quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Grandes momentos de 2013: basquete feminino

Divulgação/CBB#O técnico da Seleção Brasileira feminina Luiz Augusto Zanon: para ele, reformulação é chave para o crescimento da modalidade entre as mulheres

Com planos de renovação para a Seleção Brasileira visando os Jogos de 2016 e 2020, o técnico Luiz Augusto Zanon relembra o bronze na Copa América e a conquista da vaga para o Mundial da Turquia em 2014

A Seleção Brasileira de basquete feminino, ao contrário do que vive o time nacional masculino, encerra a temporada 2013 com a sensação de dever cumprido em relação ao principal desafio encarado no ano. Se entre homens o desempenho na Copa América, disputada em Caracas, na Venezuela, foi completamente abaixo do esperado — o Brasil foi eliminado ainda na primeira fase sem ter conquistado nenhuma vitória nas quatro partidas que disputou e, por conta disso, não assegurou vaga para o Campeonato Mundial de 2014, na Espanha, dependendo, agora, de um convite —, entre as mulheres a participação na Copa América terminou no pódio e com a vaga para o Mundial da Turquia de 2014 garantida.

Disputada em Xalapa, no México, entre 21 a 28 de setembro, a Copa América feminina contou com a participação de 10 países: Canadá, Chile, Cuba, Jamaica e Venezuela, no Grupo A; e Argentina, Porto Rico, Brasil, México e República Dominicana, no Grupo B. O Brasil, após vencer Porto Rico (91 x 54), República Dominicana (107 x 43), Argentina (69 x 60) e México (97 x 45), avançou invicto à semifinal. Entretanto, perdeu a vaga na decisão para Cuba (72 x 68). Sem se deixar abalar, o time voltou à quadra para a disputa da medalha de bronze contra Porto Rico e assegurou lugar no pódio após uma vitória por 66 x 56.

Brasil_PortoRico_CopaAmerica

Para o técnico da Seleção Brasileira feminina, Luiz Augusto Zanon, assegurar a vaga para o Mundial da Turquia nem foi ponto alto da campanha do Brasil na Copa América. Para ele, o “grande momento” do time foi ter conseguido superar a derrota para Cuba na semifinal para, em menos de 24 horas depois, virar o jogo sobre Porto Rico e conquistar a medalha de bronze. “Foi aquele meu grande momento. Fico arrepiado só de lembrar”, confessa Zanon.

O entusiasmo do treinador após a Copa América é legítimo. Afinal, ele assumiu a equipe depois de apresentar seu projeto de reformulação para a Seleção Brasileira feminina, cujo plano principal é trazer várias atletas mais novas para ganhar experiência e jogar, como ele diz, “por uns dez anos, uns três Mundiais, uns dois Jogos Olímpicos...”

Desde o início do trabalho, em março, Zanon tinha seu objetivo bem traçado: “A reformulação da Seleção é uma das metas. Mas também tem a maneira de a equipe jogar, mais agressiva, e até mesmo dar uma mudada no cenário do basquete em geral, mexer mesmo com dirigentes na busca de formação de novas equipes, de motivação.”

Especificamente com relação à seleção feminina, Zanon diz que sua contribuição será o trabalho com novas jogadoras para que elas cheguem à categoria principal. “A questão é reformulação e não renovação. Renovar eu posso renovar um sofá colocando um tecido novo; mas reformar é mais do que isso. É mudar braço, encosto...”, compara.

Projeto de médio e longo prazo

Luiz Augusto Zanon lembra que a equipe mantinha as mesmas jogadoras a cada ciclo e é preciso coragem para mudar esse cenário. Em resumo, o que ele quer é planejar o futuro do basquete feminino a médio e longo prazo. “Pensei em uma Seleção com atletas mais novas, que agora em 2014 façam muitos jogos internacionais, joguem contra jogadoras de mais de 2,00m, de contato físico forte, percam de 20, 30 pontos, para chegar ao Mundial já menos inexperientes, aos Jogos Olímpicos (de 2016) mais maduras e aos outros Jogos, de 2020, no ápice, já com seus 30 anos. Além da maior quantidade de atletas, queria dar perspectivas a essas jogadoras hoje com 20 e poucos anos para melhorar o basquete no geral.”

Nesse sentido, a Copa América assumia uma importância maior no calendário de 2013, porque estavam em jogo três vagas para o Mundial da Turquia. Assim, Zanon contou com a pivô Erika e a armadora Adrianinha e, depois, chamou outras duas mais experientes, Chuca e Carla, que entraram no lugar de duas laterais mais novas que tiveram torção no joelho.

“Com as mais experientes, queria dar sustentação ao time para conseguir a vaga. Em momento nenhum falei que iríamos jogar pensando em título”, conta Zanon, explicando que todo o planejamento dependia, sim, da vaga para o Mundial da Turquia para dar sequência ao trabalho com as atletas mais jovens visando os dois próximos ciclos olímpicos (2016 e 2020).

Apoio do Ministério do Esporte na preparação

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Na preparação para a Copa América, Zanon levou sua equipe para os Estados Unidos, onde enfrentou times da WNBA e “perdeu de 30 pontos”, como ele mesmo ressalta. Depois disso, a equipe foi crescendo com os amistosos — ganhou da China — e conquistou o Campeonato Sul-Americano, derrotando a Argentina em casa. O time jogou ainda outro torneio, com as atletas mais novas, vindas da categoria sub-19. “E tudo isso só foi possível com o apoio do Ministério do Esporte”, ressalta.

Só após todo esse caminho foi que Luiz Augusto Zanon pôde viver seu “grande momento” na Copa América. “Quando perdemos de Cuba na semifinal, precisávamos refazer o objetivo em menos de 24 horas. Jogamos à noite e a decisão pelo bronze era na tarde do dia seguinte, quando jogaríamos para ficarmos com a vaga para o Mundial. Com um grupo novo, tínhamos de reverter tudo, restaurar o sonho delas que tinha ido abaixo e talvez até o meu”, recorda o treinador.

“Passei a noite pensando em como reverter isso psicologicamente. Lá, só chovia. Mas no dia seguinte (à derrota para Cuba) abriu aquele sol. Comentei com elas que a vida do esportista era assim também: dia de tristeza e depois um dia lindo. Dava até para ver o vulcão que a gente não tinha conseguido ver ainda (Xalapa foi erguida aos pés do vulcão Macuiltépetl). Acho que ali o time mudou de novo. Começamos até mal, mas elas se soltaram. E conquistamos a vaga para o Mundial, tão importante para levar adiante o nosso projeto”, prossegue Zanon, sem esconder um misto de orgulho por perceber que o ano de 2013 chega ao fim com seu projeto para o basquete feminino brasileiro totalmente “nos trilhos”.

Fonte: brasil2016.gov.br

4 comentários:

Anônimo disse...

zanon....nota seis e meio em seu primeiro ano.....não fez mais que obrigação....

Sérgio/RJ disse...

SÓ LEMBRANDO QUE ESCREVEU A MATÉRIA QUE A PIVÔ ERIKA NÃO PARTICIPOU DA COPA AMÉRICA.

Anônimo disse...

O Zanon,precisa urgentemente tratar o seu EGO.O cara
pensa que sabe muito e não é bem assim.Na copa América pisou na bola nas substituições varias vezes.

Anônimo disse...

Quanta arrogância...horrível ficar em 3° ,podendo ser campeão. Levou a experiência da Chuca e da Carla para ficarem no banco. Não sabe substituir e nem comandar. Pensa que é a última bolacha do pacote. Quem viu o jogador Zanon sabe que é indisciplinado e autoritário.