Se a semifinal entre Americana e Catanduva foi muito mais equilibrada que a série entre Ourinhos e Santo André, a má notícia é que a pobre bola foi tão maltratada quanto. O alto número de erros na série impressionou. E não estamos falando de erros em função de defesas implacáveis, já que o repertório contou até com um par de lances-livres que nem ao aro chegou.
Com todo o meu devido respeito à campeã paulista Catanduva e ao técnico Ferreto, mas é impossível não notar a frouxidão tática do basquete da equipe eliminada, totalmente desconectado de qualquer princípio do basquete moderno. Ainda assim, dá resultado (aqui). Na base da correria e da superação, elas quase chegaram lá. Um dos grandes problemas que vejo é a ausência de uma armadora na equipe. Com Palmira mais uma vez improvisada na função, o time ficou sem uma segunda condutora de bola (função na qual nem Iza, nem Sílvia são especialistas). Palmira, por sinal, foi um dos destaques do torneio, o que deve credenciá-la a retornar à seleção. Mas sinceramente tenho dúvidas do poder de fogo do jogo dela em alto nível. Nem sempre o que acontece no Anuar Pachá se reproduz com aquela intensidade longe dali. Gostei das breves intervenções de Ariani, mas Ferreto preferiu utilizar Kelly e Ana Paula. Também sob a observação da comissão técnica pode estar Sílvia, que relembrou os velhos e bons tempos, depois de uma fase complicada. Embora acredite que Iza teve uma boa participação no time, vejo dois problemas nas atuações da jovem. Do ponto de vista tático, a lateral está à margem das ações ofensivas da equipe. Isso não pode acontecer. Tecnicamente, Iza precisa ainda perder os cacoetes que adquiriu jogando na posição 4, em Ourinhos. Foi comum na série percebê-la ‘devolvendo’ passes, para voltar a receber a bola em uma posição “mais 4” e aí, sim, ter segurança para definir. Contundida, Fabão continua a ser uma atleta extremamente valiosa e versátil e uma das grandes razões do sucesso de Catanduva. Ísis teve uma boa série, embora o time não saiba jogar com ela. É de se lamentar apenas que não haja planejamento algum da seleção ou da confederação para aquela que foi apontada como a “arma para Londres-2012”. Pois a “arma” andava queimando balas ao vento no vazio da Terceira Divisão da Espanha...
Em Americana, já é possível enxergar algum trabalho tático, apesar de a técnica Branca ainda ser inexperiente na função e estar, pela primeira vez, no comando de um time competitivo. A leitura do jogo é algo mais eficiente. Evidente em coisas simples, como forçar o jogo com Babi, quando a marcadora era a baixinha Kelly. O grande destaque de Americana é Karina Jacob. A ala-pivô cresceu bastante nesse ano e será inadmissível não vê-la na seleção em 2009. Carina mantém a regularidade, é dona de um basquete muito correto, solidário e extremamente útil. Tomou a boa decisão de sair de Ourinhos. Embora a dupla de pivôs seja ágil, a baixa estatura algumas vezes compromete a solidez do garrafão. Nas laterais, Karla volta a encarnar com brilhantismo o papel de matadora. É de se lamentar apenas que em função disso e de seus problemas físicos, outras boas características da ala (a marcação e a visão de jogo) tenham sido esquecidas no seu jogo. Do outro lado, fenômeno invertido acontece com Adriana Santos. Sem o vigor físico fundamental para o exercício da função que a celebrizou (também a de ‘matadora’), a ala percebeu que colabora mais na leitura do jogo e na organização de jogadas e é ai que tem tido mais sucesso. A armadora Babi tem cumprido bem o seu papel e o fato de ter uma ex-armadora como técnica deve facilitar a afirmação de seu basquete. Encerrado o time titular, o banco é a grande dor de cabeça para a final com Ourinhos. A técnica Branca só tem conseguido usar três atletas. A armadora Ana Flávia tenta reencontrar seu bom basquete, após séria contusão. Tem sido uma ótima opção, principalmente por ser mais afeita ao ataque que Babi. Nas alas, a única opção é Renatinha. Acho a menina sensacional. Mas ela precisa de alguém que a dome e ensine o caminho das pedras. Trabalhada, pode ser um assombro. Seria interessante ter conseguido incluir Nathália ou Thaís no grupo de atletas em condição de jogo. Nos pivôs, o nome é Millene, que apesar das limitações técnicas, não compromete, e até ajuda.
Resta torcer para que o equilíbrio dessa série se mantenha nas finais que começam daqui a pouco. E, se não for pedir demais, que o nível dos jogos seja um pouco melhor.
Ainda sobre a final: Fábio Balassiano resume com perfeição: Hegemonia ou Novidade?
Com todo o meu devido respeito à campeã paulista Catanduva e ao técnico Ferreto, mas é impossível não notar a frouxidão tática do basquete da equipe eliminada, totalmente desconectado de qualquer princípio do basquete moderno. Ainda assim, dá resultado (aqui). Na base da correria e da superação, elas quase chegaram lá. Um dos grandes problemas que vejo é a ausência de uma armadora na equipe. Com Palmira mais uma vez improvisada na função, o time ficou sem uma segunda condutora de bola (função na qual nem Iza, nem Sílvia são especialistas). Palmira, por sinal, foi um dos destaques do torneio, o que deve credenciá-la a retornar à seleção. Mas sinceramente tenho dúvidas do poder de fogo do jogo dela em alto nível. Nem sempre o que acontece no Anuar Pachá se reproduz com aquela intensidade longe dali. Gostei das breves intervenções de Ariani, mas Ferreto preferiu utilizar Kelly e Ana Paula. Também sob a observação da comissão técnica pode estar Sílvia, que relembrou os velhos e bons tempos, depois de uma fase complicada. Embora acredite que Iza teve uma boa participação no time, vejo dois problemas nas atuações da jovem. Do ponto de vista tático, a lateral está à margem das ações ofensivas da equipe. Isso não pode acontecer. Tecnicamente, Iza precisa ainda perder os cacoetes que adquiriu jogando na posição 4, em Ourinhos. Foi comum na série percebê-la ‘devolvendo’ passes, para voltar a receber a bola em uma posição “mais 4” e aí, sim, ter segurança para definir. Contundida, Fabão continua a ser uma atleta extremamente valiosa e versátil e uma das grandes razões do sucesso de Catanduva. Ísis teve uma boa série, embora o time não saiba jogar com ela. É de se lamentar apenas que não haja planejamento algum da seleção ou da confederação para aquela que foi apontada como a “arma para Londres-2012”. Pois a “arma” andava queimando balas ao vento no vazio da Terceira Divisão da Espanha...
Em Americana, já é possível enxergar algum trabalho tático, apesar de a técnica Branca ainda ser inexperiente na função e estar, pela primeira vez, no comando de um time competitivo. A leitura do jogo é algo mais eficiente. Evidente em coisas simples, como forçar o jogo com Babi, quando a marcadora era a baixinha Kelly. O grande destaque de Americana é Karina Jacob. A ala-pivô cresceu bastante nesse ano e será inadmissível não vê-la na seleção em 2009. Carina mantém a regularidade, é dona de um basquete muito correto, solidário e extremamente útil. Tomou a boa decisão de sair de Ourinhos. Embora a dupla de pivôs seja ágil, a baixa estatura algumas vezes compromete a solidez do garrafão. Nas laterais, Karla volta a encarnar com brilhantismo o papel de matadora. É de se lamentar apenas que em função disso e de seus problemas físicos, outras boas características da ala (a marcação e a visão de jogo) tenham sido esquecidas no seu jogo. Do outro lado, fenômeno invertido acontece com Adriana Santos. Sem o vigor físico fundamental para o exercício da função que a celebrizou (também a de ‘matadora’), a ala percebeu que colabora mais na leitura do jogo e na organização de jogadas e é ai que tem tido mais sucesso. A armadora Babi tem cumprido bem o seu papel e o fato de ter uma ex-armadora como técnica deve facilitar a afirmação de seu basquete. Encerrado o time titular, o banco é a grande dor de cabeça para a final com Ourinhos. A técnica Branca só tem conseguido usar três atletas. A armadora Ana Flávia tenta reencontrar seu bom basquete, após séria contusão. Tem sido uma ótima opção, principalmente por ser mais afeita ao ataque que Babi. Nas alas, a única opção é Renatinha. Acho a menina sensacional. Mas ela precisa de alguém que a dome e ensine o caminho das pedras. Trabalhada, pode ser um assombro. Seria interessante ter conseguido incluir Nathália ou Thaís no grupo de atletas em condição de jogo. Nos pivôs, o nome é Millene, que apesar das limitações técnicas, não compromete, e até ajuda.
Resta torcer para que o equilíbrio dessa série se mantenha nas finais que começam daqui a pouco. E, se não for pedir demais, que o nível dos jogos seja um pouco melhor.
Ainda sobre a final: Fábio Balassiano resume com perfeição: Hegemonia ou Novidade?
14 comentários:
Sta Imparcialidade
Comentarios corretos,em relação a Catanduva nada de novidade,sempre foi e sempre será a caracteristica do Ferreto,correria e mais correria,ele não esta fora do basquete moderno,e mesmo do antigo, joga assim(e Ourinhos conseguiu perder um titulo paulista)Americana tem sintomas táticos uma jogada que me parece a mesma que a seleção brasileira utilizava com o técnico anterior,e alguns outros ensaios,porém sem muita coordenação,mas vale intenção,o mais claro fica são as intervenções dos técnicos nas partidas o Ferreto,pede tempo fora de hora,e sem muita mensagem para as atletas.Branca ainda pelo seu pouco tempo de técnica e mais ainda pela responsabilidade do nível de exigencia da equipe,situação diferente da Unimep,que ela dirigiu,sente ainda deficiencias nos pedidos de tempo,e no feling do jogo,mas me agradou principalmente pela tentativa de dar uma estruturação tática a equipe.Acho que Ourinhos, deve ganhar,não só porque tem um equipe superior,principalmente as pivot,como também pelas atletas que vão fazer de tudo para o Uruba,levar esta.
parabens fabio so faltou vc dizer que americana ganhou na porrada tb
Hein?
eu concordo com a materia,acima,sobre catanduva,acho que de todos os grupos que o ferreto formou desde de que a equipe foi montada,achei que foi a equipe mais fraca a ser montada,pelo tecnico ferreto,sem jogadoras para repor,ficou muito dificil,a fabão realmente fez muita falta,nao acho que a palmira tenha basquete pra voltar a seleçao,ela foi sim a jogadora mais efetetiva mas falta muito ainda pra uma seleçao,concordo que a isis esta em evoluçao,e sobre as possiveis armadoras,acho a ariani,muito insegura e sem perfil ou estilo de uma armadora,falta muito ainda pra ela,sobre a kelly,tem suas limitaçoes,mas acho que td isso serviu de liçao pro ferreto que tinha um time campeão e deixou com que todas fossem embora,so colheu aquilo que plantou!...
Se a Palmira não tem basquete pra voltar a seleção, me responda então o que a Karen e a Chuca estão fazendo lá? Isso sem falar na jaqueline que tbm esteve por lá.Ora se o basquete da Palmira não é nada espetacular ele não fica devendo em nada ao dessas outras.
Figuração, assim como a Palmira faria.
Se for pensa dessa forma, melhor seria a seleção fechar de vez as portas.
Correria né? Assim Catanduva conquistou o titulo paulista e dos jogos abertos... Precisa falar mais alguma coisa??? Isso porque a Gilmara está machucada, senao o brasileiro tambem seria de Catanduva, pois nenhuma dessas pivos que jogam no Brasil tem condiçoes suficientes de marcá-la... Agora em relação a Carina Jacob ela nao jogava em Ourinhos... Nao sei de onde voce tirou isso...Acho que voce deve reformular melhor seus comentarios antes de publicar... Pois a Carina Jacob jogava em Catanduva antes de ir pra Americana, e todo mundo lembra que ela perdeu o título do Nacional, nao sendo capaz de converter apenas 1 lance livre, em 2 oportunidades que ela teve... E voce ainda vem falar que isso é jogadora de seleção??? Grande comentarista que voce é!!! RS
Guilherme,
Não sei que tipo de comentarista eu sou.
Ao menos sei diferenciar Carina e Karina, coisa que você se mostrou incapaz em seu comentário.
Porque você não fala um pouquinho da briga que aconteceu antes do jogo... Porque você não fala que o presidente de Americana Ricardo Molina pagou para a torcida do futebol bater no time de Catanduva... Tomaram tapas na cabeça, empurrões, e saíram correndo pra não apanharem mais... Pelo que parece, você está defendendo Americana... Só porque você é amiguinho da Karla??? Fala tambem da Karina e da Renata, ambas tomaram falta antidesportiva em 2 jogos... Sem contar no braço quebrado que a Fabão ficou... Esse tipo de jogadora que você acha inadmissível não vê-la na seleção??? Brincadeira né.... Por isso que a seleção foi bem nas Olimpíadas né? Em relação à Karla, é jogadora caseira... Olhas as estatísticas dela fora de casa, pra ver como ela foi, na semi final... Resumindo, você tem alguma coisa contra Catanduva? Pois você só criticou o último campeão paulista e dos jogos abertos.
Guilherme, é a coisa mais rídicula vc dizer que pagaram pra torcida de Americana bater na de Catanduva...
Aceite que Catanduva perdeu... Americana foi melhor e ganhou...
olha esta pessoa que fez este comentario aqui que a torcida bateu nas jogadoras e tudo mentira estava na hora que catanduva chegou e n/ vi agressão nenhuma so xingo .agora vem querendo falar que a torcida agrediu e mentira.se foi verdade porque catanduva n/ fez BO la tinha policia la´mas e mentira so vi xingo nada de agressão acorda catanduva vcs estão chorando porque americana e ourinhos ta fazendo a final que vcs queriam,,,
É tanto mentira, que se voces olharem no blog ja foi encaminhado um oficio para a CBB... E pra quem nao sabe, foi feito B.O sim... E quem disse que foi o Presidente do clube que pagou, foram os próprios policiais de Americana e inclusive uma jogadora do proprio time de Americana.... Então, se voces nao sabem das coisas, nao fiquem falando besteira... Agora, ja estava na hora de acontecer uma final diferente né... sempre catanduva e ourinhos... O problema é que todo mundo ja sabe quem vai ser campeão... rs
Quanta abobrinha, basquete se ganha em quadra e não em bate boca.
Catanduvenses saiam dessa baixaria!!!
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