quarta-feira, 18 de agosto de 2004

BASQUETE FEMININO APONTA DESCONCENTRAÇÃO COMO CAUSA PARA A DERROTA PARA A RÚSSIA


ATENAS - A desconcentração e os inúmeros erros de ataque no primeiro tempo foram fatais para a equipe feminina de basquete do Brasil na partida contra a Rússia, nesta quarta-feira, dia 18, na Arena Helleniko. Foi a primeira derrota da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos ATENAS 2004 depois das vitórias sobre Japão e Grécia nas rodadas iniciais. Também representou a primeira queda do Brasil nos Jogos diante das russas, que haviam sido derrotadas pelas brasileiras em Atlanta-96 e Sydney-2000.

As jogadoras apontaram as mesmas causas para a primeira derrota do Brasil. "Entramos encolhidas, parecia que estávamos na cama, dormindo. Num confronto de Jogos Olímpicos não pode acontecer isso. Que esta derrota sirva de lição para a gente", afirmou a ala/armadora Helen. "Pecamos muito na defesa e erramos bolas no ataque que não poderíamos errar. Além disso, elas jogaram muito bem taticamente", disse a pivô Alessandra, que anotou apenas sete pontos.

O técnico Antônio Carlos Barbosa destacou a boa atuação das russas nos dois primeiros quartos do jogo. "Tivemos um primeiro tempo muito ruim, com inúmeros erros por falta de atenção. Em compensação, as russas tiveram uma atuação como não haviam tido ainda dentro da competição".

Na primeira fase, o Brasil ainda enfrentará a Nigéria, nesta sexta-feira, dia 20, e a Austrália, favorita para ficar em primeiro lugar na chave A, no dia 22. Ficando em terceiro, atrás das australianas e russas, a equipe brasileira evitaria um possível confronto contra os Estados Unidos na semifinal, repetindo assim o caminho feito em Sydney-2000. Há quatro anos, a Seleção Brasileira perdeu na primeira fase para França e Austrália, saindo para o confronto contra a Rússia nas quartas-de-final e Austrália na semifinal.

Barbosa não acha isso ruim. "Concordo que seja melhor ficar em terceiro, mas ninguém veio aqui para perder. O melhor é ficar mesmo em primeiro. O que não podia acontecer é ficarmos em quarto e pegarmos logo nas quartas-de-final as americanas", comentou. Ficando na terceira posição, o adversário mais provável da próxima fase seria a Espanha.

Após o jogo desta quarta, o foco do time passa a ser a Nigéria. "Agora, temos que pensar nelas. É uma equipe forte fisicamente, que vai em todos os rebotes, mas que não tem um chute de três pontos tão bom. Acho que temos que usar a maior estatura das nossas pivôs a nosso favor", analisou Janeth, cestinha do Brasil contra a Rússia, com 19 pontos. "É um time técnico, mas de muito vigor físico. Não é qualquer equipe, já que tem a maioria das jogadoras atuando na WNBA. Temos que ter 40 minutos de atenção em quadra", voltou a pedir Helen, lembrando que muitas nigerianas jogam em time da liga profissional americana.

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