sexta-feira, 10 de julho de 2009

Entre desconhecidas, veterana Helen não pensa no Mundial

Bruno Ceccon

Após marcar 1205 pontos em 120 jogos oficiais com a camisa da seleção, Helen decidiu deixar o time nacional em função do cansaço físico. Duas temporadas depois, no entanto, atendeu a um pedido da ex-companheira Hortência e voltou atrás. Em seu retorno à equipe para disputar a Copa América, a armadora de 36 anos ainda se habitua entre suas novas companheiras e garante que não pensa no Mundial de 2010.

"Na verdade, tenho mais afinidade com a Karla, que sempre jogou comigo em clubes e pela seleção, e com a Kaé (Micaela). Mas tinha meninas que eu nem conhecia. A Mariana, por exemplo, estou tendo a chance de conhecer pessoalmente só agora", diz Helen, que aproveita a média de idade de 26 anos do elenco. "A gente está rindo muito. O bom de ter um grupo jovem é que não tem como ficar desanimada ou cansada", diz.

Após passar os últimos quatro anos na Oral Roberts University-EUA, a ala/armadora Mariana, 24 anos, foi convocada pela primeira vez. "Estava acostumada a ver a maioria das jogadoras só pela televisão na Olimpíada e as mais experientes sempre foram um espelho. Essa mescla é boa para as mais velhas e para as mais novas, principalmente para as mais jovens, que podem aprender e têm uma referência", disse a atleta.

Convocada pela primeira vez em 1989, Helen garante que nunca deixou de acompanhar os resultados da seleção. Depois de deixar o time por cansaço e falta de férias, ela curte cada momento de seu retorno. "Foi muito bom arrumar a mala no domingo para me apresentar e ter essa sensação de voltar aos tempos que estava acostumada. Estou com muita vontade de colocar a amarelinha no peito de novo", afirmou.

O técnico Paulo Bassul atribuiu o fiasco nos Jogos de Pequim à falta de experiência. Com as presenças de Helen e Alessandra, que também foi reconvocada, o treinador está otimista para a Copa América. "O time chega bem. Essa mescla de jovens e experientes é muito importante. O suporte das mais velhas facilita o processo de adaptação das novatas nas competições internacionais", explicou.

Bassul convocou Helen para disputar a Copa América que será realizada no mês de setembro, em Cuiabá. O torneio oferece vagas no Mundial, mas a veterana armadora garante que não pensa na possibilidade de lutar pelo bicampeonato. Na temporada de 1994, ao lado de Paula e Hortência, a jogadora foi campeã do torneio disputado na Austrália.

"O Paulinho já disse: 'ano que vem, tem Mundial'. Eu respondi: 'calma, fica tranquilo'. Vamos pensar nesse ano. Quero focar na Copa América, gosto de viver o presente. Não quero pensar no Mundial, até porque ainda não conseguimos a vaga. Vamos passo a passo", afirmou a jogadora. Com contrato com o espanhol Hondarríbia Irún até maio de 2010, ela pretende voltar a jogar no Brasil na próxima temporada.

Ex-companheira de Helen, Janeth é auxiliar de Paulo Bassul na seleção. Devidamente trajada com o uniforme da comissão técnica, ela confessa que sente saudades de entrar em quadra, mas fica satisfeita ao ver uma contemporânea retornar. "As mais novas terão um ícone, um espelho como referência para se sentir mais confortável jogando", atestou.

Fonte:
Gazeta Esportiva

2 comentários:

Anônimo disse...

Interessante que o título da matéria de induz a uma interpretação tão diferente do texto. Aliás isso tem se tornado comum nas últimas entrevistas de membros da seleção. Tem gente que adora polemizar.

Anônimo disse...

tb entendi totalmente errado. Achei que ela já teria pedido dispensa.