Ex-comandade da equipe avaliou o campeonato, o desempenho do Brasil e projetou o futuro da modalidade no país
Bruno Pongas, iG São Paulo
Paulo Bassul foi contratado pela CBB em 2007 para comandar o selecionado feminino. Ele assumiu o cargo rodeado por expectativas, mas teve seu trabalho limitado pelos problemas físicos das principais jogadoras e pela fatídica briga com a ala-armadora Iziane, que se recusou a entrar em quadra durante uma partida do Pré-Olímpico Mundial, disputado em 2008.
Do lado de fora, Bassul falou com exclusividade ao iG sobre o Mundial da República Tcheca, a campanha brasileira e o futuro do país na modalidade.
Segundo ele, algumas surpresas deram as caras em solo europeu, a começar pelas donas da casa, que chegaram à final após uma grande vitória sobre a Austrália nas quartas.
“A República Tcheca foi a grande surpresa; ninguém esperava que fizesse a final”, analisou. “A expectativa geral era de uma disputa entre EUA e Austrália, muito pelo plantel que ambos tinham. A Espanha eu não acho uma surpresa enorme, porque elas já vinham se aproximando do grupo dos quatro melhores. A vinda da Sancho Lyttle (norte-americana que se naturalizou espanhola) foi o degrauzinho que faltava”, completou.
Quanto ao Brasil, Bassul acredita que a equipe tinha tudo para fazer uma excelente campanha, principalmente por ter caído numa chave tranquila e por estar completa depois de muitos anos.
“O Brasil tinha uma expectativa maior por estar completo, algo que não acontecia há muito tempo. O elenco também caiu num grupo bom, porque a Fiba nos colocou como cabeça de chave”, explicou.
“Esperava-se que o Brasil fosse mais longe (ficou apenas com o nono lugar), mas o time teve uma sequência de resultados negativos, principalmente contra a Coreia do Sul (adversário da estreia). Foi uma campanha decepcionante nesse sentido: o grupo estava completo depois de muitos anos e numa chave boa”, concluiu.
Sobre Iziane, o técnico preferiu se calar, destacando que ela pode ser útil no futuro. “Todo mundo sabe o que aconteceu; qualquer análise individual é delicada nesse sentido. A Iziane tem os méritos dela, tem qualidades. Independente de tudo, essas qualidades podem ser vistas e aproveitadas”.
Bassul também falou sobre o futuro e projetou a jovem armadora Tássia Carcavalli como titular das Olimpíadas de 2016, sem, no entanto, descartar a veterana Adrianinha nesse meio tempo.
“Eu vejo um grande futuro na Tássia, que é inteligente, tem visão de jogo e principalmente altura (1m76). Ela tem potencial; acho que chega em 2016 pronta”, opinou.
“A Adrianinha ainda tem muita lenha pra queimar. No Mundial a MVP (melhor jogadora) foi a (Hana) Horakova (31 anos), que atuou como uma maestra e armou muito bem a República Tcheca. O posto de armador é crucial, porque o atleta tem que jogar e fazer o time funcionar. É difícil encontrar alguém assim”, pontuou.
Por fim, o treinador analisou a nova safra que vem aí, ressaltando o potencial de quatro jovens. “Franciele, Nádia, Tássia e Damiris. Acho que todas vieram pra ficar e dificilmente saem”, disse. “Ela (Damiris) fez um bom Mundial e atuou bem na maior parte dos jogos. Com certeza é um nome que deve permanecer nos próximos anos. Vai depender dela”, finalizou.
Fonte: iG
6 comentários:
BASSUL E SUA POLÍTICA. ELE QUER TER TIME EM BARUERI E NÃO QUER SE INDISPOR COM DIRIGENTES, MESMA COISA O MIGUEL DA LUZ POLITICO EM SUAS PALAVRAS, MAS É QUE ELE É DIRETOR DO BOTAFOGO E VAI TER TIME PARA DISPUTAR O NACIONAL, SENDO BANCADO 100% PELA CBB, JUSTAMENTE POR ESSAS E OUTRAS QUE O BASQUETE NÃO VAI PRA FRENTE, TODO MUNDO TEM RABO PRESO. QUERO VER QUANTAS JOGADORAS DE SÃO PAULO TERÃO NO TIME DO BOTAFOGO.
Existe uma grande diferença entre ser político e ser ético!
Se as poucas pessoas da nossa modalidade que ainda têm espaço na mídia usarem esse espaço de forma negativa, aí é que vamos para o buraco de vez...
O basquete feminino está na UTI e é importante declarações como essa projetando um pouco de esperança no futuro!
Imagino como deve ser difícil para ele fazer isso após tudo o que teve que passar!!!
Se ele quisesse poderia ter atirado para todo lado, mas o que a modalidade ganha com issso???
Bassul sempre coerente. Uma pena mudarem tudo para pior. Torço para que monte um time para disputar campeonatos e continue em ação.
Realmente o Bassul manteve o nivel e a etica no esporte, foi que realmente faltou pra Hortencia e pra Izy Star. E relmente uma pena pessoas como o Bassul estar de fora do basquete.
adrianinha esta cada dia pior
esses passes picados na cabeca do garrafao, bolas perdidas, e infiltracoes sem nenhuma coordenacao, o basquete dela nao evoluiu, uma armadora sem dar assistencia, sem contra-atacar em bloco.
muito abaixo das grandes armadoras das principais selecoes.
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