Qual a emoção do primeiro título pela seleção brasileira?
A emoção é muito grande. Estar no grupo já é inexplicável, com esse título é fantástico. Espero repetir essa experiência muitas e muitas vezes. O grupo todo batalhou e estou feliz que alcançamos o objetivo.
O que achou do desempenho do Brasil na competição?
Crescemos muito dentro da competição, acredito que tenha sido um dos principais fatores que nos levaram ao título. Vencemos jogos que considerávamos difíceis contra a Argentina, na terceira rodada, e a Venezuela, na final. Foi uma grande competição e o título merecido.
Qual foi o ponto forte do Brasil no Sul-Americano?
Acredito muito na frase: 'A união faz a força'. Com certeza, a nossa seleção estava muito unida. Não só as meninas, mas a comissão toda. O técnico [Júlio Patrício] nos dizia o que fazer e nós íamos atrás da bola. Provamos que quando se quer uma coisa é só ir atrás.
MVP (jogadora mais valiosa), cestinha e a melhor nos lances-livres. Você imaginava que poderia ir tão bem na sua primeira competição?
Nunca imaginei nem perto disso. Nós queríamos muito ser campeãs, as outras conquistas foram o algo mais. Estou extremamente contente. Treino muito no clube e não fiz diferente na seleção. O resultado foi muito mais do que o esperado.
Para quem você dedica esses troféus?
Para meu avô e minha técnica. Meu avô sempre me incentivou muito a ir atrás dos meus sonhos. A Anne Sabatini, [assistente técnica da Seleção Sub-15 Feminina] minha técnica em Americana, foi quem me ensinou muito no basquete.
Qual é o seu diferencial como jogadora?
Sou bastante veloz, gosto de correr e cortar, além de fazer cesta. Mas acho que meu papel na seleção é o de ajudar. Estou sempre disposta a fazer qualquer coisa para contribuir com a equipe.
Como foi treinar com o técnico Júlio Patrício?
Não conhecia o trabalho dele, mas amei. Ele é um ótimo professor e muito guerreiro. Ele lutou junto com a gente e sei que se pudesse também entrava na quadra. Aprendemos o que precisávamos sem pressão. Espero ter a oportunidade de trabalhar com ele novamente.
Qual a primeira coisa que fez ao saber que foi convocada para a Seleção Sub-15 Feminina?
Fiquei sabendo pelas minhas amigas da convocação. Elas me ligaram dizendo que meu nome estava no site da CBB. Não acreditei. Corri para casa e minha família estava me esperando com uma festa surpresa. Foi maravilhoso.
Como foi comemorar o aniversário, no dia 14 de novembro, na Venezuela, longe da família e dos amigos?
Foi muito bom. Ganhei o melhor presente que poderia imaginar nos meus 15 anos. Começou com a convocação, o título de campeã e depois o de melhor jogadora. Quando chegamos no domingo, minha família estava me esperando com outra festa surpresa. Não podia ser melhor.
O basquete sempre esteve nos seus planos?
Com 7 anos, comecei a jogar e desde o início gostei muito. Sei que sou nova, mas não me vejo fazendo outra coisa. O basquete já está na minha rotina e é o que sei fazer de melhor.
O que achou de Caracas (Venezuela) e teve alguma dificuldade?
Foi minha primeira viagem para o exterior. Caracas é grande e agitado, mas gostei bastante. Tive um pouco de dificuldade com a língua e a comida. Quando achava que uma comida era doce, na verdade era salgada e vice-versa [entre risos].
Quando não está treinando ou jogando, o que você gosta de fazer?
Gosto muito de ficar em casa. E como não tenho muito tempo livre, aproveito para estudar. Também gosto bastante de ficar na internet batendo papo com meus amigos e escutar música.
Que tipo de música você gosta?
Adoro pagode e funk. Escuto pagode e quando saio com minhas amigas, dançamos funk. Adoro a batida do funk. Mas meus cantores preferidos são o Péricles e o Thiaguinho.
Se não for atleta, o que gostaria de ser?
Não penso nisso. Amo basquete e não quero fazer nada diferente. Claro, que quando era mais nova já pensei em ser professora ou advogada. Mas quero é jogar basquete. Inclusive, quero demorar para casar. Meu planejamento para o futuro é chegar na Seleção Brasileira Adulta. Não tem muito espaço para outras coisas.
Tem alguma superstição antes das partidas?
Não tenho nenhum ritual específico. Mas antes de entrar em quadra, sempre oro a Deus. Peço para que consiga por em prática o que sei e treinei.
Fonte: CBB
Um comentário:
Ajudem essa garota, é necessesário estudar, no Brasil o esporte não dá nada em troca, só tira.
Postar um comentário