Sport Recife monta time de basquete para fazer frente a rivais paulistas na Liga (R7)

Denise Mirás

Um time montado para fazer frente às equipes paulistas, com estrutura trabalhada por um ano e chegada de reforços importantes, como de Alex Montgomery, lateral que deixa o New York Liberty, da WNBA, pelo Sport Recife. Esse é o cenário planejado pelo técnico Roberto Dornelas, que aguarda a lateral norte-americana nesta quarta-feira (17), e ainda a pivô Érika e a armadora Vanessa Gattei, na semana que vem, para completar a equipe pernambucana de basquete que disputará o campeonato da LBF (Liga de Basquete Feminino). Deverão ser nove times competindo entre dezembro e abril.
O primeiro objetivo para o Sport é chegar às semifinais, para então pensar em disputa de final, o que já seria inédito. Para a temporada, os investimentos são de R$ 1,5 milhão, com apoio da Secretaria de Educação e Esporte (Estadual) e também da prefeitura de Recife, com a Secretaria de Esportes.

- Quando houve a decisão pela volta [a última participação do Sport tinha sido em 2008-2009], com a filiação à Liga em 2011, passamos um ano nos preparando. Temos uma equipe multidisciplinar completa, apoio de academia e hospital, vamos trazer piso flutuante para a quadra, tabelas internacionais.

Segundo o treinador, deverão ser nove equipes no campeonato da LBF. O Sport Recife é o único dos grandes clubes de futebol que está com uma equipe feminina de basquete.
- Parece que dois times de São Paulo desistiram, mas haveria dois outros interessados.
O Sport Recife vem a São Paulo para fazer três amistosos: com Americana, no dia 29; com Santo André, no dia 31, e possivelmente com Jundiaí, em 1º de novembro.

Além de Americana e Santo André, as outras equipes paulistas da Liga, até agora, são São José, Ourinhos, São Caetano e Venceslau. E, de fora de São Paulo, além do Sport jogam este ano os times de Blumenau e do Maranhão.
Roberto Dornelas, “cobra criada” segundo ele mesmo, com 34 anos de basquete de seus 52 de idade, diz que, com parceiros, surgiu a oportunidade de repatriar atletas e o Sport acertou com Adrianinha, Franciele e Érika, da seleção brasileira, mais duas estrangeiras como reforços.
- A Alex Montgomery é lateral, é boa na defesa; a Skylar Collins, também lateral, vem da Universidade do Texas e, além da boa defesa, também é boa arremessadora de meia distância.

O treinador diz que o Sport está com jogadoras experientes, de seleção [as três citadas, mais Alessandra e Palmira] e mais jovens, também da seleção, como Franciele, que está sendo trabalhada para mudar de função, de pivô para ala/pivô.
- Acredito que puxamos a vinda de estrangeiras, porque outras equipes, como Ourinhos, Maranhão, também se reforçaram.
Damiris acaba o Paulista com Ourinhos, diz o técnico do time pernambucano, e vai para o Maranhão, que também terá Iziane, que ainda teria duas norte-americanas (uma é a armadora Veronica Hicks, que estava no Targu Mures, da Romênia). Ourinhos trouxe a pivô nigeriana/norte-americana Abi Olajuwon do CSM Satu Mare, da Romênia.

As estrangeiras, acredita Dornelas, dão um “up grade” no campeonato.
- É bom. Acredito que será o campeonato mais difícil e mais disputado, contando os Brasileiros e os da Liga, dos últimos anos.

Fonte: R7