terça-feira, 12 de setembro de 2006

Cíntia Tuiú segue sendo poupada

Pivô treina no time reserva e se prepara para as fases decisivas do Mundial


Marcelo Russio

Uma das quatro remanescentes do título mundial de 1994, a pivô Cíntia Tuiú, da seleção brasileira feminina de basquete que disputa, à partir desta terça-feira o Mundial do Brasil, segue sendo poupada pelo técnico Antônio Carlos Barbosa. Uma das titulares da equipe, ao lado de Helen, Janeth, Iziane e Alessandra, a jogadora tem treinado entre as reservas.

A razão é simples: Cíntia tem um histórico de cirurgias nos dois joelhos, e uma sobrecarga de treinamentos poderia ser fatal para os objetivos da comissão técnica dentro da competição. A substituta de Cíntia nos treinos e nos amistosos tem sido Êga, que foi até a última segunda-feira umas das candidatas a ser cortada da competição.

Por precaução do treinador, Cíntia deverá ser poupada durante a primeira fase do Mundial, entrando durante as partidas contra Argentina, Coréia e Espanha. Com uma boa safra de pivôs (além de Cíntia, Alessandra e Êga, Barbosa pode contar ainda com Kelly e Érika), o Brasil pode se dar ao luxo de utilizar uma de suas atletas mais experientes apenas nos momentos em que tiver necessidade de dar mais força ao jogo dentro do garrafão ou de aumentar a altura da equipe em quadra.

Karen: "Não esperava jogar o Mundial"

Ala diz que seu objetivo é conquistar seu espaço dentro da equipe


Marcelo Russio

A ala Karen, que foi surpreendentemente convocada na última segunda-feira, para o lugar de Palmira, cortada da equipe que disputa o Mundial Feminino de Basquete, por não ter se recuperado de uma inflamação no quadril, disse que mal pôde acreditar quando recebeu o telefonema com a convocação.

- Eu estava na minha cidade, treinando com a minha equipe. Estava com ritmo de treino, não havia parado desde quando fui cortada, há cerca de duas semanas. Tive apenas três dias de folga. Primeiro a assessoria de imprensa da CBB me ligou, querendo saber se eu estava bem, em boas condições físicas. Depois, o próprio Barbosa me ligou, me chamando para disputar o Mundial. Foi uma surpresa maravilhosa. Eu não esperava ter essa oportunidade.

Karen conta que, à partir da convocação, tudo foi muito rápido.

- A minha cidade fica longe de São Paulo, e na vinda para cá esqueci todo o meu material, incluindo o uniforma da seleção lá. Felizmente o marido de uma amiga minha viria para cá no feriado e trouxe tudo para mim.

A ala mostrou-se surpresa com o corte de Palmira.

- Eu não sabia que ela estava mal, muito menos que não tinha se recuperado de uma lesão. Imagino que tenha sido muito ruim para ela deixar a seleção dessa forma, mas são coisas que acontecem com um atleta.

Perguntada sobre sua disposição em brigar por um lugar entre as titulares, Karen diz que seu maior objetivo é ajudar a equipe da forma que for possível.

- Todos sabem que é difícil ser titular, mas quero dar o máximo e fazer o melhor para conquistar alguns minutos e poder mostrar o meu jogo, sempre com calma e aos poucos. Posso ser utilizada ou não, e sei disso. Mas estar aqui já é maravilhoso. O que vier daqui para frente é lucro.

Fonte: GLOBOESPORTE.COM

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