Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
A seleção brasileira feminina de basquete não teve dificuldades para derrotar Taiwan por 108 a 59, nesta terça-feira, em mais um amistoso preparatório para o Mundial, que começa na próxima semana (dia 12), aqui mesmo no Brasil. Mas ao contrário do que espera encontrar quando a bola subir para valer, a equipe comandada pelo técnico Antônio Carlos Barbosa não contou com o apoio da torcida.
Recuperada de virose, ala Janeth atuou por 20 minutos na vitória em cima de TaiwanUma platéia composta por cerca de 50 taiwaneses, com direito a faixa e bandeiras, foi suficiente para deixar os asiáticos em maioria no ginásio do Paulistano, em São Paulo. Nem mesmo a entrada gratuita animou o torcedor paulistano a enfrentar o frio de menos de 10ºC e prestigiar o jogo da seleção. Apesar disso, as jogadoras acreditam que o cenário vai mudar durante o Mundial - o Brasil jogará no ginásio do Ibirapuera. "Estou esperando tudo. A torcida brasileira é a mais maravilhosa do mundo. Eu quero ver todo mundo lá, com a bandeira na mão, pulando e cantando. Aquela festa bem brasileira mesmo", pediu a pivô Alessandra.
Disposta a apagar a má impressão deixada pela derrota do último domingo diante da China (88 a 76), a equipe brasileira começou o jogo com Helen, Iziane, Ega, Alessandra e Janeth - recuperada de uma virose que a afastou das duas últimas partidas.Pressionando a saída de bola das adversárias com uma agressiva marcação individual, o Brasil rapidamente abriu vantagem no placar (13 a 0). A simpática torcida taiwanesa demorou 3min40s para festejar sua primeira cesta e viu sua animação esfriar ainda mais nos minutos seguintes. Explorando bem os contra-ataques e a maior estatura de suas jogadoras, a equipe brasileira fechou o primeiro período vencendo por 33 a 10. Barbosa trocou todo o time no início do segundo quarto, colocando em quadra Adrianinha, Micaela, Sílvia Cristina, Érika e Kelly. O Brasil perdeu um pouco o poder de marcação, mas continuou ampliando a vantagem no marcador graças ao trabalho das pivôs dentro do garrafão - especialmente de Érika - e foi para o intervalo com 60 a 25. O revezamento das jogadoras foi maior a partir do terceiro período, e a seleção deixou cair um pouco o ritmo de jogo. Em algus momentos, as jogadas trabalhadas deram lugar à correria, para a irritação do técnico Barbosa e também da pequena torcida brasileira presente ao ginásio. "Falta só uma semana para o Mundial, que maravilha, Barbosa", gritou um jovem na arquibancada. "O time não faz jogada", comentou outro.
Mesmo assim, o frágil adversário não demonstrou poder de reação, e o Brasil entrou no último quarto ganhando por 84 a 45. Com as jogadoras consideradas reservas buscando mostrar serviço - como a armadora Palmira, e as alas Sílvia e Micaela -, a equipe da casa melhorou nos minutos finais e voltou a ampliar a vantagem, fechando a partida em 108 a 59. "Embora seja um time mais limitado que a Coréia e a China, é um time que joga dentro do sistema asiático. Como não tem altura, faz um tipo de movimentação de bola contra qual não estamos habituados a jogar. E isso é bom para podermos nos preparar para jogar contra a Coréia e contra equipes que jogam neste sistema", comentou Barbosa.Responsável pela eliminação do Brasil nas quartas-de-final do Mundial de 2002, a Coréia do Sul será a segunda adversária da equipe de Barbosa no grupo A da primeira fase. Há quatro anos, as brasileiras também perderam para a Espanha (que também faz parte da chave A) e para a China.Cinco jogadoras brasileiras terminaram o jogo com dez ou mais pontos - Micaela (12), Iziane (10), Janeth (12), Erika (16) e Alessandra (16). A pivô Erika, foi também jogadora mais eficiente da partida, contribuindo também com seis rebotes, quatro tocos, duas bolas recuperadas e duas assistências. Pelo time de Taiwan, o principal destaque ofensivo foi F C Chiang, com 13 pontos. "A defesa trabalhou bem, com muito mais atenção que no jogo contra a China. Temos que manter esse ritmo para os próximos jogos. Enfrentaremos grandes equipes, que estão trabalhando forte como a gente rumo ao Mundial. Vamos aproveitar esses amistosos para acertar a equipe", comentou Érika, que atua no Valencia, da Espanha.Antes do Mundial, o Brasil ainda participa de um torneio amistoso, ao lado de Canadá, China e Espanha, em Guarulhos. Canadenses e chinesas abrem a disputa nesta quarta, às 20h (horário de Brasília). As brasileiras estréiam na quinta, às 16h, diante da seleção do Canadá.
UOL
Paulo Bassul é o novo técnico do basquete feminino de Ourinhos
O novo técnico da equipe bicampeã nacional e pentacampeã paulista de basquete feminino de Ourinhos é Paulo Bassul. O anúncio oficial foi feito na manhã desta 3ª feira, 05, pelo Prefeito Toshio Misato e pelo Secretário Municipal de Esportes, Álvaro Fernando Saraiva (Nando) no Ginásio José Maria Paschoalick (Monstrinho).
Toshio desejou boa sorte ao novo técnico, que inicia uma nova fase no basquete de Ourinhos. "Depois de Vendramini ter trazido tantas alegrias a nossa cidade, agora é hora de mudança. O Paulo foi um grande adversário e hoje o trazemos para somar. Dr. Antônio Passos, Seu Chico Quagliato e a comissão técnica consideraram o nome de Paulo como o melhor para dirigir a equipe e estamos na expectativa de que ele continue a fazer o time de Ourinhos brilhar e alcançar uma posição de ainda mais destaque no Brasil".
Paulo Bassul destacou sua alegria em ser o mais novo contratado do Fio/Pão de Açúcar/Unimed/Ourinhos. "É uma satisfação estar em Ourinhos, recebi o convite para estar aqui com muita alegria por ser uma equipe que está investindo no basquete feminino há muitos anos. Já passaram grandes técnicos por essa equipe como o Ferreto que iniciou este trabalho, depois o Vendramini um excelente profissional e eu espero dar minha contribuição para o basquete de Ourinhos, não só no time de ponta, como também no trabalho de base", disse.
O Secretário de Esportes Nando desejou boas-vindas ao novo técnico. "Foi uma excelente aquisição para Ourinhos ter o Paulo Bassul como técnico, um profissional com inúmeras conquistas e esperamos continuar a ver o nosso basquete alcançar mais e mais vitórias".
Bassul inicia o treinamento com as atletas do Fio/Pão de Açúcar/Unimed/Ourinhos no dia 23 de setembro, após os Jogos Abertos, em razão de ter firmado um compromisso anterior com o canal de TV ESPN para ser comentarista no Campeonato Mundial de Basquete.
Indagado se pretende reforçar a equipe de Ourinhos, Bassul afirmou que sim. "Uma das coisas importantes no trabalho de alto nível é antecipar os problemas. Houve a perda da Gattei, infelizmente, e abriu uma lacuna na equipe, já solicitei ao Dr. Passos e ao seu Chico de trazer mais uma armadora e outra pivô. As três pivôs que temos hoje na equipe são de alto nível, mas gostaria de cercar o time com uma 4ª pivô para assegurar que caso alguém se contunda já tenha outra para substituição".
O técnico Bassul falou que treinará forte com as atletas do Ourinhos para não cair no comodismo. "O grande trabalho da equipe ourinhense será continuar tendo meta, treinando sério e não se acomodar. Não adianta ter nomes de jogadoras e achar que a equipe vai continuar ganhando mesmo relaxando no trabalho. No momento que relaxar esse domínio acaba", informou o novo técnico.
Quanto ao relacionamento com a torcida ourinhense, que era extremamente crítica quando ele era técnico do Americana, Bassul espera ser criado novos laços. "A relação da torcida de grandes equipes pelas finais é de amor e ódio, da rivalidade que passa por admiração e respeito pelo trabalho do técnico. A torcida de Ourinhos já incorporou o que representa uma equipe deste nível na cidade e a equipe sente que é impulsionada pela torcida e isso é muito bacana", finalizou o técnico do basquete de Ourinhos.
A maioria das atletas da equipe ourinhense já atuaram em algum momento da carreira com Bassul, como o caso de Lígia que fala de sua expectativa com o novo técnico. "A expectativa é que continuemos a trazer os títulos para Ourinhos. Já treinei com Bassul, é um ritmo acelerado e acredito que ele dará um novo ânimo as jogadoras". Para Chuca, capitã da equipe, "Bassul está vindo para somar com o grupo, esperamos fazer um trabalho ainda melhor e seguir rumo a vitória".
O brasiliense Paulo Roberto Bassul Campos, 39 anos, já conquistou o título de campeão nacional pelo time de Americana em 2003 e vice nos anos de 2002 e 2004. Também conquistou o título do Paulista em 2001 e 2003 e foi vice em 2002 e 2004 e quinto colocado no Mundial de Clubes em 2004.
Bassul iniciou sua carreira como técnico com apenas 16 anos, na equipe infanto da AABB (DF). Depois dirigiu a seleção estadual no campeonato brasileiro da categoria.
O novo técnico do Ourinhos já conquistou dois títulos sul-americanos cadete (1996 e 2000), como assistente técnico da seleção do Brasil foi campeão da Copa América Juvenil (97) e na seleção principal, sob o comando do técnico Antônio Carlos Barbosa conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Sidney. Nos Clubes conta com 24 títulos estaduais nas categorias de base (10 em Brasília e 14 em São Paulo) e um título paulista (Divisão A-2). No início do ano, Bassul supervisionou o trabalho da equipe de Chieti/Itália em todas as categorias.
Conquistas como Técnico da Seleção Brasileira:
· Vice-Campeão Mundial Sub-21 - 2003 (Croácia);
· Campeão Sul-Americano de Cadetes - 2000 (Colômbia);
· Campeão Sul-Americano de Cadetes - 1996 (Bolívia).
Conquistas como Técnico (Clubes):
Adulto:
* 5° Colocado no Campeonato Mundial de Clubes 2004(Rússia);
· Vice-Campeão Brasileiro - 2004;
· Vice-Campeão Paulista(Div. Especial) - 2004;
· Campeão Brasileiro - 2003;
· Campeão Paulista(Div. Especial) - 2003;
· Vice-Campeão Brasileiro - 2002;
· Vice-Campeão Paulista(Div. Especial) - 2002;
· Campeão Paulista(Div. Especial) - 2001;
· Campeão Paulista Adulto (série A2) - 1996;
Categorias de Base:
· Campeão Paulista Juvenil - 1999;
· Campeão Brasileiro de Clubes Juvenil - 1995;
· Hexa-campeão Paulista Infanto - 1992/93/94/95/96/97;
· Tri-campeão Paulista Infantil - 1993/94/95;
· Bi-campeão Paulista Mirim - 1993/94;
· Bi-campeão Paulista Mini - 1990/91.
Iziane Castro Marques
Velocidade é a marca registrada da ala Iziane Castro. Tudo acontece muito rápido na vida dessa maranhense que, aos 24 anos, é um dos grandes nomes do basquete feminino na atualidade. Recém chegada de sua quarta temporada na WNBA, onde defendeu o Seattle Storm pelo segundo ano consecutivo, Iziane se prepara para disputar o Mundial do Brasil, que será realizado nas cidades de São Paulo e Barueri, de 12 a 23 de setembro. Será a quinta competição oficial de Iziane pela equipe adulta. A primeira foi a Copa América ? Pré-Mundial do Maranhão (2001), com 21 anos. Depois vieram o Campeonato Mundial da China (2002), o Torneio Pré-Olímpico do México (2003) e os Jogos Olímpicos de Atenas (2004). Apesar de jovem, Iziane carrega muita maturidade na bagagem e conta com isso para ajudar o Brasil a fazer bonito no Mundial em casa. Experiência, aliás, que não é inédita para a jogadora. Iziane já viveu a emoção de defender a seleção em sua cidade natal, São Luís do Maranhão, há cinco anos. E sabe quanta diferença faz jogar com o apoio de uma animada e fiel torcida.
Qual sua expectativa para o Mundial do Brasil?
As melhores possíveis. Acredito que devemos apostar alto e pensar em final. Temos que aproveitar bastante a vantagem de jogar em casa e pensar em decidir o título. O grupo está totalmente fechado nesse objetivo. É claro que é difícil, pois o basquete feminino está bastante equilibrado. Mas com trabalho e o apoio da nossa torcida maravilhosa, podemos cumprir a nossa meta.
E quais os favoritos ao título?
Além do Brasil, os Estados Unidos, sempre, é claro. Ainda é o melhor time do mundo, mas não podemos achar que é imbatível. Depois, Austrália e Rússia são as grandes adversárias a serem batidas.
E o que acha dos adversários do Brasil na fase de classificação?
Ficamos em um grupo relativamente fácil, onde a equipe mais forte tecnicamente é a Espanha. Depois fica mais complicado, com a fortíssima Austrália. Mas acho que dá para nos classificar em boas condições para a fase seguinte. Acredito que vamos disputar com as australianas a primeira colocação antes das fase eliminatória.
O que significa jogar um Mundial em casa?
É um privilégio que poucas atletas têm. Eu já tive a maravilhosa experiência de estrear na seleção adulta jogando a Copa América na minha cidade, em São Luís. Foi uma emoção ter minha família e amigos me assistindo defender a seleção. Isso é muito raro. No Mundial então, com certeza será fantástico e tenho certeza que o público nos apoiará bastante e isso vai nos ajudar muito em quadra. Minha família estará em São Paulo para se juntar à torcida brasileira e me apoiar nesse momento tão importante na minha carreira.
O que mudou na Iziane que disputou o Mundial da China há quatro anos e a que vai jogar o Mundial do Brasil?
Muita coisa. O Mundial da China foi a minha segunda competição internacional. Tinha apenas 20 anos e tudo era uma festa. Estava jogando com meus ídolos e estava começando a minha carreira na equipe adulta. Entrava em quadra pouco tempo, para descansar a Janeth. Hoje é bem diferente. Sou titular e tenho consciência da minha responsabilidade dentro do grupo. Mas acho que toda a bagagem internacional que tive nesses quatro anos me deu maturidade e equilíbrio para encarar bem esse momento da minha carreira na seleção.
Na sua opinião, quais os pontos fortes da seleção brasileira para esse Mundial?
Primeiro, o tempo de treinamento. O grupo está reunido há mais tempo do que a maioria das equipes. Além disso, o grupo está acostumado a jogar junto, o que já facilita o entrosamento. Tecnicamente, o nosso ponto forte continua sendo a velocidade no contra-ataque. Mas hoje também temos uma defesa mais sólida e um grupo de pivôs altas e fortes, o que faltava em gerações anteriores. Com excelentes atletas embaixo do garrafão, garantindo bom desempenho nos rebotes e com a rapidez que é nossa característica, temos tudo para jogar de igual para igual com todas as seleções nesse mundial.
E o que falta melhorar para a competição?
Precisamos de um pouco mais de atenção na defesa. A nossa marcação deve ser mais forte e diminuir a média de pontos do adversário para 60, 65 pontos.
O que esperar da atleta Iziane neste Mundial?
Muita garra e determinação para cumprir os objetivos do grupo. Além disso, acho que tecnicamente, estou em uma fase muito boa. Meu ponto forte continua sendo a velocidade para puxar o contra-ataque. Mas hoje, depois de quatro temporadas na WNBA, estou defendendo bem melhor e tenho uma maior visão de jogo. Acredito que tudo isso pode ser útil para a seleção brasileira.
Como foi a temporada no Seattle Storm?
Foi o meu segundo ano na equipe e conseguimos chegar à semifinal da conferência O time começou irregular na competição, devido a problemas com contusões. Mas isso acabou fortalecendo o conjunto e terminamos, dentro das circunstâncias, em uma boa colocação.
O que achou do seu desempenho na equipe?
Acho que foi uma das minhas melhores temporadas. Não comecei muito bem, mas evoluí junto com o time durante competição e fiz a minha parte dentro do grupo. Fui a melhor defensora da equipe, o que mostra o meu crescimento nessa área, que nunca foi o meu forte. A minha técnica até se surpreendeu com minha evolução nesse fundamento.
Velocidade é a marca registrada da ala Iziane Castro. Tudo acontece muito rápido na vida dessa maranhense que, aos 24 anos, é um dos grandes nomes do basquete feminino na atualidade. Recém chegada de sua quarta temporada na WNBA, onde defendeu o Seattle Storm pelo segundo ano consecutivo, Iziane se prepara para disputar o Mundial do Brasil, que será realizado nas cidades de São Paulo e Barueri, de 12 a 23 de setembro. Será a quinta competição oficial de Iziane pela equipe adulta. A primeira foi a Copa América ? Pré-Mundial do Maranhão (2001), com 21 anos. Depois vieram o Campeonato Mundial da China (2002), o Torneio Pré-Olímpico do México (2003) e os Jogos Olímpicos de Atenas (2004). Apesar de jovem, Iziane carrega muita maturidade na bagagem e conta com isso para ajudar o Brasil a fazer bonito no Mundial em casa. Experiência, aliás, que não é inédita para a jogadora. Iziane já viveu a emoção de defender a seleção em sua cidade natal, São Luís do Maranhão, há cinco anos. E sabe quanta diferença faz jogar com o apoio de uma animada e fiel torcida.
Qual sua expectativa para o Mundial do Brasil?
As melhores possíveis. Acredito que devemos apostar alto e pensar em final. Temos que aproveitar bastante a vantagem de jogar em casa e pensar em decidir o título. O grupo está totalmente fechado nesse objetivo. É claro que é difícil, pois o basquete feminino está bastante equilibrado. Mas com trabalho e o apoio da nossa torcida maravilhosa, podemos cumprir a nossa meta.
E quais os favoritos ao título?
Além do Brasil, os Estados Unidos, sempre, é claro. Ainda é o melhor time do mundo, mas não podemos achar que é imbatível. Depois, Austrália e Rússia são as grandes adversárias a serem batidas.
E o que acha dos adversários do Brasil na fase de classificação?
Ficamos em um grupo relativamente fácil, onde a equipe mais forte tecnicamente é a Espanha. Depois fica mais complicado, com a fortíssima Austrália. Mas acho que dá para nos classificar em boas condições para a fase seguinte. Acredito que vamos disputar com as australianas a primeira colocação antes das fase eliminatória.
O que significa jogar um Mundial em casa?
É um privilégio que poucas atletas têm. Eu já tive a maravilhosa experiência de estrear na seleção adulta jogando a Copa América na minha cidade, em São Luís. Foi uma emoção ter minha família e amigos me assistindo defender a seleção. Isso é muito raro. No Mundial então, com certeza será fantástico e tenho certeza que o público nos apoiará bastante e isso vai nos ajudar muito em quadra. Minha família estará em São Paulo para se juntar à torcida brasileira e me apoiar nesse momento tão importante na minha carreira.
O que mudou na Iziane que disputou o Mundial da China há quatro anos e a que vai jogar o Mundial do Brasil?
Muita coisa. O Mundial da China foi a minha segunda competição internacional. Tinha apenas 20 anos e tudo era uma festa. Estava jogando com meus ídolos e estava começando a minha carreira na equipe adulta. Entrava em quadra pouco tempo, para descansar a Janeth. Hoje é bem diferente. Sou titular e tenho consciência da minha responsabilidade dentro do grupo. Mas acho que toda a bagagem internacional que tive nesses quatro anos me deu maturidade e equilíbrio para encarar bem esse momento da minha carreira na seleção.
Na sua opinião, quais os pontos fortes da seleção brasileira para esse Mundial?
Primeiro, o tempo de treinamento. O grupo está reunido há mais tempo do que a maioria das equipes. Além disso, o grupo está acostumado a jogar junto, o que já facilita o entrosamento. Tecnicamente, o nosso ponto forte continua sendo a velocidade no contra-ataque. Mas hoje também temos uma defesa mais sólida e um grupo de pivôs altas e fortes, o que faltava em gerações anteriores. Com excelentes atletas embaixo do garrafão, garantindo bom desempenho nos rebotes e com a rapidez que é nossa característica, temos tudo para jogar de igual para igual com todas as seleções nesse mundial.
E o que falta melhorar para a competição?
Precisamos de um pouco mais de atenção na defesa. A nossa marcação deve ser mais forte e diminuir a média de pontos do adversário para 60, 65 pontos.
O que esperar da atleta Iziane neste Mundial?
Muita garra e determinação para cumprir os objetivos do grupo. Além disso, acho que tecnicamente, estou em uma fase muito boa. Meu ponto forte continua sendo a velocidade para puxar o contra-ataque. Mas hoje, depois de quatro temporadas na WNBA, estou defendendo bem melhor e tenho uma maior visão de jogo. Acredito que tudo isso pode ser útil para a seleção brasileira.
Como foi a temporada no Seattle Storm?
Foi o meu segundo ano na equipe e conseguimos chegar à semifinal da conferência O time começou irregular na competição, devido a problemas com contusões. Mas isso acabou fortalecendo o conjunto e terminamos, dentro das circunstâncias, em uma boa colocação.
O que achou do seu desempenho na equipe?
Acho que foi uma das minhas melhores temporadas. Não comecei muito bem, mas evoluí junto com o time durante competição e fiz a minha parte dentro do grupo. Fui a melhor defensora da equipe, o que mostra o meu crescimento nessa área, que nunca foi o meu forte. A minha técnica até se surpreendeu com minha evolução nesse fundamento.
Fonte: CBB
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