A sete meses do Mundial, Brasil está sem treinador
Fabrício Lima, fabricio.lima@grupoestado.com.br
Faltam sete meses para o Mundial feminino, na República Checa, e o Brasil ainda não tem técnico. E a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não parece preocupada em anunciar logo o nome do substituto de Paulo Bassul - o espanhol Carlos Colinas é o mais cotado.
Quem conhece muito o assunto diz que essa demora pode atrapalhar bastante a Seleção no torneio. É o caso de Paula, uma das maiores jogadoras da história do basquete brasileiro. Uma frase dela resume a situação da equipe: “Nenhum time se prepara para um Mundial no ano da competição”, comentou Paula, lembrando que a falta de organização também atrapalhou a preparação brasileira para o Mundial de 1994, vencido pela Seleção. Mas, naquela ocasião, havia uma diferença: “Nossa equipe era talentosa. Isso pesou.”
Irmã de Paula, e também ex-jogadora da Seleção, a hoje treinadora Branca é ainda mais dura nas críticas à CBB, cujo departamento feminino é comandado por Hortência, companheira das duas por muitos anos no time nacional. “Pega mal essa demora. Fica com cara de desorganização, não sei qual é a jogada. Talvez seja para o basquete ficar gerando notícia, não sei.”
Hortência, no entanto, jura que a demora não vai afetar o desempenho do Brasil. “A Seleção só vai começar a treinar no fim de junho. E não vejo motivo para desespero. O planejamento é feito pelo departamento técnico, não pelo treinador.”
O Brasil vai estrear no Mundial no dia 23 de setembro, contra a Coreia do Sul, e o novo treinador terá três meses com o elenco antes do torneio. Branca acredita que o período é suficiente, desde que o treinador já esteja bastante familiarizado com as jogadoras. “Antes (dos treinos) seria preciso conhecer as meninas, entender cada uma... Não sei se o novo treinador terá condições de fazer isso”, opinou Branca, treinadora do Americana em 2009, mas desempregada há seis meses.
Convocação antecipada
Um problema para o técnico que chegar será a falta de competições no Brasil. Caso o treinador seja mesmo um espanhol, a única vantagem será conhecer as jogadoras que atuam na Europa. Por isso as constantes viagens de Hortência para conversar com jogadoras como Iziane, Érika e Alessandra, em uma espécie de convocação prévia. A imposição de Iziane no elenco foi o principal motivo para a saída de Bassul da Seleção.
Barbosa: ‘O nome tem de sair logo’
Antonio Carlos Barbosa tem a experiência de ter comandado o Brasil em cinco Mundiais femininos. E ele também acredita que o tempo será apertado para quem assumir o time.
“Tempo de planejamento há, mas pelo menos o nome do técnico tem de sair logo. A Hortência deve ter alguma coisa já definida. Mas precisa pensar bem para tomar a decisão, porque depois fica complicado corrigir. Trazer um estrangeiro causa polêmica.”
Barbosa enfrentou problemas na preparação para os Mundiais em suas duas passagens pela Seleção. Nos primeiros (Coreia do Sul/1979 e Brasil/1983), segundo ele, era puro amadorismo. “Tinha jogadora fazendo faculdade, não fizemos amistosos. Foi uma dureza”, lembrou ele, nono colocado na Coreia e quinto no Brasil.
Depois de um quarto lugar na Alemanha, em 1998, Barbosa enfrentou a pior preparação que a Seleção poderia ter para o torneio de 2002, na China. “Foi uma piada”, recordou. O fato de ter nove brasileiras na WNBA, a liga feminina dos Estados Unidos, praticamente definiu a escalação. “Fizemos um período de treinos aqui só para escolhermos três, porque as meninas da WNBA eram as melhores. Mas teve jogadora que eu só fui encontrar no embarque.”
Para o Mundial do Brasil, em 2006, a preparação foi melhor e a Seleção acabou com a quarta colocação.
Fonte: Jornal da Tarde
8 comentários:
É.... e depois vão falar que o técnico é ruim ou que as jogadoras não renderem o que sabem fazer...ou que elas estavam lá a passeio so para tomar o sorvete, como disse a própria Hortencia em uma entrevista de TV, dizendo que o Brasil perdeu uma competição por causa do sorvete...que as meninas não estavam concentradas devido ao deslumbramento de estar em uma cidade olimpica e a grande fartura de tudo....
O que dizer mais....
"Quem faz a programação é o Depto Técnico". Essa é a nova gestão do Basquete feminino, ela (Hortencia) manda e os vassalos incompetentes se calam e executam. Dentro dessa perspectiva ela só poderá trabalhar com profissionais de segundo escalão, que vão executar tudo sem questionar absolutamente nada.
Toda a imagem que a hortencia construiu enquanto atleta ela vai conseguir destruir enquanto diretora, simplesmente porque ela ainda não entendeu que as funções são diferentes e que para a segunda, ela não se qualificou. E quem fica na desgraça é o pobre basquetebol feminino.
Essa Hortencia ,que ja deveria estar fora da cbb,esta mais enrrolada que novelo de lã.Se o
técnico escolhido for estrangeiro
ele vai perder um bom tempo para
saber quem é quem e quais são as caracteristicas e preferencias das
jogadoras brasileiras.Sem isso ele
corre o risco de naõ conseguir
fazer a seleção jogar dentro de um
sistema que nos favoreça.Rainha,
estamos esperando os resultados e
voce esta num caminho sem volta.
Vamos cobrar até do nosso quereido
presidente Lula.
FABINHO
Alguma siuações que não consigo entender,ou é fácil de entender.
O Neto,que é assistente técnico da masculina,de acordo com o site da CBB esta na Espanha para assistir jogos e observar os jogadores brasileiros que lá estão.No departamento feminino da CBB só tem uma personagem,a Rainha.Como o Departamento técnico,ou ela,que faz a programação,não existe preparador fisico, técnico,para definir a quantidade de treinos necessários,a carga de trabalho,a quantidade e quais equipes para amistosos.Gente,é arrogancia demais somada a uma incompetencia que nos decepciona,a cada ato desta incompetente gestão do basquete feminino.O masculino vai bem, obrigado!
A Hortencia nunca estudou, "passou" por alguns cursos, mas qualificação de fato para alguma função DE GERÊNCIA, isso ela nunca teve, não sabe nem falar o Português de forma satisfatória. Agora pior que tudo isso é sua arrogância e prepotência, pois se acha acima de Deus. O pior de tudo é que vai levar o Basquete para o real fundo do poço, vai sair de fininho, como se nada tivesse acontecido e voltar para sua vida de "burguesa esquecida no tempo", com os bolsos cheios de dinheiro público. VAMOS FICAR DE OLHO!!!
Claro que a demora atrapalha, afinal de contas existe uma necessidade urgente em renovar o grupo e testar novos nomes, mas o que pega mal de verdade é um técnico ser demitido por imposição de uma atleta que se negou a entrar em quadra num jogo decisivo para a seleção brasileira.
Isso é uma vergonha!!!!
Pessoal tudo isso é NOJENTO. As atitudes desse trio (Carlos Nunes, André Alves e Hortencia) que mandam arbitrariamente na CBB hoje, são ridículas, vão contra todos os valores que o ESPORTE deve ensinar. Valores como respeito, cooperação, cidadania, etc, não fazem parte do dicionário dessas pessoas.
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