Bruno Ceccon - Barueri (SP)
Há mais de 10 anos no exterior, a recém-casada Alessandra fez cestas na Itália, nos Estados Unidos, na Eslováquia, na Coreia do Sul, na Hungria, na Espanha e na França. Nas últimas três temporadas, a pivô de 2,00m sequer defendeu a seleção brasileira. Reconduzida ao time nacional pela ex-companheira Hortência, atual coordenadora do basquete feminino, e convocada pelo técnico Paulo Bassul para disputar a Copa América, a atleta concedeu entrevista exclusiva à GE.Net falando português com um leve sotaque e confundindo algumas palavras.
Com 35 anos, Alessandra foi campeã da Liga Francesa e da Copa da França desta temporada no Bourges. Depois de jogar com uma companheira de 15 anos na equipe europeia, a veterana brasileira casou e planejou uma longa lua de mel, interrompida pelo chamado inesperado para voltar à seleção. Ela hesitou, mas recebeu apoio do marido e resolveu se apresentar em Barueri no último domingo. Mesmo assim, manteve o processo movido contra a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) - leia quadro abaixo.
Desde que deixou a seleção após o Mundial de 2006, Alessandra parou de acompanhar o time nacional. Em seu retorno, ela encontrou a ex-companheira Janeth como auxiliar-técnica e se viu em uma situação inusitada. "É uma vergonha falar isso, mas não tinha jogado junto com a maioria das meninas que estão aqui e também nem conhecia elas como jogadoras!", atestou a pivô, prata na Olimpíada de Atlanta-1996 e bronze nos Jogos de Atenas-2000.
Campeã Mundial na Austrália-1994, Alessandra participou de todas as edições do torneio desde então. Em preparação para disputar a Copa América, competição que oferece três vagas no Mundial da República Tcheca-2010, a pivô admite a possibilidade de tentar o bicampeonato. Na entrevista, ela ainda revelou o sonho de encerrar a carreira no Brasil, disse que Iziane "não é insubstituível" e relembrou as conquistas com a camisa da seleção.
GE.Net - Depois de três anos de intervalo, você voltou à rotina que estava acostumada desde a época de juvenil. Como foi arrumar as malas para se apresentar, ficar na concentração e vestir a camisa da seleção novamente? Por mais comum que seja, teve um gosto diferente nesse seu retorno?
Alessandra - Teve um gostinho diferente, ainda mais porque eu casei faz dois meses. Deixar o marido para trás foi um pouco difícil. Na verdade, não foi difícil. Ele me apoiou muito na decisão de voltar. Depois desses anos, não esperava e nem tinha a intenção de entrar nessa vida de novo. Mas está sendo muito interessante. Eu vim de corpo e alma abertos para ajudar no que for. Estou pronta para tudo que acontecer. Cheguei no domingo depois de 15 horas de viagem e estou aqui já trabalhando de novo.
GE.Net - Como está sendo o convívio com as meninas mais novas nesses primeiros dias? Boa parte delas, você nem conhecia...
Alessandra - É uma vergonha falar isso, mas não tinha jogado junto com a maioria das meninas que estão aqui e também nem conhecia elas como jogadoras! A questão não é nem jogar junto, porque são gerações diferentes, mas sim nem conhecer. O fato é que estou há 12 anos fora do país e isso pode acontecer, mas o entrosamento com o grupo está muito bom. Tem um intercâmbio de experiências. Independente de eu ser a segunda mais velha (a armadora Helen Luz está com 36 anos), tenho muito que aprender. Essa geração de agora é muito física e ainda tem muito detalhe de fundamento para aprender. Está sendo muito interessante.
GE.Net - Por outro lado, você conquistou resultados importantes ao lado de jogadoras como a Helen, a Adrianinha, a Kelly e a Janeth, que até já virou auxiliar-técnica. Quando você se viu entre elas dentro da quadra, veio alguma lembrança especial?
Alessandra - Com certeza. Lembramos das conquistas, das derrotas, das alegrias e das tristezas. Tenho uma vida de dedicação à seleção, e não me arrependo. São 13 anos na adulta e mais três na juvenil. Do Mundial da Austrália e das Olimpíadas, eu sempre lembro. Foram conquistas que ainda hoje permanecem nas mentes de todos os apaixonados pelo basquete, principalmente das jogadoras. Muita coisa aconteceu comigo desde 1994 e agradeço aquele grupo pela força que me deu, porque chegar em um Mundial e ser titular com 20 anos não é para qualquer uma. Eu sei de onde vim, sei de tudo que passei e valorizo cada dia.
GE.Net - Depois de jogar por anos ao lado da Janeth, é estranho vê-la como treinadora agora?
Alessandra - Meu primeiro treino foi na segunda-feira e ainda é estranho ver a Janeth como técnica(risos). Não tem como vê-la como técnica. Ela tem ideias boas, sempre dá toques interessantes, principalmente para as laterais, porque ela foi uma das melhores laterais do mundo. Ela ensina posicionamento, como sair para o chute. Isso é muito importante. Ela tem uma visão que as jogadoras não têm.
GE.Net - Desde 1994, você participou de todas as edições do Mundial. A Copa América oferece vagas no Mundial da República Tcheca, em 2010. Você já está pensando nesse torneio?
Alessandra - Há dois ou três anos que eu penso dia após dia. Se conseguir jogar mais esse campeonato, tudo bem. É mais ou menos assim que eu vejo as coisas ultimamente. Quando terminou o campeonato na França, pensei em tirar férias longuíssimas com meu marido. Meu plano era voltar a jogar só em janeiro e agora eu estou aqui falando com você.
GE.Net - Então essa convocação estragou a sua lua de mel...
Alessandra - Não estragou, não (risos). Teríamos que vir para o Brasil de qualquer maneira. Mas tenho que pensar a cada momento. Se no Mundial eu estiver bem fisicamente, se me chamarem e eu ainda puder ser útil para o grupo, eu vou. Porque se for para empatar o grupo, eu não vou. Tem que chamar quem está melhor. Se naquele momento eu não estiver entre as melhores, paciência. Não vou.
GE.Net - Nesses três anos de afastamento da seleção, você continuou acompanhando o time ou procurou ficar mais distante?
Alessandra - Sinceramente, não acompanhava muito. No ano passado, passei só 15 dias no Brasil. Não vi muito o que estava acontecendo no basquete brasileiro e mesmo agora também não acompanho tanto. Eu vejo pouco as meninas que são minhas amigas e quando conversamos, não falamos de basquete. Me desculpe, mas temos outros problemas e outras coisas para falar(risos).
GE.Net - Na Olimpíada de Pequim, o Brasil superou apenas a seleção de Mali e ficou no 11º lugar, pior colocação da história no torneio. Para quem tem duas medalhas olímpicas, como foi ver essa campanha pífia?
Alessandra - Não assisti tanto, porque estava na Itália. Eu acompanhava pela Internet e muitos jogos não passaram. É lógico que doeu ver isso. Não é questão de ficar fora do grupo dos quatro primeiros, mas sim de chegar em 11º (olha para o chão). Foi o pior, foi o pior. Ser o quarto do mundo em 2004 e cair para 11º? Não dá. Eu não estava lá, não vi e não posso falar. Mas foi duro. Foi um choque até para elas. Eu conversei com algumas jogadoras depois das Olimpíadas e até elas ficaram chocadas. Elas não esperavam.
GE.Net - Como foi exatamente o seu retorno à seleção brasileira? Foi a Hortência que entrou em contato com você?
Alessandra - Primeiro, a Hortência me telefonou para parabenizar pelo campeonato que eu fiz na França. Depois, ela ligou falando desse novo projeto e perguntando se teria possibilidade de contar comigo. Eu falei que tinha um monte de coisa para fazer, que tinha que casar e precisaria de um tempo para pensar. Chegando no Brasil, nós conversamos e ela disse: "vou te chamar". Eu aleguei que não tinha mais idade e que tínhamos que dar espaço às mais jovens. Ela disse que temos mesmo que dar espaço para as mais jovens, mas não temos ninguém na minha posição. A Hortência me falou: "sou obrigada a chamar você para dar um apoio às mais novas". É um trabalho a longo prazo e por isso que eu vim.
GE.Net - Pelo visto, você deu uma hesitada...
Alessandra - Sim, dei uma hesitada. Eu nunca imaginava ser chamada de novo com 35 para 36 anos. Tudo bem: a decisão de parar foi minha. Mas eu não quero tomar o espaço de ninguém. Se está bem, está bem. Se não estiver bem, fica em casa. Como me chamaram e eu estou bem, estou aqui.
GE.Net - Mesmo aceitando a convocação, você manteve o processo contra a CBB. Tem como separar isso no momento de entrar em quadra?
Alessandra - O processo é uma coisa que não tem nada a ver com a nova gestão da CBB. Não tem nada a ver. Quem está resolvendo é o meu advogado e o setor jurídico da CBB. É uma coisa totalmente separada. Se tivesse alguma coisa a ver, eu não teria voltado. Dessa nova gestão, não podemos falar nada. Está muito boa. Agora, não depende só da CBB. Nós também temos que mostrar o que podemos fazer dentro de quadra. Nós mesmas temos que nos cobrar. As ideias que essa nova administração está tentando implantar são muito boas.
GE.Net - Por conta desse processo no qual você exige uma indenização da CBB, teme que a cobrança da torcida seja maior do que o normal?
Alessandra - A torcida pode cobrar, pode fazer o que quiser. Eu respeito muito. Eles podem criticar se eu ou o time estivermos jogando mal e também podem parabenizar se estivermos jogando bem. Cada um tem sua opinião própria. Se eles acham que é certo o processo ou não, tudo bem. Eu e as pessoas mais próximas de mim sabemos o que aconteceu naquele momento. Não posso fazer nada. Cada um tem sua liberdade de pensamento.
GE.Net - Depois da lesão, você se viu desamparada pela CBB, enfrentou um período duro de recuperação e perdeu a chance de tentar bons contratos no exterior. Sobrou alguma mágoa com alguém por esse episódio?
Alessandra - Olha, é o seguinte: as mágoas muitas vezes podem vir e podem passar. Foi muito difícil. Eu temi pelo futuro da minha carreira, porque a lesão foi muito complexa, foi muito duro para recuperar. Eu fiquei tratando oito horas por dia durante dois meses e meio. Mas acho que todo mundo tem direito de errar. A CBB errou e está tentando consertar agora com outras pessoas. Então, eu dei essa chance, porque também já errei na vida. Todo mundo tem direito de errar e tem direito de tentar consertar seus erros.
GE.Net - Dessa vez, você procurou tomar mais cuidado nesse sentido? Conferiu a documentação?
Alessandra - Sim, sim, sim. Ninguém está aqui para agir de má fé. Naquela época, ninguém pensou que seria daquele jeito. Achamos que o presidente de uma confederação tem direitos e deveres (na época, a CBB era presidida por Gerasime "Grego" Bozikis), assim como os jogadores temos nossos direitos e deveres. Foi uma situação lastimável que aconteceu no Mundial. O problema poderia acontecer com outra jogadora ou com uma atleta de uma seleção infanto-juvenil. E se alguma jovem estoura o joelho? Eu tenho que dar graças a Deus porque tinha dinheiro para pagar meu tratamento, mas muitas pessoas não têm, ainda mais na categoria menor. Não estou fazendo isso só para mim, eu estou terminando de jogar basquete. Faço isso para essa nova geração.
GE.Net - Diferente de você, a Iziane resolveu recusar a convocação para defender o Brasil na Copa América. Você acha que ela pode fazer falta na equipe?
Alessandra - Ninguém é insubstituível. A Iziane é uma das melhores na posição no Brasil. Se ela não veio, é porque não está preparada mentalmente para estar no grupo da seleção ou por outros motivos. Eu não sei o que aconteceu, não estive no momento e também não vi pela televisão (Iziane se recusou a entrar em um jogo do Pré-Olímpico de Madri-2008). Mas se ela tomou essa decisão e está dormindo tranquilamente, foi a melhor coisa que ela fez. Para você trabalhar, tem que estar de bem com você mesmo e de bem como todo mundo no seu grupo. Caso contrário, fica muito difícil trabalhar, fica muito problemático. Se ela achou que não vai se sentir bem, ela foi honesta. Eu admiro a honestidade dela.
GE.Net - A Helen tem 36 anos e resolveu voltar da aposentadoria para jogar na seleção. Com 35 anos, você também passou por cima da questão do processo. Acha que essa postura de vocês duas pode servir de exemplo de dedicação à seleção?
Alessandra - Espero que nosso exemplo seja bom para as meninas da nova geração, principalmente a força de vontade em tudo que estamos tentando fazer. Eu e a Helen, que somos as mais velhas, podemos até errar, mas não vamos deixar de batalhar até o ultimo minuto.
GE.Net - Você acompanhou a primeira edição do Novo Basquete Brasil (NBB)? Se houvesse uma liga feminina nos mesmos moldes, gostaria de voltar a jogar aqui?
Alessandra - Meu sonho é encerrar minha carreira jogando no Brasil. Na verdade, um lugar que nunca joguei mas não tem time é o Rio de Janeiro (olha para a assessora de imprensa da CBB, carioca, e ri). Como não tem time lá, tenho que ficar aqui em São Paulo (risos). (Agora, já mais séria) Podemos conversar se tiver uma liga legal e com um planejamento bom para lançar talentos. Estou aberta a todos os projetos que venham. Eu vi na internet que o NBB foi um sucesso, que todo mundo gostou. Espero que a gente consiga fazer isso também no basquete feminino. Tomara que tudo isso que está acontecendo ajude a atrair mais patrocinadores.
ENTENDA O PROCESSO CONTRA A CBB
Em oito jogos no Mundial-2006, Alessandra marcou 110 pontos. Na derrota por 99 a 59 diante dos Estados Unidos, jogo que decidiu o terceiro lugar no Ginásio do Ibirapuera, a pivô sofreu uma lesão no ombro direito. Sem receber o seguro prometido pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), ela abriu um processo contra a entidade.
A jogadora, representada pelo advogado João Guilherme Maffia, pede uma indenização de R$ 660 mil. A CBB, agora presidida por Carlos Nunes, sucessor de Gerasime "Grego" Bozikis, ofereceu R$ 100 mil para entrar em acordo. Uma audiência sobre o caso será realizada no próximo dia 18 de novembro.
Sem jogar desde o dia 20 de maio, Alessandra procurou manter a forma durante suas férias e garante que seu estado físico é bom. Ela reestreia com a camisa da seleção em um jogo oficial na Copa América de Cuiabá, com início previsto para o dia 23 de setembro. Vice-campea da edição de 1993 do torneio, ela saiu com o título em 1997.
Fonte: Gazeta Esportiva
Alessandra também na CBB
Alessandra Oliveira já conheceu o mundo inteiro jogando basquete. Mas a felicidade hoje é a de voltar para casa. A pivô de 36 anos retornou à seleção brasileira para treinar rumo à Copa América / Pré-Mundial de Cuiabá (23 a 29 de setembro). A última vez que vestiu a camisa verde e amarela foi no Campeonato Mundial do Brasil, em 2006. Com quase duas décadas de carreira, a atleta de 2,00m exibe animação de iniciante com um grupo que junta ex-companheiras de conquistas e uma nova geração que se inspira na garra e no talento de Alessandra para defender o Brasil, ser campeão da Copa América e garantir a vaga para o Mundial do ano que vem, na República Tcheca. Dona de um título mundial (Austrália/1994) e duas medalhas olímpicas (prata em Atlanta/96 e bronze em Sydney/2000), Alê acumula, além de conquistas, inúmeros vistos em seu passaporte. A atleta já jogou na Itália, Rússia, Estados Unidos, Coréia, Eslováquia, Hungria e Espanha. Na temporada 2008/2009, Alessandra foi peça importante na equipe do Bourgues, campeão da Liga Francesa e da Copa da França. O talento e a técnica dessa brasileira encantaram uma das melhores jogadoras da atualidade: a australiana Lauren Jackson, campeã mundial (Brasil/2006) e medalhista olímpica, afirmou que a pivô brasileira é uma das melhores do planeta e mais difíceis de serem marcadas. Tanta fama e reconhecimento não abalam o jeito brincalhão e simples dessa recém-casada, que sonha em morar no Rio de Janeiro e adora cozinhar.
Como é a alegria de voltar à seleção?
É emocionante estar na seleção. É uma conquista e tanto chegar aos 35 anos e ainda ser uma peça útil para o time brasileiro. Estou feliz com mais essa oportunidade e a disposição para ajudar no que precisar, pois quando entro em um projeto, é de cabeça, corpo e alma, se não, ficava em casa.
Você e a armadora Helen representam a experiência do time. Como é isso?
Essa mistura de juventude e experiência é muito interessante. Conviver com gerações diferentes é muito enriquecedor. São outros valores, estilos de vida que proporcionam uma interessante troca de experiências. Essa geração sabe mais do que eu sabia quando tinha meus 20, 25 anos. Na França, joguei com uma atleta de 15 anos. Tinha idade para ser minha filha e foi ótimo. Uma das minhas melhores amigas na Europa tem 19 anos e me sinto muito bem perto de gente mais jovem.
Qual o segredo de chegar aos 35 anos jogando um basquete de alto nível?
Não parar nunca e levar tudo com amor e responsabilidade. Estou acostumada a não ficar parada nas férias européias, que duram quase quatro meses. Faço musculação, vou a campings no mundo inteiro para me aperfeiçoar e procuro aprender sempre. Para vir para a seleção, fiz um trabalho diferenciado, musculação e treino com bola com time masculino. Nunca começo uma temporada do zero, seja clube ou seleção.
É complicado ser treinada pela Janeth, sua ex-companheira de seleção?
Complicado não, mas é um pouco engraçado, vou me acostumando com a idéia. Ela é ótima, tem sempre boas dicas para dar. A seleção ganha muito tendo no banco uma das melhores jogadoras do mundo.
Como foi sua temporada no Bourges, da França?
Maravilhosa. Consegui ajudar o time a cumprir dois de seus objetivos, que foram os títulos da Liga Francesa e o da Copa da França. Infelizmente, não chegamos ao Final Four da Euroliga, perdemos no primeiro mata-mata (oitavas-de-final). São coisas que acontecem.
É verdade que você gosta de cozinhar?
Adoro. É um ótimo hobby. Gosto muito de fazer comida brasileira e italiana. Já estou craque em pasta (massa) e pestos (molhos). Vivo inventando ingredientes novos para que a macarronada fique sempre diferente e cada vez mais gostosa.
A australiana Lauren Jackson disse que você é uma das pivôs mais difíceis de marcar no mundo. E para você, quem te dá mais trabalho embaixo do garrafão?
Primeiro deixe eu retribuir o elogio da Lauren. É umas das melhores do planeta hoje e marcá-la bem não é tarefa para qualquer uma, não. Além dela, vou citar uma americana que joga na Rússia, que é fenomenal e dá um trabalhão para qualquer defesa adversária: Sylvia Fowles. Ela tem apenas 20 anos, enterra e será um dos grandes nomes daqui para frente.
Como está a vida de recém-casada?
Corrida. Mas graças a Deus tenho um marido que também é atleta, me entende e me deu todo o apoio quando decidi me apresentar à seleção. Ele está na minha casa em São Paulo e teremos que nos contentar com as folgas. A sorte é que ele gosta muito do Brasil, ama futebol e fica ligado na TV e internet para saber as notícias sobre o Corinthians, seu novo clube do coração.
Quais seus planos para a próxima temporada? E para um futuro mais distante?
Por enquanto estou absolutamente focada no meu trabalho na seleção. Por mim, só penso em voltar para algum clube em janeiro. Até lá, seleção, férias e lua de mel com maridão. Quanto aos próximos anos, gostaria de voltar a jogar no Brasil, principalmente no Rio, mas sei que está difícil. Meu sonho é comprar um apartamento em Ipanema. Penso em alguns projetos para quando me aposentar, mas no tempo certo falarei sobre meus planos.
Fonte: CBB
4 comentários:
Além de Hortência, Paula, Janeth e Marta (geração que comecei a acompanhar o basquete feminino) tenho a Alessandra como ídolo, sua chegada à seleção, junto com a Cínthia colocaram o Brasil em outro nível em termos internacional, que culminou com o campeonato mundial e vice-olímpico.
A Alessandra é uma jóia que foi desperdiçada pela incompetência da CBB em especial do técnico Barbosa. O Brasil com essa geração que está encerrando seu ciclo poderia ter conseguido muito mais feitos internacionais, mais enfim... Temos que olhar para o futuro, primeiro, o futuro próximo que é a classificação para o mundial e o mundial do ano q vem, depois um futuro mais distante que é a classificação olímpica, sendo imediatista, acho que a Alessandra será fundamental, pena que a Ísis não foi convocada, ela, pode ajudar e muito no desenvolvimento do jogo dessas meninas.
Adorei a entrevista, achei super lúcida, principalmente quando ela lembra que sua posição em relação ao processo não é pensando apenas em si, mas no basquete em geral.
Parabéns!
Também fiquei muito contente em ler essa entrevista com a Alessandra. Muito sensata e lúcida. Com certeza ela irá somar muito junto com a nova CBB.
Fico feliz em ver que estamos resgatando, aos poucos, pessoas que pensam de forma madura e que querem o bem de nosso basquete feminino.
Depois de tantos anos, dias melhores já estão aí e os amantes do basquete feminino brasileiro já voltam a esboçar o sorriso novamente.
Um beijão para a Alessandra que eu amo de paixão!!!
Alessandra é MARA!
Foi por causa daquela cesta dela contra a Rússia nos jogos de Sidney 2000 que eu fiquei fã de basquete feminino.
PARABENS ALE !! TE AMMO MUITO TAMBEM!! VC É EXEMPLO DE GANA, RAÇA E DETERMINAÇÃO, SUCESSO A VOCÊ!
GRANDE BEIJO
ROGÉRIO
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