Marta Teixeira
Dezesseis anos de basquete, 13 vestindo a camisa da seleção, 17 equipes no currículo em seis países, fora o Brasil. Aos 29 anos, a pivô Kelly é um exemplo de atleta que ganhou o mundo graças ao esporte, mas resolveu dar um tempo nesta temporada para recarregar as energias em casa.
Depois de quase oito anos, no exterior, ela está vestindo a camisa de Ourinhos, por quem atuou nos Jogos Abertos do Interior. A única exceção neste período foram três meses de treino com o Santo André, após uma cirurgia em 2006. "Nos últimos dois anos fiquei só um mês no Brasil", lembra a jogadora.
"Resolvi tirar um tempo para ficar com a família e dar uma desestressada", justifica, "Talvez volte ao exterior em janeiro, mas não tenho mais a ilusão de menina de ganhar a Europa. Já tenho reconhecimento lá. Estou pesando bem as coisas: ficar com a família, fazer uma faculdade, montar um projeto social aqui ou ir ganhar dinheiro. Mas tem de valer a pena mesmo."
A primeira experiência internacional de Kelly em clubes foi em 2001, após a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, quando defendeu o Detroit Schock, da WNBA, nos Estados Unidos. Desde então, atuou na França, Itália, Espanha, Letônia e Equador, aprendeu inglês, italiano e espanhol, além de compreender bem o francês.
A volta ao mundo também a deixou mais madura e levou a uma das opções de carreira universitária: psicologia, com especialização em esporte. "É a grande falha do esporte. Praticamente não há isto aqui ou lá fora."
Enquanto não decide o futuro, Kelly segue motivada no clube e na Seleção Brasileira, com a qual foi campeã da Copa América, em setembro. Consciente do momento de transformação que a categoria atravessa, a pivô destaca a importância dos retornos da ala/armadora Helen e da pivô Alessandra ao grupo no último compromisso para o futuro da equipe.
O Brasil que se mantinha entre as quatro primeiras seleções desde os Jogos Olímpicos de Atlanta-96, caiu para a 11ª posição em Pequim-2008.
"Ficou um vácuo muito grande", admite, lembrando a saída de sete titulares após o Mundial de 2006. "Estes retornos foram bons para dar mais consistência ao grupo", diz.
Agora, ela espera que a nova geração possa se estruturar melhor e assumir a responsabilidade gradativamente, como aconteceu com ela e com a pivô Érika. E quando o assunto é o garrafão brasileiro, um dos principais trunfos da equipe nos últimos dez anos, Kelly é sensível a uma situação específica: a falta de renovação para a posição de 5, ou pivô de força, função que ela desempenha no grupo.
"Tem meninas novas na 4 (ala/pivô), mas não vejo despontar tantas na 5", concorda a jogadora que, aos 15 anos, tinha o apelido de Caminhão, por não economizar nas faltas de ataque. "Para 2016 ou o Mundial de 2018 tem de surgir uma que goste agora. É isto que estamos esperamos e é com o que contamos", completa a jogadora, que estreou na seleção adulta aos 17 anos.
Fonte: Diário do Grande ABC
5 comentários:
gente depois dessa entrevista sera que a kelly nao vai mais vestir a amarelinha ..........
A Kelly ainda tem muita lenha para a seleção sim!!!! é só a comissão/começão fazer um trabalho sério, que teremos ela em forma e jogando tudo o que sabe!!!!
Sou fã n.1 da Alessandra, mas não podemos esquecer que a Kelly tb nunca largou a seleção na mão!!! e mesmo fora de forma foi a UNICA que se salvou do fiasco de Pequim!!!
Da-lhe Kelão!!!!
A Paulista
KELLY AINDA TEM MTAS ALEGRIAS A NOS DAR . É SÓ TRABALHAREM DIREITINHO O PPOTENCIAL DELA
e da-lhe Kellão msm!
To contigo Paulista! A Kelly, apesar de todos os apesares, foi quem salvou a selecao daquilo que ocorreu em Pequim. Agora eh ela se cuidar que teremos uma otima jogadora em quadra novamente. Quem lembra de como ela estava quando jogava nos eua ou na europa? SUPER em forma... Veremos o que acontecera!
Gente, precisamos renovar obviamente, mas como estamos cansados de ouvir: "e necessario trabalhar as categorias de base!" Ate a selecao poder nos dar alegrias como ja deu.. ah, ainda temos muito chao pela frente!!
Ate logo.
Fico feliz em saber da intenção da Kelly em seguir a psicologia; ela fez parte da minha dissertação de mestrado quando juvenil e ví feliz essa menina crescendo no basquete e na vida! Essa relevância que ela dá à família é sinal de que mais no que em uma bola ela pensa em uma vida feliz! Sorte em tudo Kelly...sinto orgulho por ter acompanhado seu crescimento!
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