quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Preteridos pela CBB, Bassul assume projeto e Moncho, surpreso, avalia propostas

165b A CBB se mostra indecisa, prolonga a definição e admite troca no comando das seleções feminina e masculina para 2010. Um cenário aparentemente desfavorável para Paulo Bassul e Moncho Monsalve. Mas, apesar de preteridos, os técnicos não cruzaram os braços. Mesmo com a seleção brasileira como prioridade, eles já desenvolvem um “plano B” para suas carreiras.

No masculino, Moncho ainda se recupera da cirurgia na coluna, em Múrcia, onde mora na Espanha, mas quer logo retomar o trabalho. À espera de uma resposta da Confederação, o espanhol já recebeu três propostas de seleções, duas sul-americanas e uma europeia que disputará o Mundial, em agosto, na Turquia.
Paulo Bassul tem a vida ainda mais planejada. O responsável pela equipe feminina assumirá, em janeiro, um projeto na cidade paulista de Barueri como coordenador técnico e, caso não permaneça à frente do Brasil, deve comandar o time adulto, ainda a ser formado.

A indefinição sobre a permanência veio à tona na última segunda-feira quando a CBB informou em nota oficial que estaria negociando com outros treinadores, sem descartar a chance de continuidade dos projetos. A atitude foi contrária ao discurso pregado pela própria entidade, que no início do mês confirmou o interesse em manter Moncho Monsalve, em matéria divulgada pelo UOL Esporte.

Sem admitir qualquer desgaste, Bassul prefere não falar sobre o assunto para evitar especulações, enquanto Moncho tenta minimizar o problema. “Eles têm todo o direito de consultarem outros técnicos, mas sou um homem muito maior que isso. Eles sabem quem é Moncho Monsalve, sabem o que eu penso e que posso fazer um grandíssimo trabalho”, disse.

O motivo da surpresa do espanhol não é difícil explicar. No fim do último mês, o presidente da CBB Carlos Nunes esteve em Múrcia para definir a renovação do contrato. Na versão do técnico, a conversa caminhou para um fim positivo e faltava apenas decidirem a programação para 2010. “Fiquei surpreso. Eu achava que estava tudo certo. Esperava ao menos ver a programação. Pode ser pela questão física, dinheiro nunca foi problema”, disse ao UOL Esporte.

Assim, Moncho desmentiu as especulações de que teria exigido um alto reajuste, mas reafirmou que o valor salarial dependerá do tempo que permanecerá no Brasil. Segundo ele, no dia 20 terá uma conversa definitiva em sua casa com o diretor técnico da CBB, André Alves, e com o diretor da seleção masculina Vanderlei Mazzuchini.

Em função da sua saúde, Moncho só pode deixar a Espanha em fevereiro, mas não esquece da carreira. Seu sonho é disputar um Mundial como técnico, depois de participar como jogador, auxiliar e comentarista. A meta pode ser concretizada mesmo fora do Brasil, já que tem propostas. “Não tenho urgência em decidir, mas tenho quase 65 anos. Realmente é um grande sonho”, disse, sem divulgar os nomes dos países interessados.

Também com a situação indefinida na seleção feminina, Paulo Bassul é mais precavido e não quer falar sobre as negociações com a CBB. Mas se orgulha do novo projeto desenvolvido pelo Grêmio Recreativo Barueri.
Apelidado de NBB (Novo Basquete Barueri) Kids, o projeto visa alavancar o basquete feminino na cidade em um trabalho envolvendo mais de mil meninas nas escolas. A princípio, será voltado apenas para as categorias de base e sua esposa, Mila Rondon, será técnica da equipe infanto-juvenil.

Bassul ocupará o cargo de coordenador para que possa conciliar com o comando da seleção caso permaneça, já que a CBB exige exclusividade na função de técnico. No entanto, sua meta é assumir a equipe adulta quando se desligar da entidade.


“Não queria que nada me comprometesse na seleção. A ideia é que com o tempo, quando sair da seleção, surja o adulto e eu assuma. Este projeto será um ganho para a modalidade em Barueri. O basquete precisa dessa massificação”, avaliou.

AS TRAJETÓRIAS DE MONCHO E BASSUL

Moncho Monsalve está à frente da seleção brasileira desde janeiro de 2008, quando substituiu Lula Ferreira após o fracasso no Pré-Olímpico de 2007. Seu trabalho vinha sendo elogiado por dar maior organização tática à equipe e ‘misturar’ o estilo europeu com o brasileiro.

No entanto, um sério problema na coluna sempre dificultou uma permanência mais longa durante o ano no Brasil, considerado inicialmente um dos principais entraves para a renovação contratual. Logo após a conquista da Copa América, Moncho Monsalve deu a entender que sua permanência dependeria de uma dura negociação e deram início às especulações de que ele teria pedido um alto valor salarial para continuar.

Mas o próprio presidente da CBB foi à Espanha no último mês conversar com o treinador. Após a reunião, um novo compromisso pareceu próximo de ser acertado, até a CBB surpreender com a notícia de que estaria conversando com outros técnicos.

Já Paulo Bassul assumiu o comando da seleção feminina em 2007 muito prestigiado, mas a situação mudou no Pré-Olimpico da Espanha, quando entrou em atrito com Iziane – principal jogadora brasileira da geração. Bassul cortou a atleta, que disse que não voltaria mais à seleção enquanto ele estivesse no comando.

A situação piorou depois da campanha pífia da seleção nos Jogos Olímpicos de Pequim. Mesmo assim, já com a nova direção, o treinador ganhou mais uma chance e permaneceu para a disputa da Copa América, conquistada pelo Brasil, em casa.

Apesar do título, Bassul teve sua autoridade colocada em xeque quando pré-convocou Iziane, mas a própria jogador recusou o chamado. Nas últimas semanas, mais uma vez a CBB, por meio do presidente Carlos Nunes e da diretora da seleção feminina Hortência, voltou a dizer que a jogadora deverá ser convocada para o Mundial.

Fonte: UOL

4 comentários:

Anônimo disse...

O Brasil perdeu em Pequim na prorrogação para a Coréia, por 1 ponto para a Letônia e por 10 pontos para a Rússia que foi bronze.
Falam tanto da Iziane, mas na minha sincera opinião, se a ERICA tivesse ido a campanha seria outra!
Acho que a seleção está no caminho certo e não vejo nenhum cabimento neste pensamento de trocar a comissão técnica em função da volta desta menina...
Se quiserem ela de volta, é ELA que deveria se enquadrar e os dirigentes da entidade têm que se dar o devido respeito e dizer isto com todas as letras!

Anônimo disse...

paulinho nao tem vergonha nao de ficarem indo e vindo com sua pessoa,fica na mao da cbb muito chato isso,ja vimos que eles nao tem respeito entao paulinho sai fora

Anônimo disse...

Aqui no Brasil.ficar esperando que o respeito exista entre as pessoas é uma piada.Esperem sentados porque em pé voces vão se cansar.

Anônimo disse...

é triste o nome um \PaÍS,sendo colocado de forma tão mediocre, sim porque é o que essa menina está fazendo
se colocando acima de tudo, e a pior parte são os dirigentes apoiando ,total indisciplina.
sem
espirito esportivo
coletividade
dedicação a camisa