sexta-feira, 20 de abril de 2012

Seleção confia em fase "domada" de Iziane para ver estrela problemática mais produtiva

O basquete das mulheres no Brasil não vive mais os tempos de bonança de Hortência, Paula e Janeth, mas hoje, dentro da seleção, existe a fé de que Iziane possa conduzir a seleção a um bom desempenho nos Jogos Olímpicos de Londres.

A aposta reside na crença em uma fase mais madura e focada da talentosa ala-armadora, que leva à equipe um histórico particular de polêmicas.

Na última quinta-feira, o técnico Luiz Cláudio Tarallo divulgou a pré-lista de 18 jogadoras para os treinos para Londres, em relação que será reduzida para 12 atletas mais adiante no ano.

No evento de divulgação, o treinador manifestou o otimismo da comissão em contar com Iziane desde o começo da preparação, já que a atleta não conseguiu acordo com nenhuma equipe da WNBA.

"A gente fala para essas jogadoras: ‘Você quer estar aqui, quer representar o país?’ A Érika sempre quis. Com a Iziane a gente vem fazendo uma aproximação há um bom tempo, fazendo ela entender o processo, a importância dela no grupo desde o início", diz a ex-jogadora Hortência Marcari, diretora das seleções femininas da CBB (Confederação Brasileira de Basquete).

Iziane ficou marcada como uma jogadora problemática a partir de 2008, quando se recusou a entrar em quadra durante uma partida contra Belarus no Pré-Olímpico, contrariando ordens do então técnico Paulo Bassul. Ainda naquele ano, o treinador trocou farpas com a atleta através da imprensa e deixou-a fora da lista para os Jogos de Pequim. No entanto, em 2009 reintegrou a "desafeta", em medida que teria tido interferência da direção da CBB.

Os contratos com equipes da WNBA também foram uma questão de desgaste entre Iziane e a seleção brasileira em diferentes momentos. Em 2003, a ala-armadora foi para a liga norte-americana e recusou a convocação para o Mundial Sub-21.

Neste ano, depois de disputar a Liga de Basquete Feminino em sua terra natal pelo Maranhão Basquete, Iziane não conseguiu contrato com nenhum time da WNBA, apesar de ter recebido sondagens [a temporada vai de maio a setembro, com hiato entre julho e agosto, durante a Olimpíada].

Assim, sem programação de atividade por clubes, acatou o chamado para integrar o projeto de treinamento da seleção desde o princípio, diferentemente de outras oportunidades.

"Das outras vezes que ela veio, só veio bem em cima da hora, chegou meio perdida, desentrosada com o time. A gente sabe que ela pode dar muito mais, pode entender a cabeça do treinador mais facilmente se chegar antes", declara Hortência, uma voz de ascendência sobre Iziane.

"Se a atleta chega muito próximo do torneio, o técnico tem muita carga de informação para passar em pouco tempo, não tem como assimilar. Ainda temos que entender que a Iziane é uma finalizadora, que pode passar uma imagem de individualista, mas é a natureza da posição dela", endossa o técnico da seleção que vai a Londres.

PRESENTES? SELEÇÃO NO MARANHÃO E TÉCNICA DOS TEMPOS DE BASE

Inicialmente a convocação de quinta-feira também serviria para a disputa do Sul-Americano feminino, torneio que acabou cancelado pela entidade que gere o basquete continental. A ideia da CBB era levar o evento em maio para o Maranhão, em medida que poderia ser vista como um gesto de agrado a Iziane.

Mesmo com o cancelamento do Sul-Americano, São Luís ainda pode receber a seleção, pois Hortência e a CBB costuram a realização de um torneio quadrangular com seleções do continente para preencher a lacuna inesperada de calendário.

Outra ação interna no esforço de fazer de Iziane a líder que se espera do time é a presença de Maria do Carmo Mardegan Ferreira na comissão de Luiz Cláudio Tarallo. Macau, como é conhecida no meio "basqueteiro", é uma profissional de êxito na formação de jovens atletas e participou do desenvolvimento da ala-armadora em um projeto em Osasco, nas categorias de base do BCN.

"Trabalhei quatro anos com a Iziane e sabemos que ela pode dar um algo a mais. Ela gosta de treinar mais, não é daquelas jogadoras que fogem do treino, é muito dedicada. Às vezes as pessoas veem a finalizadora como egoísta, mas na seleção masculina é assim também com o Marcelinho Machado, eles são os responsáveis pelo chute", afirma Macau.

"A gente vai ver depois se ela está chutando para a equipe ou para ela. Mas ela está bem diferente agora, focada em dar o melhor para a equipe, puxando as jogadoras mais inexperientes, com espírito coletivo", acrescenta a auxiliar de Tarallo.

Fonte: UOL

6 comentários:

Anônimo disse...

Faltou na comissão técnica um psicologo, na verdade uma psicologa, a mais efetiva e com mais experiência no basquete é a Marisa Markunas, também do Osasco!

Thiago

Anônimo disse...

Esses jornalistas de ocasião que cobrem o basquete feminino, não cansam de lembrar essa história de 2008 da Iziane. Aff que falta de assunto! Vários portais só falam disso, bora trabalhar e parar de escrever o que já foi escrito 10 mil vezes!!!!

Anônimo disse...

"Ainda temos que entender que a Iziane é uma finalizadora, que pode passar uma imagem de individualista, mas é a natureza da posição dela"

C/ isso Hortência disse TUDO. Ótimo ver o trabalho da seleção enxergando a importância q Iziane tem p/ esse grupo.
Iziane entrosada e fazendo seu melhor jogo acredito no Brasil contra qualquer seleção (menos EUA rrsrs).

Paulinha C.

Anônimo disse...

Oi turma cade a Janete?Sumiu,não
era ela a técnica para 2016? Sera
que a Hortencia caiu na real.
Vamos esperar para ver.

Anônimo disse...

quem caiu na real foi a Janete..

Anônimo disse...

Sei lá né....quem é essa Iziane, o que ela já fez pela seleção. E não devemos esquecer que esse é um jogo de equipe, principamente em uma Olimpíada. No basquete o título é FOMINHA, essas jogadoras pensam que só elas sabem resolver. Egoítas isso sim.