segunda-feira, 27 de setembro de 2004

Repatriação no feminino esbarra na falta de equipes

Bruno Doro
Em São Paulo


Enquanto o basquete masculino busca maneiras para manter jogadores no Brasil, o feminino tem uma preocupação maior. Antes de repatriar, é preciso criar times para absorver as atletas.

Nos últimos dois anos, o Campeonato Nacional teve sempre duas equipes fortes e seis times lutando contra a lanterna.

Em 2002, São Paulo/Guaru e Americana/Unimed fizeram a final. Em 2003, o São Paulo perdeu força e Ourinhos, também patrocinado pela Unimed, assumiu seu posto. Neste ano, Americana e Ourinhos devem voltar a ser as potências.

Muito pouco para um país com uma das seleções mais vitoriosas do mundo na última década. "Eu já estou descrente em relação a isso. Existe um tabu grande dos patrocinadores em relação ao feminino", reclamou o técnico Antonio Carlos Barbosa.

O treinador, aliás, esteve perto de montar uma equipe no Rio de Janeiro. Circularam boatos de que a prefeitura carioca montaria uma equipe, com ele no comando. O projeto não decolou.

Outro exemplo da dificuldade de se criar um time é Juiz de Fora. Apoiada nesta temporada pelo grupo de ensino Universo - que tinha quatro equipes no Nacional masculino de 2003 -, a equipe mineira é o maior exemplo da dificuldade de se formar uma equipe.

Mesmo com verba, os dirigentes não conseguiram contratar nenhum grande nome. O "sonho de consumo" era a ala-armadora Iziane, principal revelação do basquete nacional. Mas ela esnobou a equipe para jogar na Rússia. E não foi por dinheiro.

"Eu não vou deixar de jogar em grandes equipes só para jogar no Brasil. Preciso amadurecer. Para ficar aqui e ser a cestinha do campeonato, acho que não vale a pena. O time de Juiz de Fora me ofereceu tudo o que eu quisesse, mas é difícil dizer não a uma proposta da Rússia", explicou a jogadora.

Silvinha fica, no mínimo, dois meses afastada

Da Redação
Em São Paulo



A ala Silvinha, da Americana/Unimed, ficará de 60 a 90 dias afastada das quadras. Ela foi submetida na quarta-feira, no Rio de Janeiro, a uma artroscopia. A operação foi mais complicada do que o esperado.

Andréia Formigoni, fisioterapeuta da equipe, disse que foi constatada lesão no menisco lateral do joelho direito da jogadora. Houve também necessidade de pequena limpeza na cartilagem. João Grangeiro, chefe do Departamento Médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), foi quem realizou a operação.

"Foi tudo bem na cirurgia. A Sílvia, agora, tem que ficar três semanas sem colocar o pé no chão, mas na segunda-feira (27) já estará em Americana para dar início ao tratamento de fisioterapia", explicou Andréia. Inicialmente, o tempo de recuperação da atleta seria de 45 dias.

A equipe já contratou uma substituta. A ala Cíntia Luz, irmã de Helen, da seleção brasileira, foi contratada. Ela estava no basquete espanhol e rescindiu contrato com sua equipe na semana passada para voltar ao Brasil. Ela disputou o último Campeonato Nacional pelo Uberaba.


Fonte: UOL

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