sábado, 11 de dezembro de 2010

Janeth é a aposta de Hortência (Folha de Pernambuco)

Terni Castro

Entrevista - Hortência (ex-jogadora de basquete)

A rainha das quadras está de volta. Mas, dessa vez, uma das principais jogadoras de basquete do Brasil, Hortência Marcari, assumiu um posto diferente para continuar contribuindo com a modalidade. Desde o ano passado, a ex-atleta atua fora das quadras como dirigente de seleções femininas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Em passagem pelo Recife, na última segunda-feira, Hortência conversou com a Folha de Pernambuco sobre o desafio de reestruturar o basquetebol nacional. E de uma coisa ela tem certeza: o futuro da modalidade está no investimento e  descoberta de novos talentos e no fortalecimento das categorias de base do País.


Você recebeu o convite e assumiu a Diretoria de Seleções da Confederação Brasileira de Basquete. Qual é o trabalho desenvolvido agora como diretora?

É um trabalho também da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Eu recebo todo um planejamento e o repasso, logicamente dando minha opinião e meus retoques. Mas gosto de ressaltar que não faço nada sozinha, pois é um trabalho em conjunto. Estamos indo em busca do investimento forte nos novos talentos - categorias de base - e no nosso time adulto. A prioridade é mesmo as categorias de base e também a capacitação de no­vos professores de basquete. Por exemplo,  já temos todo o planejamento para 2011 feito, no qual já se tem onde cada seleção de base vai jogar, quando e contra quem.


O povo brasileiro conheceu aquela Hortência rainha das quadras e guerreira dentro do basquete. Como é agora se colocar fora das quatro linhas e trabalhar na área de gerência, dando esse apoio externo?

É muito difícil. Principalmente quando você desenvolve um trabalho e é criticada por pessoas que não sabem o que estão vendo. Você é criticada pela Imprensa, pelos torcedores... Tudo bem, até porque eles estão de perto vendo os resultados, mas, por exemplo, ser criticada pela comunidade do basquete que não está acompanhando o trabalho é complicado. O desconhecimento das pessoas faz que, às vezes, elas critiquem sem saber e isso é difícil de lidar.


Qual é a importância que você dá para o processo de renovação de jogadores do basquete nacional?

Temos um sério problema, por exemplo, com a questão das armadoras para os Jogos Pan-Americanos do próximo ano. Só temos a Adrianinha e uma garota de 17 anos que está começando agora a jogar na principal. Se Adrianinha desistir de jogar na seleção, pois ela não vem demonstrando satisfação com o desempenho dentro de quadra, principalmente depois do último Mundial, não temos quem a substitua direito. Não se fabrica uma armadora de uma hora para outra. Por isso, ressalto a importância de se investir nas categorias de base para que, desde cedo, essas meninas estejam jogando e adquirindo experiência. Dessa forma, poderemos revelar novas jogadoras.


O basquete nacional se concentra muito no eixo Rio-São Paulo, que realmente tem as melhores estruturas e oferece melhores con­dições aos atletas. Entretanto, o processo de descoberta de novos talentos fica restrito a es­ses Estados. Você acredita que essa renovação deveria ser aprofundada para outras regiões, co­mo por exemplo o Nordeste? De que forma isso poderia ser feito?

Já está sendo aprofundada para essas áreas. Temos campeonatos brasileiros em todas as regiões. Mando os técnicos das seleções para esses campeonatos para eles verem e trazerem jogadoras. Analiso se elas realmente têm condições para serem trazidas, porque é importante ressaltar que essas meninas têm de vir para realizar intercâmbios. Não é somente ir para São Paulo e vestir a camisa da seleção, até porque elas podem se frustrar e se desmotivar se não forem aproveitadas. Essas garotas têm de vir para realizarem treinamentos de preparação para poderem, assim, adentrar na seleção. Queria que as federações estaduais enviassem pedidos à CBB para realizarem mais intercâmbios com essas jogadoras, mas não mandam nenhum requerimento nem nada.


Você acredita que deveria ter mais iniciativa das confederações, então?

Faltam ideias nas federações para promoverem esse tipo de intercâmbio. Não adianta chegar para mim e pedir para jogar uma menina na seleção. Ela tem de estar preparada para isso. O que falta é a iniciativa, pois as federações têm de mandar o projeto para incentivar essas práticas e não o fazem.


É importante a reestruturação do basquete no Nordeste? De que forma?

No Brasil inteiro. Não só no Nordeste, mas a reestruturação tem que ser em todos os cantos do País. Estamos promovendo isso com as categorias de base, investindo na descoberta de novos talentos e isso inclui o Nordeste. Quanto a jogadoras de Pernambuco, temos o exemplo de Ingrid Vasconcelos, que é filha da Ceça (ex-jogadora da seleção). Essa menina é muito boa jogadora e já está disputando campeonatos em São Paulo e também nas seleções de base, é uma revelação pernambucana. Estamos buscando a renovação, mas para isso tem que ter preparo.


Enquanto dirigente, quais são os conselhos que você traz da sua experiência nas quadras e passa para a nova geração de atletas?

Passo os conselhos através dos técnicos. Não tenho a técnica de chegar e conversar com as meninas, mas, logicamente, que sempre que tem apresentação eu estou lá dando as boas vindas e conversando um pouco com as atletas. Temos o nosso próprio código na Confederação e eu sou bastante rigorosa, por exemplo, com questão de cortes da seleção quando é necessário. Mas sempre procuro dar a melhor estrutura possível e o apoio necessário para as jogadoras dentro de quadra.


O Brasil estava cotado para realizar um bom Mundial Feminino este ano, mas acabou decepcionando e terminando na nona colocação, com atuações em alguns jogos, inclusive, abaixo do esperado. O que você acha que deu errado nesta seleção?

A nossa seleção adulta estava praticamente com as mesmas jogadoras que disputaram quatro anos atrás o último Mundial. Tome o exemplo de Alessandra (pivô), que está na principal há bastante tempo. O que faltou para a seleção deste ano foi justamente a descoberta de novas meninas das categorias de base para integrar a seleção. Faltou esse investimento nos novos talentos.


Falando em seleção principal, você já pensou em ser técnica? O que traria de novo para o comando da seleção adulta?

Não, nunca pensei, nem quero isso para mim. Não tenho o dom para estar ali comandando a seleção, prefiro continuar onde estou e contribuir com o meu trabalho na diretoria. O “se” não existe comigo, por isso não teria o que dizer o que faria ou deixaria de fazer assumindo a seleção adulta, porque nunca me imaginei lá.


Sua ex-companheira de quadra, Janeth Arcain, também ocupa um cargo de diretoria na CBB e foi assistente técnica da seleção no Mundial deste ano, inclusive sendo cotada, logo após a competição, em assumir o comando técnico da principal. Você acredita que Janeth está preparada para ser técnica da seleção? Quais os pontos positivos?

Com certeza. Ela tem potencial e já está demonstrando isso como técnica das categorias de base. Inclusive, ela acabou de se tornar campeã sul-americana com a sub-15 e já vai se preparar para disputar a Copa América sub-16 no próximo ano. Janeth é estudiosa e gosta do que faz. Se ela confirmar o potencial que tem e for pouco a pouco evoluindo, vai ser a técnica da seleção principal. Já estamos preparando para ela assumir a seleção principal em 2012, e ela com certeza será a técnica do Brasil em 2016.


Para terminar, quais são os projetos e aspirações de Hortência e da CBB para o basquete nacional?

Tanto eu como a CBB queremos elevar o nome do basquete brasileiro. Quero trazer as pessoas novamente para assistirem ao basquete nacional, por na televisão e ter o devido destaque. Dessa forma estaríamos trabalhando para colocá-lo no posto de onde ele nunca deveria ter saído.

Fonte: Folha de Pernambuco

8 comentários:

Anônimo disse...

Hortência não perde a pose!
Fala de coisas que ela já definiu para 2012, 2016 como se fosse se perpetuar no cargo...
Primeiro tem que saber se ela se sustenta como dirigente até lá fazendo e falando tanta besteira

Anônimo disse...

Essa mulher é uma doida, é a verdadeira Magda do "sai de baixo", quando abre a boca só fala besteira ou mentiras.

Anônimo disse...

O bom disso tudo é que a mentira não consegue se perpetuar por muito tempo, ela com toda sua arrogancia e incompetência, naturalmente vai se entregando. FORA MENTIROSA.

Anônimo disse...

O planejamento das categorias de base já foram feitas? E por quem? deixa eu pensar, por pessoas que entendem sobre treinamento, sobre técnica conhece o qual momento é importante fazer amistoso com aquele ou esse time. certo? Errado!!!
Feito pela Hortência, Janeth e aquele tal de André!
O que eles sabem sobre planejar alguma coisa?
Não conseguem nem estruturar a própria vida!
A Hortência é a Rainha do saber? Sabe de tudo! A Janeth então, rsrs, coitada pensa que é sem nunca ter sido. A única coisa de certa que sabemos é que ela é empresária da Damiris sim!!! Deveriam investigar melhor!
Agira ela soutou uma história de seleção permanente sem consultar ninguém!
A cada entrevista da Hortência fico horrorisado como uma pessoa tem o "poder", o dom, de falar tanta bobagem!

Anônimo disse...

Falta de cultura, e principalmente de inteligência, anônimo das 19:30.
A Janete é como a viuva Pocina "a que foi sem nunca ter sido".
E com uma "Ofélia" na direção da CBB, vai conseguindo...
Os programas humorísticos da TV, retratam muito bem essas figuras caricatas!!!
"É SO UMA QUESTÃO DE INTERESSE, O BASQUETE QUE SE DANE!!!

Anônimo disse...

A Hortência reclama das críticas que recebem de pessoas que não sabem como o trabalho é planejado, mas essas críticas acontecem jsutamente por isso, então que tal vir a público para apresentar esse planejamento?

A impressão que temos é que isso não acontece simplesmente por que ele não existe e não adianta afirmar que existe planejamento, pois não vemos isso na prática.

Mostre o que está sendo planejado para 2011 e 2012 e quem sabe as críticas não diminuem.

Anônimo disse...

qto a falta de armadoras, hortencia nao deve AINDA ter visto nenhum jogo da LBF, temos excelentes armadoras como Natalia de Catanduva, ou será que ela (Hortencia) tem algum tipo de problema com Natalia. Agora Adrianinha na seleçâo como armadora se for na seleçâo master acorda Hortencia. Deixa a panela de lado.

Anônimo disse...

Deve ser muito estimulante para as armadoras brasileiras saber que, na opinião da diretora da seleção brasileira, todas elas juntas e NADA são a mesma coisa.

#CALABOCAHORTENCIA