segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Paulo Bassul fala ao iG sobre campanha brasileira no Mundial

Ex-comandade da equipe avaliou o campeonato, o desempenho do Brasil e projetou o futuro da modalidade no país

Bruno Pongas, iG São Paulo

Paulo Bassul foi contratado pela CBB em 2007 para comandar o selecionado feminino. Ele assumiu o cargo rodeado por expectativas, mas teve seu trabalho limitado pelos problemas físicos das principais jogadoras e pela fatídica briga com a ala-armadora Iziane, que se recusou a entrar em quadra durante uma partida do Pré-Olímpico Mundial, disputado em 2008.
Do lado de fora, Bassul falou com exclusividade ao iG sobre o Mundial da República Tcheca, a campanha brasileira e o futuro do país na modalidade.
Segundo ele, algumas surpresas deram as caras em solo europeu, a começar pelas donas da casa, que chegaram à final após uma grande vitória sobre a Austrália nas quartas.

“A República Tcheca foi a grande surpresa; ninguém esperava que fizesse a final”, analisou. “A expectativa geral era de uma disputa entre EUA e Austrália, muito pelo plantel que ambos tinham. A Espanha eu não acho uma surpresa enorme, porque elas já vinham se aproximando do grupo dos quatro melhores. A vinda da Sancho Lyttle (norte-americana que se naturalizou espanhola) foi o degrauzinho que faltava”, completou.
Quanto ao Brasil, Bassul acredita que a equipe tinha tudo para fazer uma excelente campanha, principalmente por ter caído numa chave tranquila e por estar completa depois de muitos anos.
“O Brasil tinha uma expectativa maior por estar completo, algo que não acontecia há muito tempo. O elenco também caiu num grupo bom, porque a Fiba nos colocou como cabeça de chave”, explicou.
“Esperava-se que o Brasil fosse mais longe (ficou apenas com o nono lugar), mas o time teve uma sequência de resultados negativos, principalmente contra a Coreia do Sul (adversário da estreia). Foi uma campanha decepcionante nesse sentido: o grupo estava completo depois de muitos anos e numa chave boa”, concluiu.

Sobre Iziane, o técnico preferiu se calar, destacando que ela pode ser útil no futuro. “Todo mundo sabe o que aconteceu; qualquer análise individual é delicada nesse sentido. A Iziane tem os méritos dela, tem qualidades. Independente de tudo, essas qualidades podem ser vistas e aproveitadas”.
Bassul também falou sobre o futuro e projetou a jovem armadora Tássia Carcavalli como titular das Olimpíadas de 2016, sem, no entanto, descartar a veterana Adrianinha nesse meio tempo.
“Eu vejo um grande futuro na Tássia, que é inteligente, tem visão de jogo e principalmente altura (1m76). Ela tem potencial; acho que chega em 2016 pronta”, opinou.
“A Adrianinha ainda tem muita lenha pra queimar. No Mundial a MVP (melhor jogadora) foi a (Hana) Horakova (31 anos), que atuou como uma maestra e armou muito bem a República Tcheca. O posto de armador é crucial, porque o atleta tem que jogar e fazer o time funcionar. É difícil encontrar alguém assim”, pontuou.
Por fim, o treinador analisou a nova safra que vem aí, ressaltando o potencial de quatro jovens. “Franciele, Nádia, Tássia e Damiris. Acho que todas vieram pra ficar e dificilmente saem”, disse. “Ela (Damiris) fez um bom Mundial e atuou bem na maior parte dos jogos. Com certeza é um nome que deve permanecer nos próximos anos. Vai depender dela”, finalizou.

Fonte: iG

6 comentários:

Anônimo disse...

BASSUL E SUA POLÍTICA. ELE QUER TER TIME EM BARUERI E NÃO QUER SE INDISPOR COM DIRIGENTES, MESMA COISA O MIGUEL DA LUZ POLITICO EM SUAS PALAVRAS, MAS É QUE ELE É DIRETOR DO BOTAFOGO E VAI TER TIME PARA DISPUTAR O NACIONAL, SENDO BANCADO 100% PELA CBB, JUSTAMENTE POR ESSAS E OUTRAS QUE O BASQUETE NÃO VAI PRA FRENTE, TODO MUNDO TEM RABO PRESO. QUERO VER QUANTAS JOGADORAS DE SÃO PAULO TERÃO NO TIME DO BOTAFOGO.

Anônimo disse...

Existe uma grande diferença entre ser político e ser ético!
Se as poucas pessoas da nossa modalidade que ainda têm espaço na mídia usarem esse espaço de forma negativa, aí é que vamos para o buraco de vez...
O basquete feminino está na UTI e é importante declarações como essa projetando um pouco de esperança no futuro!
Imagino como deve ser difícil para ele fazer isso após tudo o que teve que passar!!!
Se ele quisesse poderia ter atirado para todo lado, mas o que a modalidade ganha com issso???

Anônimo disse...

Bassul sempre coerente. Uma pena mudarem tudo para pior. Torço para que monte um time para disputar campeonatos e continue em ação.

Anônimo disse...

Realmente o Bassul manteve o nivel e a etica no esporte, foi que realmente faltou pra Hortencia e pra Izy Star. E relmente uma pena pessoas como o Bassul estar de fora do basquete.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

adrianinha esta cada dia pior
esses passes picados na cabeca do garrafao, bolas perdidas, e infiltracoes sem nenhuma coordenacao, o basquete dela nao evoluiu, uma armadora sem dar assistencia, sem contra-atacar em bloco.
muito abaixo das grandes armadoras das principais selecoes.