segunda-feira, 8 de abril de 2013

Após o triunfo, jogadoras vibram "em casa"


Atletas rubro-negras voltaram à favela do Caranguejo um dia após a conquista do título brasileiro para comemorar a inédita conquista



















O memorável feito das meninas do basquete rubro-negro poderia remeter a uma festa cheia de pompa num endereço suntuoso. Algumas atletas, no entanto, escolheram uma das comunidades mais carentes do Recife para celebrar o inédito título do Brasileiro. Nada forçado. Até porque era uma festa em casa. Na favela do Caranguejo, nas cercanias da Ilha do Retiro. Ali, algumas estrelas da Seleção Brasileira encontraram aconchego, um motivo a mais para seguir defendendo as cores do Sport.


A barreira que separava realidades tão distintas foi superada pelo mesmo companheirismo que marcou a irretocável campanha leonina na Liga de Basquete. Sentimento que transformou um grupo heterogêneo numa família. Jogadoras como Érika e Adrianinha, que já representaram o Brasil em olimpíadas e mundiais, conviveram com atletas como Mô, que tem o Sport como único time da sua carreira. Todas num só patamar.

Nascida e criada no Caranguejo, Mô retribuiu a calorosa acolhida apresentando sua realidade às colegas e fazendo cada uma delas se sentir em casa junto aos seus parentes e amigos. Ontem, um dia após a conquista do Brasileiro, as comemorações tomaram becos e vielas. Acomodadas numa grande mesa organizada na travessa onde moram os pais de Mô, as campeãs foram recebidas como distintas representantes de uma orgulhosa comunidade.

Principal líder do grupo, Érika não escondeu a emoção ao falar da nova família. Apontando para o braço arrepiado enquanto descrevia sua afeição por todos os que ali estavam, a pivô disse não ter motivos para querer deixar a cidade. “Não tem como não querer ficar aqui. É muito difícil encontrar as palavras certas para descrever este momento que estamos vivendo. Sou da Mangueira (Rio de Janeiro) e sei o que isto aqui significa para toda esta gente que agora faz parte da minha vida”, descreveu. “Hoje, a família de Mô é a minha família”, acrescentou.

Além dela, Laís, Fabi, Palmira, Gattei, Franciele e Viviane também resolveram estender as comemorações no Caranguejo. Com a naturalidade de uma boa anfitriã, Mô parecia ter bons motivos para relegar o título do Brasileiro ao segundo plano. “É indescritível. Uma coisa que a gente simplesmente sente. Ganhei uma nova família. Quase todos os finais de semana as meninas estão aqui comigo”, comentou, sem esquecer a responsabilidade que carrega. “Espero que este título e esta relação que desenvolvemos sirva de exemplo para as crianças do Caranguejo. Para que todos eles vejam que podem percorrer este caminho.”

Fonte: www.pe.superesportes.com.br

4 comentários:

Henrique Baptista Silva disse...

É bem por aí,mesmo. Construi um projeto vencedor,dando crédito aos valores que tenham origem no local onde esteja sendo investido. Pois fortalece a intenção de massificação do esporte como referência. Que essa popularidade venha a fornecer novas jogadoras nas categorias de base que permaneçam produzindo talentos através dos anos que sirvam de suporte para o time adulto.

Anônimo disse...

Com que se pode formar uma grande categoria de base se não há um campeonato forte e nem no adulto? Até a equipe tem que vim disputar o campeonato paulista para manter o time atuando. Até formar mais equipe para que se tenha uma boa estrutura.

Anônimo disse...

Temos condições para isso, então vamos lá fazer ... O basquete feminino do Brasil agradece e os torcedores dos clubes rivais " Se Irritam " .. huauaahahu Boa Sport !!!

Anônimo disse...

um dia tem que começar,partir de algum lugar...então parem c recalque e apoiem o basquete!