domingo, 23 de junho de 2013

Zanon quer mais atletas na seleção por evolução no basquete feminino (Globoesporte.com)


Nikolas Capp
A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) trata o projeto de renovação da seleção feminina como um recomeço para a modalidade no país. Sem a visibilidade da versão masculina, a intenção é começar do zero. Para Zanon, técnico da seleção, para que as mulheres cheguem no mesmo nível dos homens é necessário mais gente praticando o esporte no Brasil e na seleção.
- Se conseguirmos que esse novo grupo, assim como as seleções sub-19, sub-16 e outras tenham bons resultados vamos fortalecer a modalidade. Com mais jogadoras com nível de seleção vamos fortalecer as equipes nacionais e fazer com que essa engrenagem rode a favor de todos nós – explicou.
Para Zanon -que começou o trabalho com a camisa amarela no começo de maio e terá em julho o Sul-Americano em Mendonza, na Argentina – é preciso divulgar mais a modalidade para que o máximo de pessoas pratiquem para aumentar as ‘peneiras’, assim como acontece no futebol desde sempre.
- Precisamos atualmente que o máximo de meninas joguem, disputem campeonatos e cheguem as seleções de base. Com um número maior de peças, aumenta o leque para assim crescer o nosso potencial. Esse é o segredo, qualquer que seja a modalidade.
Para que as jogadoras ganhem mais experiência e aumente esse leque, Zanon optou por um grupo novo. Muitas das convocadas para a competição na Argentina nunca haviam vestido a camisa do Brasil. O objetivo é, depois deste primeiro teste, montar uma base e testar outras promessas.
- Temos um planejamento bem elaborado para que a equipe ganhe corpo para as Olimpíadas de 2016. Mas para isso, precisamos passar por um ciclo de competições internacionais, com a intenção de que as jogadoras conquistem a experiência necessária para disputar uma competição deste porte lá na frente. É um trabalho iniciado com perfil novo, com gente nova –afirmou o treinador.
Antes de embarcar para o Sul-Americano, a seleção realiza treinos em São Carlos, cidade do interior paulista, e depois vai para a China, onde disputa um torneio internacional contra a seleção anfitriã, a seleção do Canadá e de Porto Rico.


Por explosão, seleção feminina treina com time masculino em São Carlos

A seleção de basquete feminina teve um desafio diferente durante os treinamentos em São Carlos. A pedido do técnico Zanon, as meninas enfrentaram a equipe sub-19 masculina da cidade em um amistoso sem placar, já que o objetivo não era vencer, mas aprender algumas artimanhas com os homens.

- A intensidade do jogo dos meninos é maior. A velocidade, os passes, a reação, a explosão, então acelera a partida, faz com que elas tenham um jogo mais intenso, qualidade que estamos buscando aperfeiçoar. Com os meninos a tomada de decisões tem de ser mais rápida. Espero repetir esse tipo de treinamento ainda. Gostei bastante – comemorou o comandante.

Zanon também ressaltou que o teste contra o Sub-19 do São Carlos serve para a comissão técnica fazer um balanço de como está o condicionamento físico e técnico da seleção nestes primeiros dez dias desde a convocação.- A gente procura fazer isso, para avaliar esses primeiros dias de treinamento. Acho que foi bem legal. Senti elas um pouco inseguras, ainda mais na parte física, mas já houve um crescimento. Independente do resultado, o que importa é elas assimilarem o novo conceito.

O trabalho realizado pela seleção foi aprovado pelas jogadoras.Para a ala Leila Zabani, além do aprendizado com as características masculinas, o amistoso serve para todas sentirem como será em uma partida oficial.

- Importante para ver se conseguimos colocar em prática aquilo que estamos aprendendo durante essa pré-temporada. Nos treinos a gente já se conhece e isso facilita na hora da marcação. Contra alguém de fora isso muda. Por serem homens, eles são mais fortes e mais rápidos, temos que nos adaptar – contou a atleta.

A seleção fica mais uma semana em São Carlos e depois parte para a China, onde disputa um torneio internacional contra a seleção anfitriã, além do Canadá e Porto Rico. A competição serve de preparação para o Sul-Americano que acontece em julho em Mendonza, na Argentina.

2 comentários:

Anônimo disse...

Para por em pratica tudo o que ele falou é simples:arrumem dinheiro para os clubes e menos para a Cbb.
Quem forma são os clubes.Sem eles CBB não é nada..

Henrique Baptista Silva disse...

Considero o estímulo a mais praticantes,boa. Quanto mais,melhor. Sendo que,eu acho que hoje em dia o contingente é maior. Simplesmente que,atualmente não vemos tantos nomes em evidência,e reservas que atuem em quadra no mesmo nível que as titulares,e menos equipes disputando a categoria adulta;conforme viamos quando o basquete feminino produziu melhores resultados. O que acredito,possa dar a impressão a ele que exista um número menor de praticantes. Talentos não param de surgir,espaço para mostrá-los por falta de times adultos que é o problema.