domingo, 9 de dezembro de 2012

Entrosado, Rio de Janeiro supera São Paulo e é campeão invicto no basquete

Marcação, atitude e pressão do início ao fim. Com essa estratégia, o Colégio ADN Master (RJ) foi a grande sensação do basquete feminino das Olimpíadas Escolares. Invicto e com um grupo consistente, formado por oito jogadoras da Mangueira e duas do Riachuelo, o time não tomou conhecimento das adversárias até chegar à decisão, com uma campanha impecável. No duelo decisivo, que valia o título do campeonato, as meninas superaram, sem dificuldades, o CETEC, de Barretos (SP), um dos favoritos à medalha de ouro, por 66 a 48, neste sábado, no ginásio Sesc Porto, em Cuiabá (MT). A escola do bairro carioca do Méier, na Zona Norte da capital fluminense, oferece bolsas de estudos integrais às promessas do basquete, três delas da seleção brasileira de base: Raphaella Monteiro, Letícia Soares e Mayara Leôncio.
 
- As meninas estão todas de parabéns, a disposição e o entusiasmo que elas mostraram em quadra foi fundamental para a vitória. Viajamos com a proposta de realizar um jogo de forte marcação, pressionando as advserárias do início ao fim. Mesmo no momento mais delicado do jogo, quando sofremos um empate, as atletas não deixaram de acreditar e se entregaram. O lado psicológico ajudou e o entrosamento também foi outro fator favorável, já que a maioria delas joga no mesmo clube. Estou muito emocionado - disse o experiente Guilherme Vos, que tem passagens por Flamengo e Fluminense e, atualmente, também comanda a Mangueira.
 
A cestinha da partida foi a pequena Maria Luisa Oliveira, de 16 anos e 1,69m de altura, com 18 pontos, na frente da paulista Tayná dos Reis, a joia de Tupã, que anotou 15.
 
Habilidosa, Maria Luisa parecia uma flecha correndo pela quadra, driblando com facilidade as adversárias e desequilibrando o duelo com seus arremessos precisos de três pontos. Nascida e criada na comunidade da Mangueira, ela lembra que pensava em fazer ginástica rítmica na Vila Olímpica do bairro carioca, mas, com a falta de vagas, acabou optando pelo basquete.
 
- Sabíamos que tínhamos chances de vencer se colocássemos em prática tudo aquilo que treinamos. A garra, a união e a disposição do grupo fizeram a diferença - disse a jovem, que se inspira em Adrianinha em busca de uma vaga na seleção brasileira.
 
A companheira Mayara conta que estava engasgada com as últimas derrotas para São Paulo no Brasileiro de Seleções sub-15, campeonato em que jogou ao lado de Letícia.
 
- Esse título tem um sabor especial. Estava há dois anos tentando ganhar das paulistas, só batendo na trave. O jeito carioca de ser ajudou na conquista. A marra, a moral e a atitude impuseram respeito às adversárias - afirmou a ala-armadora, moradora da comunidade do Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
 
O Colégio ADN Master contou com um reforço de peso no torneio estudantil. Após cinco meses afastada por conta de uma lesão joelho esquerdo, sofrida durante os treinos da seleção brasileira para o Mundial sub-17, em Orlando, nos Estados Unidos, Raphaella Monteiro voltou a competir e foi decisiva na campanha vitoriosa do Rio. Promessa do basquete nacional para 2016, a atleta de 17 anos arrancou elogios de Cristiano Cedra, técnico da seleção de base e auxiliar em Londres. O treinador revelou que a jovem tem um grande potencial e é um dos maiores talentos da categoria no país.
- Essa era a minha despedida, já estou ficando velha. A felicidade de ser campeã é enorme, foi um momento único. Agora vou treinar muito, sem férias, porque eu quero muito seguir na seleção.
 
O jogo
Organizado e com um bom volume de jogo, o Colégio ADN Master começou arrasador e abriu uma boa vantagem sobre as paulistas, mostrando atitude e categoria: 16 a 5. O CETEC ainda esboçou uma reação, encostou no placar, mas, em um dia inspirado, as meninas da equipe fluminense retomaram o controle do jogo. As adversárias bem que tentaram reverter a situação, mas a sorte estava do outro lado e a bola não entrava, deixando um clima de desespero no ar.
 
Soberanas, as cariocas continuaram dominando o duelo no segundo quarto, com 10 pontos de diferença: 37 a 27. Sem alternativas, o time do interior de São Paulo partiu para o tudo ou nada. Com uma boa atuação da pivô Carolina Bianchi e da armadora Tayná dos Reis, descoberta nos Jogos Escolares de 2006 e integrante da seleção brasileira sub-15, o CETEC reagiu e, pela primeira vez, empatou o jogo: 39 a 39.
 
O Colégio ADN sentiu a pressão e, nervoso, cometeu algumas falhas, mas logo se reencontrou em quadra e anotou nada menos do que 20 pontos seguidos: 59 a 39. Habilidosa, a cestinha Maria Luisa acertou três cestas de três pontos, enquanto as companheiras não desperdiçavam as boas chances de ataque. Bem marcadas, as meninas de Barretos não conseguiam deslanchar e, quando chegavam perto do garrafão, erravam a pontaria. Sem perder a concentração e com uma postura de campeãs, as cariocas precisaram apenas de tempo para carimbar a vitória por 66 a 48.
 
Do lado de fora da quadra, um torcedor fervoroso embalava o time fluminense da arquibancada. Gladness Vieira Lima veio acompanhado da esposa e da filha Tainá, jogadora de basquete. Com uma cerveja inseparável na mão, ele vibrava, arrancando gargalhadas de quem estava por perto com frases criativas e de efeito: "Minha alma Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro! Vamos Rio, vamos sangue bom".
 
- Sou carioca, moro há 19 anos em Cuiabá e não poderia deixar de acompanhar a final, as meninas do Rio são muito boas, mereceram o título - contou Gladness, que, em muitos momentos, recebia um puxão de orelha da filha, que pedia: "menos, pai, por favor". No fim, a família era só alegria com a conquista.

Fonte: Globo Esporte

4 comentários:

Laline disse...

Parabéns ao Rio de Janeiro, Guilherme Vos, a sua equipe técnica e a suas atletas. Essa atleta carioca da foto, é excelente, na minha opinião tem um baita potencial.Possui um estilo de jogo muito interessante e moderno. Fico feliz em saber que a mesma segue se desenvolvendo na equipe carioca.

Anônimo disse...

Cadê os paulistas para comentar a vitoria carioca e dar parabens?


hahahahahahahahahahahahahahaha!!!!!!

Anônimo disse...

Parabens cariocas.Até que enfim.
Bem diz o ditado:antes tarde do que
nunca.Não se acostumem,foi só para
ficarem contentes. Daqui para a
frente,NUNCA MAIS.

Anônimo disse...

MAYARA CRACAÇA DE BOLA COM APENAS 15 ANOS.

JOGA MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOO.