quinta-feira, 9 de julho de 2009

Janeth implanta pilates em sua primeira experiência como técnica de seleção

Maurício Dehò

Com mais de duas décadas de serviços prestados à seleção brasileira de feminina de basquete, a campeã mundial Janeth Arcain chegou a uma nova fase nesta "prestação de serviço". Num momento de renovação, em que Hortência passou a dirigir a modalidade entre as mulheres e a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) dá seus primeiros passos sobre novo comando, a ex-armadora enfrenta o desafio de ser técnica. O detalhe é que as pupilas são garotas da seleção sub-15, que junto com a ex-craque tem feito um trabalho pioneiro na parte física, com a ajuda das técnicas de pilates.

Janeth passou a trabalhar com as pranchetas no último mês. Ela assumiu a preparação da seleção sub-15, passando por uma semana de treinos em Santa Bárbara d'Oeste, em São Paulo. Uma das novidades para as garotas não é apenas com a presença de uma estrela no banco, mas com a preparação a que estão sendo submetidas.

A parte física, a cargo do preparador Leonardo Cursino, tem como principal ferramenta o pilates, um tipo de exercício que tem crescido nas academias desde a década de 1980, principalmente para fins estéticos de seus praticantes. "Este foi um trabalho implantado pelo nosso preparador, para que elas melhorem o condicionamento físico e o equilíbrio corporal", explica Janeth, também ainda se adaptando à preparação.

Leonardo, que também trabalha no Osasco - antigo Finasa/Osasco - explica que os grandes benefícios do uso de pilates, uma técnica surgida por volta de 1920, criada pelo alemão Joseph Pilates, são a intensidade de seus movimentos, que trazem resultados mais rápidos e de maior qualidade. Para a prática do basquete, a região central sempre tem de ser fortalecida, devido à postura usada durante os jogos.

"Eu fiz o curso de formação em pilates há dois anos, porque precisava de uma ferramenta de trabalho que ajudasse a fortalecer de forma mais intensa a região abdominal das jogadoras", explica Leonardo, que também trouxe para as seleções femininas sub-16 e sub-17 o trabalho, e sonha em poder aplicá-los junto aos elencos adultos masculino e feminino num futuro próximo.

A velocidade dos resultados foi o que atraiu o preparador físico, já que os treinos convencionais costumam levar mais tempo a apresentar resultados. A melhora também se deve ao fato de os exercícios abrangerem três aspectos: força, resistência e respiração. Assim, as garotas adquirem maior equilíbrio, coordenação motora e concentração, aprendendo exercícios que podem levar inclusive para treinarem em seus clubes.

O método utilizado por Leonardo Cursino é o que utiliza apenas o peso corporal em exercícios, apesar de o preparador físico não descartar o uso de aparelhos tradicionais para o pilates, caso haja a possibilidade. "O importante é que a moda do pilates nas academias fez com que as pessoas o vissem de forma positiva. Hoje as comissões técnicas estão dando abertura para que ideias como essa possam contribuir", completou ele.

Experiência para garotas e para a técnica

Janeth estreou no cargo da seleção sub-15, mas já teve alguma experiência como técnica. A ex-armadora comandou times de seu projeto social, mas teve poucas oportunidades em um meio mais competitivo como o das seleções.

Com as garotas do sub-15, Janeth afirma estar gostando do trabalho de pegar uma equipe nova e que tem de ser desenvolvida para que as jogadoras cheguem bem às seleções mais velhas. "São talentos que precisam ser lapidados. Elas são muitos jovens, então é importante que entendam os conceitos", comentou Janeth, que percebeu um aumento na estatura das novas jogadoras em relação a elencos anteriores.

Para a ex-estrela, a maior parte deste trabalho inicial tem sido no básico. As meninas ainda chegam precisando da introdução de fundamentos. Tudo sempre com o cuidado psicológico, já que são atletas muito jovens. "Já vejo um progresso muito grande, a troca de experiências faz com que as meninas amadureçam muito rápido e que consigamos resultados a curto prazo", concluiu a treinadora.

MAIS DESAFIOS COMO TÉCNICA: 'POR QUE NÃO?', DIZ JANETH

Apesar de ainda estar começando como técnica, Janeth admite que já estava se preparando para fazer um trabalho deste tipo. Os primeiros passos foram com o seu projeto social, onde por dois anos praticou com a prancheta. Agora, o trabalho na seleção sub-15 pode ser um trampolim para conquistas ainda maiores. Questionada sobre a chance de um dia vir a treinar uma seleção brasileira, a ex-estrela da seleção não nega a vontade.

"Ter começado oficialmente com categorias de base é muito bom, pela experiência. Mas, se tiver oportunidades ainda melhores, por que não", deixou no ar Janeth, que afirma ser a mesma de seus tempos de quadras. "O caráter da gente não muda, e nem a postura. Continuo sendo responsável, uma pessoa que gosta de responsabilidade e trabalho, e quero um basquetebol feito com alegria".

Fonte: UOL

6 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que a Janeth tem muita experiência prática no basquete, mas acho que seria fundamental para ela prosseguir na carreira ela buscar uma formação profissional.

Anônimo disse...

Está claro que em determinados niveis, o que resolve é resultado...para que formação profissional?
Dunga alguma vez foi impedido pelo cref de treinar ou dirigir a seleção brasileira...devem ter muito poucos fiscais.
Tantos tecnicos com trabalhos comprovados no Brasil e um belo chute nas nadegas cadea um toma.
Só espero que ao inves de formação profissional, ela estude para ser treinadora...
Talvez no curso de capacitação de treinadores que deve estar na gaveta de alguma mesa da CBB, bem protegido por teias de aranha.
Independente de qualquer coisa...espero que tenhamos rumo.
Hortencia...apareça!!!

Anônimo disse...

Voces estão MAL INFORMADOS. Todos os treinadores inscritos pelas Federaçoes e Confederaçoes estão devidamente inscritos pelo Conselho Regional de Educação Física. Quanto a capacitação para técnicos estão ocorrendo....a última foi este final de semana passado, sexta, sábado e domingo em Barueri, com os técnicos Moncho Monsalve, Ricardo Casas(Espanha, Júlio Lamas (Argentina), Hélio Rubens e Flávio Davis.

Anônimo disse...

É... já to ficando cansanda de ler sobre a estrela Janeth!!!Ela foi estrela enquanto jogava.Deveria era ter estudado e se preparado para ser técnica.Porque tanto protecionismo no feminino?Enquanto os profissionais da area ralam p poder pagar a faculdade e trabalham duro,tudo cai no colo dsessa moça?Até o bolsa atleta? Se liga Hortencia!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

o cref conselho regional de educação fisica é exigido para quem se formou ,poder dar aula na area de educação fisica.fazer um curso de fim de semana ja da a credencial ?pra que a educaçao fisica durar 4 anos vamos respeitar quem estudou e se formou em Educação fisica.

Anônimo disse...
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