sexta-feira, 5 de novembro de 2004

“Passo a passo”, Sírio inicia seqüência fatal

O Sírio/Black&Decker inicia hoje, contra Ourinhos (SP), no ginásio do Jockey Club, às 20h, com entrada franca, a seqüência de três jogos em casa, contra três das quatro principais equipes do Nacional de Basquete Feminino.

O time de Uberaba ainda joga contra co-líder São Caetano (SP), no domingo (07), e na terça-feira (09), pega o favorito Americana (SP), em cinco dias de teste real. Para Edson Ferreto, técnico da equipe local, a confirmação do Sírio na ponta deve ser encarada pela torcida como um processo difícil. "Estamos caminhando passo a passo e vamos jogar agora contra favoritas, sim", reforça o treinador, que ainda não poderá contar com a pivô Feda, com problemas de documentação.

Contra Ourinhos, o Sírio encara o principal desafio para se aferir a evolução da equipe. A equipe uberabense já venceu três jogos – contra Santo André (SP), por 74 a 70; Rio das Ostras (RJ), por 89 a 68, e Juiz de Fora (MG), por 99 a 72. Lidera o Nacional, junto com São Caetano, e soube aproveitar seus primeiros duelos para pontuar e acumular saldo do chamado average (pontos pró, menos cestas contra).

Ourinhos é o atual vice-campeão e conta com a "base que sempre jogou junta", tido como a grande barreira das equipes fora do eixo paulista. "Se algumas saíram, Millene [ala/pivô], Bethânia [ala/armadora], Nathália [ala] e a Lígia [pivô] continuam lá, jogando juntas há muito tempo", pondera Ferreto. "E nós estamos trabalhando para esse entrosamento ainda, tentando acertar com Karina e a norte-americana [Aja Brown]", continua o técnico, que ainda aponta para o reforço conseguido pelo rival. A ala Chuca, vinda de São Caetano é a melhor jogadora de Ourinhos.

O jogo de hoje traz uma lembrança pró-Uberaba. Há exatos dois anos, o Sírio derrotava Ourinhos, no ginásio do Sérgio Pacheco, pelo placar de 83 a 76, com Ferreto dirigindo as paulistas. Naquele período, a armadora Gattei e a ala Roberta, atuais titulares locais, jogavam para os visitantes.

Uberaba tinha a ala Gorda, cestinha daquela partida, com 22 pontos, que para Ferreto foi completamente atípica. "Ourinhos vinha de uma viagem a Campo Grande [MS], cansado. Não dá para comparar", conta o técnico que veio a ser quarto colocado daquela edição do Nacional de 2002/2003.

Mas Ourinhos também não é mais aquela potência da temporada passada, quando foi vice-campeã. A equipe perdeu as alas Janeth, Silvinha e Aide (atual cestinha do Nacional), a armadora Ana Flávia, e Gattei (também cestinha, com 21 pontos por partida).

Sem muito entrosamento de Karina e Brown, e sem Feda, Ana Lúcia deve ficar mais tempo em quadra. A pivô foi bem no último jogo, contra Juiz de Fora, com 11 rebotes e 5 assistências. Outros jogos de hoje: Juiz de Fora x Santo André, às 19h; Americana x São Caetano, às 18h30 (Sportv); e Rio das Ostras x Guaru, às 20h. (RP)


Fonte: Jornal da Manhã

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