A reconvocação da seleção brasileira para as Olimpíadas, ontem, trouxe poucas surpresas. Embora cinco novos nomes tenham inflado o grupo que conquistou a vaga para Pequim, a tendência é que o técnico Paulo Bassul pouco mexa.
Armadoras
Alas
Da saída de Iziane e da contusão de Karen, vem a única novidade da lista: Fernanda Beling, uma bela opção de Bassul. Fernanda é alta, tem um jogo de qualidade, e um bom arremesso de 3. Oculta em uma temporada na fraca Liga Portuguesa, havia acabado ausente da última lista. É uma aposta fundamental, numa posição que tem um trio de atletas com 29 anos (Micaela, Karla e Chuca). A favor de Fernanda, conta ainda o estilo mais discreto, em oposição à volúpia ofensiva de Tayara e Palmira.
Sobre Micaela e Karla, há pouco o que falar. São duas atletas que se fortaleceram muito nas duas últimas competições (Sul-Americano e Pré-Olímpico) e favoritas na posição.
Chuca sempre respondeu bem nos momentos em que foi chamada na seleção. Discreta, consciente de seu papel em quadra, a presença da ala favorece o grupo e o jogo de suas companheiras. A ausência de Iziane deve permitir ainda mais oxigênio a ela.
Em ascensão, Karen corre contra o tempo para recuperar uma vaga que era sua.
Ao lado de Fernanda, Jaqueline corre por fora.
Pivôs
Paulo Bassul não esconde a expectativa pelo retorno de Érika. Realmente é um reforço fundamental para as pretensões da seleção em Pequim.
Após Érika, Kelly ainda surge como a opção mais segura da seleção no garrafão. Fisicamente, no entanto, é uma jogadora que tem dificuldades na marcação de pivôs mais leves e ágeis; características de todas as rivais da seleção na primeira fase (das australianas às coreanas).
Entre as duas, Graziane corre por fora, em busca de um equilíbrio maior que a faça jogar sempre como no seu memorável primeiro tempo contra a Espanha.
Na posição 4, as reservas foram a maior atração em Madrid. Mamá é uma grande atleta na posição, embora continue carecendo de maior equilíbrio no ataque. Fraciele tem um invejável tempo de rebote e bloqueio, que atenuam suas desvantagens físicas para a posição.
Experiência à parte, Êga não conseguiu _infelizmente_ manter uma confortável regularidade no Pré-Olímpico.
Correndo por fora, Karina Jacob, retorna ao grupo. Assim como Natália, já conseguiu bastante: se impor (dentro de quadra) como natural sucessora à dupla trintona (Mamá e Êga).
Armadoras
Se _como confirma Bassul_ Adrianinha vem e quer jogar, será difícil tirar uma das vagas das mãos dela. A velocidade de Adrianinha é um complemento altamente desejável à segurança e à firmeza de Claudinha, no revezamento na posição. Por ser uma armadora que define com precisão, torna-se ainda mais interessante, pela saída da "pontuadora" do grupo (Iziane).
Os anos converteram a hoje balzaquiana Claudinha numa armadora que me agrada bastante assistir. Inteligente, a jogadora abandonou os (ótimos) tempos de correria, nos quais era chamada de Claudinha Fórmula 1 por um narrador de Tv, para se reinventar. Os anos no basquete europeu renderam a ela profundas alterações no modo de jogar, que caem muito bem ao atual momento da seleção. A minha impressão é que pela correria na preparação, Claudinha ainda não alcançou a química ideal com o time, em quadra, mas há tempo para a adequada combustão em Pequim.
Natália corre por fora. Por sinal, vejo semelhanças intensas entre a Claudinha do passado e a Natalinha de hoje. A estréia de Natália na seleção adulta foi a melhor de uma armadora nos últimos anos. Se o trajeto é longo, os primeiros passos de Natália foram firmes e a colocaram na condição de sucessora natural para a posição. Faltam ainda: mais confiança (boa arremessadora de 3, calou-se no Pré) e aprimoramento da sua bandeja em velocidade (muitas vezes vitimada por conduções de bola). A disputa é dura, e a novata, humilde e diplomaticamente, já afirmou acatar um hipotético corte; o que só faz aumentar a nossa torcida por ela.
Os anos converteram a hoje balzaquiana Claudinha numa armadora que me agrada bastante assistir. Inteligente, a jogadora abandonou os (ótimos) tempos de correria, nos quais era chamada de Claudinha Fórmula 1 por um narrador de Tv, para se reinventar. Os anos no basquete europeu renderam a ela profundas alterações no modo de jogar, que caem muito bem ao atual momento da seleção. A minha impressão é que pela correria na preparação, Claudinha ainda não alcançou a química ideal com o time, em quadra, mas há tempo para a adequada combustão em Pequim.
Natália corre por fora. Por sinal, vejo semelhanças intensas entre a Claudinha do passado e a Natalinha de hoje. A estréia de Natália na seleção adulta foi a melhor de uma armadora nos últimos anos. Se o trajeto é longo, os primeiros passos de Natália foram firmes e a colocaram na condição de sucessora natural para a posição. Faltam ainda: mais confiança (boa arremessadora de 3, calou-se no Pré) e aprimoramento da sua bandeja em velocidade (muitas vezes vitimada por conduções de bola). A disputa é dura, e a novata, humilde e diplomaticamente, já afirmou acatar um hipotético corte; o que só faz aumentar a nossa torcida por ela.
Alas
Da saída de Iziane e da contusão de Karen, vem a única novidade da lista: Fernanda Beling, uma bela opção de Bassul. Fernanda é alta, tem um jogo de qualidade, e um bom arremesso de 3. Oculta em uma temporada na fraca Liga Portuguesa, havia acabado ausente da última lista. É uma aposta fundamental, numa posição que tem um trio de atletas com 29 anos (Micaela, Karla e Chuca). A favor de Fernanda, conta ainda o estilo mais discreto, em oposição à volúpia ofensiva de Tayara e Palmira.
Sobre Micaela e Karla, há pouco o que falar. São duas atletas que se fortaleceram muito nas duas últimas competições (Sul-Americano e Pré-Olímpico) e favoritas na posição.
Chuca sempre respondeu bem nos momentos em que foi chamada na seleção. Discreta, consciente de seu papel em quadra, a presença da ala favorece o grupo e o jogo de suas companheiras. A ausência de Iziane deve permitir ainda mais oxigênio a ela.
Em ascensão, Karen corre contra o tempo para recuperar uma vaga que era sua.
Ao lado de Fernanda, Jaqueline corre por fora.
Pivôs
Paulo Bassul não esconde a expectativa pelo retorno de Érika. Realmente é um reforço fundamental para as pretensões da seleção em Pequim.
Após Érika, Kelly ainda surge como a opção mais segura da seleção no garrafão. Fisicamente, no entanto, é uma jogadora que tem dificuldades na marcação de pivôs mais leves e ágeis; características de todas as rivais da seleção na primeira fase (das australianas às coreanas).
Entre as duas, Graziane corre por fora, em busca de um equilíbrio maior que a faça jogar sempre como no seu memorável primeiro tempo contra a Espanha.
Na posição 4, as reservas foram a maior atração em Madrid. Mamá é uma grande atleta na posição, embora continue carecendo de maior equilíbrio no ataque. Fraciele tem um invejável tempo de rebote e bloqueio, que atenuam suas desvantagens físicas para a posição.
Experiência à parte, Êga não conseguiu _infelizmente_ manter uma confortável regularidade no Pré-Olímpico.
Correndo por fora, Karina Jacob, retorna ao grupo. Assim como Natália, já conseguiu bastante: se impor (dentro de quadra) como natural sucessora à dupla trintona (Mamá e Êga).
11 comentários:
legal suas colocações bert, minha torcida é pras de sempre e tambem fiquei muito triste de não ver a ega render no pré olimpico...legal a fernanda beling ser chamada e a karina estar de volta apesar de me dar a impressão dela ser meio cheia de si...agora tenho a maior confiança de que a natalia vá permanecer
Valeu, Santista!
Adrianinha
Claudinha
Karla
Karen
Micaela
Chuca
Fernanda Beling
Ega
Francielle
Mama
Kelly
Erika
esse deve ser o time em Pequim...
Li no Lance que o Bassul vislumbra deslocar Claudinha para a posição 2, o que deixaria o caminho livre para a Natália. Segundo a reportagem, Bassul quer testar uma formação titular com Claudinha e Adrianinha para dar mais segurança na armação das jogadas e reduzir o número de erros da equipe.
Assim, a seleção iria de Adrianinha e Natália na armação, com Claudinha ocupando uma vaga de ala. Na lista de cima, saí Fernanda Beling e entra Natália.
Prefiro Karla na posição 2, jogando ao lado de Adrianinha.
Informação interessante, Rodrigo Afonso.
Acho que jogar com duas armadoras pode ser produtivo em alguns momentos do jogo.
A maior limitação nessa opção do Bassul seria a altura. As duas são muito baixas.
De qualquer maneira, é uma idéia...
Vamos ver...
Murilo, o negócio é que na atual filosofia de jogo da seleção brasileira, não cabe mais ficar especulando sobre formações titulares e reservas. Trabalhar com Adrianinha e Claudinha juntas é mais uma opção, que talvez seja extremamente importante para garantir um equilíbrio tático maior em determinados momentos das partidas. A Karla é uma guerreira, tem tudo para jogar muitos minutos, mas teria uma função tática bem diferente.
Bert, uma pena o Lance! não ter colocado essa notícia na sua versão on-line, mas mais tarde vou ver se consigo fazer um resumo mais completo da matéria e posto por aqui. Abraço!
Resolvi fazer isso agora. A matéria está transcrita abaixo. Abraços!
Brasil ousa com duas armadoras
Após muitos erros no Pré-Olímpico, Bassul aproveita saída de Iziane e planeja ter Adrianinha e Claudinha juntas na armação
David Abramvezt e Paulo Roberto Conde
Diário Lance!
Ausente desde o Pan do Rio, a armadora Adrianinha teve confirmada anteontem a sua volta à Seleção e já faz o técnico Paulo Bassul, que a considera titular da posição 1, vislumbrar formação ousada para as Olimpíadas de Pequim, em agosto.
Como a rebelde Iziane não faz mais parte dos planos de Bassul, Adrianinha, que atua no Gospic (CRO), não vai tirar o posto de Claudinha, armadora do Brasil no Pré-Olímpico Mundial de Basquete. Esta passaria a jogar na posição 2, antes ocupada por Iziane.
O treinador espera assim acabar com a grande quantidade de erros que o time teve no classificatório, cerca de 19 por partida, e melhorar a produção ofensiva.
- Com a chegada da Adrianinha, a Claudinha pode fazer a posição 2 e você passa a jogar com uma ajudante de armação e o número de bolas perdidas já vai diminuir naturalmente. Erramos passes demais, pois eu estava jogando com uma armadora isolada – disse Bassul.
A presença da dupla por mais tempo em quadra também aumenta a experiência do time na disputa olímpica. Na lista de 16 convocadas para Pequim – 12 irão aos Jogos – elas e a pivô Kelly são as únicas remanescentes do grupo que foi medalhista de bronze em Sydney-2000.
- As mais experientes vão ter um peso crucial de manter a cabeça do pessoal mais jovem em ordem durante a Olimpíada – disse Paulo.
Adrianinha era uma presença incerta, pois nas últimas competições pedia dispensa alegando problemas particulares para Bassul.
- Eu sempre a entendi. Ela tem uma filha de dois anos e até essa idade o mundo da criança é a mãe. A menina cresceu e ela está de volta.
Mudanças
Ponto forte
Com Acrianinha e Claudinha juntas, o time ganhará mais qualidade na condução de bola, experiência e armação das jogadas. Adrianinha é veloz. Claudinha tem ótima visão de jogo e arremessa com qualidade.
Ponto fraco
As duas são baixas: ambas têm 1,70m. Como a dona da posição 3, a ala Micaela, tem estatura mediana (1,80m), a Seleção teria ainda mais problemas para encarar os altos times europeus.
Rodrigo,
Em qualquer seleção, em qualquer momento, sempre caberão especulações sobre quais jogadoras deverão ser titulares e quais ficarão na reserva, afinal apenas cinco podem estar em quadra a cada momento. A tentativa, aliás, é acertar um quinteto bem entrosado, que obviamente possa ser revezado durante as partidas. Se a qualidade se mantiver mesmo após as substituições, teremos, então, um time pronto para a disputa!!!
Apenas expressei a minha preferência por Karla. E para falar a verdade, não gosto muito da idéia de ter em quadra duas armadoras que não têm a qualidade do jumping no arremesso. Claudinha e Adrianinha geralmente arremessam do chão e levam certo tempo até se equilibrarem para o arremesso. Já Karla arremessa em movimento, o que para mim lhe confere uma grande vantagem sobre as outras duas. Além disso, Karla tem maior poder de infiltração e é ligeiramente mais alta e vigorosa do que as demais.
Mesmo assim, concordo que Adrianinha e Claudinha podem formar uma excelente dupla para a condução de bola em momentos importantes, ajudando a seleção brasileira a superar tantos erros no ataque. Concordo também que Karla, ainda que na reserva, continuará sendo uma boa opção para o técnico, que precisa colocar as jogadoras em quadra no momento certo, sobretudo para não jogar na fogueira nomes que estão disputando os seus primeiros Jogos Olímpicos e certamente sentirão a responsabilidade de representar o país em um evento tão grandioso. A torcida já começou!!!
Pelo que se viu no pré-olímpico...e com a nova convocação para treinos...acredito que o Bassul tenha algumas interrogações que ele talvez elimine, nessa nova fase de treinos.
Acredito em condições normais que Adrianinha e Érika, sejam nomes certos...a Fernanda correndo por fora...
Acredito que a fila vai continuar andando para quem foi no pré...não sei se nessa ordem mas...vou arriscar: Izzi, já foi, Jaqueline, Graziane e Natália, são as próximas no paredão...será que saem as três, duas, uma...nenhuma?
dá-lhe natalinha....hehe..e a karla..que ta detonando...
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