sexta-feira, 2 de junho de 2006

Justiça cassa liminar e Grego volta à CBB


São Paulo (SP) - Em mais uma reviravolta do impasse jurídico em que se tornou a administração da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), a Justiça do Rio de Janeiro cassou a liminar que determinava o afastamento de Gerasime Grego Bozikis da presidência da entidade. Com isso, o interventor Pedro Leopoldino Bandeira Arantes deve deixar o cargo. Arantes assumiu o cargo na tarde de quarta, por determinação da juíza Daniela Ferro Affonso Rodrigues Alves, da 25ª Vara Cível do Rio.

Apesar da decisão judicial, a liminar de cassação ainda não havia chegado à sede da entidade no Rio de Janeiro até o final da manhã desta sexta-feira. O retorno de Grego ao cargo pode ser feito imediatamente após a recepção do documento pela CBB.

Segundo o advogado André Martins, que representa o dirigente na ação, a defesa do presidente será feita com base na ilegitimidade ativa dos autores da ação. A solicitação do afastamento de Grego foi feita pelas Federações Estaduais do Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo, alegando irregularidades administrativas com base no Estatuto do Torcedor.

Para Martins, as autoras não têm legitimidade para o pedido. “Elas não têm em seu fim social a defesa do direito do consumidor”, explica. Além disso, ele argumenta que as regras do Estatuto do Torcedor não se aplicam ao basquete. “O Estatuto só é aplicável a esporte profissional e o basquete não é. Nenhum jogador profissional pode disputar o Campeonato Nacional”, diz, acrescentando que os estrangeiros atuam na competição com vistos outros que não de trabalho.

Apesar da nova reviravolta, a situação do basquete segue longe de uma definição. Isso porque as federações podem recorrer da cassação e não há prazo para o julgamento do mérito da ação original.

Enquanto isso, os clubes envolvidos na final do Nacional permanecem em compasso de espera. O COC/Ribeirão, que havia convocado uma coletiva nesta manhã para falar de seu futuro, cancelou a entrevista, aguardando os desdobramentos na CBB.

O Universo/BRB/DF, de Brasília, que entrou na Justiça reivindicando os pontos perdidos no jogo contra o Telemar/Rio e, consequentemente, sua inclusão na final, também espera uma definição na Confederação para negociar seu caso. A ação de Brasília questiona a participação do armador Arnaldinho, que jogou com liminar no torneio.

Entre as possibilidades que chegaram a ser apresentadas estava a disputa de um triangular final e, com o risco do torneio ficar sem campeão, até mesmo uma decisão simbólica entre os atuais finalistas: Ribeirão e Franca/Mariner/Unimed.

Fonte:
Gazeta Esportiva

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