Lisdeivi Victores Pompa
A pivô cubana Lisdeivi Victores Pompa foi peça chave do Colchões Castor/Fio/Unimed/Ourinhos na conquista do tetracampeonato do Nacional Feminino. Com média de 11 pontos e 10,1 rebotes por partida, a pivô foi eleita pela segunda vez a MVP da competição. Um prêmio merecido para essa atleta de 33 anos. Lisdeivi está no Brasil desde 2004, quando deixou o Havana Club, que disputava uma competição no país, em busca de uma vida melhor. A pivô afirma que gostaria de retornar à ilha quando possível, para uma visita, mas que pretende morar para sempre no Brasil. Afinal, já se acostumou ao clima festivo, ao samba e já fez um milhão de amigos. Defendendo a equipe de Ourinhos desde que chegou aqui, a pivô foi destaque na conquista dos quatro títulos do Nacional (2004,2005,2006 e 2007). Lisdeivi também foi tricampeã Paulista e dos Jogos Regionais, além vencer duas vezes os Jogos Abertos do Interior. Pela seleção de Cuba, a atleta foi bicampeã dos Jogos Pan-Americanos (Winnipeg/1999, Santo Domingo/2003) e participou de duas Olimpíadas (6º lugar em Atlanta/1996 e 9º em Sydney/2000).
Qual é a emoção de conquista o segundo título do Nacional?
Fiquei muito feliz. A equipe trabalhou muito para ser campeã e é maravilhoso realizar nossos objetivos. Foi suado, sofrido, mas conseguimos impor o nosso jogo no final e conquistamos o título mais uma vez . É uma recompensa pelo esforço e um presente para a maravilhosa torcida de Ourinhos, que ajudou o time o tempo inteiro, nos apoiando nos momentos bons e ruins durante toda a competição.
O que achou da série final, na prorrogação do 5º jogo?
Foi um playoff brilhante. Catanduva investiu, trabalhou forte para chegar à decisão. O time do técnico Ferreto evoluiu muito e vem fazendo jogos cada vez mais duros contra nós. Quando perdemos para elas no turno, percebemos que uma possível final contra elas não seria nada fácil. As duas cidades desenvolveram uma rivalidade saudável e lotaram os ginásios na decisão, mostrando a força do basquete feminino do Brasil.
Qual o segredo para Ourinhos ser uma equipe tão vencedora?
A união do grupo é o fator mais importante do sucesso de Ourinhos. A base da equipe está junta há algum tempo e isso facilita o trabalho. Cada uma sabe o que fazer em quadra para ajudar e as vitórias acabam sendo conseqüências da dedicação das atletas e da comissão técnica.
Você foi eleita MVP do Nacional pela segunda vez. O que significa esse prêmio?
Foi uma emoção indescritível ser a MVP de novo. Fico extremamente honrada com o reconhecimento do meu trabalho, pois me dedico muito a ele. Só tenho a agradecer às minhas companheiras de equipe e ao técnico Paulo Bassul, que confiaram no meu talento.
Quem você acha que também se destacou na competição?
Minha compatriota Ariadna, de Catanduva, foi um ótimo destaque. A conheço desde adolescente e pude ver o quanto ela cresceu pessoal e profissionalmente. A Karla exerce uma liderança impressionante em Catanduva e a Natália (também de Catanduva) fez um campeonato excelente. Entre as mais novas, gostei muito da Jaqueline, do Sport, e da pivô Clarissa, do Fluminense.
Como analisa seu desempenho na competição?
Não comecei bem, por causa de uma lesão na panturrilha, mas fui superando os problemas com a minha experiência e consegui reencontrar meu melhor jogo. O mais importante é que cumpri o objetivo de ajudar a equipe a conquistar o título.
Quais os seus pontos fortes em quadra?
Minha principal característica é o rebote. Gosto muito de defender e assim eu ajudo a equipe a recuperar bolas importantes para o nosso eficiente contra-ataque.
Você saiu de Cuba há quatro anos. Como é viver no Brasil?
Sempre gostei do Brasil e não dava mais para viver em Cuba. Aproveitei a oportunidade quando disputei uma competição aqui em 2004 e fiquei. O Brasil é um país maravilhoso que me deu a chance de viver bem do meu trabalho. O povo brasileiro é simpático, alegre e humanitário como o cubano. Estou muito feliz e pretendo morar aqui para sempre.
Que sonhos você conseguiu realizar no Brasil?
Materialmente, conquistei muita coisa que não conseguiria em Cuba. Em quatro anos, comprei minha casa e meu carro, por exemplo. Pessoalmente, o meu maior orgulho são os meus amigos. Eles substituem a minha família, que me faz muita falta.
O basquete brasileiro é diferente do cubano?
Não muito. Mas aqui eu tenho mais liberdade para jogar. Em Cuba o sistema de jogo era mais automático e mecânico. No Brasil, o basquete é solto e criativo. Jogo mais à vontade e com mais confiança.
Você se adaptou bem ao país? Teve alguma dificuldade no começo?
Me adaptei muito bem, não tive grandes problemas nem nos primeiros meses. Brasil e Cuba têm algumas coisas em comum que nos facilita morar aqui. Os brasileiros são alegres, gostam de falar e são criativos como os cubanos. Só a música que é bastante diferente. Cuba tem muitas canções tradicionais e aqui tem mais variedade, além do samba, que se transformou em uma paixão.
Dizem que você samba bem. É verdade?
Dou meus passinhos. Já danço melhor que a Ariadna (cubana que joga em Catanduva). Adoro samba e carnaval. Um dia ainda vou ao Rio desfilar no Salgueiro. Vai ser uma festa. Vou pular muito, com certeza.
Quanto à comida brasileira, você achou muito diferente?
Não, a base é a mesma. Em Cuba gostamos muito de arroz, feijão, carne, batata. Só que aqui a comida tem mais tempero. E conheci alguns pratos que não existem em Cuba como estrogonofe e frango à parmegiana.
Quais os seus planos para o futuro?
Gostaria de continuar em Ourinhos e jogar até quando minhas pernas agüentarem. E quando eu deixar as quadras como atleta, pretendo continuar trabalhando com esporte. Acho que vou dar aulas ou montar algum negócio na área. Sou formada em Educação Física e quero também fazer uma pós-graduação.
Porque escolheu o basquete?
Quando era criança, eu fazia ginástica, porque minha mãe gostava. É claro que, alta desse jeito, não ia dar certo. Um professor me viu e resolveu ver se eu levava jeito para o basquete. Arremessei algumas bolas, gostei, o professor também e nunca mais parei.
Quais são seus ídolos no esporte?
Meu maior exemplo de esportista é a pivô Leonor Borrel, a maior jogadora de basquete de Cuba. Tenho muita admiração pela Hortência e joguei contra ela quando eu era mais nova. Foi uma experiência e tanto.
A pivô cubana Lisdeivi Victores Pompa foi peça chave do Colchões Castor/Fio/Unimed/Ourinhos na conquista do tetracampeonato do Nacional Feminino. Com média de 11 pontos e 10,1 rebotes por partida, a pivô foi eleita pela segunda vez a MVP da competição. Um prêmio merecido para essa atleta de 33 anos. Lisdeivi está no Brasil desde 2004, quando deixou o Havana Club, que disputava uma competição no país, em busca de uma vida melhor. A pivô afirma que gostaria de retornar à ilha quando possível, para uma visita, mas que pretende morar para sempre no Brasil. Afinal, já se acostumou ao clima festivo, ao samba e já fez um milhão de amigos. Defendendo a equipe de Ourinhos desde que chegou aqui, a pivô foi destaque na conquista dos quatro títulos do Nacional (2004,2005,2006 e 2007). Lisdeivi também foi tricampeã Paulista e dos Jogos Regionais, além vencer duas vezes os Jogos Abertos do Interior. Pela seleção de Cuba, a atleta foi bicampeã dos Jogos Pan-Americanos (Winnipeg/1999, Santo Domingo/2003) e participou de duas Olimpíadas (6º lugar em Atlanta/1996 e 9º em Sydney/2000).
Qual é a emoção de conquista o segundo título do Nacional?
Fiquei muito feliz. A equipe trabalhou muito para ser campeã e é maravilhoso realizar nossos objetivos. Foi suado, sofrido, mas conseguimos impor o nosso jogo no final e conquistamos o título mais uma vez . É uma recompensa pelo esforço e um presente para a maravilhosa torcida de Ourinhos, que ajudou o time o tempo inteiro, nos apoiando nos momentos bons e ruins durante toda a competição.
O que achou da série final, na prorrogação do 5º jogo?
Foi um playoff brilhante. Catanduva investiu, trabalhou forte para chegar à decisão. O time do técnico Ferreto evoluiu muito e vem fazendo jogos cada vez mais duros contra nós. Quando perdemos para elas no turno, percebemos que uma possível final contra elas não seria nada fácil. As duas cidades desenvolveram uma rivalidade saudável e lotaram os ginásios na decisão, mostrando a força do basquete feminino do Brasil.
Qual o segredo para Ourinhos ser uma equipe tão vencedora?
A união do grupo é o fator mais importante do sucesso de Ourinhos. A base da equipe está junta há algum tempo e isso facilita o trabalho. Cada uma sabe o que fazer em quadra para ajudar e as vitórias acabam sendo conseqüências da dedicação das atletas e da comissão técnica.
Você foi eleita MVP do Nacional pela segunda vez. O que significa esse prêmio?
Foi uma emoção indescritível ser a MVP de novo. Fico extremamente honrada com o reconhecimento do meu trabalho, pois me dedico muito a ele. Só tenho a agradecer às minhas companheiras de equipe e ao técnico Paulo Bassul, que confiaram no meu talento.
Quem você acha que também se destacou na competição?
Minha compatriota Ariadna, de Catanduva, foi um ótimo destaque. A conheço desde adolescente e pude ver o quanto ela cresceu pessoal e profissionalmente. A Karla exerce uma liderança impressionante em Catanduva e a Natália (também de Catanduva) fez um campeonato excelente. Entre as mais novas, gostei muito da Jaqueline, do Sport, e da pivô Clarissa, do Fluminense.
Como analisa seu desempenho na competição?
Não comecei bem, por causa de uma lesão na panturrilha, mas fui superando os problemas com a minha experiência e consegui reencontrar meu melhor jogo. O mais importante é que cumpri o objetivo de ajudar a equipe a conquistar o título.
Quais os seus pontos fortes em quadra?
Minha principal característica é o rebote. Gosto muito de defender e assim eu ajudo a equipe a recuperar bolas importantes para o nosso eficiente contra-ataque.
Você saiu de Cuba há quatro anos. Como é viver no Brasil?
Sempre gostei do Brasil e não dava mais para viver em Cuba. Aproveitei a oportunidade quando disputei uma competição aqui em 2004 e fiquei. O Brasil é um país maravilhoso que me deu a chance de viver bem do meu trabalho. O povo brasileiro é simpático, alegre e humanitário como o cubano. Estou muito feliz e pretendo morar aqui para sempre.
Que sonhos você conseguiu realizar no Brasil?
Materialmente, conquistei muita coisa que não conseguiria em Cuba. Em quatro anos, comprei minha casa e meu carro, por exemplo. Pessoalmente, o meu maior orgulho são os meus amigos. Eles substituem a minha família, que me faz muita falta.
O basquete brasileiro é diferente do cubano?
Não muito. Mas aqui eu tenho mais liberdade para jogar. Em Cuba o sistema de jogo era mais automático e mecânico. No Brasil, o basquete é solto e criativo. Jogo mais à vontade e com mais confiança.
Você se adaptou bem ao país? Teve alguma dificuldade no começo?
Me adaptei muito bem, não tive grandes problemas nem nos primeiros meses. Brasil e Cuba têm algumas coisas em comum que nos facilita morar aqui. Os brasileiros são alegres, gostam de falar e são criativos como os cubanos. Só a música que é bastante diferente. Cuba tem muitas canções tradicionais e aqui tem mais variedade, além do samba, que se transformou em uma paixão.
Dizem que você samba bem. É verdade?
Dou meus passinhos. Já danço melhor que a Ariadna (cubana que joga em Catanduva). Adoro samba e carnaval. Um dia ainda vou ao Rio desfilar no Salgueiro. Vai ser uma festa. Vou pular muito, com certeza.
Quanto à comida brasileira, você achou muito diferente?
Não, a base é a mesma. Em Cuba gostamos muito de arroz, feijão, carne, batata. Só que aqui a comida tem mais tempero. E conheci alguns pratos que não existem em Cuba como estrogonofe e frango à parmegiana.
Quais os seus planos para o futuro?
Gostaria de continuar em Ourinhos e jogar até quando minhas pernas agüentarem. E quando eu deixar as quadras como atleta, pretendo continuar trabalhando com esporte. Acho que vou dar aulas ou montar algum negócio na área. Sou formada em Educação Física e quero também fazer uma pós-graduação.
Porque escolheu o basquete?
Quando era criança, eu fazia ginástica, porque minha mãe gostava. É claro que, alta desse jeito, não ia dar certo. Um professor me viu e resolveu ver se eu levava jeito para o basquete. Arremessei algumas bolas, gostei, o professor também e nunca mais parei.
Quais são seus ídolos no esporte?
Meu maior exemplo de esportista é a pivô Leonor Borrel, a maior jogadora de basquete de Cuba. Tenho muita admiração pela Hortência e joguei contra ela quando eu era mais nova. Foi uma experiência e tanto.
Fonte: CBB
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