domingo, 20 de novembro de 2005

A diferença do Vôlei X A mediocridade do Basquete

O vôlei feminino conquistou com a competência de sempre a Copa dos Campeões. De forma invicta, inquestionável.

Antes de a Copa começar, li uma matéria sobre a preparação da seleção.

Ela me fez entender por que as coisas são tão diferentes do basquete. Há planejamento, organização, dedicação.

José Roberto Guimarães se preocupa e estuda um adversário que a seleção tem dificuldades para vencer (a China).

Alguma vez Barbosa estudou a Austrália, por exemplo? Se preparou para enfrentá-la? Jamais. Somos fregueses da turma de Lauren Jackson.

Evidentemente a diferença, não está só aí.

O vôlei tem trabalho na base, domina os Mundiais.

Nós estamos com dificuldade de ganhar Sul-Americano.

Confira:

VÔLEI

Seleção feminina treina com japonesas para aprender a bater a China, sua maior adversária na Copa dos Campeões

Brasil usa escola oriental na busca por título inédito


Se quiser chegar vitoriosa ao final deste ciclo olímpico, em Pequim-2008, o Brasil terá de aprender como derrotar a China.
Essa é a avaliação de José Roberto Guimarães, que vê as asiáticas como o melhor time do mundo. E, para iniciar esse aprendizado, o técnico recorreu à escola oriental.
Na última semana de preparação para a Copa dos Campeões, as brasileiras dividiram a quadra com as japonesas. Faziam parte do treino separadas pela rede e, depois, disputavam alguns sets.
"Os treinos têm sido bons para trabalhar a velocidade de jogo e dar continuidade no ritmo da equipe. Eles podem nos ajudar muito", disse o treinador.
"O Japão é uma seleção que joga com muita velocidade no deslocamento, assim como a China. A bola delas demora mais para cair. Precisamos antecipar o toque para jogar contra as chinesas", completou ele, que pela primeira vez dividiu o treino com um rival.
A estréia do Brasil será exatamente contra a China, à 1h de amanhã, em jogo que deve ser decisivo para os dois times.
A Copa dos Campeões, que chega a sua terceira edição, é disputado por pontos corridos. E brasileiras e chinesas são superiores a Polônia, EUA, Japão e Coréia do Sul, que completam a chave.
As asiáticas foram responsáveis pelas duas únicas derrotas do Brasil em 33 jogos neste ano.
"Precisamos estudar sempre o voleibol da China, saber o que erramos e como neutralizar esses nossos erros e as principais jogadas desse adversário. Será nosso jogo mais perigoso nesse ciclo olímpico", afirmou Zé Roberto.
Além da preocupação com o rival, o técnico terá de lidar com a nova formação de seu time.
Paula Pequeno, grávida e recém-recuperada de uma lesão no pé, está fora. Sassá assume o posto. Na vaga deixada por ela, entra Fabiana Berti, 20, que faz seu segundo torneio pelo time adulto -foi campeã do Sul-Americano.
Outro desfalque é o de Raquel, que não foi liberada por seu clube na Rússia e será substituída pela novata Natália, ponta de apenas 16 anos, campeã mundial infanto.
Durante o período de aclimatação da seleção na Itália, onde disputou amistosos, as duas foram pouco utilizadas.
"Aproveitei para observar. Tem que ficar bem ligada, ver os erros que estão cometendo. Mesmo de fora, só o fato de estar na seleção adulta já é legal. Aqui a cobrança é bem maior", afirmou Natália.
Para Zé Roberto, ainda é cedo para avaliá-las. Elas estão no grupo para aprender.

A PERSONAGEM

Sassá treina para deixar de ser "arma secreta"

O Brasil perdia para Cuba no tie-break por 15 a 14, na fase final do Grand Prix-2005, quando o técnico Zé Roberto olhou para o lado e chamou Sassá.
O erro seria fatal. Mas a mineira de 23 anos não se abalou. Foi ao fundo da quadra e forçou o saque uma, duas, três vezes seguidas: 17 a 15.
Essa tem sido a rotina de Sassá na seleção. Reserva, ela é uma das principais armas do time para momentos decisivos.
Rotina que ela tem a chance de transformar a partir de agora. Será sua a missão de substituir Paula Pequeno, grávida.
"Acho que vai ser tranqüilo. Tenho a característica de ser calma e tento passar isso para as outras", afirmou ela.
Zé Roberto diz que, para ele, Sassá sempre foi uma "titular". Apesar do entra e sai, dificilmente não participa dos jogos.
Isso porque, além do saque potente e da tranqüilidade, a ponta é uma das atletas com melhor passe no time. "Ela sempre deu um equilíbrio bom à equipe", disse o técnico.
Seu principal problema, porém, é o bloqueio, que vem treinando à exaustão.
No primeiro confronto na Copa dos Campeões, Sassá já terá peso extra nas costas. A saída de rede, principal local na quadra em que ela irá atuar, é uma das posições mais usadas pelas atacantes chinesas.
"Espero que ela consiga parar os ataques naquela posição", afirmou Zé Roberto.

Fonte: Folha de São Paulo


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