas se formam do dia para noite e melhor sem planejamento algum?
Enfim, muito triste para o esporte de minha vida.

Anônimo disse...

VER UM COMENTÁRIO INFELIZ DESSE NUM PAIS QUE NÃO SE APOIA NADA SÓ SE COBRA É REALMENTE MUITO TRISTE,POIS SE FORMOS OLHAR REALMENTE PARA FRENTE DEPOIS QUE PAULA E HORTÊNCIA PARARAM NÃO SURGIU NINGUÉM NO NÍVEL DELAS.SE AS EQUIPES ESTÃO TRAZENDO ÓTIMAS JOGADORAS AMERICANAS,PARAGUAIAS E ALGUMAS BRASILEIRAS DE FORA PARA QUE FIQUE FORTE A LBF, ME EXPLICA ENTÃO SE É TÃO BOM QUANTO FALA QUE O BAQUETE FEMININO É ,PORQUE SÓ 8 EQUIPES E DESSAS EQUIPES APENAS 3 TIMES SÃO COM NÍVEL MELHOR POR CAUSA DAS ATLETAS DE FORA.SERÁ QUE VOCÊ ACHA REALMENTE QUE O TIME DO VIZINHANÇA ESTA ATRAPALHANDO A LIGA?VOCÊ FALA DE VENCESLAU COMO SE AS PESSOAS QUE VIERAM AQUI E QUEBRARAM O CONTRATO POR QUERER PASSAR POR CIMA DO PROJETO FEZ MUITA COISA.JOGARAM COM A UNICA EQUIPE PARELHA COM O VIZINHANÇA E NOVATA TAMBÉM NA LIGA.O QUE TE ENCOMODA EM VER UMA EQUIPE NOVA PARTICIPAR?ESTAVA ABERTO PARA TODOS , ENTROU QUEM QUIZ METER A CARA É ENCARAR O DESAFIO .PERGUNTA PARA TODOS OS TÉCNICOS QUE DISPUTAM SE GOSTARIAM DE JOGAR COM APENAS 6 TIMES?O BASQUETE FEMININO ESTA NO FUNDO DO POÇO A MUITO TEMPO É SO OLHAR OS INVESTIMENTOS QUE TEMOS FORA DE SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO E AGORA RECIFE QUE TEM O DORNELAS QUE LUTA A MUITOS ANOS PELO SPORT E AGORA ESTA COLHENDO OS FRUTOS MERECIDAMENTE.PERGUNTE A ELE SE ELE TEVE UMA CAMINHADA FACIL ATÉ CHEGAR COM ESSA EQUIPE?O ROBERTO TA FAZENDO RECIFE GOSTAR DE BASQUETE ,O CSUV-1 ESTA FAZENDO COM QUE O BASQUETE FEMININO TENHA UMA EQUIPE DA CAPITAL REPRESENTANDO O BASQUETE,POIS PARA QUEM NÃO SABE O VIZINHANÇA SEMPRE TEVE TRADIÇÃO EM REVELAR ATLETAS E UM TRABALHO DE BASE MARAVILHOSO HOJE MUITO BEM COORDENADO PELA RENATA RIBEIRO.VOCÊ DEVERIA IR NA DILMA E COBRAR OS CENTROS DE EXCELENCIA QUE TINHA SIDO PROMETIDO PARA DEIXAR NOSSOS ATLETAS PRONTOS PARA AS OLIMPIADA.O CSUV-1 ESTA ORGULHOSO DE SEU TIME COMO TODOS QUE AJUDAM E APOIAM ESSAS MENINAS.OLHA PARA O VOLEI QUE SE ORGANIZOU E HOJE TANTO MASCULINO COMO FEMININO VEMOS EQUIPES MARAVILHOSAS E OS RESULTASDOS MARAVILHOSOS E COM GRANDES RENOVAÇÕES.OLHE PARA O HANDEBALL NINGUEM OUVIA NADA VEJA O ULTIMO RESULTADO.O BASQUETE PERDEU SEU POSTO A MUITO TEMPO ENTÃO EM VEZ DE CRITICAR DESSA MANEIRA HUMILHANTE UMA EQUIPE QUE TRAZ PUBLICO PARA O GINÁSIO , CRIANÇAS PARA ESCOLINHAS E UM AUMENTO DE MENINAS INTERESSADAS NOVAMENTE NO BASQUETE VAMOS NOS UNIR E APOIAR A TODOS QUE TENTAM DA MELHOR MANEIRA POSSIVEL DENTRO DE SUAS REALIDADES COLABORAR COM O CRESCIMENTO DESSA MODALIDADE NO BRASIL.PARABÉNS A TODOS QUE LUTAM PELO FEMININO.QUE VENHAM MAIS TIMES DE OUTROS ESTADOS A ENGRANDECER ESSA CATEGORIA.
MARIAH

Anônimo disse...

Grande texto Bert!!!!!

A sensação que temos é que QUALQUER PESSOA que chegue à diretoria da LBF e diga: "Estou interessado em montar um time para jogar a liga", a Hortência deve entregar uma ficha de inscrição na mesma hora, sem perguntar se a tal pessoa tem condições para montar um time com mínimas condições de disputar com as outras. Devaneio total!

Anônimo disse...

Pois é, o time entra sem estrutura, apanha de todo mundo, tem jogos transmitidos pela TV, tirando espaço de quem realmente investe. E aí no ano seguinte some e nunca mais aparece, conforme demonstra o histórico. Qual a necessidade disso?

Anônimo disse...

Como diz o ditado: "quem não tem teto de vidro, que atire a primeira pedra". É muito fácil fazer um discurso desse com comparações estatística de anos anteriormente(clubes),considero uma falta de ética profissional. O que se passou, passou.A intenção da LBF penso eu que é fazer com que o basquete feminino cresça. Infelizmente A equipe de Brasília deve ter sido mais uma vítima de promessas... Como acredito que algumas equipes anteriores. Porque antes do campeonato todos(CBB e companhia limitada), pressiona e diz que faz acontecer e no meio da tempestade em alto mar o barco é abandonado pelos(que pressionaram e disse que faz e acontece), aí se torna fato e motivo de chacota para o Brasil ou amantes de basquete.A modalidade necessita de continuidade(ajuda, respaldo, amor próprio etc...) e não de comentários como esses.

Bert disse...

Obrigado, anônimo 23:35. Acabei confundindo os presidentes.

Anônimo disse...

É um crítica muito pertinente. Será que se um time formado por alunos de escolinha de vôlei chegar para diretoria de Superliga e disser que está interessado em jogar o campeonato, eles vão aceitar? Será que um time de várzea chegar para a CBF e disser que quer jogar o Campeonato Brasileiro, ele receberá autorização para tal? Óbvio que não. Nem mesmo o NBB aceita. Tem que ter time formado por atletas profissionais pelo menos. Para essas meninas de Brasília, o basquete é um hobby. Os times femininos citados no post, poderiam ser mais fracos que os outros, mas eram formados por atletas profissionais. A maioria das meninas de Brasília tem outro trabalho e participam do time nas horas vagas. É um amadorismo jamais visto na história do basquete feminino. Porém acredito que quem deveria barrar essa falta de noção é a LBF, tal qual faria, o NBB, a CBV a CBF e qualquer entidade esportiva profissional que fosse procurada por um clube sem atletas profissionais. Deveria ser dito algo como: "OK, ficamos muito felizes com o seu interesse, assim que você conseguir montar um time profissional teremos o prazer de inscrevê-lo em nossa competição". Inscreveram o clube, antes dele ter um time. Surreal.

Anônimo disse...

No minimo é uma brincadeira de mau gosto querer
comparar o vôlei que tem como padrinho o Snr.Nuzman
que graças a Deus pela nova lei vai ter que cair fora
com a Liga ou qualquer outro esporte.Chegaram onde
chegaram,com muito dinheiro.Ai é fácil.Os críticos
de plantão precisam tomar mais cuidado nas sua
analises tendenciosas.Porque não pegam todos os
resultados da Liga até agora.Verão que os jogos estãobastante equilibrados e que o nível técnico aumentou muito .Ah,queriam estrangeiras,hoje temos
10 participando .Sera que isso é pouco?

Anônimo disse...


OBSERVADOR

Alguns pontos a considerar neste comentário do Bert.
1)não vejo razão de tanta critica para a equipe de Brsilia.Todas estas equipe citadas em campeonatos anteriores não tiveram continuidade,a não ser o Spor, que parou e depois retomou.
2)Pela situação atual do basquete feminino,sem tinmes(vide o paulista)deveríamos antes de execrar o Brasilia incentiva-las a levar a frente esta equipe.
3)è óbvio que todos são culpados pela primeira equipe de Brasilia a que jogou contra Americana,que ra fraquíssima,hoje já esta fezendo mais pontos e aquela vexame já´passou.
$) Se efetivamente queremos o bem do BF,vamos incentivar Brasilia!!!

Anônimo disse...

A Hortencia afundou a seleção durante o tempo que esteve por lá, agora já começa a mostrar sua incompetência na Liga.

Anônimo disse...

Futebol, Vôlei, Basquete Masculino, Handebol, Tênis, Atletismo, Futsal, NENHUM ESPORTE permite que atletas amadores joguem numa liga profissional.

Isso só acontece no basquete feminino.

E para mim é coisa da Hortência, pois esse tipo de coisa é muito parecido com os delírios que ela teve enquanto trabalhou na CBB.

Anônimo disse...

O projeto da liga era para pelo menos 8 equipes.Então se o time de Brasilia entrou alem de dar oportunidades para algumas atletas ainda colaborou com a participação das outras equipes.

Anônimo disse...

Pessoal quero inscrever o time feminino de basquete do meu condominio na proxima LBF, sera que consigo? Temos um otimo trabalho de base, 2 jogos de uniforme, 3 bolas oficiais, mas a quadra eh de cimento e descoberta. O time eh muito bom e me considero uma otima pivo, apesar dos 46 anos e 1,76 de altura!!!! Kkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Anônimo das 15:01.Sera que Voce sabe sò um pouco
do que a Hortencia já fez nessa Liga?Ela é competente
sim,vai ser presidente da Liga e o basquete feminino
através dela vai voltar a ser forte e competitivo.
O melhor que Voce pode fazer é ficar em casa fazendo
gelo no cotovelo e tomar alguns calmantes para não
morrer infantado de inveja.

Anônimo disse...

foi uma pena o desentendimento com o time emprestado de venceslau....era fraco, mas ao menos eram profissionais....

Anônimo disse...

No Brasil ser atleta profissional de basquete é passar fome. Como se sobreviveria com esses salários de 1.000,00 2.000,00 ou até 3.000,00. O basquete feminino está nivelando as atletas pelo poder aquisitivo, só fica quem precisa. As atletas oriundas de famílias um pouco melhor(que geralmente são as mais altas- pela própria genética) vão para o Voleibol. Então deixem as atletas de Brasília trabalharem e jogar basquete pois, pelo menos, o esporte não se acaba em cidades com IDH mais altos. Blumenau, Mangueira, Goiás e outros times não só podem como devem entrar na LBF pois tem muita menina boa que não está participando porque não espaço nos times grandes. Brasília deve melhorar o elenco nas próximas Ligas. Parabéns Brasília pela coragem!!!!

Anônimo disse...

Eu não entendo esse povo! Criticam o Time do Brasília porque é um time fraco, que não tem jogadoras experientes que são saco de pancadas que isso que aquilo. Ao mesmo tempo criticam o Time do Sport porque agora tem três americanas no time que isso que aquilo. Vá entender. Se o time é fraco a turma mete o pau, se o time se reforça a turma mete o pus do mesmo jeito. Torço muito pra esse time do Brasília, que esse time ganhe experiência e continue nas próximas ligas, pra quem não sabe o Sport também já foi sacos de pancadas, nem conseguia se classificar para as finais, mas hoje ta aí atual campeão e brigando mais um ano pelo título.

Will do basquete disse...

Triste realidade.....
Só pode ser obra de algum aventureiro.
As atletas estão curtindo adoidado, mas o produto "basquete" está um lixo.
Abram os olhos "basqueteiros"

Anônimo disse...

Bem lembrado Bert, a longevidade do Santo André! Admiro muito a Lais, com poucos recursos, não desiste e sempre surpreende com times competitivos, e revelando novas jogadoras (Sassá, Bianca...), pena ela não ter o reconhecimento que merece, o Zanon fez um ótimo trabalho em Americana, mas com muitos recursos é mais fácil, um timaço na mão facilita tudo.