sexta-feira, 29 de setembro de 2006

No Nacional, Ferreto quer basquete entre os 3 melhores

Técnico Edson Ferreto acredita que levará mais 10 anos para que time de basquete da cidade comemore título nacional


Na edição 2006 do Nacional Feminino de Basquete, o técnico do Catanduva Basquete Clube, Édson Ferreto, quer ver sua equipe figurar entre as três melhores do Brasil. A posição representaria a melhora de uma posição com relação ao torneio do ano passado.
Mesmo ainda sem divulgar a tabela oficialmente, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) deve dar início a competição na primeira quinzena de outubro.
“Para Catanduva, já é uma grande conquista jogar em nível de igualdade com equipes de ponta como São Caetano e Ourinhos. Sem dúvida são os dois times mais estruturados do país. Ficar atrás deles, não é demérito nenhum”, apontou o treinador.
Para ser campeão, na visão de Ferreto, ainda falta muita coisa.
“No mínimo mais um 10 anos de basquete para adquirirmos uma estrutura que seja condizente com o nível do Brasil, que no último mundial terminou na quarta colocação”.

Reforços


Para ter um bom desempenho no Nacional, o técnico disse estar negociando com duas pivôs que poderiam sanar uma das principais dificuldades da equipe: a falta de mais uma referência debaixo do garrafão.
“Não vamos e nem podemos fazer loucuras. Pagar um salário exorbitante para uma atleta vir e atuar apenas no Nacional, não refletirá de forma positiva para a manutenção da base da equipe. É preferível contratar uma jogadora de um nível um pouco inferior e ir trabalhando suas qualidade”, destacou.
O treinador acredita que, com a chegada dessas atletas, Catanduva já estaria em condições de tentar vencer São Caetano, potência do basquete Nacional.
“Talvez com a ajuda da torcida nas partidas em casa, temos condições de derrota-los”, falou.

Adversárias


Os adversários de Catanduva no Nacional deste ano devem ser, em sua maioria, os mesmos do ano passado.
A única novidade é a entrada da Ponte Preta de Campinas. Sport de Recife e Goiás também devem participar normalmente.


Fonte:
Notícia da Manhã
Cris está contundida e Cadí contrata Gigi

Gigi sustituye a Souza

El Cadi La Seu se ha hecho con los servicios de la jugadora brasileña Gislaine "Gigi". Se trata de una base aunque también puede jugar de escolta, que llega a La Seu para suplir la baja de Cristina Souza convaleciente de una grave lesión en su rodilla.

Gigi de 26 años y 169 de estatura tiene mucha experiencia en la liga brasileña, ya en el 97 siendo juvenil era titular en el equipo de Santo André, compartiendo vesturaio con dos figuras a nivel internacional como son Marina Ferragut y Janeth Arcain.

La directora de juego aporta un excelente tiro desde el perímetro con grandes dotes atléticas apartado que predomina en las jugadoras brasileñas.

Gislaine promedió esta temporada 12.5 puntos, 4.1 rebotes, 3.4 asistencias y 1.4 recuperaciones en 35 minutos disputados de media.

Gigi llegará en el día de hoy a La Seu para preparar la inminente puesta en escena del equipo ilerdense en la Liga Femenina 2 este sábado en su desplazamiento al Siglo XXI.


Fonte: Prodep

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Chorei
Não procurei entender
Todos viram, fingiram
Pena de mim não precisava
Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava





Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima






Confesso. Não consegui sair de casa para assistir a decisão do bronze no Ibirapuera. Assisti pela Tv, ainda atônito pela derrota para a Austrália e pela vitória da Rússia. Chorei com as lágrimas de Janeth.

Nos dias seguintes, a falta de tempo e também de vontade me impediram de voltar ao assunto.

Ainda ontem voltei ao SESC Vila Mariana para assistir um show e ao atravessar o hall, me deparei mais uma vez com a (bela) exposição Mulheres de Bronze. O peito ainda dói quando vejo coisas como essa, que evocam o Mundial. Não que o quarto lugar não seja bom. Não, nada disso. É que por uma conjunção de fatores, por um certo minuto, estivemos próximos de um inédito bi-campeonato mundial. Mas, passou.

E já que já passou; ao menos precisa servir para o aprendizado.

E temos muito a aprender.

Na organização do torneio, como nossos dirigentes tem que aprender. Quanta incompetência, quanto amadorismo. Fizeram um Mundial como se organizassem uma pelada de domingo. Terrível. Moro em São Paulo. Não vi sequer um anúncio do Mundial seja onde for que eu andasse. Nenhuma inserção na Tv. Nenhum outdoor, nem anúncio no metrô. Nem no ônibus. Quando fui comprar meus ingressos, havia apenas uma faixa anunciando o Mundial em frente ao Ibirapuera. Nada mais. A venda foi problemática. Informações desencontradas. Vende, não vende, não sei. No Ibirapuera, descontando-se o que foi de responsabilidade da FIBA (quadra e placar), o que houve de novo? Banheiros em péssimas condições. Goteiras. E depois de um dia inteiro de basquete, se a fome bater, o que comer? Às vezes, o jejum parece delicioso.

Na próxima semana, um campeonato de vôlei acontece no Ibirapuera. A Copa Salonpas. Não posso nem comparar uma copa dessas com um mundial de basquete. Mas hoje, caminhava na Paulista, vi vários cartazes do torneio e fui abordado por divulgadoras dele.

No Mundial, apareceram nos primeiros dias aqueles que gostam do basquete. Ao pouco, a campanha das meninas foi empolgado o público e a exposição na Tv Globo chamando-o. Só assim se explica o bom público, principalmente nos fins de semana.

No comando do time, Barbosa tem muito o que aprender. Mas parece não ter tempo, nem interesse. Está ocupado em sua campanha eleitoral para deputado. Me garantiram que mesmo após a derrota para a Austrália nas semifinais, o velho Barba entergou seus santinhos no Ibirapuera. Barbosa deu um show de destempero nesse Mundial. Em uma das derrotas, afirmou que os que o criticavam deviam reclamar ao presidente. Não sei se ele se referia a Lula ou a Grego. Como temo os dois, vou ficar em silêncio mesmo. O problema é que, acabado o Mundial, Barbosa dá os mesmos sinais de falta de lucidez. A visão seletiva da velha raposa não consegue enxergar armadoras promissoras no país. Realmente gostaria de saber o que ele tem contra Ana Flávia Sackis e Fabianna Manfredi. Mas na cabeça do treinador, parece mais lógico tentar transformar alas como Palmira ou Jaqueline em armadoras. Acho que tal decisão diz muito sobre as atuais condições de Barbosa para o cargo que ocupa há 10 anos. Pendure as chuteiras, meu velho. A Assembléia Legislativa combina mais com você.

Alessandra teve uma despedida de gala da seleção. Fará muita falta. Jogou com a vontade que sempre caracterizaram sua história na seleção. Às vezes, mais vontade que qualquer outra coisa. Mas sempre, com vontade. Alê merecia uma despedida mais badalada. Mas acho que a pivô, cada vez mais distante geograficamente do país-natal, não deve esquecer o carinho da torcida. Acho que a imagem do Ibirapuera gritando seu nome em coro quando a vaca ia para o brejo no quarto final, contra a Austrália, deve ficar para sempre na memória da pivô, por onde quer que ela ande. Pode ter certeza que já na decisão do bronze, sentimos saudades suas, grande Alessandra.

Janeth, o que dizer de Janeth? Janeth é, pra mim, um gênio do esporte. Bem ou mal, eu gosto de Janeth. Acho que suas oscilações de produção se devem a três coisas. A primeira, o natural peso da idade. A segunda, as opções da atleta nos últimos anos. Emparedada entre o desejo pela WNBA, a paixão pela Brasil e a dedicação à seleção, Janeth vem intercalando períodos de inatividade com um ritmo frenético de jogos, sob alto grau de exigência. Por fim, aponto a culpa da comissão técnica da seleção, que faz péssimas escolhas. Janeth acaba designada para marcar as melhores atletas do time adversário. Foi assim com Valdemoro, Viteckova e até com a MVP da hora Penny Taylor. Aos 37, haja perna! Janeth sai do torneio inteira como a maior referência do basquete nacional, após Paula e Hortência. Ela promete se empenhar para defender o Brasil no Pan. No duríssimo Pré-Olímpico, é dúvida.

Helen, a bela da tarde, fez um de seus melhores torneios pela seleção. Esteve muito bem. É outra que se aposenta em breve.

Iziane é uma grande jogadora. Voltou a chamar atenção. Lamento como torcedor que o Brasil não dê condições de Iziane estar no país. A maranhese é, junto à Érika, a atleta de maior apelo popular na nova geração. Mas quando veremos Iziane de volta? Nem ela mesmo sabe. Eu peço que Deus dê à Iziane a inteligência para administrar um conflito que ela viverá por um bom tempo. A natureza da menina é a da cestinha-chutadora. Foi assim que ela apareceu no basquete, foi assim que chegou à seleção, à Europa e à WNBA. Na WNBA, no entanto, não basta ser cestinha e Iziane tem sido sempre cobrada em outros fundamentos. Administrar esses dois lados, nem sempre é tão simples como parece.

Êga fez um bom Mundial, devo admitir. Acho que mais uma vez o problema é a função da 4 no esquema de Barbosa. E assim não importa se ali esteja Êga, Leila, Tuiú, Rosângela, Zaine. As dificuldades são as mesmas. Considerando isso, acho que Êga passou no teste.

Adrianinha esteve também bem. Com um excelente aproveitamento nos 3 pontos. Em forma superior a outras que nunca foram mães ou que o foram há muito mais tempo que a baixinha da turma. Ainda acho que o ímpeto ofensivo de Adrianinha prejudica-a na análise e armação do jogo. Ainda assim, foi um dos melhores torneios de Adrianinha na seleção.

À Micaela, faltaram nervos. A ansiedade de ter ficado de fora dos últimos Mundial e Olimpíada pesou e a ala não conseguia fazer-se notar no ataque. Na defesa, deve ser a melhor da categoria na seleção.

Cíntia Tuiú, no geral, não teve um bom torneio. Acho que mais uma vez pesa a mão do treinador. Acho ainda que a própria atleta sente o fato de vir perdendo o posto de titular inesperadamente. Primeiro, para Leila. Agora, para Êga.

Todos esperávamos um outro Mundial de Érika. Mas quem esperava a contusão? Érika perdeu a forma e a confiança nos dias de molho. A confiança recuperou no jogo da Austrália, na semifinal. Mas, haverá tempo para a carioca mostrar seu valor.

Kelly é uma grande pivô. Acho que precisa de jogar sobre um nível mais alto de exigência e recuperar de vez a forma.

Silvinha também precisa encontrar a forma e uma forma de reaquecer seu basquete.

Karen deve valorizar a chance que teve e se preparar para estar no futuro a altura da responsabilidade.

A maior parte delas pega (ou já pegou) avião e voa rumo ao exterior.

Aqui, segundo o calendário oficial da CBB, o Nacional começa dia 01/10, próximo domingo. Dia da eleição.

Torcer é mesmo a nossa sina.




Quem viu, viu....

Mundial: Uma visão dos Bastidores

De uma coisa eu tenho certeza, passaram pelo Ibirapuera, somente, quem realmente
ama o Basketball, somente quem
vive por ele e com ele e não somente dele.
Algumas pessoas faltaram, muitas ausências foram notórias, como a de jogadoras
que poderiam estar lá apoiando
as amigas e preferiram se ausentar, como a do Presidente Lula que não deu o ar
da graça, num evento tão
relevante para o esporte nacional, como a de vários dirigentes, que não se
demoveram de seus confortáveis
sofás, mas que com certeza já ligaram pra criticar.
Mas como não vivemos de ausências, vamos nos ater às presenças maravilhas que
tivemos nestes dias.
A presença de um espírito esportivo único que, transformou o Mundial em um
evento sem faltas anti-desportivas,
com muitos belos sorrisos das jogadoras mesmo em entradas mais duras.Um espírito
esportivo que levou muitas
crianças a optaram a partir de então por praticar algum esporte, e querer
defender seu pais, uma união impar
vista nos hotéis, com as seleções convivendo e vivendo em harmonia.
Lindo ver as lagrimas de Alessandra ao não poder ajudar o Brasil.Isto que é
amor a camisa, isto que é paixão.
As poucas cenas tristes, foram apagadas por vários momentos felizes.
Mesmo as frias russas e as calculistas americanas, se dobraram ao calor do povo
Brasileiro.
Foi emocionante, receber o Obrigada em português de Penny Taylor após uma foto,
de Swoopes, e de tantas outras
que vão ilustrar nossos álbuns dos bastidores do Mundial.

Quem pode nos tirar isto?
Cada jogada, cada autógrafo?

Ficamos com o quarto lugar, nosso merecimento, o que podíamos ter feito de
melhor meio a tantas crises, a
tantas coisas erradas, a tantas precipitações, e faltas.

O mundial na verdade pra mim começou antes com um maravilhoso CONGRESSO DE
MEDICINA DESPORTIVA organizado pela Fiba
e direções locais, momento de
encontro e Técnicos,médicos,fisioterapeutas, atletas e preparadores físicos, que
trocaram idéias, contatos e
experiências, mas principalmente intercambiaram informações cientificas que
farão diferença quando aplicados.
Isto deveria acontecer mais vezes, pois ali vimos a deficiência do trato com
as atletas e os atletas de
basketball, e o melhor pra mim anunciado pelo Dr. Eduardo De Rose do
Departamento Médico do Comitê Olímpico
Brasileiro
A partir dos próximos eventos no caso já o mundial passado, os atletas pegos em
Dopping, poderão contar com a
delação premiada, ou seja, o atleta entrega quem o dopou e pode ter sua pena
reduzida, isto porque, eles do
COI querem pegar os médicos e preparadores físicos que dopam os atletas no into
de mostrar um resultado
camuflado a patrocinadores e clubes, isto sem dúvidas fará a água bater na bunda
de muitos.
Em resumo, o Basketball Brasileiro e mundial ganhou muito desde o dia 9 de
setembro ate o dia 23 com o fim do
mundial.
Agora é juntar os dados e fazer mais por nossa vida desportiva, mas isto cabe
somente a FIBA,CBB,e suas
federações.

Oliveira
Jogadoras e comissão técnica da ADCF Unimed recebem homenagem

Medalha de bronze no basquete feminino sub-21 da 70.a edição dos Jogos Abertos do Interior, realizada em São Bernardo do Campo, as jogadoras e a comissão técnica da ADCF Unimed serão homenageadas na noite de amanhã (dia 28), em solenidade na sede da AMA (Associação Médica de Americana), na Avenida Brasil.

A homenagem será prestada pela diretoria da Unimed de Americana e Santa Bárbara d´Oeste Cooperativa de Trabalho Médico, através do presidente Luís Antonio Adamson, como forma de reconhecimento e incentivo pela campanha realizada. Esse mesmo grupo de atletas conquistou, em julho, o título dos Joguinhos Abertos da Juventude, que teve a fase final disputada em São José dos Campos.

As jogadoras que serão homenageadas nesta quinta-feira são: Débora Fernandes da Costa - armadora; Leila Zabani - lateral; Fabiana Caetano de Souza - pivô; Amanda Karine Lázaro - armadora/lateral; Gabriela Ferrari Barbosa - pivô; Layla Pinheiro - armadora/lateral; Tayene Correia - lateral; Fernanda Aguiar Moreira - armadora; Ariane Souza Silva - armadora; Jennifer Christina de Souza - lateral; Sheila Cristina Romão - pivô e Ana Paula Graciano - pivô.

Integram a comissão técnica da ADCF Unimed a técnica Mila Souto Mayor Rondon, o preparador físico Clóvis Robereto Rossi Haddad (Vita), a fisioterapeuta Andréa Formigoni e a atendente Grasiele Agostinho Resende.

No Campeonato Estadual de basquete feminino, a ADCF Unimed fechou a fase de classificação em primeiro lugar de três categorias e parte agora para os playoffs das quartas-de-final. No infantil, o adversário será São José dos Campos, enquanto o infanto enfrentará Araçatuba. O juvenil já está na fase semifinal e espera a definição de adversário.

ADCF Unimed é bronze nos nos Jogos Abertos do Interior



A ADCF Unimed conquistou a medalha de bronze para Americana no basquete feminino sub-21 da 70.a edição dos Jogos Abertos do Interior, em São Bernardo do Campo. Na manhã desta terça-feira (19), a equipe da técnica Mila Rondon derrotou Osasco na prorrogação por 77 a 73 (68 a 68 no tempo normal) e garantiu o terceiro lugar da competição. No ano passado, em Botucatu, o time terminou na sétima colocação e a campanha agora em 2006 deixa evidente a evolução.

"Estou muito satisfeita e a avaliação da campanha é a melhor possível. Viemos a São Bernardo do Campo com uma equipe bastante jovem, mas as meninas mostraram uma qualidade muito grande e responderam às dificuldades que tiveram pela frente. Fica claro que esse grupo de atletas está crescendo com uma mentalidade vencedora", comentou Mila Rondon, que antes do início dos Jogos Abertos havia traçado como objetivo ficar entre as quatro primeiras colocadas.

As jogadoras que conquistaram a medalha de bronze foram estas: Débora da Costa, Leila Zabani, Fabiana Caetano de Souza, Amanda Karine Lázaro, Gabriela Ferrari Barbosa, Layla Pinheiro, Tayene Correia, Fernanda Aguiar Moreira, Ariane Souza Silva, Jennifer Christina de Souza, Sheila Cristina Romão e Ana Paula Graciano. A comissão técnica teve Mila Souto Mayor Rondon (técnica), Clóvis Roberto Rossi Haddad (preparador físico), Andréa Formigoni (fisioterapeuta) e Grasiele Agostinho Resende (atendente).

A campanha da ADCF Unimed nos Jogos Abertos de São Bernardo do Campo foi a seguinte:

- Unimed 104x16 Avaré

- Unimed 82x35 Paraguaçu Paulista

- Unimed 63x53 Presidente Venceslau

- Unimed 88x50 Assis

- Unimed 60x73 São Bernardo do Campo

- Unimed 77x73 Osasco



Time juvenil de basquete do Finasa enfrenta São José nos playoffs

Equipe terminou em terceiro a fase de classificação do Estadual


Osasco (SP) – A equipe juvenil de basquete do Finasa já conhece seu adversário nas quartas-de-final do Campeonato Paulista da categoria. O time dirigido pela técnica Maria do Carmo, a Macau, vai jogar diante do São José/Fadenp/PAC, de São José dos Campos, por uma vaga na semifinal. As datas das partidas ainda não foram definidas pela Federação Paulista.

O Finasa terminou a fase de classificação em terceiro lugar, com cinco derrotas e sete vitórias, a última delas contra a equipe de Santo André, nesta segunda-feira, por 90 a 80, na prorrogação, após empate em 79 pontos no tempo normal. Já o time de São José foi o sexto colocado, com quatro vitórias e oito derrotas.

O melhor na primeira fase foi o Unimed/Americana, que empatou com o Dvino/Jundiaí no número de vitórias, dez, mas levou vantagem na cesta average. Com isso, o conjunto americano segue direto às semifinais.

Equipe mini de basquete do Finasa vence o São Caetano no playoff

Times infanto e mirim perdem seus jogos no fim de semana



Osasco (SP) - Três partidas movimentaram as equipes de basquete do Finasa neste domingo. O destaque ficou para o time mini, que mesmo jogando fora de casa, derrotou o São Caetano por 64 a 21, com 15 pontos da jogadora Sheila. Esta foi a primeira partida da série melhor-de-três das quartas-de-final do Campeonato da Grande São Paulo 2006.


“Esta vitória foi um passo muito importante rumo à semifinal, tendo em vista que jogamos na casa do adversário. Agora temos duas chances, dentro de casa para fechar a série, precisando de mais uma vitória”, comentou o treinador do Finasa, Cristiano Cedra. A segunda partida é nesta quinta-feira, em Osasco.

Já os times infanto e mirim não tiveram a mesma sorte. As meninas do infanto jogaram duas vezes em apenas 48 horas e parece terem sentido o cansaço. Após vencerem o conjunto de Jundiaí 64 a 54, na sexta-feira, neste domingo perderam para o São Bernardo por 53 a 42. Com o resultado, o time infanto termina em quinto lugar a fase de classificação do Estadual 2006.

“O time não teve um bom desempenho, cometendo muitos erros no ataque e com um baixo aproveitamento nas finalizações. A vitória nos colocaria na quarta colocação, dando a condição de definir o playoff contra São Bernardo em casa. Será mais difícil, mas temos condições de superar esse obstáculo”, analisou Marisa Bianco, treinadora do Finasa.

Também no domingo, o conjunto mirim do Finasa estreou com derrota na série prata do Campeonato da Grande São Paulo. Jogando em São José dos Campos, o Finasa perdeu para o time da casa por 42 a 33. O próximo compromisso das meninas do mirim é no dia 29, quando recebem a equipe de Cubatão.

Basquete do Finasa fica em quarto lugar nos Jogos Abertos

Equipe perde para Americana por 77 a 73 na disputa pelo bronze


São Bernardo do Campo (SP) - A equipe juvenil de basquete do Finasa ficou em quarto lugar na categoria sub-21 dos Jogos Abertos do Interior 2006, que são realizados em São Bernardo do Campo. Na disputa pela medalha de bronze, nesta terça-feira, o time dirigido pela técnica Maria do Carmo, a Macau, perdeu para Americana por 77 a 73, na prorrogação, após empate em 68 a 68 no tempo normal.

A cestinha da partida pelo Finasa, que representou Osasco na competição, foi a pivô Danila, que marcou 24 pontos, seguida pela ala Djane, que marcou outros 15. O resultado acabou frustando o grupo, que esperava ao menos a conquista do bronze, especialmente após a bela partida das semifinais contra o conjunto de Jundiaí, nesta segunda-feira.

“Saímos tristes porque tínhamos totais condições de vencer esta partida, já que as duas equipes são muito iguais. O objetivo sempre foi fazer a final da competição, mas como não deu o bronze estaria de bom tamanho”, comentou após a partida o supervisor de basquete do Finasa, Fernando César Tessarotto.




Helen Luz na Espanha

Helen ya está en Rivas después de un intenso verano preparándose con su selección para disputar el Mundial de Brasil.

Aquí tenéis sus primeras impresiones después del mundial y sus planes para esta temporada.
Este fin de semana la podremos ya ver en acción.


Helen Luz hace muy pocos días que has terminado de jugar el mundial en tu país ¿cuál es tu valoración personal?

Yo personalmente creo que he hecho un buen mundial. Sabía que para el equipo era una oportunidad muy grande y he intentado al máximo contribuir con mi baloncesto tanto dentro como fuera de la pista.

Claro esta que hubiera sido mejor conseguir medalla pero yo creo que el reconocimiento de las personas de Brasil con el baloncesto ha sido muy importante. Perdimos la final por una diferencia de 40 puntos, pero el pabellón estaba lleno, nunca han dejado de estar con nosotras, de cuidarnos.

En Brasil es muy difícil hacer deporte y baloncesto femenino mucho más y ver que el público estaba allí apoyándonos, reconocimiento el cariño por nosotras y que hemos hecho buen trabajo, eso para mí fue una victoria.

¿Cómo has visto al resto de los equipos en el mundial ?

La verdad es que fue un mundial con sorpresas. Ver a EEUU fuera de una final no es lo que nadie esperaba y pienso que Australia mereció ganar porque llevan años y años luchando por el campeonato del mundo y siempre perdía con EEUU.

¿Cuántos mundiales has jugado ya con tu selección?

Este ha sido el cuarto y va a ser el último, por eso para mí y para mi carrera fue muy importante, además también porque he jugado en casa, en Sao Paulo.

¿Cómo ha sido la convivencia con tus compañeras?

Al final nos emocionamos mucho por tener que separarnos y dejar el grupo. Ha sido un equipo muy bueno, llevamos trabajando juntos desde junio con mucha intensidad y mucha responsabilidad, porque sabíamos que nos iban a reclamar una buena actuación. Ha sido muy positivo.

Vas a tener unos días de descanso, pocos, y ya esta misma semana te incorporas al equipo ¿Qué expectativas tienes en estos momentos?

La verdad es que estoy muy contenta, tengo muchas ilusiones aquí en Rivas. Va a ser la primera vez que juegue con mi hermana aquí en España. Cuando decidí salir del Barcelona no era salir por salir, tenía que tener un buen motivo y expectativas nuevas. Creo que Rivas he conseguido encontrar todo lo que quería. Pienso en hacer un buen campeonato, ayudar al equipo mucho, y tengo la impresión de que son un buen grupo de jugadoras para poder trabajar, igual que el entrenador.

La verdad es que mis hermanas sólo hablan bien de Rivas. Cintia Luz fue la primera, Silvia Luz lleva ya 3 años y ahora yo. Tengo la sensación de que vamos a hacer un buen campeonato.


Fonte: BasketRivas
Caçador de crocodilos inspira ouro australiano

Lauren Jackson afirma que exemplo do ex-apresentador uniu todo o elenco


No desembarque da seleção australiana, que venceu o Mundial Feminino de Basquete neste sábado em São Paulo, a pivô Lauren Jackson, cestinha da competição, revelou a grande motivação da equipe para a conquista inédita: o caçador de crocodilos e apresentador australiano Steve Irwin, morto após ser atingido por uma arraia no dia 04 de setembro, data que a equipe começava a se preparar para o torneio.

- Estávamos iniciando a nossa fase de treinos quando recebemos a notícia da morte do Steve. Pensamos: “Este é o nosso país”. Passamos a ter mais orgulho e paixão pela nossa nação. Sem dúvida um fato triste nos uniu mais, como um time, para atingirmos o nosso objetivo – disse a cestinha do Mundial com 21,3 pontos ao jornal australiano Herald Sun na chegada ao país.

Para a pivô, a conquista da medalha de ouro é a realização de um sonho que começou há dez anos, quando ela foi convocada pela primeira vez.

- Nós trabalhamos muito para este Mundial. Conseguir a medalha de ouro é absolutamente indescritível – afirmou Lauren, de 26 anos.

Pivô passa mal em comemoração australiana

Após ser levada ao hospital, Lauren Jackson se recupera ao lado da família



Lauren Jackson comemora o título com sambista SYDNEY, Austrália – A comemoração do título do Campeonato Mundial Feminino de basquete não fez bem a Lauren Jackson. Depois de ser recepcionada com toda a equipe no aeroporto de Sydney com muita festa dos torcedores, a pivô da Austrália terminou a noite desta terça-feira no hospital, vítima de um mal-estar súbito. A notícia pegou todos de surpresa e causou grande comoção no elenco. Horas depois, entretanto, Lauren recebeu alta do centro médico e foi repousar em casa, ao lado da família.

De acordo com a assessoria do hospital de Sydney, a atleta foi acometida por um vírus durante a viagem de volta do Brasil à Austrália. Muito satisfeita com a recepção dos cerca de 200 torcedores no aeroporto, Lauren declarou, minutos antes de se sentir mal, que agora só pensa em curtir a conquista.

- Não fiz planos para os próximos anos com a seleção. Estou muito orgulhosa do que conseguimos e por isso penso que é o momento de comemorarmos muito com nossas famílias – disse a atleta, cestinha do Mundial com média de 23,3 pontos.

Austrália quer ser sede do Mundial de 2010

Empolgação com o título leva dirigentes a estudarem a hipótese



Penny Taylor ergue a taça do Mundial Feminino MELBOURNE, Austrália - O título do Campeonato Mundial Feminino de Basquete empolga a Austrália. A onda de entusiasmo provocada pela conquista agora leva os dirigentes do país a estudar a hipótese de lançar a candidatura australiana a sede do Mundial de 2010.

- Estamos conversando sobre a possibilidade - diz o australiano Bob Elphinston, recém-eleito presidente da Federação Internacional de Basquete (Fiba), em entrevista ao jornal "The Herald Sun". - Sabemos que os australianos apoiariam a idéia. Temos ginásios e a Fiba sabe que podemos sediar o evento.

A última vez que a Austrália recebeu o campeonato foi em 1994, quando o Brasil foi campeão. Curiosamente, no Mundial do Brasil, a Austrália foi campeã.


Fonte: GLOBOESPORTE.COM


terça-feira, 26 de setembro de 2006

Basquete feminino brasileiro luta contra prazo de validade

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo


Os dias de uma seleção brasileira feminina competitiva podem estar contados. A equipe terminou o Mundial feminino sem medalha, mas ao menos brigou de igual para igual com a campeã Austrália. O combalido cenário da modalidade no país, entretanto, ameaça sua produtividade para as próximas competições.


O técnico Antonio Carlos Barbosa já faz as contas. E os cálculos apontam uma margem de dúvida. A única certeza do treinador é que a seleção ainda chegará bem aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, mesmo com a ala Janeth e as pivôs Alessandra e Cíntia Tuiú fora deste evento.

Para o próximo Mundial ou para as Olimpíadas de 2012, porém, as perspectivas são mais modestas. "Estamos em situação complicada. Podemos levar dois ou quatro anos sem muitos problemas. Mas o nó da questão é de 2008 para frente", afirmou o treinador ao UOL Esporte durante o Mundial, em São Paulo.

Na entrevista coletiva após a derrota para os Estados Unidos na disputa pelo bronze, porém, o técnico alargou o prazo de validade da seleção. "A nossa base é boa até 2012. A partir daí, não temos nada ainda."

Para 2012, qualquer projeção exclui logo de cara as campeãs mundiais em 1994 - Janeth, Helen, Alessandra e Tuiú. Do restante do grupo que ficou entre as quatro melhores do mundo no Brasil, apenas a ala-armadora Karen não chegaria às Olimpíadas de Londres com 30 anos ou mais.

"A nossa base é pequena. Temos a Palmira, que é uma ala-armadora de 84, e está jogando muito bem. Foi cortada do Mundial na última hora. A Karen, que jogou pouco aqui, também é de 84", afirmou Barbosa. "Nossa renovação é sofrida. A Paula ficou 22 anos na seleção brasileira, jogou seis mundiais. A Hortência ficou 20 anos, assim como a Janeth. No Brasil, quando surgem jogadoras como a Iziane e a Érika, temos que agradecer a Deus. São achados porque não temos base."

Iziane, Érika (duas de 1982), Palmira e Karen já fazem parte do grupo de selecionáveis. Barbosa tem outras revelações na mira para o próximo clico. Seriam as jogadoras que dariam fôlego ao próximo ciclo. O problema: em primeiro comentário, relacionou apenas pivôs, justamente a posição de Érika e Kelly. Franciele (Jundiaí, 18), Flávia Luiza (no basquete espanhol, 24), Ísis (Catanduva, 22) e Graziane (no basquete litaliano, 23).


"A Ísis, que é uma pivô de 2,02 m, e nós sempre a estamos convocando para a seleção. Ela enterra, é magra e bastante rápida. Ela jogava em Ourinhos, mas entrava pouco. Agora foi para Catanduva e está sendo mais utilizada. A Graziane é uma pivô técnica, um pouco baixa, não chega a ter 1,90 m, mas é muito técnica", comentou.

Para o perímetro, o treinador depois citou as alas Jaqueline, Joice e Izabela, todas de 20 anos. A primeira atua em Jundiaí e está sendo preparada para atuar como armadora, assim como Palmira. Esta é a posição que a seleção se vê mais carente.

Base em decadência

O ânimo de Barbosa não era dos melhores quando se recordou dos nomes acima. E o tom foi ainda mais grave na hora de projetar o futuro. E não é apenas o treinador da seleção que está preocupado.

"Nosso trabalho tem de cuidar das próximas gerações. Na base, chegamos a perder até uma partida para o Paraguai, isso é preocupante. É o resultado de uma queda de qualidade", disse o treinador Paulo Bassul, de Ourinhos e ex-auxiliar técnico de Barbosa. Se a seleção já andou caindo diante das paraguaias, o confronto com as argentinas é ainda pior. A geração de 1988 e 1989 do país foi superada pela rival nos últimos três anos.

"A situação está lamentável. A coisa deu uma caída, principalmente depois que grandes patrocinadores saíram. Nossas jogadoras têm de procurar emprego lá fora. O trabalho de base ficou com poucas pessoas para suprir. O nível caiu muito com pouca produção de jogadoras nacionalmente, em termos de qualidade e quantidade", afirmou Maria Helena Cardoso, bronze como jogadora no Mundial de 1971, ex-técnica da seleção brasileira, hoje na Ponte Preta.


Barbosa afirmou que os principais centros de formação de atletas na modalidade estão em Americana, Jundiaí, Santo André, Ourinhos, Osasco e São Caetano. São essas equipes que servem em grande escala às seleções de base. Todas em São Paulo. "É um processo de canibalismo, aproveitando revelações de outros Estados. A movimentação no Brasil até melhorou, mas não tem time para absorver no adulto", disse o técnico.

Os basqueteiros esperam agora que o Mundial no Brasil possa fazer da modalidade um novo alvo de investimentos. "Precisamos aproveitar o Mundial para fazer um trabalho de massificação do esporte. E incentivar mais as equipes adultas para dar continuidade a essa formação. Nos EUA, de cada 476 mil jogadoras, uma vai para a seleção. Tem gente jogando em todas as escolas, universidades, o universo é muito grande. Aqui a proporção é de quase um para um", disse Barbosa.

"Temos poucas equipes em atividade. Logo, são poucas as jogadoras disponíveis para a seleção, você não tem muita escolha", completou.

O FUTURO ESTÁ NAS MÃOS DELAS

Palmira Marçal,
22, armadora

Cortada do Mundial na última hora, será preparada para atuar como armadora da seleção brasileira


Karen Rocha,
22, ala-armadora

Convocada para o Mundial na véspera, entrou pouco, mas conta com o apoio do técnico Barbosa


Ísis Nascimento,

23, pivô

Com 2,02 m de altura, ela enterra e é a favorita para cobrir a vaga deixada pela saída de Alessandra

Graziane Coelho,
23, pivô


Fonte: UOL

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Janeth procura clube brasileiro para jogar


A ala Janeth, quarta colocada no Mundial de basquete com a Seleção Brasileira, gostou de receber de perto o carinho da torcida durante a competição e começa nesta semana a procurar uma equipe para jogar até o ínicio da WNBA, apenas em maio do ano que vem.

"Eu quero jogar no Brasil. Vou conversar com times como Ourinhos, São Caetano e Santo André. O ideal seria perto de casa", disse a ala, que mora em Santo André, onde fica o seu projeto social.

Já no seu retorno para a WNBA, Janeth tem várias opções e até um pedido de uma atleta norte-americana.

"Vai para o Phoenix", pediu Taurasi para Janeth, após o jogo entre Brasil e Estados Unidos, que deu a medalha de bronze às norte-americanas.


Fonte: Terra

Técnicos cobram nova filosofia para o basquete

Técnicos e personalidades ligadas ao basquete acreditam que o esporte não pode deixar passar o interesse causado no país pelo Mundial Feminino, encerrado sábado, em São Paulo. A Austrália ganhou o título, seguida de Rússia, Estados Unidos e Brasil. Para essas personalidades, é preciso que o basquete continue crescendo, e não regredir.

"O primeiro passo seria criar uma escola brasileira de basquete, para atualização permanente", disse Alberto Bial, que pede a formação de uma associação de técnicos.

Para Bial, um dos pontos a enfatizar é o jogo coletivo, do qual considera a Austrália um exemplo perfeito no feminino, assim como, no masculino, Grécia e Espanha. Este último país tem, há 20 anos, sua associação de técnicos.

Maior nome da história do basquete do país, no feminino, Hortência, campeã mundial de 1994 e medalhista olímpica de prata em 1996, disse que o quarto lugar do Brasil foi importante, mas a seleção poderia ter disputado o título:

"O basquete corre o risco de regredir, se não houver um trabalho. A sugestão que daria seria a de um projeto global para o basquete. Este Mundial servirá para desenvolver a base e chamar crianças".

Maria Helena Cardoso, ex-treinadora da seleção, gostou do fato de o Brasil ter permanecido entre os quatro melhores, mas fez ressalvas.

"Quando a Austrália começou a reagir, deveria ter havido resistência emocional e frieza do nosso time. A situação no feminino é difícil. Dez das 12 meninas vão jogar no exterior, por falta de investimentos aqui. Eu dirigi a Ponte no Campeonato Paulista. Fomos à final, mas o clube não vai investir para o Nacional. Quatro meninas vão jogar fora do país", disse ela, lembrando a homenagem feita ontem, em São Paulo, a ela e às demais medalhistas de bronze do Mundial de 1971.

Para Miguel Ângelo da Luz, técnico da seleção campeã mundial de 1994, o feminino precisa de maior apoio psicológico, pois esse aspecto tem um peso no desempenho das atletas.

"No Mundial, o basquete teve recorde de audiência e mostrou, em TV aberta, ser um bom produto para atrair patrocínios", acrescentou.

Outras iniciativas sugeridas pelos técnicos foram as de uma seleção de novos, de campeonatos nacionais fortes e torneios internacionais no exterior e no Brasil, na futura Arena de Jacarepaguá, que será usada no Pan-2007.

Fonte: O Globo

Brasil falhou na organização do Mundial de basquete, diz Fiba

Secretário-geral da entidade fala que, desse jeito, país não terá a Olimpíada


ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

No Mundial feminino de basquete marcado pelo fim da hegemonia norte-americana e pelo inédito título da Austrália, a organização deixou a desejar.
Goteiras na quadra, baixa divulgação e públicos irrisórios na primeira fase foram alguns dos motivos que levaram a Fiba (Federação Internacional de Basquete) a se decepcionar com a estrutura brasileira.
Prestes a acolher o Pan de 2007 e candidato a sede da Olimpíada e da Copa do Mundo de futebol, o Brasil falhou em um torneio que poderia servir de teste para novos eventos.
Pelo menos é essa a opinião de Patrick Baumann, secretário-geral da Fiba. "O Brasil quer organizar outros campeonatos de maior porte, como a Olimpíada. Mas, desse jeito, não vai conseguir", vaticinou ele, em entrevista à Folha.
Apesar das pesadas críticas que desferiu à organização do Mundial paulista, Baumann também fez um mea-culpa. "Talvez eu tivesse que ter sido mais duro com a organização antes do início do Mundial."
O suíço disse que a competição das mulheres gera bem menos renda do que a dos homens. "O Mundial masculino é, claramente, mais lucrativo. No feminino, já ficamos muito contentes quando conseguimos equilibrar as contas."
O secretário-geral estimou que o investimento feito no evento no Brasil correspondeu a 1/20 do torneio masculino, realizado no Japão, cujo orçamento alcançou os US$ 30 milhões (R$ 66,2 milhões).
Para Baumann, a hegemonia de Brasil, Austrália, EUA e Rússia gera menor interesse do público. "O masculino é muito forte, como pudemos ver no Japão. Os primeiros colocados nem sempre são os mesmos. O feminino não é assim."
Falta investimento no feminino, diz ele. "Nem todos os países têm a sorte dos EUA, que para cada dólar aplicado no masculino tem que pôr também um no feminino. Nem todos os países têm a sorte de ter talentos como Brasil e Rússia."
A situação, prossegue, só irá melhorar quando houver outras equipes fortes, com chances de medalha em Mundiais e Olimpíadas. Isso atrairia apoio dos governos, e os patrocinadores se sentiriam estimulados a investir em países com menos tradição. "Muitas vezes o dinheiro só vem com bons resultados. E, se sempre as mesmas seleções chegam às finais, os outros países tendem a dar menos recursos ao feminino."

PITO: CARTOLA CRITICA OSCAR POR TER CRIADO TORNEIO RIVAL AO NACIONAL

A Fiba não enxerga com bons olhos a criação de ligas independentes no Brasil. Na opinião de Patrick Baumann, secretário-geral da entidade, a Nossa Liga de Basquetebol, campeonato idealizado por Oscar, Hortência e Paula, que rachou o basquete brasileiro na última temporada, é considerada uma idéia subversiva. O dirigente acredita que um entrevero entre ídolos do esporte e a federação nacional pode prejudicar a imagem do esporte no país. "Quando se briga dentro de casa, ocorre um desgaste, o campeonato perde credibilidade, e a tendência é a de que os patrocinadores fujam." Ele aconselha: "Oscar é uma boa pessoa, foi um grande atleta, mas acho que deve lutar pelas questões do basquete dentro do mundo institucional".

Fonte: Folha de São Paulo



domingo, 24 de setembro de 2006

Imprensa norte-americana

*
Reclamamos muito do tratamento diferenciado da imprensa ao basquete masculino.

Curioso é perceber que mesmo em países mais desenvolvidos e de maior tradição esportiva, o mesmo se repete.

O blog Women's Hoop contabilizou o número de palavras que o The New York Times dedicou a cobertura da seleção masculina e feminina no ano.

Para os homens, 16.600 palavras. Para as mulheres, 1.100.

**

Na imprensa norte-americana, as notas da conquista do bronze são sempre acompanhadas de referências respeitosas e elogiosas à Janeth Arcain.

A maioria dos jornais menciona a despedida de Janeth e Sheryl Swoopes, equivalendo-as em grandeza.

Veja um dos textos:

Arcain, 37, is a national treasure recognised and revered throughout Brazil.

She was a member of Brazil's 1994 world championship-winning team and second-placed side from the Atlanta Olympics.

She and Swoopes also won four titles together with the Houston Comets in the US WNBA.

At one stage two players who rank among the best to ever play the game were matched up against each other in a fitting finale.

Últimas considerações de um Mundial inesquecível

Por Adriano Albuquerque

O Mundial feminino de São Paulo chegou ao fim neste sábado com um bom jogo entre Rússia e Austrália, e uma vitória merecida das australianas. A equipe apresentou uma regularidade e eficiência impressionantes por todo o torneio e mereceu o título. Ainda mais depois daquela virada sobre o Brasil, em que mostraram força de vontade, raça e categoria.

Foi uma competição que não sairá da minha cabeça por muito tempo, e que não esquecerei jamais. Achei que a qualidade do torneio em geral foi melhor do que a do Mundial masculino do Japão, que teve alguns jogos chatos e decepcionantes, embora tenha sido interessante também. O nosso Mundial, não; foram poucos os jogos ruins, e houve muita emoção. A campanha brasileira, então, foi uma montanha russa de sensações que, infelizmente, teve um final triste, embora ainda respeitável, já que o time é um dos quatro melhores do mundo.

Tivemos uma campeã inédita, um tri-vice russo - quem vence uma final entre Rússia e Vasco? -, o fim da invencibilidade e supremacia americana, os recordes de pontos de Boulet e Valdemoro, a empolgante campanha da Argentina, as despedidas de Janeth, Helen, Alessandra e Cíntia Tuiú (pelo menos de Mundiais)... Sem esquecer da polêmica decisão da Fiba de dar um ponto e o placar de 0 a 2 para a Lituânia no W.O., o que acabou resultando nas européias roubando o lugar das argentinas nas quartas-de-final e terminando na quinta posição! Um Mundial histórico, para bem e para mal. Mas com certeza mais para bem.

***

Da Seleção Brasileira, me recordarei da garra, da força de vontade, da superação, do crescimento com o decorrer do campeonato e da torcida.

Concordo que o quarto lugar é uma posição honrosa e que a Seleção fez uma grande campanha, mas não acho que devamos ficar contentes com isso. Até me contenho para não usar a palavra orgulho, pois não sei se fico orgulhoso das meninas pelo que conquistaram ou se fico chateado pelo que deixaram de conquistar. É uma mistura de ambos.

Pense bem. Grego, Antônio Carlos Barbosa e outros certamente apontarão para o desempenho do Mundial de 2002, quando terminamos em sétimo lugar, para mostrar que evoluímos. A verdade, entretanto, é que 2002 foi uma aberração, um resultado anormal. É preciso analisar os últimos oito anos, desde que Paula deixou a Seleção, para se ter a noção de que, na verdade, o Brasil segue estacionado em quarto lugar no mundo. Segue superior à grande maioria dos times - que estão se aproximando, como evidenciado pelas atuações de Argentina e Espanha -, mas continua incapaz de superar Austrália, Rússia e Estados Unidos, tendo terminado em quarto lugar no Mundial de 1998, terceiro na Olimpíada de Sydney-2000 e quarto na de Atenas-2004.

Estou orgulhoso, porque as mulheres (chega de chamar de "meninas", porque embora seja carinhoso, isso ajuda na diminuição do espírito delas) do Brasil mostraram qualidade, bom entendimento do jogo e coragem por três quartos contra a Austrália, mas estou desapontado também, porque a impressão que se teve foi de que o time baixou a cabeça quando a Austrália passou à frente; ainda com muito tempo de jogo no último quarto, o time lutava, mas não parecia ter fé em si mesmo. Não as culpo por isso, não culpo nem mesmo o técnico Antônio Carlos Barbosa, mas isto é mais um sinal da mentalidade perdedora que parece envolver o basquete nacional neste momento. Por isso que passo a chamá-las de "mulheres", até porque elas têm idade para isso já.

Não devemos crucificar a Seleção, devemos sim ter orgulho. Mas que esta seja a última vez que temos orgulho por um quarto lugar em casa. É hora de crescer e não ter medo de vencer, não mais dar desculpas como "a Austrália veio para ganhar o título", "perdemos para uma potência". Para hoje, isto é compreensível. Para um próximo Mundial, com Iziane, Êga, Érika, Adrianinha, Micaela e outras em seus auges, não será.

***

Fiquei emocionado com a despedida de Janeth e lamentei muito que ela não possa ter se despedido dos Mundiais com mais uma medalha. Ela é um ídolo e merece todos os aplausos e condecorações.

Mas será que é necessário mesmo que ela e Helen estejam no Pan e no Pré-Olímpico? Ambas já disseram que não disputarão os Jogos de Pequim em 2008 (Helen até deixou em aberto, mas está propensa a não ir), por que não aproveitar e dar logo entrosamento ao time que irá jogar? Escalar Janeth e Helen pode ser um atraso para a formação do novo time. Sem dúvida, Janeth, Helen, Alessandra e Cíntia são excelentes e mostraram neste Mundial que ainda podem fazer a diferença no alto nível (Cíntia um pouco menos, mas pode ser apenas uma má fase dela), mas se não vão disputar a Olimpíada, melhor que cortemos logo o cordão umbilical. Repito: precisamos crescer.

***

Lamentável foi a (des)organização do Mundial de São Paulo. E o Grego ainda tem coragem de dizer que o Rio vai ser candidato ao Mundial de 2010! É provável que o Maracanazinho e o ginásio do autódromo de Jacarepaguá fiquem em melhores condições do que o Ibirapuera e o José Corrêa, mas depois desta experiência deste ano, será que a Fiba vai ter coragem de pisar aqui de novo?

Claro, se o Grego está dizendo que vai tentar, então que tente. Por que não, neste caso, tentar articular com a Fiba para que o Pan-Americano do ano que vem seja o Pré-Olímpico masculino? Ou que o torneio seja realizado logo após o Pan, no Rio? Afinal, a Venezuela está sendo descartada pelo relacionamento ruim de seu presidente, Hugo Chávez, com os Estados Unidos; o Brasil seria perfeito para ser a sede do torneio. Valorizaria o Pan, valorizaria a cidade e ainda daria uma chance muito maior à Seleção masculina de roubar uma das duas vagas olímpicas de Estados Unidos e Argentina. Se a torcida brasileira conseguiu empurrar a Seleção feminina ao quarto lugar mundial, quem dirá que não pode empurrar o Brasil de volta aos Jogos?

Agora, desculpem, mas usar como desculpa que o Ibirapuera tem 50 anos e é difícil de reestruturar é uma balela. O Superdome, ginásio de Nova Orleans que abrigou refugiados durante o furacão Katrina e teve danos imensos por causa do fenômeno natural, receberá um jogo de futebol americano novamente nesta segunda-feira, já completamente renovado. Por que lá fora eles conseguem e aqui não?

***

Hora de distribuir meus prêmios pessoais do Mundial:

MVP: Lauren Jackson (Austrália).

Revelação: Candace Parker (EUA).

Técnico: empate entre Jan Stirling (Austrália) e Eduardo Pinto (Argentina).

Seleção do campeonato: Hana Machová (República Tcheca), Penny Taylor (Austrália), Amaya Valdemoro (Espanha), Lauren Jackson (Austrália) e Alessandra (Brasil). Reservas: Kristi Harrower (Austrália), Ilona Korstin (Rússia), Iziane (Brasil), Janeth (Brasil), Candace Parker (EUA), Belinda Snell (Austrália) e Yayma Boulet (Cuba).

Seleção das beldades do campeonato: Sue Bird (EUA), Ausra Bimbaite (Lituânia), Amaya Valdemoro (Espanha), Lauren Jackson (Austrália) e Egle Sulciute (Lituânia).


Fonte: BasketBrasil
Recomendo...

... o belo texto "A saga de uma toalha e outras..." no blog Basquete Brasil, do Paulo Murilo.


Visite: http://paulomurilo.blogspot.com/
Lições para o Brasil

Texto de Rodrigo Alves - Site Rebote


Então é isso, amigos, foi-se o Mundial. A Austrália é a campeã invicta, as americanas ficaram pelo caminho e o Brasil garantiu o quarto lugar. A vantagem do mando de quadra e a qualidade técnica das meninas nos permitem subir o nível de exigência. A colocação poderia ter sido melhor, mas as falhas da semifinal custaram muito caro. Na disputa do bronze, a equipe jogou mal e os EUA chegaram atropelando. O resultado foi a sova de 40 pontos.

No geral, vale a bandeira fincada entre as quatro melhores seleções do mundo. As jogadoras fizeram o possível. Passos maiores, contudo, só serão dados quando mudar a mentalidade do nosso basquete.

O técnico Antonio Carlos Barbosa deixa a competição com saldo amplamente negativo. De bom, a condução do time na brilhante vitória sobre a República Tcheca. Ali, o treinador foi preciso. De resto, falhou demais, dentro e fora da quadra. Vamos ao jogo de sete erros:

1) Barbosa entrou no campeonato como candidato a deputado estadual. Essa informação nem precisa de comentários, né?

2) Deixou a defesa virar um queijo suíço nos jogos da primeira fase e, questionado pela imprensa, saiu-se com a declaração do ano: "Todo mundo fala que defesa ganha o jogo, mas eu não acho. Ganha quem faz ponto. Defesa é coisa de americano".

3) De forma velada, culpou as jogadoras pelos tropeços.

4) Não mandou ninguém a Barueri para ver possíveis adversários. Segundo os relatos, mal viu os jogos no próprio Ibirapuera. Apostou apenas nos vídeos para destrinchar os rivais.

5) Na véspera da semifinal, contra a Austrália, não sabia o dia do jogo. Anunciou para sexta, na verdade era na quinta. Isto é simplesmente inacreditável.

6) Demorou muito para pedir tempo no início do quarto período contra a Austrália. Ficou vendo a virada de Lauren Jackson & Cia.

7) Reagiu às críticas de forma agressiva, arrogante e debochada. Chegou a desafiar os comentaristas para um debate sobre tática, convocando-os a mostrar os currículos.

Que tristeza...


Fonte: Rebote
Fiba omite críticas e Brasil sonha com novos eventos

Marta Teixeira



São Paulo (SP) - Ao contrário do que normalmente ocorre, a diretoria da Federação Internacional de Basquete (Fiba) não deu entrevista coletiva no encerramento do Campeonato Mundial feminino de basquete. Ao invés disso, distribuiu uma nota com os comentários de seu presidente, Bob Elphinston, sobre o evento.
No texto, a entidade não faz referência a problemas estruturais ou de organização. Limita-se a elogiar o nível competitivo do evento, que para o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, foi um sucesso.

Mesmo com as críticas diretas do secretário-geral da entidade, Patrick Baumann, à baixa presença de pública e com as goteiras no ginásio do Ibirapuera no encerramento da primeira fase da competição, Grego considera que a situação ficou sob controle. 'Nossa relação com a Fiba é excelente. Eles são muito críticos, mas ficaram contentes com o que aconteceu aqui. Tivemos alguns problemas sim, mas todos nos desdobrávamos para resolvê-los o que não é tão comum em outros países'.

Legislando em causa própria, usou o Mundial de 2002 como exemplo negativo. 'Oferecemos melhores hotéis, transporte e segurança para as equipes e contávamos com quatro ginásio para treinamento. Na China, quatro seleções treinaram em meia quadra, que tinha piso de salão de baile com pilastras no meio'.

O dirigente reafirmou a confiança nas chances brasileiras de voltar a ser sede de um evento internacional de ponta. 'A Fiba é muito exigente, mas isso é bom para nós que podemos melhorar. Para os próximos torneios que virão teremos o Ibirapuera, que ganhou este piso e agora também é casa de basquete, e mais duas arenas maravilhosas no Rio. Com certeza traremos mais eventos de porte para nosso país porque temos vocação esportiva e sabemos organizar'.

Arrumar a casa - Os problemas envolvendo a organização do Campeonato Mundial não foram as únicas preocupações expressas pelo secretário Baumann anteriormente. Além deles, o dirigente comentou a crise interna da modalidade na última temporada.

Dois campeonatos nacionais foram realizados. Um organizado pela CBB, que ainda aguarda definição após várias liminares da Justiça Comum, e outro pela Nossa Liga de Basquetebol (NLB). A situação levou a um racha entre as equipes que, na conclusão da campanha, decidiram que a reunificação era a alternativa para manter a estabilidade do esporte.

De olho no processo, Baumann mandou um recado. 'O basquete brasileiro tem sorte porque tem grandes talentos. O que precisa é ganhar. Em casa, devem acabar com as brigas porque se brigarem vão perder anos, gerações sem obter resultados'.

Barbosa: pára ou continua?

Marta Teixeira


São Paulo (SP) - O destino do técnico Antônio Carlos Barbosa na seleção brasileira ainda está por ser decidido. Pelo menos é o que afirmam o treinador e o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, após o encerramento do Campeonato Mundial feminino, em São Paulo. 'Não é momento ainda para falar sobre isso. Precisamos tirar um pouco da tristeza para pensar sobre isso depois', diz Grego.
Se depender da satisfação do dirigente, Barbosa tem tudo para permanecer na função. 'É um orgulho ficar na quarta posição. Claro que tínhamos esperança de um pouco mais, mas as americanas não iam perder dois jogos seguidos'.

O Brasil chegou à disputa pelo bronze, mas acabou superado pela seleção dos Estados Unidos, que venceu o confronto por 99 a 59. Nas semifinais, as brasileiras foram eliminadas pela Austrália, enquanto as norte-americanas tropeçaram na Rússia.

'Os Estados Unidos fizeram uma grande partida porque vieram do jogo contra a Rússia e queriam provar que aquela era uma situação anormal', avalia Barbosa. 'Esta é uma equipe que já é forte, com pivôs altas e que teve um grande aproveitamento. Aí, você se torna presa e é difícil de sair'.

Sobre seu futuro na seleção, o treinador garante estar despreocupado. 'Eu não tenho interesse nenhum em ficar em lugar nenhum. Minha preocupação é com a utilidade. Não quero entrar em festa pela porta dos fundos ou como penetra'.

Para ele, a decisão deve passar por critérios técnicos. 'A Confederação deve avaliar o trabalho e ver se convém que eu continue. Tenho a consciência muito tranqüila sobre o que foi realizado', analisa, usando a festa feita pela seleção francesa após a conquista do quinto lugar como um exemplo. 'Na Europa, costumam premiar o quarto colocado'.

Barbosa está no comando da seleção desde 1997. Neste meio tempo, a seleção conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e a quarta posição na edição de Atenas-2004, o Pré-olímpico de Culiacán-2003, os bronzes nos Pan-americanos de Caracas-83 e Santo Domingo-2003 e cinco títulos sul-americanos (1997, 99, 2001, 03 e 05). Em Mundiais, o Brasil foi quarto na Alemanha-98 e sétimo na China-2002.

Avaliando o histórico internacional brasileiro, o treinador acha que o resultado é positivo. 'Nunca tivemos a supremacia no basquete como Estados Unidos ou Rússia'. Às críticas feitas a seu trabalho, ele responde com sarcasmo. 'Eu vou pela maioria. Três, quatro ou cinco me chamaram de burro (após a derrota para os EUA)... Isso vem da cultura do futebol. Se pagaram ingresso têm o direito. Quem não tem direito é quem não pagou'.

Seleção: otimismo e dúvidas para o futuro

Marta Teixeira


São Paulo (SP) - Janeth 37, Alessandra 32, Helen 34... para a seleção brasileira feminina de basquete, o Campeonato Mundial, encerrado neste sábado, em São Paulo, marcou o início de uma reformulação que pode ser intensa para os Jogos Olímpicos de 2008. Com algumas de suas titulares confirmando a despedida e outras pensando no assunto, o Brasil enfrenta o desafio de se manter competitivo internacionalmente.
Nas três últimas Olimpíadas, o país chegou às disputas por medalha. Foi prata em Atlanta-96, bronze em Sydney-2000 e quarto colocado em Atenas-2004. Em Mundiais, após o título de 1994, foi duas vezes quarto colocado - 98 e 2006 - e uma vez sétimo, 2002.

Apesar da perspectiva de perder algumas jogadoras de referência, o técnico Antonio Carlos Barbosa está otimista. 'Temos uma boa base de renovação', avalia. 'O que temos de fazer é uma programação de amistosos para que se habituem a disputar as competições'.

Na seleção atual, já há um grupo considerável para fazer a transição da era Janeth/Alessandra para a próxima. A pivô Kelly, 26 anos, já esteve em duas Olimpíadas (Austrália e Grécia). A situação é a mesma da armadora Adrianinha, 27 anos. A ala Iziane e a pivô Érika, ambas de 24 anos, representam o meio de campo com uma Olimpíada a seu favor e já são apontadas como pontas de lança para o futuro.

'A Iziane hoje é uma líder', garante a veterana Alessandra. 'Assim como Érika também é. Tenho certeza que este grupo vai conseguir manter a seleção entre as melhores como nós conseguimos. Quando Paula e Hortência saíram, diziam: é o fim do mundo. Mas nós conseguimos segurar a situação e somos o quarto do mundo (no Mundial e pelo ranking da Fiba). Ninguém é insubstituível e assim como nós fizemos, elas também vão fazer. Vamos torcer por elas'.

Participante de todas as conquistas nacionais nos últimos 20 anos e representante da transição da geração anterior, Janeth também acredita no potencial de quem está chegando. Destacando o talento de Micaela, Adrianinha e Cíntia, a ala só acha que o grupo terá cada vez mais de trabalhar em conjunto para obter seus resultados.

Barbosa concorda que o futuro imediato é promissor, mas destaca que a longo prazo a situação pode se complicar. A dificuldade é a mesma de sempre: limitação no trabalho de base, que é realizado por poucos clubes hoje em dia.

Para complicar, quem sai das categorias menores não tem certeza de encontrar emprego na adulta pois é cada dia menor o número de equipes principais em atividade. 'Temos time para cinco, seis anos. O problema da renovação é a partir daí', ressalta.

No grupo atual, o treinador aposta no futuro das alas Karen e Micaela (22 e 27 anos) e diz que gente promissora ficou de fora. Os exemplos são Palmira, cortada na última lista, Isabela e Jaqueline, que só não foi convocada porque disputava torneio com a seleção sub-20. Além das pivôs Ísis, Graziane e Flávia.

Mas mesmo na 'fartura' imediata há carências. A dificuldade é a distribuição de talentos por posição. 'Na armação nós temos problema', explica Barbosa. A solução é tentar prevenir para não ter de remediar na última hora. Isso o levou a iniciar um trabalho para transformar Jaqueline e Palmira em armadoras.

'Temos material até 2012. Depois disso é que a coisa se complica, se o Brasil não aproveitar eventos como este (Mundial) para fazer um trabalho de massificação', alerta, fornecendo um dado estatístico para ilustrar a gravidade do tema. 'O Joãozinho (o preparador físico João Antonio Nunes) tem um levantamento indicando que nos Estados Unidos para cada 476 mil jogadoras, uma chega à seleção'. No Brasil? 'É um para um', compara.


Fonte: Gazeta Esportiva


Sem título, EUA e Brasil duelarão por vaga olímpica em 2007

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo (SP)


Derrotados nas semifinais do Mundial feminino, Brasil e Estados Unidos perderam a chance de garantir antecipadamente uma vaga nas Olimpíadas de 2008, em Pequim, na China. Com isso, terão que duelar novamente no ano que vem no Pré-Olímpico das Américas.

"Sabemos que vamos enfrentar este mesmo Brasil no Pré-Olímpico e que será uma páreo duro. É uma competição muito importante. A Olimpíada significa muito para nós e vamos estar muito motivadas", disse a armadora Sue Bird, companheira da brasileira Iziane no Seattle Storm.

O torneio, marcado para o mês de abril, no Chile, classifica apenas o campeão continental para os Jogos Olímpicos. E as norte-americanas são ainda mais favoritas depois do massacre imposto às brasileiras dentro de sua própria casa na decisão do bronze (99 a 59).

"Não vamos entrar derrotados. Vamos encarar todos os adversários. Se não der, vamos buscar a nossa vaga no classificatório mundial", disse o técnico Antônio Carlos Barbosa, referindo-se ao torneio marcado para junho de 2008, que distribuirá cinco vagas olímpicas entre os países derrotados nos campeonatos continentais.

Além do baque de sua maior derrota em competições internacionais, o Brasil terá que superar também a perda da ala Janeth, sua principal jogadora na atualidade, que já marcou sua despedida da seleção para o Pan do Rio de Janeiro - isso se conseguir liberação da equipe da WNBA que estiver defendendo.

"Não jogo depois de 2007. Não vou para Pequim e não vou jogar o Pré-Olímpico, deixa a garotada jogar", disse a atleta. E Janeth não será o único desfalque em relação ao elenco que disputou este Mundial. As pivôs Alessandra e Cíntia Tuiu, campeãs mundiais em 1994, anunciaram no último sábado o fim de suas carreiras na seleção brasileira.

As norte-americanas também não deverão contar com as veteranas Lisa Leslie, que não veio ao Mundial, e Sheryl Swoopes, que jogou machucada. Mas possuem muito mais peças de reposição, como a pivô Candace Parker, de apenas 20 anos, que teve no Brasil o seu primeiro contato com o basquete internacional.

"Vamos tentar jogar da melhor forma possível, pois será uma competição valiosa. Temos de ter força máxima para lutar pela vaga", comentou a armadora Diana Taurasi, que atua pelo Phoenix Mercury.

Como a temporada da WNBA começa somente em maio de 2007, a técnica Anne Donovan não deverá ter problemas para montar e treinar sua equipe para o Pré-Olímpico, dificultando ainda mais as coisas para as brasileiras.

"Os EUA deverão contar com todas as suas principais jogadoras. Se elas ficarem com a vaga, não tem problema. Vamos buscar uma das vagas na repescagem mundial", disse o técnico Barbosa, para quem a vitória da Austrália sobre a Rússia na decisão prejudicou o Brasil.

Garantidas nos Jogos, as australianas abriram espaço para mais um representante da Oceania, que se classificará no fraco torneio continental. Como apenas o campeão do Europeu garante vaga, haverá mais seleções européias, reconhecidamente mais fortes, na disputa da repescagem mundial.

Mesmo assim, Barbosa confia na participação do Brasil nas Olimpíadas de Pequim, embora não tenha garantida a sua permanência no comando técnico da seleção.

"A direção da confederação vai avaliar o trabalho da comissão técnica no final do ano. Só então vai decidir ou não pela minha continuidade à frente da seleção. Se tiver que sair, saio com a cabeça totalmente erguida", afirmou.



Melhor do Mundial, australiana diz que pretende morar no Brasil

Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.

Em São Paulo (SP)

Eleita a melhor jogadora do Mundial feminino, a ala australiana Penny Taylor revelou que pretende morar no Brasil no futuro. Ela é casada com o brasileiro Rodrigo Gil Rodrigues, jogador de vôlei que atua na segunda divisão italiana, desde dezembro de 2005. Os dois vivem atualmente em Schio, na Itália.

Penny, 25, está até estudando português para aprender a se comunicar com os familiares de Rogrigues, 28. Ela já entende um pouco da língua, mas por enquanto seu vocabulário está bastante limitado. "Obrigada", disse ela ao ser perguntada sobre quais palavras já conhecia. "Mas isso eu também sei e nunca estudei português", brincou a técnica Jan Stirling.

Esta foi a segunda vez que jogadora australiana visitou o Brasil. Antes do Mundial, no início do ano, ela passou um mês na casa da família do marido. "Eles me fizeram experimentar todos os pratos típicos da cozinha brasileira. Comi muita picanha, doce de leite, várias coisas gostosas", contou.

Ela revelou a intenção do casal de vir morar no país um dia e elogiou a postura da torcida brasileira durante a competição. "Gosto muito dos brasileiros, são pessoas muito amigáveis e alegres. E a maneira como eles apoiaram a seleção nesse Mundial foi fantástica", comentou Penny Taylor.

Apesar das excelentes médias estatísticas - 18 pontos, 5,1 rebotes, 3,1 assistências, duas roubadas e 70% de aproveitamento nos arremessos de dois pontos - e das grandes atuações na semifinal e na final, a australiana se surpreendeu com o prêmio de melhor jogadora do torneio. Sua expectativa era de que ele ficasse com a companheira Lauren Jackson.

"A medalha de ouro é o mais importante, mas é claro que estou feliz com esse prêmio. Acho que consegui fazer um grande torneio porque a Lauren atrai muita atenção das equipes adversárias na quadra. Isso abriu mais espaços para que eu pudesse pontuar e mostrar o meu jogo", comentou com modéstia.


Fonte: UOL

sábado, 23 de setembro de 2006

Valeu, Meninas!



Fiba divulga novo ranking feminino

Após o encerramento do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete (FIBA) a Federação Internacional de Basketball (FIBA) divulgou o novo ranking feminino. Os Estados Unidos, que ficaram com a medalha de bronze, continuam na liderança, com 1.030 pontos. A Austrália com o título mundial subiu do terceiro para o segundo lugar, com 860 pontos. A Rússia, que ganhou a medalha de prata, caiu da segunda para a terceira colocação. O Brasil manteve a quarta posição no ranking, com 556 pontos. Com o quinto lugar no Brasil, a França pulou da sétima para a quinta colocação.

RANKING FIBA – 20 PRIMEIROS COLOCADOS
1º- Estados Unidos – 1.030 pontos;
2º- Austrália – 860pts
3º- Rússia – 843pts
4º- Brasil – 556pts
5º- França – 357pts
6º- República Tcheca – 304pts
7º- Cuba – 297pts
8º- Espanha – 294pts
9º- Coréia – 284,9pts
10º- China – 251,5
11º- Canadá – 184pts
12º- Argentina – 162,4
13º- Lituânia – 159pts
14º- Polônia – 154pts
15º- Japão – 123,5pts
16º- Iugoslávia – 122pts
17º- Nova Zelândia – 112pts
18º- Senegal – 109pts
19º- Eslováquia – 98pts
20º- Grécia – 88pts

Austrália é a campeã

A Austrália é a campeã invicta do 15º Mundial Adulto Feminino de Basquete, encerrado neste sábado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Na disputa da medalha de ouro, as australianas ganharam da Rússia por 91 a 74 (43 a 35 no primeiro tempo) e conquistaram o título da competição pela primeira vez. A cestinha da final foi Penny Taylor, da Austrália, com 28 pontos. A ala foi escolhida a MVP do Mundial. A principal pontuadora russa foi Stepanova, com 17 pontos. A cestinha e reboteira da competição foi a australiana Lauren Jackson. A melhor nas assistências foi Sue Bird, dos Estados Unidos.

- Acredito que os dois times mais fortes do campeonato fizeram a final. Enfrentar a Rússia não foi nem um pouco mais fácil do que seria fazer a final contra os Estados Unidos. Jogamos como um time hoje, contando com a contribuição de todas, e conseguimos a medalha. O bom deste time é que, não importa o jogo, sempre entramos em quadra tentando nos divertir. Não ficamos pensando na grandeza da partida ou em fazer história, sabíamos que seria maravilhoso, mas primeiro tínhamos que fazer o nosso trabalho. Acho que hoje a defesa nos deu a vitória, a Rússia é muito forte em todas as posições. Conhecendo seus pontos fortes, trabalhamos bem a parte defensiva e conseguimos a vitória. Eu amo o Brasil, sou casada com um brasileiro e um dia espero morar aqui. As pessoas são amigáveis e nos apoiaram muito durante o campeonato (Penny Taylor, ala da Austrália)

- A Austrália é uma equipe muito forte e jogou melhor do que nós hoje. Foi um prazer jogar contra um time tão bom na final e acho que perdemos pelos nossos próprios erros. A Austrália mereceu a medalha de ouro. (Maria Stepanova, pivô da Rússia)

- Fizemos nosso melhor jogo. Fizemos história na Austrália e tenho certeza de que nossa nação está orgulhosa de nós neste momento. Não acho que sejamos invencíveis, acho que fomos invencíveis hoje. A Rússia é um time impressionante, que joga bem em todos os fundamentos. Vendo a partida delas contra os Estados Unidos aprendemos com a Rússia a derrotar a Rússia. Melhoramos a cada jogo e estou muito feliz com essa medalha de ouro. (Jan Stirling, técnica da Austrália)

- Foi uma boa final, enfrentamos o melhor time do mundo hoje. Infelizmente não fomos uma ameaça para elas, mas nossas jogadoras deram seu melhor em quadra e estou orgulhoso delas. Principalmente pelo jogo contra os Estados Unidos. Tentamos mostrar a mesma energia hoje, mas é difícil num torneio cansativo como este manter o nível de jogo. Gostaria de agradecer especialmente à torcida brasileira pelo apoio que nos deram no jogo contra os Estados Unidos e ao povo do Brasil de um modo geral. Acho que o campeonato foi de alto nível e acredito que essas equipes que terminaram em quarto lugar também estarão brigando pelas primeiras posições na Olimpíada de Pequim, em 2008. (Igor Grudin, técnico da Rússia)

- Estou muito feliz por essa conquista. Foi um sonho realizado. O basquete australiano vem trabalhando há muitos anos para chegar até aqui. A nossa equipe mostrou talento e espírito coletivo. Foi um jogo muito difícil, mas conseguimos nos impor e chegar a vitória. O título premia o trabalho de toda uma geração que luta pela evolução do basquete australiano (Lauren Jackson, pivô da Austrália)

AUSTRÁLIA (19 + 24 + 26 + 22 = 91)
Penny Taylor (28pts), Harrower (15), Snell (12), Whittle (8) e Jackson (16). Depois: Belivaqua (4), Screen (0), Randall (2), Grima (2), Summerton (4) e McLnerny (0),

RÚSSIA (15 + 20 + 20 + 19 = 74)
Rakhmatulina (8pts), Vodopyanova (7), Shchegoleva (15), Korstin (10) e Stepanova (17). Depois: Arteshina (10), Demaina (0), Abrosimova (0), Karpova (7) e Osipova (0)

COMENTÁRIO DO JOGO

A Austrália é campeã mundial invicta do Mundial 2006, com nove vitórias. Indiscutível campeã, após a vitória sobre a Rússia por 91 a 74. O triunfo australiano começou aos três minutos de jogo, quando a treinadora Jan Stirling, preocupada com a vitória parcial da Rússia (9 a 2), pediu tempo. O time voltou mais calmo, mais rápido e preciso. Uma transformação total que mostrou seus efeitos em um minuto e meio. Foi o suficiente para que as australianas fizessem oito pontos, com uma cesta de três de Harrower, outra de Whittle e mais dois pontos de Belina Snell. A Austrália chegava a 10 a 9 e Lauren Jackson, muito bem marcada, ainda não havia pontuado. Isso só aconteceu quando faltavam 50 segundos para o término do primeiro quarto, mas sua eficiência era bem suprida pela ótima partida de Penny Taylor, que acertou um arremesso de três pontos. Maria Stepanova começou a jogar bem. Bloqueou uma bola, fez quatro pontos, mas a reação russa foi parada por uma nova cesta de três, agora de Belinda Snell. Para o segundo período, Jan Stirling deixou Jackson e Snell no banco, substituídas por Screen e Grima. E logo no início, Grima acertou um arremesso de dois pontos. E Taylor fez o seu segundo de três. A vantagem já era de nove e chegou a 16 (36 a 20) aos quatro minutos. As russas, que tiveram um bom aproveitamento nos arremessos de três pontos contra os Estados Unidos acertavam pouco na final. E buscaram as infiltrações para buscar uma reação. Stepanova e Shchegoleva fizeram seis pontos cada uma, o time marcou melhor e diminuiu a diferença para oito (A Rússia voltou animada para o terceiro quarto. Com mais disposição, continuou equibrando o jogo até a sua metade. Então, Taylor recuperou duas bolas na defesa, foi ao ataque e marcou cinco pontos. Aos oito minutos, a contagem chegou a 20 pontos de diferença (62 a 42). Schchegoleva, que havia perdido uma das bolas para Taylor, recuperou-se, fez duas cestas, a Rússia voltou a equilibrar o jogo e perdeu o terceiro quarto por 26 a 20. O período final começou com 69 a 55 para a Austrália. E o que se viu foi uma repetição dos três quartos anteriores. A Rússia se esforçava, equilibrava a partida, diminuía a vantagem, mas nunca chegava a ameaçar a vitória das campeãs. E quem impedia as russas de se aproximarem era sempre Penny Taylor. Aos dois minutos de jogo, o placar era de 70 a 60. E ela faz seis pontos seguidos. Aos quatro minutos, mais uma cesta de de Penny Taylor e o jogo chega a 83 a 63, novamente 20 pontos de diferença. Final de jogo, Harrower bate bola e as russas se retiram. O juiz encerra a partida, ela deixa a bola e se abraça a Jackson e Taylor. Começa a festa no ginásio do Ibirapuera. Aplausos da torcida brasileira para a campeã Austrália.


Estados Unidos garantem a medalha de bronze no Mundial

Mesmo com toda a torcida lotando o ginásio do Ibirapuera (9.800 pessoas), o Brasil foi derrotado pelos Estados Unidos por 99 a 59 (49 a 34 no primeiro tempo) e terminou com a quarta colocação no 15º Campeonato Mundial Feminino de Basquete. Com a vitória, a seleção americana, apontada como favorita ao título da competição, conquistou a medalha de bronze. As cestinhas da partida foram Taurasi, dos EUA, com 28 pontos, e Janeth, do Brasil, com 16 pontos.

— Individualmente, acho que foi uma das minhas melhores performances pela seleção americana. Foi uma ótima manhã para mim, mas o mais importante é que foi um bom dia para todo o time. Foi difícil absorver a derrota para a Rússia e sabíamos que ia ser muito duro enfrentar uma equipe maravilhosa como a do Brasil. Tínhamos muito para provar depois da derrota na semifinal, perdemos um pouco do orgulho naquele jogo e tínhamos que recuperar hoje. No vestiário vi que todas estavam prontas para isso e nossa técnica nos preparou muito bem para a partida. É claro que estamos decepcionadas por não estarmos na final, mas tudo acontece por um motivo. (Diana Taurasi, ala/armadora dos EUA)

— Os Estados Unidos fizeram um jogo perfeito. Nosso técnico disse que no Mundial qualquer time poderia fazer um grande jogo e um jogo ruim. Os Estados Unidos fizeram o jogo ruim contra a Rússia e o melhor contra o Brasil. Lutamos com tudo o que podíamos, mas não conseguimos. E elas mereceram a medalha. Este é meu quinto e último Mundial adulto (também tem um juvenil), e dependendo das minhas negociações com a WNBA pode ter sido minha última partida pela seleção. Quero disputar mais uma temporada nos Estados Unidos e se a equipe com a qual eu fechar me liberar, gostaria de disputar os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Mas se isso não acontecer, já que o período do Pan coincide com a WNBA, este foi meu último jogo com a camisa do Brasil. Acho que a derrota para os Estados Unidos não mancha o que pode ter sido a minha despedida. Acho que tudo o que fiz e continuo fazendo pelo basquete, com meu projeto que incentiva as crianças a jogarem, é mais importante do que uma partida. (Janeth, ala do Brasil)

— Após a derrota para a Rússia, sabíamos que precisávamos voltar com tudo. O time do Brasil estava pronto para nos enfrentar, a torcida estava pronta. Tínhamos consciência de que a parte mental seria muito importante, pois enfrentaríamos um clima hostil no ginásio. O Brasil jogou bem, apesar do placar. Tivemos que mostrar nosso melhor jogo e estávamos num bom dia. Foi uma partida bem diferente do confronto com a Rússia. Temos todo um retrospecto para manter, mas precisamos lembrar que as coisas mudaram muito nos últimos anos, os times são muito mais competitivos hoje em dia. Eles partem para cima, e a maneira como nós respondemos a isso é que determina o que vai acontecer. Fico triste de ouvir que Janeth está se preparando para a aposentadoria. Como rival fico muito feliz (risos), mas acredito que ela ainda tem jogo para muito tempo na WNBA. Gostaria de vê-la jogar mais tempo. (Anne Donovan, técnica dos Estados Unidos)

— Os Estados Unidos queriam provar que a derrota para a Rússia foi algo anormal, e fizeram isso com uma grande partida. Foi um jogo perfeito, pela média da Diana Taurasi você vê que foi uma partida extraordinária. Enfrentando uma equipe que já é forte, tem uma boa rotatividade de jogadoras, pivôs altas, que saltam bem, e jogando com um grande aproveitamento, viramos uma presa fácil. Perder uma jogadora como a Alessandra foi muito ruim, pois ficamos com a possibilidade de troca comprometida na posição. Era uma jogadora que poderia ajudar muito nos rebotes. Desde que reassumi a seleção brasileira, em 1996, não lembro de termos perdido de um placar tão elástico num jogo oficial, perder por mais de 15 pontos de diferença não é um hábito para nós. É claro que surpreende, mas foi a performance delas que levou a esse placar. Mas acho que diante das condições ainda continuarmos entre os quatro melhores do mundo e isso é muito positivo. (Antônio Barbosa, técnico do Brasil)

BRASIL (21 + 13 + 11 + 14 = 59)
Helen (5pts), Iziane (13), Janeth (16), Ega (7) e Érika (6). Depois: Adrianinha (3), Micaela (2), Cintia (1) e Kelly (6).

ESTADOS UNIDOS (31 + 18 + 34 + 16 = 99)
Sue Bird (2pts), Taurasi (28), Milton-Jones (8), Catchings (11) e Thompson (15). Depois: Beard (8), Augustus (2), Swoopes (2), Snow (2), Ford (5), Smith (6) e Parker (10)

COMENTÁRIO DO JOGO

Os Estados Unidos se recuperaram plenamente da derrota contra a Rússia na semifinal e garantiram a medalha de bronze no Campeonato Mundial 2006 com uma vitória tão impressionante quanto inquestionável. A vitória por 99 a 59, 40 pontos de diferença, é um reflexo do que se viu na quadra. Nos primeiros 30 segundos de jogo, Taurasi fez uma cesta de três pontos e Iziane repetiu em seguida. Um equilíbrio que não se manteria. Até o final do jogo, as duas jogadoras arriscariam mais seis vezes os arremessos de três pontos. Iziane errou todos. Taurasi acertou cinco. Todos no terceiro quarto, quando a diferença foi a maior na partida. Não é a única explicação pela vitória. Os Estados Unidos foram melhor em tudo. Um time mais forte, mais rápido, mais preciso e com uma enorme vontade de mostrar que uma equipe com tanta qualidade não poderia voltar para casa sem um lugar no pódio. Foi muito para o Brasil. Com sete minutos de jogo, os Estados Unidos tinham um aproveitamento de 83,3%, com cinco acertos em seis tentativas. O Brasil reagia com uma cesta de Helen, também de três pontos, mas o volume de jogo americano era muito maior. O quarto terminou com 31 a 21 para os Estados Unidos. No segundo período, o Brasil voltou com Adrianinha no lugar de Helen e Micaela no de Janeth. Os Estados Unidos não converteram arremessos de três pontos e Adrianinha fez um. O Brasil lutou muito, melhorou a marcação e conseguiu fazer um jogo mais difícil contra as rivais. A derrota foi por 18 a 13, o que levou o placar a 49 a 34 na metade do jogo. A partida estava praticamente definida. Para mudar a sorte anunciada, o Brasil teria de surpreender. E muito. Mas quem surpreendeu com uma atuação perfeita foi Taurasi. Ela acertou quatro arremessos de três pontos em cinco minutos, destruindo qualquer sonho da torcida brasileira. E os Estados Unidos não são apenas uma jogadora. Tina Thomson também fazia uma grande partida. E um time constante assim, pode revezar jogadoras em quadra. Taurasi atuou apenas 16 minutos e 23 segundos, por exemplo. Com maior revezamento, as jogadoras ficam mais descansadas e rendem mais. E o Brasil sofria com a ausência de Alessandra, sua melhor pivô, contundida. O reflexo se via nos rebotes. Foram 37 das americanas contra 23 das brasileiras. E, na saída do jogo, 28 acertos em 50 tentativas nos arremessos de dois pontos. O Brasil acertou 18 das 39 tentativas. Enfim, há várias formas de se explicar a vitória, tamanha a superioridade do ganhador da medalha de bronze. Talvez a mais importante delas seja a vontade de mostrar que, apesar de não estarem na final, ainda são a referência do basquete mundial.