segunda-feira, 10 de abril de 2006

ASBS/SUZANO ESTRÉIA COM VITÓRIA NO PAULISTA

Suzano, 10 de abril de 2006 - A equipe feminina de basquete da ASBS/Suzano venceu o AD Santo André por 66 a 62 na estréia do Campeonato Paulista da Série A-1. O confronto foi realizado na última sexta-feira (7/4), no Ginásio Municipal Professor Roberto David, no Sesc.

"Foi um jogo emocionante. A ansiedade em definir a partida por parte das duas equipes foi o principal fator da disputa. Nossa vantagem foi à defesa. Conseguimos marcar bem Santo André e contra-atacar com qualidade nos momentos decisivos. Porém, muita coisa ainda precisa melhorar se realmente quisermos surpreender nessa competição", disse o treinador Luciano Bispo.

No confronto de estréia, Suzano lutou bastante para conseguir vencer o AD Santo André. A equipe do Grande ABC terminou o primeiro tempo da partida com oito pontos de vantagem no placar (22 a 30). Porém, na segunda etapa, as suzanenses se recuperaram. Empataram a disputa em 45 a 45 e viraram para 52 a 49.

Mas, faltando apenas um segundo para o final da partida, a lateral Lú do AD Santo André sofreu uma falta na linha de três pontos. Com isto, ganhou três arremessos livres. Perfeita, não errou nenhum e empatou o jogo em 52 a 52. Na prorrogação, Suzano abriu uma pequena vantagem no marcador e definiu o confronto em 66 a 62. "Partida apertada. Nossa equipe estava nervosa no começo, mas conseguiu administrar a ansiedade da estréia e vencer a disputa", completou a armadora Kelly.

No jogo, as atletas mais efetivas foram Wivian (21 pontos e 04 assistências) e Kelly (14 pontos, 05 rebotes e 03 assistências) pelo time de Suzano; e Kelly Santos (14 pontos, 09 rebotes e 01 assistência) e Gigi (13 pontos, 06 rebotes e 04 assistências) pela a agremiação do Grande ABC.

O próximo desafio da equipe da cidade na competição será o Fib/Semel/Bauru. O confronto acontecerá fora de casa, no dia 19/4.

Maria Helena encara "missão de Deus"

LUIS AUGUSTO NETO

Técnica já mostra desânimo com dificuldades na Ponte Preta, mas busca força na fé para prosseguir

A veterana técnica Maria Helena Cardoso coça os cabelos grisalhos ao ver tantas carências na equipe da Ponte Preta. Ela retornou ao esporte no início de março, após nove meses de aposentadoria, para resgatar o basquete da Macaca - o clube de Campinas teve uma equipe lendária, com Paula e Hortência, no início dos anos 90. Ela só não contava com tantas dificuldades para formar o time e conseguir patrocínios.

"Os problemas são muitos, mas acredito que voltei para superar as dificuldades e ajudar no renascimento do basquete feminino. Acredito que Deus mostrou que ainda tenho um papel a cumprir", filosofa a treinadora, buscando na fé a força para seguir com o projeto. "A cada lugar que vou, ouço as pessoas comemorando o meu retorno. Devo mesmo ter uma missão pela frente."

Recheada por jogadoras que estavam sem clube para atuar, a Ponte Preta foi eliminada anteontem da Copa Praia Grande - uma espécie de Torneio Início para o Campeonato Paulista feminino, que começa na próxima sexta-feira. "Não tiramos atletas de nenhum clube. Todas estavam paradas por diversos motivos", conta Maria Helena, citando jogadoras que se tornaram mães nos últimos meses, além de outras que estão voltando de lesões. "O resultado disso é que estamos com carências em algumas posições, além da falta de preparo físico. Nós morremos no segundo tempo das partidas."

Ameaça

Desde o último dia 13, quando assumiu a Macaca, Maria Helena e sua fiel auxiliar, Heleninha, esperam pela notícia da assinatura de um patrocinador para o clube. A dupla acertou inicialmente um contrato de seis meses, mas tem a intenção de desenvolver um trabalho a longo prazo. Mas, para isso, pede mais pressa aos diretores. "Estou dando minha cara para bater e confio no trabalho dos dirigentes da Ponte Preta. Porém, não vamos ficar malhando em ferro frio", ameaça a treinadora. "Precisamos de ajuda da Prefeitura de Campinas e da iniciativa privada para fazer um trabalho de longo prazo, envolvendo as categorias de base. É algo que dá retorno em, no mínimo, três anos."

A lembrança do supertime dos anos 90 também pressiona a treinadora. "A torcida espera ver aquele nível, mas já aviso que a situação é diferente."

Expectativa geral é por um Paulista mais animador


A presença de 13 equipes no Campeonato Paulista feminino, que começa na próxima sexta-feira, anima os que lutam pelo reaquecimento da modalidade no cenário nacional. "Finalmente acaba aquela mesmice de seis times", comemora a ala Sílvia Gustavo, a Sil, da Ponte Preta. "O basquete feminino precisa de mais força para acordar de uma vez."

Chefe de Sílvia na Macaca, a técnica Maria Helena Cardoso nem pensa em reclamar de um suposto inchaço da competição. "Que nada! Seis times é que estava errado, era muito pouco. Por mim, era melhor até mesmo ter 14 clubes, e não 13", diz, lamentando que, na atual fórmula, haverá dois grupos desiguais: um com sete clubes e outro com seis.

Maria Helena só teme pela proximidade das finais do estadual com o início do Campeonato Mundial feminino, marcado para setembro, no Brasil. "Acredito que o Campeonato Paulista será muito competitivo, o que é ótimo. O problema é que algumas equipes podem ficar desfalcadas na reta final por causa da convocação para a seleção brasileira."

Mágica

A ex-jogadora Magic Paula também está otimista com o estadual. Segundo ela, o importante é colocar a mulherada para jogar. "É preciso movimentar mais o basquete feminino. Necessitamos de mais jogos e de boas equipes para animar a meninada que deseja ingressar no esporte", comenta. "Todos nós precisamos de espelhos, e o melhor espelho para as meninas é assistir a grandes jogos entre boas equipes."

No Paulista, os times vão jogar entre si nos dois grupos. Os quatro melhores avançam.

Fonte: Diário de São Paulo (02/04)

Catanduva estréia com vitória no Paulista

Édson Ferreto e Dante Rossini se reencontraram na última sexta-feira - Duda Santana

O time de basquete feminino Catanduva Basquete Clube estreou com vitória sobre Bauru no Campeonato Paulista da Série A-1. Em partida disputada no Ginásio do Gaviolli na noite da última sexta-feira (dia 07), o time comandado pelo técnico Édson Ferreto foi bem superior e conquistou o placar de 70 a 28 (37 a 16 no primeiro tempo).
O destaque ofensivo de Catanduva foi o bom desempenho do trio Roberta, Natália e Peixe. Juntas, as três marcaram 41 pontos. A cestinha da partida foi Natália, com 16 pontos e quatro assistências. Peixe marcou 14 e Roberta, 11.
A equipe de Bauru, desfalcada de sua principal jogadora, a atleta de Seleção Brasileira Palmira, não conseguiu ser eficiente no ataque. Prova disso foi o alto número de rebotes defensivos da pivô catanduvense Lelê, que por nove vezes ganhou de suas adversárias na disputa pelo alto.
Édson Ferreto gostou da apresentação de seu time. “Nossa marcação foi bem feita e conseguimos encaixar da maneira correta os contra ataques”, destacou.
O treinador de Bauru, Dante Rossini Júnior, lamentou muita a falta da jogadora Palmira, que com problemas em sua documentação, não pode jogar a primeira rodada do Paulista. “Com uma jogadora do nível dela, o meu time poderia mudar o estilo de jogo facilmente. Ela fez muita falta, mas vamos buscar a recuperação nas próximas rodadas”, lamentou.

Próxima

Catanduva volta a quadra no próximo dia 19 (quarta-feira), quando enfrenta o Limpol/São Caetano fora de casa. São Caetano é apontado pelo técnico Édson Ferreto como um dos favoritos para a conquista do título Paulista.

Resultados

A primeira rodada do Paulista registrou as vitórias do Suzano sobre Santo André (66 a 62), Santos sobre São Bernardo (74 a 66) e São Caetano sobre São José dos Campos (102 a 45).


Técnico de Bauru começou carreira em Catanduva

O técnico da equipe de Bauru, Dante Rossini Júnior, deu seus primeiros passos no basquete em Catanduva com Édson Ferreto. Apesar de não ser catanduvense de nascimento, o treinador disse ter muitas ligações afetivas com a cidade. “Me considero catanduvense de nascimento, já que passei grande parte de minha vida por aqui”, destacou.
Rossini diz ter ficado gratificado com a cidade por rever amigos que fizeram parte de sua vida. “É gratificante ver que ainda tenho amigos que não via há muitos anos. Tenho Catanduva eternamente no coração”, revelou.
Hoje, defendendo as cores do time de Bauru, ele diz ser uma questão de profissionalismo tentar vencer com sua equipe. “Tenho muito orgulho de Catanduva, já que foi aqui que me fiz profissional do basquete. Apesar de hoje estar do outro lado, não vou deixar nunca minhas origens de lado”, argumentou.
Édson Ferreto, que treinou Rossini no começo da carreira, se disse alegre em ver o técnico de volta ao basquete. “Depois de alguns anos que ele ficou longe das quadras, é bom ver o seu retorno e o de Bauru no cenário do basquete paulista”, comentou. O próximo reencontro dos dois profissionais já tem data marcada: será no dia 18 de maio, quando Catanduva enfrenta Bauru na casa do adversário pelo jogo de volta do Paulista.

Fonte: Notícia da Manhã


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