"Dream Team" mesmo é o das mulheres dos EUA
Marcel de Souza
Em São Paulo
A única certeza no basquete em Atenas é o favoritismo indiscutível das norte-americanas. Aliás, não existe outra equipe, nem mesmo o “Dream Team” masculino, que carregue tanto talento e força quanto Lisa Leslie e cia.
Os EUAs sempre tiveram enorme dificuldade em montar sua equipe feminina. Não havia continuidade, as melhores atletas abandonavam a carreira.
Embora os resultados olímpicos favoráveis, não havia uma seqüência, e as equipes eram baseadas no campeonato universitário. A liga profissional WNBA não existia, e quem não fosse jogar no exterior teria que ficar em casa tomando conta dos filhos e do marido.
Algumas, como Cynthia Cooper, fizeram muito sucesso na Europa. Outras no Brasil. Eram, porém, esforços pontuais e isolados. A criação da WNBA deu novas perspectivas. Universitárias continuaram no basquete dentro dos EUA, o que evitava choques culturais e técnicos. Se antes da WNBA as norte-americanas já dominavam, a partir de Atlanta não teve prá mais ninguém.
As brasileiras, no entanto, vivem um momento glorioso. Tudo começou com Paula e Hortência. Auxiliadas por Janeth e Alessandra, o basquete vive desde 1991, quando derrotou Cuba no Pan de Havana, um sonho que continuou com o título mundial de 1994 e as medalhas de prata em Atlanta e bronze em Sydney.
Várias jogadoras brasileiras atuam no exterior, e o Brasil é considerado uma das grandes forças. Para Atenas, a nossa seleção pôde finalmente realizar uma preparação digna do talento de nossas atletas, e irá competir por uma medalha, fora a de ouro.
Suas adversárias mais temidas serão, sem ordem de importância, China, Austrália, Espanha e Rússia. O Brasil terá Austrália e Rússia no grupo A e será muito importante evitar a segunda colocação neste grupo, pois fatalmente cruzaríamos com as norte-americanas antes da final.
Quanto ao masculino, o “Dream Team” nem deveria ser chamado assim. A equipe foi convocada para redimir o fiasco do último Mundial, quando terminou na humilhante sexta colocação, perdendo jogos ridículos para Argentina, Espanha e Sérvia.
Muito foi alardeado, grandes jogadores convidados, mas um a um seus melhores atletas alegaram as mais variadas desculpas e a equipe norte-americana será compostas por talentos da nova geração mais o pivô Tim Duncan e o armador Allen Iverson.
Sem dúvida uma grande equipe, mas que não justifica favoritismo algum. Por isso, o torneio masculino será pontuado pelo equilíbrio e as surpresas.
Será difícil apontar os favoritos. Os amistosos que as seleções realizaram mostraram que o nível está muito próximo. Os Estados Unidos, por exemplo, foram derrotados pela Itália, enquanto o técnico de Sérvia e Montenegro cortou o excelente Stojakovic, e a Argentina teve problemas na sua preparação.
Se ninguém estiver escondendo o “ouro”, Estados Unidos, Sérvia e Montenegro, Espanha, Lituânia, Argentina e Itália devem brigar pelas medalhas. Já China, Austrália e Nova Zelândia tentarão surpreender. Qualquer resultado diferente desses será uma zebra tão grande que será lembrado até o final do século.
Marcel de Souza
Em São Paulo
A única certeza no basquete em Atenas é o favoritismo indiscutível das norte-americanas. Aliás, não existe outra equipe, nem mesmo o “Dream Team” masculino, que carregue tanto talento e força quanto Lisa Leslie e cia.
Os EUAs sempre tiveram enorme dificuldade em montar sua equipe feminina. Não havia continuidade, as melhores atletas abandonavam a carreira.
Embora os resultados olímpicos favoráveis, não havia uma seqüência, e as equipes eram baseadas no campeonato universitário. A liga profissional WNBA não existia, e quem não fosse jogar no exterior teria que ficar em casa tomando conta dos filhos e do marido.
Algumas, como Cynthia Cooper, fizeram muito sucesso na Europa. Outras no Brasil. Eram, porém, esforços pontuais e isolados. A criação da WNBA deu novas perspectivas. Universitárias continuaram no basquete dentro dos EUA, o que evitava choques culturais e técnicos. Se antes da WNBA as norte-americanas já dominavam, a partir de Atlanta não teve prá mais ninguém.
As brasileiras, no entanto, vivem um momento glorioso. Tudo começou com Paula e Hortência. Auxiliadas por Janeth e Alessandra, o basquete vive desde 1991, quando derrotou Cuba no Pan de Havana, um sonho que continuou com o título mundial de 1994 e as medalhas de prata em Atlanta e bronze em Sydney.
Várias jogadoras brasileiras atuam no exterior, e o Brasil é considerado uma das grandes forças. Para Atenas, a nossa seleção pôde finalmente realizar uma preparação digna do talento de nossas atletas, e irá competir por uma medalha, fora a de ouro.
Suas adversárias mais temidas serão, sem ordem de importância, China, Austrália, Espanha e Rússia. O Brasil terá Austrália e Rússia no grupo A e será muito importante evitar a segunda colocação neste grupo, pois fatalmente cruzaríamos com as norte-americanas antes da final.
Quanto ao masculino, o “Dream Team” nem deveria ser chamado assim. A equipe foi convocada para redimir o fiasco do último Mundial, quando terminou na humilhante sexta colocação, perdendo jogos ridículos para Argentina, Espanha e Sérvia.
Muito foi alardeado, grandes jogadores convidados, mas um a um seus melhores atletas alegaram as mais variadas desculpas e a equipe norte-americana será compostas por talentos da nova geração mais o pivô Tim Duncan e o armador Allen Iverson.
Sem dúvida uma grande equipe, mas que não justifica favoritismo algum. Por isso, o torneio masculino será pontuado pelo equilíbrio e as surpresas.
Será difícil apontar os favoritos. Os amistosos que as seleções realizaram mostraram que o nível está muito próximo. Os Estados Unidos, por exemplo, foram derrotados pela Itália, enquanto o técnico de Sérvia e Montenegro cortou o excelente Stojakovic, e a Argentina teve problemas na sua preparação.
Se ninguém estiver escondendo o “ouro”, Estados Unidos, Sérvia e Montenegro, Espanha, Lituânia, Argentina e Itália devem brigar pelas medalhas. Já China, Austrália e Nova Zelândia tentarão surpreender. Qualquer resultado diferente desses será uma zebra tão grande que será lembrado até o final do século.
Fonte: UOL
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