terça-feira, 31 de agosto de 2004

Daiane brilha na "terra do basquete"

Da reportagem local

O mundo do basquete nacional e mundial ainda vai ouvir falar muito da jundiaiense Daiane Packer, hoje com 20 anos de idade. Ela começou sua carreira aos sete anos, em Jundiaí, e agora atua no Trinity Valley Comunity College, que disputa a Liga Colegial Americana de basquete.

Daiane sempre praticou várias modalidades esportivas durante a infância. Destacando –se no handebol e no basquete, foi orientada por seus treinadores a optar por uma das modalidades, para que pudesse se federar pela cidade.


Sua escolha foi o basquete, por se considerar melhor nesse esporte. Suas primeiras aulas foram na escolinha do Centro Esportivo Antônio de Lima, com o professor Eduardo.


Quando estava para completar dez anos, após se destacar em alguns amistosos, foi convidada à integrar as categorias de base do Clube São João.


Daiane começou na categoria mini, com o técnico Rosevaldo, passou pelo mirim, com Jair, chegou ao infantil, com o treinador Mina, fez parte da equipe infanto, dirigida por Tarallo, e, por fim, chegou a treinar com o time adulto de Jundiaí, na época da parceria com a Quacker.


A decisão de "levar a sério" o esporte veio em 2000, quando Daiane acertou sua transferência para o time da Vila Olímpica da Mangueira, do Rio de Janeiro.


Na passagem pela cidade maravilhosa, foi convocada para a seleção carioca da categoria juvenil e conquistou o título brasileiro, disputado em Joinville-SC.


Um novo convite, em 2002, a levo para o time de Campos. Incentivada pela equipe, iniciou o curso de educação física, em uma universidade carioca. Nessa época, Daiane foi convidada a jogar pelo Vasco da Gama, mas não aceitou.


Por causa da falta de apoio, o time de Campos encerrou suas atividades e Daiane voltou para Jundiaí, disposta a abandonar a carreira. Ela ficou seis meses sem jogar.


A volta às quadras aconteceu em 2003, quando foi chamada para representar a cidade de Votorantim, nos Jogos Regionais que aconteceram naquela cidade, ficando com o vice-campeonato.


Após a semana nos Jogos, recebeu um telefonema de uma amiga que estava nos Estados Unidos. "Ela disse que alguns olheiros estariam aqui em Jundiaí para levar uma jogadora para lá e que eu estava indicada. Acabei me dando bem", disse.


Os americanos estavam atrás de uma jogadora da posição lateral. Daiane foi muito bem nos testes, recebeu o convite, aceitou e tem se destacado no "país do basquete".


Reconhecimento


Mesmo estando há pouco tempo nos Estados Unidos, Daiane já conquistou prêmios importantes, com destaque para o anel – símbolo maior de reconhecimento para um atleta de basquete nos EUA –e dois diplomas: um entregue em mãos pelo secretário da Casa Branca, e outro pelo Senador do Estado do Texas, onde ela vive. "Foi muito emocionante. Eu disse que era brasileira e ele agradeceu por eu estar jogando no país dele", contou.


Na temporada 2003-04, seu time venceu todos os 36 jogos que disputou. "Fomos muito premiadas e nosso treinador foi escolhido o melhor da temporada. Ele arma nosso time de maneira muito rápida e ofensiva, um estilo americano de jogar", afirmou. A competição foi disputada por 181 equipes divididas entre 24 regiões.


Agora, Daiane se prepara para mais uma temporada na Liga Colegial – o próximo passo é ingressar na Liga Universitária. Para o futuro, seus sonhos são disputar a WNBA e os Jogos Olímpicos.


Fonte: Jornal de Jundiaí

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