sábado, 21 de abril de 2012

Seleção feminina de basquete treina fundamentos por nova "filosofia" (Terra)

THIAGO PERES
Antes de anunciar a lista com as 18 pré-convocadas para a Olimpíada deste ano, na última quinta-feira, o técnico da Seleção Brasileira de basquete feminino, Luiz Cláudio Tarallo, já havia afirmado que tem preferência por um time forte defensivamente e que saiba explorar os contra-ataques. Após divulgar a relação das jogadoras que tentarão ficar entre as 12 que irão para Londres, o treinador ressaltou que durante a preparação para os Jogos, os trabalhos de fundamento serão intensos.

Segundo o técnico, sem os fundamentos bem executados, não existe "filosofia" que suporte um jogo de alto nível. "Não é porque é uma equipe adulta profissional, que nós não vamos trabalhar fundamento", disse o comandante, que cita como exemplo de sucesso o bom trabalho que desenvolveu, ao lado de seus auxiliares, na equipe Sub-19. "Quando a gente assumiu essa geração, elas tinham de 30 a 32 de média de erros durante uma partida, e no Mundial a gente conseguiu reduzir isso para 13, em média. Foi uma evolução muito grande principalmente na área de fundamentos", acrescentou.

Cristiano Cedra, assistente técnico de Tarallo ao lado de Maria do Carmo Ferreira, trabalha com o comandante da Seleção há alguns anos, desde as categorias de base. "Temos feito esse trabalho de ênfase no fundamento. Acreditamos que atualmente poucas equipes estão dando prioridade para isso", afirmou, ressaltando que sistemas táticos muito elaborados não funcionam quando há problemas na base. "Estamos disponibilizando um tempo grande do total do treino para melhorar o fundamento das atletas: o drible, o passe, o arremesso. Nós temos essa preocupação, de melhorar esse detalhe das meninas".

De acordo com Tarallo, o aprimoramento da base faz com que a equipe possa explorar mais intensamente a individualidade de cada atleta, inclusive cadenciando o jogo quando for necessário, o que trará confiança para a disputa olímpica. "A gente tem que pensar nas jogadoras que temos, com suas características individuais, da maneira que se sentem bem jogando", observou o comandante. "Obviamente, dentro de uma linha (de jogo), a gente vai explorar isso, também pensando nos adversários", acrescentou o técnico.

O treinador ressaltou que o basquete tem várias escolas e é importante para a Seleção impor seu ritmo de jogo porque, em sua visão, tentar igualar a forma de atuar de outros times pode "complicar".

Outro lado da moeda

No último mês, Hortência, diretora de Seleções femininas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), compareceu ao evento de divulgação de resultados do estudo "Educação Física nas Escolas Públicas Brasileiras", em São Paulo, encomendado por três entidades: Instituto Ayrton Senna, Instituto Votorantim e Atletas para a Cidadania, do qual a ex-atleta faz parte.

A pesquisa, feita pelo Ibope, fez um diagnóstico nacional sobre o ensino e a prática de atividades físicas nas escolas públicas, além de dar subsídios para que seja deixado um legado social e educacional para o País após a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Na ocasião, ela já tinha destacado que a melhora no esporte de base está ligada diretamente à eficiência dos atletas de ponta. Hortência disse que as atletas não podem chegar sem estar pronto nos fundamentos, como deverá ser feito na Seleção Brasileira a partir de agora.

"Nós perdemos um tempo muito grande ensinando fundamentos para esportistas. Corrigindo fundamentos na Seleção Brasileira. Isso poderia estar sendo feito na escola. O professor de educação física tem capacidade para isso", disse à época a dirigente.

Fonte: Terra

3 comentários:

Anônimo disse...

Só agora que voces descobriram a
importancia dos fundamentos? Por
favor sejam menos inocentes.
Essa matéria é ridicula.Ninguem
pode começar a casa pelo telhado.

Kleiton disse...

Demorô hein a tempos nossas atletas não sabem o que é isso "fundamento" começando pelo básico:
bater bola
arremesso
corta luz
passe

e treinem muito, nunca é tarde para aperfeiçoar o que aprenderam errado e por preguiça não quiseram aprender o certo.

Anônimo disse...

Pois é,com esses fundamentos errados e mal feitos que o Brasil
foi campeão do mundo,prata e bronze
nas olimpiadas.
Com essa turminha que esta ai achan
do que sabem muito e não sabem nada. Se os clubes pararem de tra=
balhar na formsção de jogadoras o
basquete vai acabar.Uma hora criti-
cam os técnicos e outra hora acham
que na escola os professores de
ed.fisica vão formar jogadoras.
Com turmas dentro do periodo vão
ensinar alguma coisa.Seria fantas-
tico se não fosse comico.